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Toxicologia: consumos abusivos - diapositivos de apoio às aulas

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Academic year: 2021

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(1)

Substâncias de consumo

associadas a problemas sociais e de

saúde graves

(2)

Consumo abusivo, abuso, uso inadequado: auto-administração

de uma substância (sem acompanhamento médico), para obtenção de efeitos psicoactivos, intoxicação ou alteração da imagem corporal, muitas vezes apesar do conhecimento sobre os riscos envolvidos.

Dependência: necessidade compulsiva de consumo regular,

provocada pela procura dos efeitos ou pela necessidade de evitar a sua ausência.

(3)

Intoxicação: padrão de alterações de comportamento, mentais

e físicas, provocadas pelo consumo de substâncias psicoactivas.

Reforço positivo: um consumo que provoca os efeitos

desejados, reforça a vontade de consumos semelhantes futuros.

Reforço negativo: a principal causa da vontade de um consumo

assenta na necessidade de evitar os sintomas de privação.

Tolerância: situação em que consumos sucessivos com doses

semelhantes produzem efeitos progressivamente menores, de tal modo que se aumentam as doses para obter efeitos semelhantes.

(4)

Abandono, privação: sintomatologia associada com a

suspensão da administração crónica de uma droga;

Os sintomas de privação podem ser desencadeados pela redução abrupta das doses, pela suspensão brusca ou pela administração de antagonistas e, em casos de consumos de grandes doses por períodos longos, demoram semanas a revelar-se.

Este síndrome tem uma duração finita, mas a escala de tempo (dias ou meses) a gravidade e a intensidade dos sintomas

(5)

ALCALÓIDES naturais presentes na papoila:

morfina, noscapina, codeína, papaverina e tebaína

Opiáceos: alcalóides produzidos a partir da papoila;

Opióides: substâncias sintéticas ou derivadas, com efeitos semelhantes.

O ópio é usado há milhares de anos, como tóxico e como medicamento.

Tem sido usado oralmente ou queimado para inalação de fumo. Na China, no séc. XVII, tornou-se uma dependência comum, que originou várias guerras.

(6)

OPIÁCEOS / OPIÓIDES

O ópio é produzido tradicionalmente no Afeganistão, Irão e Paquistão, no Myanmar, no Laos e na Tailândia e mais recentemente na Colômbia.

(7)

OPIÁCEOS / OPIÓIDES

A morfina foi isolada em 1806 pelo farmacêutico W. Sertürner. A diacetilmorfina foi comercializada em 1898 como tratamento da tosse, com o nome comercial de heroína.

Nos EUA, o uso de ópio como analgésico durante a Guerra Civil criou milhares de dependentes.

Durante o Séc. XIX, o uso abusivo de medicamentos de venda livre que continham quantidades apreciáveis de ópio foi um sério problema social.

(8)

OPIÁCEOS / OPIÓIDES: efeitos desejados

A injecção de heroína provoca uma sensação rápida de bem estar, prazer, que dá lugar a calor, relaxamento e felicidade.

As doses necessárias para provocar esta euforia não provocam ataxia nem perda de consciência.

Doses maiores provocam sedação e sono leve agradável.

O indivíduo consegue desligar-se dos problemas e das realidades. O fumo, a inalação e a vaporização de heroína provocam efeitos semelhantes mais moderados.

(9)

OPIÁCEOS / OPIÓIDES:

A heroína que se adquire na rua é fabricada em laboratórios ilegais existentes em todo o mundo, apenas uma pequena fracção é subtraída do comércio legal.

Usam-se ilicitamente, muitos medicamentos:

Codeína Morfina

Metadona Buprenorfina Dihidrocodeína Nalbufina Dextropropoxifeno Oxicodona Diamorfina (heroína) Pentazocina Dipipanona Petidina Fentanil Tramadol

(10)

OPIÁCEOS / OPIÓIDES:

A heroína é o opióide mais popular pela sua potência, disponibilidade, solubilidade e grande facilidade de acesso ao cérebro (lipofilicidade biológica).

Vende-se na forma de pó branco ou castanho, com as designações de Junk, H, Smack, Cavalo, muitas vezes diluído com/em açúcares ou paracetamol e adulterado com antidepressivos como o diazepam).

(11)

OPIÁCEOS / OPIÓIDES:

A preparação da solução injectável por via endo-venosa faz-se a partir de sais ou após a acidificação do pó alcalino (usa-se sumo de limão, ácido cítrico ou outra solução ácida fraca).

(12)

OPIÁCEOS / OPIÓIDES: efeitos adversos

Comuns:

Náuseas, vómitos, obstipação; Tontura, confusão mental;

O abuso inicial aumenta a líbido,

o abuso continuado deprime o desejo e o desempenho sexual; Sudação excessiva.

(13)

OPIÁCEOS / OPIÓIDES: efeitos adversos

Pouco frequentes:

Prurido, vermelhidão facial; Dor de cabeça; Boca seca; Retenção urinária; Alucinação. Raras: Trombocitopenia; Urticária; Vertigens;

(14)

OPIÁCEOS / OPIÓIDES: Overdose

Sedação forte, Alucinações, Hipotermia, Depressão respiratória, Edema pulmonar, Coma,

Hipotensão, Arritmias, Paragem cardíaca

(15)

LSD (“ÁCIDO” dietilamida do ácido lisérgico) EFEITOS PROCURADOS MODO DE ADMINISTRAÇÃO CONSEQUÊNCIAS USO CONTINUO

(mais do que 10x) USO EXCESSIVO

Labilidade emocional Distorções da percepção do tempo Ilusões visuais e auditivas Sinaestesia Afastamento da realidade, experiências “fora do corpo” Geralmente ingestão oral, Também inalação nasal, fumo ou outros Exaustão Cefaleias Falta de tónus muscular Incapacidade de concentração Depressão Psicose “Flashbacks” A “overdose” é rara, inclui: • Midríase • Hipertensão • Taquicardia • Convulsões • Hiperpirexia • Coma •Paragem respiratória

(16)

LSD:

Doenças e consumo continuado

Diabetes: a intoxicação com LSD pode evitar o diagnóstico correcto

Epilepsia: as convulsões podem ser mais comuns, em consumos

de grandes doses

Doença hepática: pode facilitar a acumulação de LSD Hipertensão: raro aumento de hipertensão já existente

Doença renal: nos doentes com patologia renal, os efeitos

(17)

Cannabis (Canabidiol, canabinol)

Usos legais:

Tratamento de náuseas e vómitos provocados por quimioterapia (nabilona, dronabinol).

Estimulante de apetite (dronabinol, usado em doentes com SIDA, nos EUA).

Fibra para fabrico de papel, têxteis e cordas.

(18)

Cannabis (Canabidiol, canabinol)

Potenciais usos terapêuticos não estabelecidos:

Tratamento de glaucoma. Tratamento da dor.

Tratamento da esclerose múltipla. Tratamento da epilepsia.

(19)

Cannabis (Canabidiol, canabinol)

Usos tradicionais, em desuso:

Tratamento da histeria, da depressão, da demência. Tratamento da icterícia.

Tratamento da doença de Parkinson. Tratamento de doenças venéreas. Tratamento da tosse.

Afrodisíaco.

Anti-parasitário. Anestésico.

(20)

Cannabis (Canabidiol -THC, canabinol)

Consome-se predominantemente por inalação de fumo. Formas de comercialização

-Marijuana ou erva:

Prensado de flores e folhas jovens (até 5%).

Haxixe ou hash:

Resina extraída da planta (até 20%).

(21)

Cannabis (Canabidiol -THC, canabinol)

Efeitos agudos:

Ansiedade, confusão, alucinação.

Ataxia, perda de memória, deficiente compreensão. Taquicardia, palpitações, hipotensão postural, rubor.

Tosse, garganta irritada, broncoespasmos (nos asmáticos). Dor abdominal, náuseas, vómitos, aumento de apetite. Olhos vermelhos.

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Cannabis (Canabidiol -THC, canabinol)

Efeitos do uso prolongado

Bronquite.

Oligospermia, perda de libido. Insónia, depressão, ansiedade.

Diminuição das capacidades intelectuais. Dependência.

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Gama hidroxibutirato GHB

liquído X, ecstasy líquido, fantasia ou G

EFEITOS

PROCURADOS ADMINISTRAÇÃOMODO DE

CONSEQUÊNCIAS

(Potenciadas pelo álcool)

USO USO EXCESSIVO

• Relaxamento • Sedação

• Euforia

Cápsulas ou pó branco sem cheiro nem sabor, que podem ser

consumidos oralmente, acompanhados ou

dissolvidos em água. Pode ser injectado

• Náusea, vómito • Confusão • Agitação • Delírio • Amnésia • Cefaleias, vertigens • Tremor, hipotensão • Incontinência • Hipotermia • Coma • Morte por paragem cárdio-circulatória/ respiratória

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Fenciclidina, PCP ou pó de anjo

EFEITOS PROCURADOS MODO DE ADMINISTRAÇÃO CONSEQUÊNCIAS

USO USO CRÓNICO

• Euforia • Percepção distorcida • Alucinação • Ilusões • Fumo • Inalação nasal

• Ingestão oral (sabor amargo) • Injecção intravenosa (pouco frequente) • Hipertensão • Taquicardia / paragem cardíaca • Náusea e vómito • Discurso arrastado • Descoordenação • Confusão/euforia • Amnésia, agressão • Psicose • Coma • Dependência • Ansiedade crónica, confusão, depressão • Perda de memória, • Dificuldades de fala • Psicose, “flashbacks”

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Substâncias voláteis (éter, clorofórmio, combustíveis)

EFEITOS PROCURADOS MODO DE ADMINISTRAÇÃO CONSEQUÊNCIAS USO USO CRÓNICO • Hilaridade • Felicidade • Desinibição • Maior sociabilidade Inalação • Desorientação • Discurso alterado • Movimentos desajeitados • Comportamento desajustado •Morte • Insónia • Pesadelos • Diminuição da capacidade de concentração

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Outras drogas usadas para fins abusivos: nitritos

O nitrito de amilo usa-se no tratamento de episódios de angina de peito, pelo seu efeito vasodilatador, desde o final do séc. XIX. Também se usou para facilitar o relaxamento uterino durante partos difíceis, sem consequências nem para a mãe nem para o bebé.

O uso abusivo de nitrito de amilo, de butilo e de isobutilo tornou-se comum nos anos 90 e, apesar das restrições ao seu uso terapêutico, estas substancias voláteis são legalmente comercializadas como aromatizadores de

(27)

Outras drogas usadas para fins abusivos: nitritos

São líquidos amarelos, pouco estáveis, com cheiro característico, irritantes quando contactam com a pele.

Comercializam-se através da Internet, em “sex shops” e discotecas, em muitos países ocidentais. São baratos e fornecidos em frascos pequenos, fáceis de utilizar.

O consumo faz-se por inalação dos vapores que se libertam quando se destapa o frasco.

Os utilizadores são jovens entre os 11 e 24 anos ou adultos, com menor incidência nos adultos.

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Outras drogas usadas para fins abusivos: nitritos Efeitos procurados:

Sensação rápida de excitação, após a inalação – “rush, high” – este efeito dura poucos minutos e está associado a uma sensação de calor; para que as sensações persistam, os utilizadores repetem a inalação com regularidade,.

Muitas vezes associam-se os nitritos com ecstasy ou LSD, porque se crê potenciarem os efeitos destas drogas.

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Usam-Outras drogas usadas para fins abusivos: nitritos Efeitos adversos:

Muitos utilizadores de nitritos sentem desconforto após a inalação e referem: tonturas, náusea, rubor da face e calor, taquicardia, pressão intra-ocular, visão perturbada, cefaleias e sensação de queimadura à volta da boca e do nariz.

O uso prolongado ou muito concentrado produz reacções adversas mais graves que podem prolongar-se por vários dias – dermatite facial, por vezes associada como uma reacção semelhante a sinusite, inflamação dos olhos, sensação de fraqueza, suores frios e desmaio.

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Outras drogas usadas para fins abusivos: nitritos Efeitos adversos:

Os nitritos são convertidos in vivo em óxido nítrico.

Há relatos de metahemoglobinemia, episódios psicóticos e morte súbita, mas estão geralmente associados com o consumo por ingestão oral, em vez de inalação.

Os nitritos tornam-se perigosos para os hipotensos e para doentes cardíacos. Podem piorar situações de glaucoma.

Não provocam dependência.

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Drogas anabolizantes

EFEITOS PROCURADOS ADMINISTRA ÇÃO CONSEQUÊNCIAS

USO USO EM JOVENS

• Aumento da massa muscular • Aumento da força física • Diminuição da massa adiposa • Diminuição da fadiga Oral ou intramuscular, mas também tópica • Retenção de fluidos • Insónia • Alterações de humor • Dor na zona de injecção • Acne • Maior frequência de lesões nos tendões

• Deficiente

desenvolvimento

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Drogas para aumento de capacidade física

INGREDIENTE EFEITOS PROCURADOS

Arginina,Ornitina Aumento da produção de hormonas do crescimento

Pólen Diminuição do tempo de recuperação após o exercício

L-carnitina

Diminuição da massa gorda e da produção de ácido láctico; menor consumo de glicogénio no músculo

Coenzima Q 10 Aumento do metabolismo oxidativo; melhor desempenho

Creatina Atraso no aparecimento dos sinais de fadiga

Ácido ferulíco Efeito anabolizante

Boro Aumento da acção da testosterona

Ginseng Melhoria do desempenho em condições de esforço prolongado

Referências

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