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Ocorrência de Cuscuta racemosa (Convolvulaceae) no Parque Estadual do Rio Preto, Minas Gerais, Brasil

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Academic year: 2020

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Ocorrência de

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Cuscuta racemosa

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Cuscuta racemosa (Convolvulaceae) no Parque

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(Convolvulaceae) no Parque

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Estadual do Rio Preto, Minas Gerais, Brasil

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Occurrence of

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Occurrence of Cuscuta racemosa

Cuscuta racemosa

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Cuscuta racemosa (Convolvulaceae) in Parque

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Estadual do Rio Preto, Minas Gerais, Brasil

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Renata Aparecida da Silva Andrade * Lucimar Soares de Araújo *

Frederico de Siqueira Neves **

Resumo: Resumo: Resumo: Resumo:

Resumo: Cuscuta spp. são lianas da Família Convolvulaceae que na vida adulta não possuem raízes, folhas, clorofila e nem metabolisa alimentos. O cipó durante seu desenvolvimento se liga ao sistema vascular da sua planta hospedeira para utilizar sua seiva elaborada. Poucos trabalhos estudam a distribuição geográfica desta liana. Portanto, este trabalho teve como objetivo identificar as principais plantas parasitadas pela Cuscuta racemosa, notificando seu comportamento quanto à preferência alimentar. Foram realizadas observações e coletas de campo, identificando as plantas parasitadas pela C. racemosa. Constatou-se que a espécie estudada no Parque Estadual do Rio Preto parasita várias famílias de vegetais, sendo encontrada com maior freqüência parasitando a espécie Calliandra spinosa (Fabaceae). Palavras chave:

Palavras chave: Palavras chave: Palavras chave:

Palavras chave: Cuscuta, ocorrência, holoparasitismo, Calliandra. Abstract:

Abstract: Abstract: Abstract:

Abstract: Cuscuta spp. are vines from the family Convolvulaceae which do not have roots, leaves, chlorophyll and do not metabolize resources during their adult life. During their growth, the vines attach the vascular system of the host plant and utilize its sap. Few studies have focused on the geographical range of these vines. Therefore this study has as objective identify the main plants parasitized by Cuscuta racemosa, notifying both, its behavior and alimentary preferences. It was done observations and field collects, identifying the plants parasitized for C. racemosa. It was estabilished that the species studied attn Rio Preto’s State Park (MG), sponge several plant families, being found with larger frequency sponging the species Calliandra spinosa (Fabaceae).

Key worlds: Key worlds: Key worlds: Key worlds:

Key worlds: Cuscuta, occurrence, holoparasitism, Calliandra.

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Introdução Introdução

Cuscuta spp. são lianas da família Convolvulaceae, as quais utilizam como hospedeiras uma grande variedade de árvores ou arbustos. Vivem e se reproduzem utilizando outra planta como substrato de fixação e fonte de alimento (BELIZ, 1986). Na fase adulta, os indivíduos não possuem raízes, folha e clorofila e não metabolizam alimentos. Ligam-se ao sistema vascular da planta hospedeira para utilizar sua seiva elaborada, sendo, dessa forma, classificadas como holoparasitas. O caule de Cuscuta spp. é geralmente amarelo ou laranja, podendo, também, ocorrer espécies com caules vermelhos ou brancos (CZRNOTA, 2004). As flores pequenas, brancas ou rosas, não são perfumadas (PRATHER & TYRL, 1993) e usualmente nascem em cachos (CZARNOTA, 2004). A dispersão de sementes ocorre normalmente pela água, uma vez que é facilitada pela capacidade das cápsulas das sementes flutuarem. As sementes podem permanecer dormentes no solo durante anos, esperando condições favoráveis para a germinação, como uma temperatura ideal (PRATHER & TYRL, 1993). Ao germinar, a semente emite um filamento que fixa a raiz ao solo e se liga à planta mais próxima. Em seguida, a raiz do cipó murcha, e assim o vegetal passa a se alimentar somente da planta hospedeira. Caso a holoparasita não encontre um hospedeiro ideal, morreráem poucos dias (PRATHER & TYRL, 1993). Poucos trabalhos visaram relatar a distribuição das espécies de Cuscuta esua preferência por espécies hospedeiras. Parther & Tryl (1993) descreveram que estas espécies geralmente apresentam preferência por hospedeiro, parasitando apenas grupos definidos de espécies de plantas. Assim, o presente trabalho teve como objetivos conhecer as espécies hospedeiras da holoparasita Cuscuta racemosa Mart. e verificar se existe preferência na seleção da planta hospedeira por famílias e/ou espécies, no Córrego

Metodologia Metodologia Metodologia Metodologia Metodologia

Área de estudo: este trabalho foi desenvolvido no Parque Estadual do Rio Preto (PERPRETO), Minas Gerais, situado no município de São Gonçalo do Rio Preto a 200 km de Montes Claros. Este parque está localizado na Serra do Espinhaço, apresentando como principais fitofisionomias o cerrado (sentido restrito) (Rizzini, 1997), os campos rupestres, dominados pelos afloramentos rochosos típicos e as matas de altitudes. O parque foi criado com o objetivo de proteger as nascentes do Rio Preto e seus afluentes que deságuam no Rio Jequitinhonha e apresentam uma área total de 10.750 hectares. A altitude varia entre 800 m, nos terrenos mais baixos, a 1825 m no Pico Dois Irmãos (IEF, 2004).

O regime climático da região é tipicamente tropical ocorrendo uma estação chuvosa de novembro a março, com uma média de precipitação pluviométrica de 223,19 mm e outra seca de junho a agosto, com uma média de 8,25 mm no período. As superfícies mais elevadas da Serra do Espinhaço caracterizam-se pelo predomínio de temperaturas amenas durante todo ano (média anual em torno de 18 a 19 oC) (IEF, 2004).

Amostragem: para o levantamento das espécies hospedeiras da holoparasita C. racemosa e para verificar a existência de preferência por famílias e/ ou espécies hospedeiras foram traçados dois transectos de 4 Km de extensão um à margem direita e outro à margem esquerda do Córrego das Éguas (Fig. 1), localizada entre a cachoeira do Crioulo e o encontro do Córrego das Éguas com o Rio Preto. Assim, todos os indivíduos parasitados pela holoparasita C. racemosa, que estavam localizados até cinco metros de cada margem do córrego foram amostrados. Além disso, foram coletados materiais vegetativos e/ou reprodutivos de cada morfoespécie. As amostras dos indivíduos parasitados foram prensadas e transportadas para o Laboratório de Ecologia Evolutiva (Unimontes), para posterior identificação ao menor nível taxonômico possível, através de comparação com excicatas existentes no

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Resultados e Discussão Resultados e Discussão Resultados e Discussão Resultados e Discussão Resultados e Discussão

Foram encontrados 324 indivíduos parasitados pela holoparasita C. racemosa, pertencentes a 12 espécies vegetais, distribuídas em 10 famílias (Tab.1). Dos indivíduos parasitados, 94,4 % pertenciam à espécie Calliandra spinosa Ducke (Fig. 2).

Este trabalho relata, de forma inédita, a ocorrência da espécie C. racemosa no Parque Estadual do Rio Preto. A população de C. racemosa estudada apresenta um hábito alimentar generalista, considerada uma forma adaptativa de sucesso, pois aumenta a quantidade de recursos disponíveis (PRATHER & TYRL 1993). Porém, esta liana apresentou uma maior ocorrência na espécie Calliandra spinosa, indicando que pode existir uma preferência por esta espécie. Este hábito, provavelmente, está relacionado ao fato de Calliandra spinosa ser uma espécie de maior abundância próximo às margens Rio Preto (observação pessoal). Além disso, a abundância de C. racemosa parasitando a hospedeira Calliandra spinosa pode estar relacionada com as formas de polinização do seu hospedeiro, já que a polinização deste cipó parece ser muito deficiente, uma vez que as flores pequenas, brancas ou rosas, não são perfumadas (PRATHER & TYRL, 1993), sendo assim, havendo uma relação indireta dos polinizadores do hospedeiro com a holoparasita (PHATHER & TYRL, 1993). Outros estudos notificaram espécies do gênero Cuscuta que apresentam um comportamento alimentar especialista, como C. attenuata (PHATHER & TYRL, 1993) e C. salina (FROST, 2003), comportamento não verificado pela espécie C. racemosa no Parque Estadual do Rio Preto. Assim, observou-se a ocorrência da espécie Cuscuta racemosa no Parque Estadual do Rio Preto, que apesar de apresentar um hábito alimentar generalista, apresenta uma maior ocorrência parasitando indivíduos da espécie Calliandra spinosa.

Agradecimentos AgradecimentosAgradecimentos AgradecimentosAgradecimentos

Ao Instituto Estadual de Florestas (IEF- MG); à direção e aos guias do Parque Estadual do Rio Preto, especialmente ao José Hermínio Inácio (Deco), pelo apoio logístico na área de trabalho; a Bruno Gini Madeira, pelos comentários ao manuscrito, e, ao Professor Santos D’Angelo pela identificação do material botânico.

Referências bibliográficas Referências bibliográficasReferências bibliográficas Referências bibliográficasReferências bibliográficas

BELIZ T. del C. A revision of Cuscuta section Cleistogrammica using phenetic and cladistic analyses with a comparison of reproductive mechanisms and host preferences in species from California, 1986 Mexico, and Central America. Ph.D. dissertation, University of California at Berkeley, Berkeley, California, USA.

CZARNOTTA M. Dodder (Cuscuta spp.) Can I Control It? The University of Georgia College of Agricultural and Environmental Sciences. U.S. Department of Agriculture cooperating, Estados Unidos, 2004, 6: 867p. FROST A.; LOPEZ-GUTIERREZ, J. C. & PURRINGTON C. Fitness of Cuscuta salina (Convolvulaceae) parasitizing Beta vulgaris (Chenopodiaceae) grown under different salinity regimes. American Journal of Botany. Canadá, 2003, 90:1032-1037p.

INSTITUTO ESTADUAL DE FLORESTAS – IEF. Plano de Manejo do Parque Estadual do Rio Preto. Paraná, 2004, 1: 2.2p.

PRATHER, L. A. and R. J. TYRL. The biology of Cuscuta attenuata Waterfall (Cuscutaceae). Proceedings of the Oklahoma Academy of Sciences. Oklahoma Academy of Sciences, Texas, 1993, 73: 7-13p.

RIZZINI C.T. (1997) Tratado de fitogeografia do Brasil:

aspectos ecológicos, sociológicos e florísticos. 2. ed. Rio de Janeiro: Âmbito Cultural Edições Ltda, 1997. 746p.

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Figura 01: Figura 01: Figura 01: Figura 01:

Figura 01: Vista parcial do Córrego das Éguas, localizado no Parque Estadual do Rio Preto (MG).

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Figura 03: Figura 03: Figura 03: Figura 03:

Figura 03: Calliandra spinosa, principal hospedeira da holoparasita Cuscuta racemosa, no Parque Estadual do Rio Preto (MG)

T T T T

Tabela 1:abela 1:abela 1:abela 1:abela 1:

Riqueza e abundância de espécies vegetais parasitadas por Cuscuta racemosa no Córrego das Éguas, Parque Estadual do Rio Preto-MG.

Imagem

Figura 01:  Figura 01:

Referências

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