UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ESTOMATOLOGIA
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ODONTOPEDIATRIA
FALHA PRIMÁRIA DE ERUPÇÃO
DO PRIMEIRO MOLAR PERMANENTE
CARLA MASSIGNAN 00
00
V')
00
LT s CCS-U
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ESTOMATOLOGIA
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ODONTOPEDIATRIA
FALHA PRIMÁRIA DE ERUPÇÃO
DO PRIMEIRO MOLAR PERMANENTE
CARLA MASSIGNAN
Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Odontopediatria, como parte dos requisitos para obtenção do titulo de Especialista em Odontopediatria.
Orientadora: Prof Joeci de Oliveira
otrca ..prri•ri•I
•■•■••■■•■., CCS-C)
AGRADECIMENTOS
A minha mãe, Vani exemplo de força
e
carinho, por ter sempre dadoo
seu apoio.Ao Patrick, por ter compreendido a falta de tempo
e
atenção, pela ajuda na leitura de cada parte concluida do trabalhoe
principalmente pelo carinho.SUMÁRIO
RESUMO 4
ABSTRACT 5
1 INTRODUÇÃO 6
2 REVISÃO DA LITERATURA 9
2.1 Incidência / Prevalência 11
2.2 Etiologia 13
2.3 Características 18
2.3.1 Características clinicas 18
2.3.2 Características Radiográficas 24
2.4 Diagnóstico 28
2.5 Consequências clinicas 31
2.6 Tratamento 33
3 DISCUSSÃO 40
4 CONCLUSÕES 45
RESUMO
Falha primária de erupção ocorre devido a um problema no mecanismo eruptivo do dente. Esse
é
um distúrbio pouco comume
afeta principalmente dentes posteriores, permanentes ou deciduos, podendo ser bilateral. Sua etiologiaé
desconhecida, mas acredita-se que possa haver uma disfunção do foliculo dental; já que este parece sero
responsável pela erupção. Sua principalcaracterística é o
não irrompimento dental ou irrompimento parcial numa época em queo
dente deveria estar em oclusão funcional na cavidade bucal. Além disso, observa-se que não há interferênciamecânica
com a erupção ou associação com doenças de ordem geral ousíndromes.
Odiagnóstico
da falha primária de erupçãoé
baseado emcaracterísticas
5
ABSTRACT
The primary failure of eruption happens due to a problem in the eruptive tooth mechanism. This is not a common disturb and affects mainey the posterior, permanent or deciduos teeth and can be bilateral. Its etiology is unkown, but they believe that can have a dysfunction of the dental follicle, since it seems to be the responsible for the eruption. Its main feature is the non-bursting or partial bursting in an age that the tooth should be in functional occlusion in the buccal cavity.
1 INTRODUÇÃO
A erupção compreende os movimentos axial e oclusal realizados pelo dente desde seu local de desenvolvimento na maxila e na mandíbula até sua posição funcional no plano oclusal. (Ten Cate, 1988). Uma vez em oclusão, a erupção continua durante a vida do indivíduo para compensar o desgaste oclusal dos dentes e o crescimento dos arcos. Esse processo é importante no desenvolvimento maxilofacial durante o
crescimento e desenvolvimento da face. ( Raghoebar et al., 1991b).
Podem ocorrer distúrbios na erupção associados a fatores locais ou sistêmicos. Dentes supranumerários, cistos e tumores são exemplos de obstruções mecânicas que podem impedir que dentes normais irrompam. Espaço insuficiente no arco, trauma, má-formação dos botões dentários também podem impedir a erupção dentária. Os fatores sistêmicos estão associados com síndromes e alterações endócrinas. No caso de síndromes como a de Down, de Gardner e disostose cleidocraniana, há o envolvimento generalizado dos dentes. (Janson et al., 1989; Raghoebar et al., 1991b).
Há casos onde o dente falha na erupção sem que haja fator sistêmico ou obstrução mecânica envolvida. Proffit, Vig (1981) denominaram de falha primária de erupção.
7
mostraram emergência do osso alveolar mas não entraram em oclusão. (Proffit, Vig 1981).
Raghoebar et al. (1991b) dividiram os distúrbios de erupção em retenção primária e retenção secundária. Suas características são muito semelhantes As da falha primária de erupção de Proffit, Vig (1981).
Retenção primária é a cessação da erupção dental antes de sua emergência que não se deve a uma barreira fisica na linha de erupção, não é resultado de uma posição anormal e não tem causa sistêmica. A retenção secundária se refere a cessação da erupção de um dente depois de sua emergência sem que haja barreira fisica na linha eruptiva ou posição anormal.
A causa dessa disfunção eruptiva não está estabelecida. Cahill, Marks (1980) observaram que não há erupção na ausência do foliculo dental. Sua presença é um pré-requisito para a reabsorção óssea e formação da linha eruptiva.
O diagnóstico da falha primária de erupção é baseado em características clinicas e radiográficas e algumas vezes na resposta ao tratamento. Na maioria das vezes o tratamento consiste em encorajar o dente a irromper na cavidade bucal através de exposição cirúrgica (O'Connell, Torske 1999).
podem ser
formaçãode cisto
folicular, inflamação pericoronal e inclinaçãodos dentes
vizinhos.
(Raghoebaret al.,
1991b). Distúrbiosde
erupçãode molares permanentes
podem resultar em altura facial encurtada.
(Proffit, 1978).comum molares não estarem presentes na cavidade bucal devido a
extração. (Mellor,
1981).Raramente
édevido a não
erupçãocomo observaram Janson et
al.
(1989)em
revisãoda literatura.
Apesar da baixa frequência da falha
primáriade erupção de molares,
éimportante esclarecer suas causas
e característicaspara facilitar
o diagnóstico,9
2 REVISÃO
DA LITERATURAErupção dental é definida como o movimento axial ou oclusal de um dente da sua posição de desenvolvimento nos maxilares até o plano oclusal. (Ten Cate, 1988).
Para a erupção ocorrer, o osso que recobre o dente precisa ser reabsorvido, então este dente se move para sua posição final por um mecanismo de erupção ativo. (Proffit, Vig, 1981).
Uma vez em oclusão, a erupção continua por toda a vida do indivíduo para compensar o desgaste oclusal dos dentes e o crescimento dos arcos. A erupção dental é importante no desenvolvimento maxilofacial durante o crescimento e desenvolvimento da face. (Raghoebar et al., 1991b).
0 processo de erupção pode sofrer interferência de fatores locais. Interferências mecânicas na erupção antes ou depois de o dente emergir do osso alveolar podem ser causadas por anquilose, dentes supranumerários, raizes de dentes deciduos não reabsorvidas e pressão dos tecidos moles. (Proffit, Vig, 1981). Janson et al. (1989) citaram, ainda, como fatores de interferência mecânica, cistos, tumores, trauma e espaço insuficiente no arco, seja de origem esquelética ou dentária.
hipotireodismo e hipopituitarismo
interferem na
erupçãodental.
(Proffit, Vig, 1981;Janson et al.
1989;Brady,
1990; Raghoebaret al.
1991b;O'Connell,
Torske, 1999).O'Connell,
Torske (1999)incluem, ainda, baixo peso ao nascimento, prematuridade,
displasia
ectodérmica e querubismo.Pode acontecer, durante a
erupçãodental, falha no mecanismo eruptivo do
dente fazendo com que a quantidade de
erupçãoesperada
não aconteça.Essa
condiçãofoi denominada por
Proffit, Vig (1981)de falha
primáriade
erupção.Os
pacientescom
esta
característica nãoapresentam outras anomalias associadas conhecidas
etambém
não
existem interferências
mecânicasà
erupção.Raghoebar et
al.
(1991b),fazendo uma
revisãoda literatura sobre os
distúrbios
de
erupçãodos molares permanentes, encontraram
impacção, retençãoprimária e retenção secundária. Impacção é
a
cessaçãoda
erupçãode um dente causada
por uma
barreira
fisica detectávelclinica ou
radiograficamenteou devido a uma
posiçãoanormal
do dente.
Retenção primária éa
cessaçãoda
erupçãodental antes da sua
emergência
que
nãose deve a uma barreira
fisicana linha de
erupção, não éresultado
de uma
posiçãoanormal
e nãotem causa sistêmica.
Retenção secundáriase refere a
cessação
da
erupçãode um dente depois da sua emergência sem que haja barreira
fisicana linha eruptiva ou
posiçãoanormal.
Na literatura,
impacção e retençãocom frequência
sãousadas como
sinônimos. (Raghoebar
et al.,
1991b).Muitos termos tem sido usados para descrever a
11
sistêmico incluindo: anquilose, retenção primária, retenção
secundária,
falha de erupçãoidiopática, falha primária de erupção,
submersão,
reimpacção, reinclusdoe
inclusão.(Proffit, Vig, 1981; Mellor, 1981; Oliver, Hunter, 1986; Raghoebar et al., 1991a;
O'Connell, Torske, 1999).
2.1 Incidência / Prevalência
Meister et al. (1977) examinaram 5783 pilotos da força aérea através de
radiografias
panorâmicas e
fotografias intraorais para determinar seu estado de saúdecom
ênfase
em doença periodontal. A idade do grupo variava de 18 a 28 anose
era predominantemente masculino (96%). Nesse estudo foi encontrado um percentual alto de dentes impactados ou não erupcionados (61,28%), sendo que destes, 4% tinhamo
foliculo ampliado.
0 estudo de Lorton, Grover (1985) usou radiografias
panorâmicas
de 5000militares para determinar
o
númeroe o
tipo de dentes impactados ou não erupcionados.Todos os dentes que pareciam estar com a erupção impedida pelo osso ou dentes adjacentes foram registrados como não erupcionados. As idades variavam de 17 a 26
anos
e
não foi feita distinção entre não erupcionadoe
impactado porque poderia induzir a erros subjetivos. A amostra não foi dividida em raça ou idade. Os resultados indicaram que a possibilidade de impacção ou não erupção do primeiro molar permanente superiorRaghoebar
et al.
(1991a)estudaram as
característicasclinicas,
radiográficase histológicas
da
retenção secundáriade molares permanentes. Um grupo de
25mulheres
e 28homens com idade média de
21,5anos, com um ou mais molares
afetados participaram do estudo. Todos consideravam estar com boa
saúde e nãotinham
história
médica de
doença,trauma,
inflamaçãona
áreado molar ou
anomaliascongênitas.
Um molar era considerado secundariamente retido se sua face
oclusalestava
no
mínimo 1 mmabaixo do
nível oclusaldos outros dentes do arco, sendo que esta
alteração
não era resultado de
posiçãoanormal ou barreira
fisica.Molares com extensa
lesão
de
cárieou
restauraçãoforam
excluídos.Um total de
81molares permanentes
foram examinados, variando de um a quatro dentes afetados por paciente. Desse total,
65
eram primeiros molares
eapenas
16eram segundos molares. Em cinco pacientes
omolar adjacente estava afetado
eem
13, oantagonista. Em três molares a
infra-oclusãoera
tãosevera que quase estavam cobertos pelos tecidos vizinhos. Em um paciente a
retenção secundária
foi observada nos quatro quadrantes.
0
estudo de
Valmaseda—Castellónet al.
(1999)examinou clinica
eradiograficamente 25
pacientes,
14homens
e 11mulheres, que apresentavam molares
permanentes retidos ou
impactadosexcluindo
oterceiro molar. A idade média dos
pacientes era
17,3anos. Além de idade
esexo, outros fatores foram considerados:
frequência,
distribuição,localização
e númerode molares
não erupcionados; posiçãodos dentes vizinhos
eantagonistas; grau de
infra-oclusão e associaçãode
condiçõespatológicas.
Havia um total de
43molares retidos ou
impactados. 0dente mais
freqüentemente não erupcionado era o segundo molar
com
28inferiores
(65%) enove
13
superiores
e
dois inferiores. A não erupção de mais de um molar, excluindoo
terceiro, estava presente em 11 pacientes num total de 44% dos casos. A não erupção de molares estava relacionada a vários distúrbios oclusais como giroversão dos dentes adjacentes (16%), extrusdo (19%) ou não erupção dos antagonistas (44%). Dos molares não erupcionados em infra-oclusão,
23 estavam em posição vertical, cinco horizontale
15 inclinada. 0 grau de infra-oclusão foi considerado leve, ou seja, acima do equador do dente vizinho, em seis casos (14%); moderado, abaixo do equador, em 14 casos (33%). Na maioria dos casos (53%) a infra-oclusão era severa,o
plano oclusal do dente não erupcionado estava entre a junção amelocementiriae ápice
do dente vizinho. Dos 43 molares, 39 (91%) eram assintomáticos.2.2 Etiologia
Um estudo de Schneider, Hollinshead (1976) com ratos letais cinzas que apresentam distúrbios ósseos indicou que falha na remodelação óssea
é
o fator que evitaa erupção. A presença de excesso de osso claramente impede a erupção dentária nesses
ratos, o estimulo ósseo invade a papila na época do nascimento, e ancora o germe dental
mutante na sua posição dentro da papila. Isso sugere que distúrbios na remodelação
óssea da cripta alveolar podem interferir na erupção.
formação da coroa está completa. Foram avaliados o papel do canal gubemacular, crescimento radicular, foliculo dental e crescimento coronário. Observaram a erupção dental sem a presença dessas estruturas. Este estudo mostrou que a erupção dental não acontece sem a presença do foliculo. Houve erupção na ausência das raizes o que indica que elas não participam do processo de erupção. Ainda, sem raiz, há ausência histológica do ligamento periodontal o que indica que ele não tem papel na erupção.
Proffit, Vig (1981) concordam com Cahill, Marks (1980). Afirmaram que a pressão mecânica do dente em erupção teria um papel na reabsorção do osso que o recobre, como um fator iniciador. Mudanças bioquímicas e celulares no epitélio folicular seriam necessárias para produzir reabsorção óssea. Além disso, afirmaram que a etiologia da falha primária de erupção é completamente desconhecida. Parece que tanto o metabolismo no ligamento periodontal ou o fluxo sangüíneo no mesmo poderiam estar alterados nesta condição. Um problema sistêmico afetando o metabolismo do ligamento periodontal parece improvável. Alguma mudança metabólica no final do período do desenvolvimento dental poderia explicar parcialmente porque os dentes posteriores são mais afetados. Não está claro porque um distúrbio metabólico afetaria apenas um lado, já que a condição freqüentemente é assimétrica. Alteração local no fluxo sangiiineo seria a possibilidade mais aceita. Independente do mecanismo, parece que a falha primária de erupção está relacionada a algum tipo de distúrbio genético, apesar de não ser a condição mais comum.
TI F S
,Driov,• 15
CGS-0
Em um dos casos, um garoto de
20anos com
o 36 não erupcionado esuas raizes não
formadas, possivelmente uma causa local, que
nãoparecia ser cisto, atuou. Em outro
caso uma menina de
7anos
emeio com
o 36não
erupcionado esuas raizes localizadas
no bordo inferior da
mandíbula.Nesse caso, tentou-se a
exposição cirúrgicamas
odente
não
mostrou sinal de erupção
efoi
extraído.A
análisedo dente mostrou que
o foliculodental estava normal.
0autor afirmou que
é dificilsugerir
razõespara a não
erupçãonesses casos.
Em outro estudo experimental, Cahill, Marks
(1984)exploraram
opapel do
dente na
erupção.Na
15semana
pósnatal, logo antes da erupção começar, foram feitos
os seguintes procedimentos nos
3' ee
premolarespermanentes inferiores de
14cães
beagle:
remoçãoapenas da coroa;
remoção eimediata reposição do
foliculodental
eda
coroa; remoção
ereposição da coroa
apósmatar suas células; remoção da coroa
esubstituição por uma réplica de metal,
acrílicoou silicone. Os resultados mostraram que
substitutos inertes do dente irromperam na boca da mesma forma que
odente.
Consequentemente o
dente
nãotem parte ativa na indução ou controle da
erupção,incluindo
formaçãode osso na parte inferior do dente, formação da linha eruptiva
e reabsorçãodas raizes
e esfoliaçãodo predecessor
deciduo.A erupção requer a presença
do
foliculodental, ele coordena as atividades
metabólicaslocais no osso alveolar,
necessárias
para
a erupção. O foliculo poderia regular a reabsorção necessária paraa
formação da linha eruptiva
e esfoliaçãodo dente
deciduo.Hi atração
e conduçãode
células
mononuclearespara a
superficie ósseacomo precursoras de
osteoclastosou
moduladoras da atividade deles. Na presença do foliculo, uma linha de erupção é
a
formação
inicial da linha eruptiva produz uma "janela deerupção",
que é fechada em3
ou4
semanas se o espaço não é ocupado pelo dente ou sehá
falha naformação
datrabécula óssea
na base da cripta.Em estudo posterior, Wise et al.
(1985)
pesquisaram a ultra-estrutura dos eventos celulares que estão acontecendo in vivo no momento em que o dente começa omovimento eruptivo. Foram usados
3"
e4 premolares
permanentes decães
beagle. Osfoliculos
foram seccionados em12 divisões
enquanto ainda estavam ao redor das coroas. Os resultados sugerem que o aumento nonúmero
demonócitos
na16'
semana deve estar relacionado A futurareabsorção óssea,
que énecessária
para aformação
da linha eruptiva. A ultra-estrutura dosmonócitos
sugere que elessão comparáveis
a préosteoclastos. 0
aumento nonúmero
deosteoclastos
na criptaóssea,
assim como o aumento nonúmero
demonócitos
e o aparecimento concomitante demonócitos
imediatamente adjacentes aos
osteoclastos,
também indica que osmonócitos
devem ser préosteclastos.
Oliver,
Htinter (1986)
relataram quatro casos de molares permanentesnão
erupcionados.
Afirmaram que a causa da falha deerupção
poderia ser um agente sistêmico ativo, porém, este agente deveria influenciar o progresso dos incisivos queerupcionam
na mesma época.0
mecanismo deerupção
é diferente nos dentes quenão
tem predecessor
deciduo.
Também é possível que a causa seja um agente local esporádico agindo em vários locais e que tempredileção
por dente sem predecessordeciduo.
Em um dos casos, o examepatológico
indicoureação inflamatória
nofoliculo.
17
coordenadora do
foliculosuficientemente para inibir a
erupçãodental. Este caso era de
uma menina de
7anos com
o 36coberto pelo osso, raizes no bordo inferior da
mandíbula e radiograficamente
sem
foliculoao redor da coroa.
Brady
(1990)examinou um menino de
9anos
ediagnosticou falha
primáriade erupção dos primeiros molares permanentes
eenvolvimento de molares
deciduos.Com
anamnese eradiografias tiradas
há 30anos, ficou claro que a
mãedo paciente teve
condição
similar. Também havia envolvimento familiar de um primo em
l'grau
sugerindo causa genética para a
condição.Ireland,
Orth (1991)apresentaram dois casos onde os primeiros molares
permanentes apresentavam
característicasde falha
primáriade
erupção.As duas
meninas eram
irmãs,concordando com a causa genética sugerida por Brady
(1990).Pytlik (1991)
apresentou
ocaso de uma menina de
13anos que teve seu
primeiro molar superior direito
extraídodevido a
não erupçãocom
subsequentemovimento
espontâneodo segundo molar em
direçãoapical. A menina pertence a
terceira
geraçãode uma
famíliana qual
o diagnósticode falha
primáriade
erupçãofoi
feito depois de longo tempo de
observação.Raghoebar
et al.
(1991b)numa
revisãoda literatura sobre
distúrbiosde
erupção
dos molares permanentes
afirmaramque a
retenção primariadeve ser causada
(1984) afirmaram ainda que a retenção primária provavelmente
é
causada por um distúrbio no foliculo dental que falha em iniciar os eventos metabólicosresponsáveis
pela reabsorção óssea no trajeto da erupção. Sobre a retenção
secundária,
afirmaram que sua etiopatogeniaé
desconhecida, a anquilose tem sido sugerida comoo
maior fator. Numa pesquisa histológica com 38 molaresextraídos
devido a retençãosecundária
ficou aparente que
áreas
de anquilose estavam presentes em todos os dentes. (Raghoebar et al., 1991 a).2.3
Características
2.3.1
Características
clinicasProffit, Vig (1981) estudaram 16 pacientes com falha primária de erupção, com base neste pequeno número, relacionaram
características
comuns se não a todos pelo menos para a maioria:a) os dentes posteriores são mais envolvidos que os anteriores. Os primeiros molares permanentes parecem ser os mais afetados. Vários graus de anormalidades parecem presentes distalmente ao primeiro dente envolvido, isto 6, se
o
primeiro molar estiver afetadoo
segundoe o
terceiro molares provavelmenteestarão,
mas os premolares podem estar normais;19
anquilose. Em alguns casos, um dente que nunca
erupcionou
totalmente parece estar no fundo de um grande defeitoósseo
vertical porque o osso foireabsorvido.
Em outros casos aparece umfoliculo
ampliado ao redor da coroa;c) tanto
deciduos
como permanentes podem estar envolvidos. Na maioria dos pacientes havia segundos molaresdeciduos
submersos, e aparentemente anquilosados vizinhos a molares permanentesnão erupcionados;
d) pode haver envolvimento uni ou bilateral, mas
freqüentemente
acondição
é unilateral;e) os dentes permanentes envolvidos tendem a tornar-se anquilosados mas a falha de
erupção
ocorre antes da anquilose definitiva. Quando um molar é exposto cirurgicamente em paciente com essascondições,
o cirurgião normalmente observa que o dente nãoestá
anquilosado e pode ser movido na cripta. Alguns dentes envolvidoserupcionam
durante o período deobservação,
masnão
totalmente;f)
aplicação
de forçaortod6ntica
na tentativa de trazer o dente envolvido ao arco conduz a anquilose. Dentes envolvidos parecem nunca responder normalmenteàs forças ortod6nticas.
Na melhorsituação
há movimento de1
a
2mm,
mas a anquilose ocorre invariavelmente antes que o dente possa ser trazido a oclusão;Mellor
(1981)
apresentou tits pacientes com características semelhantesàs
descritas por
Proffit, Vig (1981).
Em todos havia envolvimento de primeiros molares inferiores que se apresentavamintra-ósseos
sem barreirafisica
que pudesse impedir suaerupção,
numa idade em que os dentes deveriam estar em boca.Oliver, Hunter
(1986)
também mostraram casos clínicos com características de falhaprimária
deerupção.
Em um dos casos havia envolvimento de todos os primeiros molares permanentes e do canino inferior esquerdo num menino de9
anos. Corn o acompanhamento perceberam que o molar superior direito continuava a submergir. Foi tentado o tratamentoortodemtico
mas depois de8
mesesnão
houve sinal demovimentação.
Em outro caso observaram um primeiro molar permanente inferior direito que começava a submergir com13
anos,3
anos e meio depois o dente tinha submergido mais. Esses casos demonstram um mecanismo onde os denteserupcionaram
e depois falharam em manter sua
posição
durante o subsequente crescimento alveolar em altura. Os autores denominaram desuspensão primária
deerupção.
Em outro caso havia envolvimento dos primeiros molares inferiores com as mesmas características. Os dentes foram extraídos sem dificuldade.Janson et al.
(1989)
apresentaram um caso clinico onde havia falha deerupção
dos dentes posteriores dos arcos inferior e superior, tentou-seextrusão
reciproca mas
após 6
meses do tratamentoortodCintico não
houvemovimentação.
Brady
(1990)
examinou um menino de9
anos comerupção
parcial dos21
clinicamente bem
erupcionados, nãoestavam em
oclusão. Nãohavia
interposiçãode
tecido mole. Com
10anos os molares esquerdos foram expostos cirurgicamente mas
o26
foi coberto novamente pela gengiva. Não houve melhora no
nívelde
erupçãodos
dentes, que foram
extraídos.Um anos mais tarde, houve pequeno aumento na mordida
aberta posterior. Com a
anamneseficou claro que a
mãedo paciente teve
condiçãosimilar que
pôdeser observada em
radiografiastiradas há
30anos.
Situação
semelhante foi encontrada por
Irland,
Orth (1991)onde duas
irmãsapresentavam mordida aberta posterior devido a falha
primáriade
erupção.A
irmãmais
velha tinha
históriamédica
edental normais. Foi tentado
o tratamento ortod6nticomas
apenas os dentes anteriores responderam, a mordida aberta
nãomelhorou.
A irmã mais nova apresentava característicassemelhantes porém mais suaves.
Piattelli, Eleutério (1991)
examinaram um menino de
14anos apresentando
dentes
posteriores
nãoirrompidos.
0exame bucal mostrou que
oquadrante posterior
inferior esquerdo era praticamente
edêntulocom nenhum dente
visívelclinicamente. No
quadrante superior esquerdo, canino
eprimeiro molar estavam
nãoirrompidos.
Nãohavia
históriamédica de
doençaou envolvimento familiar semelhante.
Após 3anos de
acompanhamento a
situação continuava a mesma.Pytlik (1991)
apresentou
ocaso clinico de uma menina de
13anos com
primeiros molares permanentes. Os dentes foram extraídos sem sinal de anquilose. Trinta meses mais tarde o segundo molar permanente superior direito movimentou-se
em direção mesial e apical 9 e 4mm respectivamente o que o autor denominou de
movimento dental paradoxal. Este movimento parece estar relacionado a falha de
erupção.
Em outro estudo, Raghoebar et al. (1991a) observaram as características clinicas, radiográficas e histológicas da retenção secundária. 0 termo secundária indica que a retenção aconteceu numa fase mais tardia do processo eruptivo. Até a fase onde a
retenção acontece o processo eruptivo parece ser normal. 0 termo anquilose não é
especificamente usado para se referir a esta desordem eruptiva. Foram avaliados o
número e a distribuição dos molares afetados, a extensão da infra-oclusão em
milímetros, o som à percussão, o grau de inclinação dos dentes adjacentes, presença de cárie e restauração, desenvolvimento vertical do processo alveolar, ausência do espaço
do ligamento periodontal e presença de reabsorção radicular de 81 molares afetados. Trinta e oito molares com retenção secundária foram extraídos por razões terapêuticas e avaliados histologicamente. A média da infra-oclusão foi de 4,3 ± 1,9 mm. Observaram som surdo característico de anquilose em 16 dentes, enquanto que em 62 o som era normal à percussão. Em 38 casos de retenção secundaria nenhuma inclinação dos dentes vizinhos foi observada, enquanto 36 mostravam inclinação moderada e três severa. Cárie ou restauração estavam presentes em 57 molares, enquanto 24 eram livres da doença. Ausência parcial de ligamento periodontal com áreas de aparente junção entre raiz e osso alveolar foi observada radiograficamente em 14 casos. Reabsorção radicular
23
nos 38 casos. Dos 16 molares com som surdo a percussão, 12 mostraram ausência parcial do ligamento periodontal sugestivo de anquilose, por outro lado, dos 62 molares com som normal, ausência de ligamento periodontal foi observada em apenas dois. Quatro molares com ligamento periodontal normal apresentaram som surdo à percussão.
A extensão da infra
-oclusão
não estava relacionada à ausência parcial do ligamento periodontal ou som surdo à percussão.Valmaseda—Castellon et al. (1999) em estudo semelhante, examinaram
clinica
e
radiograficamente 25 pacientes que apresentavam molares permanentes retidosou impactados. Observaram que a maioria dos dentes afetados eram assintomáticos. A
posição do dente em infra
-oclusão,
na maioria, era vertical seguindo a linha eruptiva. 0grau de infra
-oclusão
foi considerado leve em 14%, moderado em 33%e
severo em53% dos casos.
O'Connell, Torske (1999) examinaram uma menina de 6 anos com falha de
erupção dos dentes deciduos. Aos 3 anos
e
9 meses a paciente tinha somente seis denteserupcionados. A radiografia panorâmica revelou a presença de todos os deciduos
e
permanente em estagio de desenvolvimento normal. A saúde geral da paciente era boa
e
não havia história familiar de anomalias dentais. Só havia contato oclusal nos incisivos
2.3.2 Características Radiográficas
0 estudo de Mellor (1981) mostrou seis casos de não erupção do primeiro molar permanente inferior. Em dois desses casos não havia causa aparente para a falha de erupção. Radiograficamente o 36 apresentava raizes não formadas enquanto os outros molares estavam com desenvolvimento normal. No outro caso, o 36 apresentava-se intra-ósapresentava-seo com as raizes no bordo inferior da mandíbula, ápices curvadas e em posição vertical.
Proffit, Vig (1981) apresentaram, em seu estudo, radiografias de pacientes com falha primária de erupção. Na maioria dos casos, os molares afetados estavam intra-ósseos e em posição vertical. Em outros casos havia apenas infra-oclusão dos molares.
F S 25
Iliblioteca , C CS - (.)
evidência radiográfica de dilaceração dos ápices radiculares que estavam próximos do bordo inferior da mandíbula. No terceiro caso as radiografias de uma menina de 8 anos mostravam o 36 coberto por osso com as raizes próximas ao bordo inferior da mandíbula começando a se curvar. Havia um foliculo bem circunscrito ao redor da coroa. No último caso, um menino de 7 anos, as radiografias mostravam o 36 coberto por osso, com raizes no bordo inferior da mandíbula e sem foliculo evidente na porção oclusal da coroa.
McDonald (1988) mostrou um caso de transplante depois de falha primária de erupção. Na radiografia panorâmica tirada na época em que o paciente tinha 7 anos e meio não havia alteração perceptível. Entretanto, corn 14 anos observou radiograficamente uma severa infra -oclusão do primeiro molar permanente inferior direito com o segundo molar inclinado mesialmente.
panorâmica mostrando que
18, 17, 23, 24, 25, 28, 37e
38ainda
nãoestavam
irrompidos.
Pytlik (1991)
apresentou o caso de uma menina de
13anos com falha
primária
de
erupçãodos primeiros molares permanentes. Na
radiografia panorâmicafeita nesta época podia-se observar a infra-oclusão do primeiro molar permanente
superior direito, ambos os inferiores apresentavam
restauraçãoalém da
infra-oclusão. 0 25estava
impactado.Trinta meses
apósa
extraçãodos três molares afetados, nova
panorâmica foi feita e observou que o segundo molar permanente superior direito
movimentou-se para
mesiale para apical.
Piattelli, Eleutério (1991)
estudaram o caso de
não erupçãode dentes
permanentes em um menino de
14anos. A radiografia panorâmica mostrava que todos
os dentes do quadrante inferior esquerdo estavam
não erupcionadose cobertos por
fibromucosa.
Canino e primeiro molar superior esquerdo também estavam não
irrompidos. Outra panorâmica tirada
3anos mais tarde mostrou que a
situaçãopermanecia a mesma.
Raghoebar
et al.
(1991a)estudaram as características
clinicas, radiográficase
histológicas da retençãosecundária de molares permanentes. Na radiografia
panorâmica de uma mulher de
26anos com
retençãosecundária dos primeiros molares
permanentes na maxila, observaram que o molar esquerdo estava quase coberto pelos
27
molar permanente inferior esquerdo, observaram que a margem do osso alveolar seguia a
junção
cemento-esmalte. A raiz distal desse dente mostrava sinais dereabsorção.
Em outro caso, perceberam na radiografia panorâmica de uma menina de10
anos,retenção
secundária do primeiro molar permanente inferior esquerdo.
Após 1
ano, a infra-oclusão tinha aumentado. Três anosapós,
em nova radiografia, o segundo molar permanente superior esquerdo apresentavaretenção
secundária. Em todos os casos deretenção
secundária observaram
radiograficamente
que a margem do osso alveolar seguiu ajunção
cemento-esmalte do molar retido. Também foi possível perceber ausência parcial de ligamento periodontal,reabsorção radicular, hipercementose
e curvatura da raiz em alguns molares afetados.Raghoebar
et al.(1991b)
concluíram que: como o molar comretenção
primária não
passa pelo surto eruptivo pré-emergente, elenão está
visível na cavidade bucal.Radiograficamente
o molar temorientação
normal na linha eruptiva, a coroa está coberta por osso e mucosa e o crescimentoradicular
precede areabsorção óssea
aoredor da
porção radicular
do dente. Naretenção primária
algumas vezes a raiz está localizada profundamente no osso e completamente formada.O'Connell,
Torske (1999)
estudaram a falhaprimária
deerupção
em uma menina de6
anos. Uma radiografiapanorâmica
feita quanto a criança tinha3
anos e9
meses revelava a presença de todos os dentes
deciduos
e o desenvolvimento adequado dos permanentes. Nessa época ela tinha apenas seis denteserupcionados,
todos os incisivos centrais e os laterais inferiores. A pacientenão
tinha nenhuma outraalteração
erupcionado. Radiograficamente, todos os deciduos estavam presentes
eos germes de
todos os dentes permanentes, exceto dos segundos pré molares superiores, podiam ser
vistos. Os dentes não irrompidos estavam cobertos por osso
etinham foliculos bem
delimitados. Os germes dos segundos pré-molares inferiores estavam posicionados
ectopicamente, anteriores aos segundos molares deciduos. A comparação entre as duas
radiografias revela que houve um pequeno progresso na erupção dental. Entretanto,
apesar do continuo desenvolvimento radicular dos dentes permanentes não houve
progresso eruptivo no osso alveolar. Além da falha de erupção, a seqüência eruptiva
estava inadequada. 0 tratamento inicial foi encorajar os dentes a irromper removendo
qualquer barreira fisica, osso ou tecido mole, associada ao dente não irrompido. Os
dentes permanentes foram expostos cirurgicamente
eos deciduos
extraídos,exceto
osegundo molar superior direito devido a ausência do sucessor permanente, em cirurgias
sequenciais com acompanhamento periódico. Radiografia panorâmica feita com 10 anos
revelou que os primeiros molares permanentes superior direito
einferior esquerdo não
estavam presentes na cavidade bucal mas os outros dois primeiros molares estavam.
2.4 Diagnóstico
Segundo Proffit, Vig (1981), há duas causas
possíveispara um dente falhar
parcial ou completamente na sua erupção: interferência
mecânicacom a erupção antes
ou depois do dente emergir do osso alveolar, ou falha no mecanismo eruptivo do dente
fazendo com que a quantidade de erupção esperada não aconteça. Hi muito tempo
é29
pela ausência ou redução das clavículas, alterações em porções do crânio, e falha de muitos dentes permanentes em emergir do osso alveolar. É necessário saber a história médica do paciente para poder fechar o diagnóstico. Se a emergência alveolar de alguns dentes posteriores ocorreu, mas estes não chegaram a oclusão o diagnóstico diferencial é entre falha primária e obstrução mecânica do tecido mole interposto. Interferência de lábio ou lingua produz uma mordida aberta lateral com os dentes adjacentes aproximadamente no mesmo nível vertical, na falha primária de erupção normalmente os dentes estão com diferentes níveis verticais.
Nos seis casos apresentados por Mellor (1981) havia falha na erupção de primeiros molares permanentes inferiores. Em três deles, foi diagnosticado barreira mecânica constituída por cisto dentigero, odontoma composto e odontoma complexo.
Janson et al. (1989) afirmaram que dentes supranumerários, cistos e tumores
são exemplos de obstruções mecânicas que podem impedir que dentes normais
irrompam. Além disso, espaço insuficiente no arco, síndromes de cabeça e pescoço e
alterações endócrinas podem estar associadas à falta de erupção dental e precisam ser
avaliadas antes de concluir o diagnóstico.
Piattelli, Eleutério (1991)
afirmaramque falha de erupção pode estar
relacionada a distúrbios genéticos e síndromes de cabeça e pescoço, porém nesse caso a
falha de erupção é mais generalizada. Na osteopetrose há falha de erupção com
ligamento periodontal anormal.
Pytlik (1991)
afirmou que doponto de vista terapêutico é importante
diferenciar entre falha primária de erupção e falha devido a interferência mecânica.
Raghoebar et al. (1991b) encontraram que distúrbios de erupção devem
depender de fatores locais ou sistêmicos. Fatores sistêmicos estão presentes em
pacientes com síndromes e a consequência normalmente são muitos dentes afetados. Em
pacientes com distúrbios locais poucos dentes são afetados.
Raghoebar et al. (1991a) em estudo sobre retenção secundária concluíram
que a infra-oclusão de um molar numa idade em que normalmente estaria em oclusão é
o único critério clinico confidvel para diagnosticar a condição. Exames radiográficos
31
percussão
sugestivo de anquilose foi observado com mais frequência em pacientes
maisvelhos.
Usualmente,
não erupçãodos dentes anteriores
éfacilmente percebida pelo
paciente porque os
deciduos não são substituidospelo permanente correspondente,
oque leva a procura de um profissional. Mas a
não erupçãode molares normalmente
ocorre em pacientes
assintomaticos.A descoberta de uma
inclusãonormalmente
acontece durante um exame de rotina
oque implica num
diagnósticotardio da
anormalidade.
(Valmaseda—Castellónet al.,
1999).O
diagnósticode
retenção primária,falha
idiopáticade
erupçãoou dente
retido
éum
diagnósticode
exclusão e nãopode ser separado da anquilose
quando nãohi
erupçãodo dente na cavidade bucal. (O'Connell,
Torske, 1999).2.5 Consequências; clinicas
Koskinen, Rahkamo (1975) afirmaram que hábitos corno a interposição
lingual
freqüentemente estãoassociados com
odesenvolvimento de mordida aberta
posterior. Esse tipo de mordida aberta
éconsequência de falha
primáriade
erupçãodos
dentes
posteriores.Embora a lingua ocupe
o espaçovertical entre os dentes, a interposição
Proffit (1978) estudando os fatores que influenciam a posição dental, encontrou que a posição vertical dos maxilares está ligada A erupção dos dentes. Os pacientes com falha primária de erupção têm a distância entre os dentes superiores e inferiores em oclusão reduzida, ou seja, o terço inferior da face está diminuído.
Janson et al. (1989) apresentaram caso clinico de um paciente com mordida aberta posterior bilateral devido A falha primária de erupção. Havia envolvimento, além dos molares permanentes, de segundo pré-molar e segundo molar deciduo.
No caso clinico examinado com Brady (1990), o paciente com diagnóstico
de falha primária de erupção, apresentava contatos oclusais apenas nos incisivos e caninos. Havia mordida aberta posterior bilateral.
Ireland, Orth (1991) encontraram situação semelhante. Sua paciente apresentava desgaste oclusal dos incisivos centrais por serem os únicos que apresentavam contato.
Distúrbios de erupção dos molares permanentes apresentam impacto clinico
considerável. Esses dentes são importantes para o desenvolvimento normal da dentição,
além de coordenar o crescimento facial. Outra função é produzir apoio oclusal
suficiente para a correta função mastigatória. Distúrbios de erupção dos molares podem resultar em terço inferior da face encurtado. Outras consequências são cisto folicular,
pericoronarite, inclinação dos dentes vizinhos, reabsorção das raizes dos dentes vizinhos
[
Biblioteca Universitária
UFSC
g-
•33
No estudo de Raghoebar et al.
(1991a),
sobre os molares comretenção
secundária,
foiobservado
que dentes afetados podem apresentarvários
graus deinfra-oclusão, cárie, reabsorção radicular e inclinação
dos dentes adjacentes. Em todos os casos deretenção secundária
havia diminuição dadimensão
vertical do osso alveolar. A margem do osso alveolar seguiu ajunção
cemento-esmalte do dente retido.Num estudo sobre
distúrbios
de erupção de molares permanentes,Valamseda — Castellón
et al.(1999)
observaram quegiroversão
dos dentes vizinhose
extrusão
estão associados anão erupção
de molares. Esses molares podem apresentarvários
graus de infra-oclusão.2.6
TratamentoSe
há
falha naerupção
de um molar devido a anquilose dedeciduo,
dentesupranumerário,
ou outraobstrução mecânica,
aquestão é
seo
dente abaixo daobstrução
pode ser trazido parao
arco. Nesse caso,o
melhoré
remover essaobstrução e
observar se há
erupção.
Se houvererupção, o
ligamento periodontale o
movimento eruptivo estão normais,e o
dente deve responder à forçaortodóntica.
Mas, seo
dentemais generalizada. Na ausência de resposta normal a força
ortodóntica,
aúnica
maneira de colocar dentesnão erupcionados
em oclusão éreposiciond-los
cirurgicamente sem afetar o ligamento periodontal. Se os dentesestão
em local acessível, pode-se fazerosteotomia
de um pequeno segmento alveolar ou um segmento maior, dependendo dequantos
dentes estão envolvidos. Para esse procedimento ha necessidade de colocar um enxertoósseo
entre o segmento e o osso basal. Mesmo com esse tratamento, o dente podeficar
de1
a2nun
abaixo do planooclusal
devido aretração
do segmento durante acicatrização.
Mas, mesmo que o dentereposicionado não
alcance a oclusão, é possível fazer umarestauração,
sem aumentar muito arelação corono radicular,
estabilizando a oclusão. Infelizmente, algumas vezes aposição
dos dentesnão
irrompidos impede a cirurgia paratraze-los
em oclusão. Então, oúnico
tratamento possível é a substituiçãoprotética. (Proffit, Vig, 1981).
Oliver, Hunter
(1986)
trataram um caso de mordida aberta posterior devido a falhaprimária
de erupção comextrusdo ortodóntica.
Depois de8
mesesnão
houve sinal demovimentação.
Os dentes envolvidos foram extraídos.t1PSC 35
r
b
it octe cceisoclusão numa tentativa de manter a cobertura de cimento.
0
dente não foiferulizado
e foi instalado uma mantenedor deespaço
para evitar ainclinação
distal do segundopré-molar. Quatro anos depois, com
18
anos e5
meses o dente transplantado continuava em infra-oclusão mas com os apices das raizes fechados. Neste momento o dente foi restaurado e o mantenedor deespaço
foi removido. Embora não tenha sido um sucesso, o dente respondeu normalmente aos testes de vitalidade. Provavelmente a falha deerupção
foi devido ao tecidocicatricial
do procedimentocirúrgico.
Janson et al.
(1989)
trataram um caso de mordida aberta posterior devido a falhaprimária
deerupção. Após 6
meses de uso deelásticos
verticais e de fio segmentadonão
foi observada nenhuma movimentação dos dentes. Asúnicas soluções
possíveis seriam cirurgia para rebaixamento do processo alveolar ou tratamento
protético.
Devido aextensão
da mordida aberta e o problema de retração do enxerto, optaram pelaprótese.
Brady
(1990)
tratou um caso de falhaprimária
deerupção
comexposição
cirúrgica. 0
paciente ficou emobservação
por33
meses e não houve melhora no nível de erupção. Os dentes afetados foram extraídos.Raghoebar
et al.(1991b)
revisando a literatura, encontraram que a escolha do tratamento vai depender da presença de processopatológico,
idade do paciente,posição
do molar emrelação
a outras estruturas eaceitação
do paciente emrelação
ao tratamento. No caso deretenção primária,
antes da emergência alveolar, o melhor tratamento inicial éexposição cirúrgica
da coroa.Observação periódica
vai revelar se aerupção
está acontecendo. A erupção pode ounão
ocorrer. Aerupção
pode ocorrerporque
o ligamento periodontal e outros mecanismos eruptivos estão normais. Aextração
do molarestá
indicada se aexposição cirúrgica
e o tratamentoortoantico
não resultaram emerupção,
ou se um processopatológico
está presente. Um molar localizado profundamente no osso,assintomático,
e quenão
está interferindo na erupção de outros dentes, deve ser deixado onde estiver. Suaremoção
pode afetar as estruturas adjacentescomo
os dentes vizinhos, seio maxilar, vasossangüíneos
ou o nervo alveolarinferior.
0
tratamento daretenção
secundária depende da idade do paciente, daextensão
da infra-oclusão e da
maloclusão. 0
movimentoortod6ntico
de molares afetadosnão
é possível porque o ligamento periodontal é anormal. Se aretenção
secundária se desenvolver antes do surto de crescimento, o tratamento indicado é aremoção
do molar afetado seguida de alinhamentoortoantico
dos dentes vizinhos. Se for durante o surto de crescimento, o molar deve ser observado em intervalos de6
meses. Durante ouapós
o surto de crescimento pode-se fazer
reconstrução protética
se os dentes vizinhos não37
Raghoebar
et al.
(1991a),no estudo de retenção secundária, afirmaram que
durante o surto de crescimento nenhum tratamento
invasivoé indicado
quandoa
infra-oclusão
é leve e
nãoprogressiva. Em adultos, pode-se fazer a
construção oclusalse a
infra-oclusão
é leve e
estável.Independente da idade do paciente, molares com
infra-oclusãosevera devem ser removidos devido a alta incidência de cárie,
inclinaçãodos
dentes vizinhos e
doençaperiodontal.
Valmaseda—Castellón
et al.
(1999)em estudo sobre o resultado dos
tratamentos de
43casos de molares com
distúrbiosde
erupção,concluíram que os
resultados dos tratamentos não parecem muito promissores. Apenas a metade dos casos
tratados conservadoramente alcançaram posição aceitável no arco. Em
28%dos casos o
molar teve que ser extraído. Se
não há diagnósticoe tratamento precoces, a perda do
molar ou a ausência de
função sãoos resultados mais comuns.
O'Connell,
Torke (1999)trataram uma menina de
6anos com
históriade
falha de erupção dos dentes
deciduos.Com
3anos e
9meses apenas seis dentes tinham
irrompido, os incisivos centrais e os incisivos laterais inferiores. A radiografia
panorâmica mostrava a presença de todos os dentes
deciduose os dentes permanentes
em estágio de desenvolvimento normal. Naquela época foi feita uma extensa pesquisa
médica e sua
históriade
saúdeera excelente.
0 históricofamiliar era negativo para
anormalidades dentais. No exame inicial aos
6anos,
13dentes
deciduosestavam
presentes na cavidade bucal e apresentavam tamanho, forma e qualidade de esmalte
deciduos
estavam presentes e os germes de todos os permanentes comexceção
dos segundos pré-molares superiores, também. Os dentesnão
irrompidos estavam cobertos por osso e tinhamfoliculos
bem delimitados. Novasavaliações médicas
foram feitas e não havia nenhum problema desaúde.
Assim odiagnóstico
foi de falhaprimária
deerupção
dos dentesdeciduos
e permanentes.0
tratamento inicial foi estimular aerupção
dental removendo qualquer barreira
fisica
associada. Uma possibilidade era aextração
dos incisivos
deciduos
e esperar aerupção
dos permanentes. Mas os pais dacriança não
aceitaram devido a incerteza doirrompimento
dos sucessores. Além disso, adimensão
vertical estava sendo mantida por aqueles dentes. Decidiram usar um quadrante como teste fazendo a
exposição
cirúrgica dos molares não irrompidos.0
primeiro molar permanente inferior direito foi exposto e canino e primeiro molardeciduo
foram extraídos sob anestesia geral da paciente.0
dente podia ser movido facilmente na cripta enão
foi feitaluxação.
Um exame depois de6
meses mostrou que o molar estava parcialmente visível na cavidade bucal comorientação
lingual. Aaplicação
deforça
ortodiintica não
era possível devido a falta de ancoragem. Outraoperação
foi planejada para expor o primeiro molar permanente inferior esquerdo e expor novamente o direito. Nareavaliação,
o46
estava posicionado para lingual e totalmente fora da gengiva e o36
não estava visível na cavidade bucal. Após
8
meses nova cirurgia foi feita onde16
e26
foram expostos e o
36
novamente exposto. Todos osdeciduos não
irrompidos foram extraídos menos o segundo molar superior direito devido a ausência do sucessor. Durante o procedimento observaram que a faceoclusal
do36
estava inclinada39
3 DISCUSSÃO
dificil explicar a falha primária de erupção de molares permanentes já que o processo eruptivo não está claro. (Janson et al., 1989). Sabe-se que o dente falha em irromper na cavidade bucal sem que haja barreira fisica na sua linha eruptiva, posição anormal, problema de saúde geral do paciente ou envolvimento com alguma síndrome. (Proffit, Vig, 1981).
Ha divergência em relação à nomenclatura dada a situação clinica onde o dente falha em irromper na cavidade bucal. Na literatura, muitos termos são usados, como impacção, retenção primária, retenção secundária, falha de erupção idiopática, submersão, inclusão e falha primária de erupção. (Proffit, Vig, 1981; Mellor, 1981; Oliver, Hunter, 1986; Raghoebar etal., 1991a e 1991b; O'Connell, Torske, 1999).
Proffit, Vig (1981) baseados em estudo clinico, definem a falha primária de erupção como a falha no mecanismo eruptivo do dente fazendo com que a quantidade de erupção esperada não aconteça. Os pacientes são colocados em dois grupos: aqueles cujos dentes não emergiram do osso alveolar, e, aqueles cujos dentes mostraram emergência do osso alveolar mas não entraram em oclusão.
41
antes de sua emergência que não se deve a uma barreira fisica na linha de erupção, não é resultado de uma posição anormal e não tem causa sistêmica, enquanto que a retenção secundária seria a cessação da erupção depois da emergência alveolar.
A etiologia da falha primária de erupção ainda não foi estabelecida. Mas há concordância de que o foliculo dental é responsável por iniciar e coordenar os eventos bioquímicos que levam à reabsorção óssea e que na sua ausência, a erupção não ocorre. (Cahill, Marks, 1980; Proffit, Vig, 1981; Cahill, Marks, 1984; Wise, et al., 1985; Raghoebar et al., 1991b). Mas, independente do fator etiológico, parece que hi uma relação genética envolvida com esse distúrbio, que se manifesta apenas na forma de não erupção dental. (Proffit, Vig, 1981; Brady, 1990; Ireland, Orth, 1991; Pytlik, 1991).
A falha primária de erupção pode afetar tanto a dentição decidua como a permanente. (Proffit, Vig, 1981; O'Connell; Torske, 1999). 0 dente afetado pode ficar intra-ósseo ou irromper na cavidade bucal, porém não totalmente. (Proffit, Vig, 1981; Raghoebar et al., 1991b; Valmaseda-Castellón, 1999). Hi casos onde o dente envolvido continua a submergir com o passar do tempo, ou seja, falha em manter sua posição durante o subsequente crescimento alveolar. (Oliver, Hunter, 1986; MacDonald, 1988; Brady, 1990; Raghoebar et al., 1991a). Ou, ainda, pode haver movimentação apical de um dente que estava anteriormente em oclusão. (Pytlik, 1991).
mandíbula (Mellor, 1981; Oliver, Hunter, 1986) podendo estar curvados (Mellor, 1981). Os molares podem estar cobertos por osso (Oliver, Hunter, 1986; O'Connell, Torske, 1999) ou apenas por fibromucosa (Piattelli, Eleutério, 1991). Quando houver irrompimento na cavidade bucal, radiograficamente observa-se que a margem do osso alveolar segue a junção cemento-esmalte (Raghoebar et al. 1991a). Em alguns casos, o molar parece estar no fundo de um grande defeito ósseo vertical porque todo o osso suprajacente foi reabsorvido. (Proffit, Vig, 1981). Em outros, o foliculo parece ampliado ao redor da coroa não irrompida. (Proffit, Vig, 1981; Oliver, Hunter, 1986).
43
extraídos por razões terapêuticas. A não erupção de molares normalmente é diagnosticada em exame de rotina, já que ocorre em pacientes assintomaticos. (Valmaseda — Castellón et al., 1999).
Clinicamente, o paciente com falha primária de erupção pode apresentar mordida aberta posterior (Proffit, Vig, 1981; Jonson et al., 1989; Brady, 1990; Ireland, Orth, 1991) seguida de interposição lingual. (Proffit, Vig, 1981). Outra consequência desse distúrbio é a diminuição da dimensão vertical (Proffit, 1978; Raghoebar et al., 1991 a e b). Além disso, observa-se deficiência mastigat6ria (Raghoebar et al., 1991b), infra-oclusão, inclinação dos dentes vizinhos, reabsorção das raizes, cárie, pericoronarite, maloclusdo, giroversão e extrusdo. (Raghoebar et al., 1991 a e b; Valmaseda-Castellón, 1999).
0 tratamento vai depender da idade, posição do molar em relação a outras estruturas e aceitação do paciente. Se não houve emergência alveolar, o melhor tratamento inicial é a exposição cirúrgica seguida de acompanhamento para observar se há ou não movimentação dental. (Proffit, Vig, 1981; Raghoebar et al., 1991b). Se não houve erupção após a exposição cirúrgica e o dente ou os dentes estão em local acessível, pode-se fazer osteotomia do segmento alveolar afetado seguido de enxerto ósseo entre o segmento e o osso basal. Algumas vezes não é possível fazer esse tipo de cirurgia devido a posição dos dentes afetados, ou A.
extensão
da infra oclusão. (Proffit, Vig, 1981) Um molar localizado profundamente no osso alveolar, assintomático e quenão interfere na erupção de outros dentes, deve ser deixado onde estiver porque sua
(Raghoebar et al., 1991b) Se a infra-oclusão é leve ou moderada e ocorre antes do surto de crescimento, o tratamento indicado é a remoção do dente e posterior alinhamento ortod6ntico. Se for durante o surto de crescimento, o molar deve ser observado a cada 6 meses. Durante ou após o surto de crescimento pode-se fazer reconstrução protética se os dentes vizinhos não estão inclinados. Se a infra-oclusão é severa, indica-se a extração devido a alta incidência de cárie, doença periodontal e inclinação de dentes vizinhos. (Raghoebar et al., 1991a). 0 tratamento ortod6ntico do dente afetado não esta indicado porque há o risco de levar esse dente à anquilose. (Proffit, Vig, 1989) A substituição protética ou tratamento ortodêntico estão indicados após a remoção do dente afetado. (Raghoebar et al., 1991 a e b). Se os dentes forem deixados intra-ósseos podem ser confeccionadas próteses sendo necessário o acompanhamento regular. (Proffit, Vig, 1981; Janson et al., 1989; Raghoebar et al., 1991 a e b; O'Connell Torsker, 1999). Normalmente, durante a cirurgia para extração de dentes com falha primária de erupção, o cirurgião percebe que o dente pode ser movido facilmente no alvéolo, indicando que não está anquilosado. (Proffit, Vig, 1989; Oliver, Hunter, 1986; Pytlik, 1991; Brady,
1990; O'Connell, Torske, 1999).
F S "- 45 131131toteca 3etortai
COS-0
4 CONCLUSÕES
Ao analisar a literatura concluiu-se que:
1. A falha primária de erupção do molar permanente é um distúrbio eruptivo, onde o dente não irrompe na cavidade bucal, sem que haja barreira fisica em sua rota eruptiva ou associação com alguma síndrome.
2. Sua etiologia é desconhecida. Existem alguns fatores que podem estar relacionados, como uma alteração do fluxo sanguíneo na região do ligamento periodontal ou uma alteração do próprio ligamento periodontal. Hi evidencia de que é o foliculo dental o responsável pela erupção, assim, nesse distúrbio, poderia haver problemas relacionados ao foliculo. Mas independente do mecanismo, parece que hi um componente hereditário relacionado à falha primária de erupção.
4. Seu diagnóstico é baseado nas características clinicas e radiográficas associado a idade do paciente e ao histórico familiar. É necessário observar se há interferência de tecido mole interposto ou anquilose.
5. tratamento consiste em eliminar as barreiras fisicas que podem estar impedindo a erupção. Assim, pode-se fazer exposição cirúrgica seguida de acompanhamento. Se não houver irrompimento dental faz-se osteotomia do segmento alveolar com enxerto ósseo, seguida de restauração oclusal. Caso não seja possível a cirurgia devido a posição dental ou ao tamanho da área afetada, deixa-se o dente in situ e
opta-se pela prótese. Se já houve irrompimento dental e a infra-oclusão é leve ou moderada pode-se fazer restauração oclusal, se for severa a opção é a extração. 0 tratamento ortod6ntico não está indicado porque não promove movimentação dental
e pode levar A. anquilose.
6. As conseqüências da falha primária de erupção de molares permanentes se manifestam como mordida aberta posterior seguida ou não de interposição lingual; diminuição da dimensão vertical; ark devido à infra-oclusão; inclinação e extrusão dos dentes adjacentes; dificuldade mastigatória e desgaste excessivo dos dentes não
47
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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