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CRÍTICADEURBANISMO BRASÍLIAAOS50ANOS ACIDADE SEM HISTÓRIAESEUSNOVOSGUIAS

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

DEPARTAMENTO DE PROJETO, EXPRESSÃO E REPRESENTAÇÃO DISCIPLINA: CRÍTICA DE URBANISMO

OUTUBRO DE 2010

PROF. FREDERICO FLÓSCULO PINHEIRO BARRETO

BRASÍLIA AOS 50 ANOS: A CIDADE-SEM-HISTÓRIA

E SEUS NOVOS GUIAS

Arq. Frederico Flósculo Pinheiro Barreto

Departamento de Projeto, Expressão e Representação em Arquitetura e Urbanismo da FAUUnB

Este texto é dedicado a Guias de Arquitetura, assim como a todas as obras que cultuam as personalidades e as realizações dos grandes arquitetos. Por mais homenageados que tenham sido, é sempre rota segura para historiadores que evitam caminhos difíceis, que buscam receber em suas faces as luzes dos luminares, que querem se associar ao sucesso. Além disso, Guias de Arquitetura sempre contém palavras doces, elogios, frases de efeitos. São tranqüilizadores, sobretudo quando se quer que a ordem do mundo não apresente essas faces perturbadoras dos problemas urbanos.

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Este texto também é dedicado a uma reflexão sobre as formas que as críticas teóricas, ideológicas, políticas, entre outras formas candentes, podem assumir numa notória, famosa escola pública de arquitetura, que vive um momento de colapso em sua capacidade de diálogo público, com a cidade e seus professores.

Figura 1. Oscar Niemeyer merece Guias por todo o sempre. Contudo, alguns historiadores o usam d forma “vicária”, para substituir o grande debate urbano.(Desenho do Autor).

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FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

DEPARTAMENTO DE PROJETO, EXPRESSÃO E REPRESENTAÇÃO DISCIPLINA: CRÍTICA DE URBANISMO

OUTUBRO DE 2010

PROF. FREDERICO FLÓSCULO PINHEIRO BARRETO

Nesse sentido, o texto tem como pressuposto o compromisso de nossas escolas com a crítica das políticas urbanas, com a luta cidadã contra a corrupção da gestão urbana, de forma pública, conspícua, independente – mas a que custo?

O CARÁTER DOS GUIAS DOS 50 ANOS DE BRASÍLIA

Nestes 50 anos de Brasília, Guias de Arquitetura podem significar o oposto de “rota segura” para a compreensão dos problemas urbanos da cidade, se forem comprovadamente associados a grupos de profissionais com um histórico bem específico: de conduta de repressão ao ativismo político e ao pensamento crítico que confronta a corrupção territorial e das políticas urbanas da Capital do País. Pior ainda, se o prestígio do nome da principal escola pública de arquitetura de Brasília está associado à repressão crítica e política da luta contra a corrupção na universidade e na cidade, por um lado, e por outro, ao escapismo dos Guias, como forma de produção intelectual deslocada, cara, cortesã e “hegemônica”, representativa de uma forma perversa de alienação.

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Figura 2. Os Guias não substituem a história crítica, e em meio à crise de corrupção endêmica em Brasília, podem se transformar em inesperados símbolos da alienação dos intelectuais. (Foto: Divulgação da Câmara dos Deputados)

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

DEPARTAMENTO DE PROJETO, EXPRESSÃO E REPRESENTAÇÃO DISCIPLINA: CRÍTICA DE URBANISMO

OUTUBRO DE 2010

PROF. FREDERICO FLÓSCULO PINHEIRO BARRETO

Neste texto, antes de mais nada, devo render reconhecimento ao Portal Vitruvius pela coragem de assegurar a palavra a quem pede, qualificadamente, o direito de falar a seu grande público de assinantes. Não sei quantos dos leitores deste respeitado Portal da arquitetura e urbanismo brasileiros têm pensado no assunto, mas não é tão simples manter a mente aberta diante da possibilidade do advento de opiniões contraditórias sobre... a cidade... a prática profissional dos arquitetos... os interesses políticos dos arquitetos... a qualidade do que se produz em arquitetura e urbanismo no Brasil... as virtudes e vícios de nossos heróis, malandros e vilões... sobre tudo o que interessa aos praticantes e aos estudantes – assim como aos estudiosos dos próprios arquitetos.

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Roberto da Mata.(1997) se refere claramente a vários males da intelectualidade brasileira que fazem adoecer a alma nacional. Uma é a subserviência a referências não-caboclas, não-brasileiras, não-ratificadas por autoridades locais que se consideram os grandes julgadores do pensamento crítico “aceitável”. DaMatta denuncia as marcas claras de uma intelectualidade arrogante e sem brilho próprio, mas que não se exime de destruir e perseguir sistematicamente tudo aquilo que foge de seu controle.

AS UNANIMIDADES QUE NOS DÃO A NECESSÁRIA CONVICÇÃO

Quando, em 2003, propus um provocativo artigo sobre o modo como as nossas entidades nacionais estavam a criar o Conselho de Arquitetura e Urbanismo – intitulado “Toda Unanimidade é Burra” – soube do forte criticismo que esse texto gerou. SOUBE, pois os críticos não se dignaram a escrever e assinar suas críticas, em Vitruvius ou em missivas ao autor. Ao contrário, pressionaram o Portal a pensar bastante antes de aceitar artigos como aquele!

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FACULDADE DE ARQUITET DEPARTAMEN

DISCIPLINA: CRÍTICA DE URBANISMO OUTUBRO DE 2010

PROF. FREDERICO FL

URA E URBANISMO

TO DE PROJETO, EXPRESSÃO E REPRESENTAÇÃO

ÓSCULO PINHEIRO BARRETO

Essas críticas “na surdina” somente confirmaram a tese central do próprio artigo: o desejo autoritário de criar unimidades e eliminar o debate! Criar a certeza, CRIAR A VERDADE, através da unanimidade avassaladora, totalitária, insofismável. Literalmente, como disse o grande Nelson Rodrigues, toda unanimidade é burra.

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Raymundo Faoro (1958) não se referia precisamente à Universidade Brasileira (braço público e braço privado, confessional ou não) quando expõe o modo como os intelectuais também fazem parte do jogo patrimonialista, tanto dos modos de apropriação mais direta e devastadora dos recursos públicos, quanto das formas que contribuem para o controle social do que podemos chamar, hoje, de “pensamento crítico”. Pena que Faoro não tenha investido sobre o patrimonialismo intelectual na matriz de produção dos próprios intelectuais: a Universidade. Com algum esforço, cedo ou tarde chegaríamos aos intelectuais do urbanismo brasileiro, como no caso da reacionária Brasília.

(Ironicamente, Raymundo Faoro virou um Palácio de Brasília, pois agora é essa a denominação do imponente Ministério da Justiça, obra de Niemeyer: Palácio Raymundo Faoro, que não é a sede do combate ao patrimonialismo).

Figura 4. Os Guias, através de seus autores.estão associados aos conselhos de governo onde os interesses

imobiliários são vitoriosos, em Brasília.(Foto: Nobel, divulgação)

UMA CIDADE SEM HISTÓRIA, MAS CHEIA DE ESQUELETOS NO ARMÁRIO

Quando, em 2010, propus outro provocativo artigo sobre o modo como, aos 50 anos, Brasília não tem uma história crítica, que – em especial - examine as relações perigosas entre o governo e os próprios arquitetos, até o Portal Vitruvius hesitou1, fundamentadamente, abalado por pelo menos uma ação judicial contra outro trabalho anteriormente publicizado. E como o artigo abria séria discussão

Figura 5. Os Guias, na atual conjuntura urbana, celebram a retirada dos urbanistas do grande debate das políticas públicas. (Foto do Autor)

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

DEPARTAMENTO DE PROJETO, EXPRESSÃO E REPRESENTAÇÃO DISCIPLINA: CRÍTICA DE URBANISMO

OUTUBRO DE 2010

PROF. FREDERICO FLÓSCULO PINHEIRO BARRETO

sobre figuras nacionais como José Sarney e Tancredo Neves, além de Oscar Niemeyer e Jaime Lerner, assim como figuras “distritais” como Joaquim Roriz e José Roberto Arruda, assim como Paulo Zimbres, sem dúvidas sua publicação exporia o Portal – que refletiu e publicou.

Esses elementos devem ser dados no contexto desse momento que antecede as eleições nacionais de 2010, quando o Presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva, ataca barbaramente a liberdade de imprensa, de um modo quase Chavista. Logo o Lula, que sem a imprensa mais corajosa e responsável, que o anunciou e o “mediatizou” como liderança civil brasileira, não seria NADA!

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A HISTÓRIA (MUITO MAL CONTADA) DE BRASÍLIA, CIDADE-SEM-HISTÓRIA

Em um ponto muito menor, a questão da história mal contada de Brasília gerou intrigantes reações locais, que pretendo apresentar aqui, para a reflexão dos colegas leitores de Vitruvius. Aliás, a reação que gerou foi anterior à própria publicação do texto pelo Portal Vitruvius.

Quando o texto da Cidade-Sem-História ainda estava em finalização, eu o submeti, em fevereiro desde ano, ao excelente geógrafo Aldo Paviani, professor emérito da UnB, e pessoa tão crítica com relação aos descalabros brasilienses quanto pessoa íntegra e coerente nos seus criticismos. Paviani considerou o artigo um tanto “apimentado”, mas que merecia ser levado a um grupo mais amplo, para o debate. Com meu assentimento, ele o repassou a um grupo de quase duas dezenas de professores e

Figura 6. Os Guias deveriam ser coisas belas e prazerosas por si mesmas, e n estar associados à repressão das idéia críticas, mas esse é o “Zeigeist”

(espírito da época) da Capital. (Foto do Autor)

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FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

DEPARTAMENTO DE PROJETO, EXPRESSÃO E REPRESENTAÇÃO DISCIPLINA: CRÍTICA DE URBANISMO

OUTUBRO DE 2010

PROF. FREDERICO FLÓSCULO PINHEIRO BARRETO

pesquisadores associados ao Núcleo de Estudos Urbanos e Regionais – NEUR, pertencente ao CEAM – Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares – da UnB. Esse encaminhamento teve dois inesperados desdobramentos: o primeiro foi uma reação pública de baixíssimo nível de uma grande historiadora de Brasília, cujos termos e conseqüências civis não serão tratados aqui. (Em tempo: a reação de baixíssimo nível foi seguida, um par de dias depois, por um pedido privado de “bandeira branca”, coisa de gente que detrata publicamente e tenta se retratar privadamente).

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A ACADEMIA, AUTORA DE GUIAS, REAGE COM RAIVA CEGA

Figura 7. A Brasília que não está nos Guias fica cada vez m

A segunda reação foi institucional. Alguns dias depois da divulgação feita por Paviani, do texto sobre a Cidade-Sem-História, o Conselho da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília, em sua 286ª reunião (26 de fevereiro de 2010) resolve afirmar que o artigo2:

- denigre a imagem da instituição;

ais parecida com a foto acima: as Asas começam a sumir, os claros contornos se desvanecem rapidamente.(Google Earth, com tratamento gráfico)

- desqualifica de maneira vazia e ofensiva a produção acadêmica da Unidade;

- merece uma Nota Oficial (que foi

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE ARQUITET DEPARTAMEN

DISCIPLINA: CRÍTICA DE URBANISMO OUTUBRO DE 2010

PROF. FREDERICO FLÓSCU

URA E URBANISMO

TO DE PROJETO, EXPRESSÃO E REPRESENTAÇÃO

LO PINHEIRO BARRETO

aprovada, mas que nunca vi) em que o Conselho da FAUUnB demonstra a sua rejeição total às agressões contidas no documento citado;

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- deve demandar da Administração Central da Universidade de Brasília as providências administrativas cabíveis em relação à conduta do professor.

Bem, isso é o que eu chamo de crítica acadêmica institucionalizada: O Diretor da Faculdade não gosta do artigo de um professor, reúne o Conselho da Faculdade e, sem convocar o autor do nefasto manifesto (servidor público, professor da sala ao lado, 18 anos de docência, 30 de formado, etc.), e exige que esse Conselho Acadêmico repleto de Doutores repudie de forma raivosa, visceral, o odioso argumento contra os historiadores de nossa Academia.

Figura 8. Renzo Piano, símbolo da alienação da academia brasiliense: u fortuna é investida para que os aluno da UnB sejam seus cadistas e um dia façam seus Guias. (Desenho do Autor)

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QUANDO A HISTÓRIA DEVE CABER NUM GUIA TURÍSTICO

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imobiliárias, as grandes consultorias, o monopólio do projeto urbano por um só grupo de profissionais urbanistas, num círculo de privilegiados), temos outros problemas de mérito na terminativa reprimenda pública do prestigioso Conselho da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UnB, contra meu artigo da Cidade-Sem-História.

Figura 9. Pé na porta. A academia deve reagir à crítica que lhe rói a carne com comissões de sindicância e punições administrativas? (Foto do Autor)

A ÉTICA DA CRÍTICA NA ACADEMIA

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um ancien terrible...- , seus trabalhos devem ser discutidos publicamente, na melhor

tradição acadêmica, com réplicas e tréplicas. Esse artigo sobre a Cidade-Sem-História foi objeto de convocação, por mim e com a autorização do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares, da UnB, para a discussão pública, em 11 de março último, sem que um só membro do Conselho da Faculdade de Arquitetura, que “examinou profundamente o documento” comparecesse. A manifestação do Conselho da Faculdade revelava-se como censura primária, como assédio moral, baseado na sua inassediável posição de poder.

A CIDADE-SEM-HISTÓRIA, PRECARIAMENTE DENUNCIADA

Na ausência de verve crítica que vá ao mérito dos argumentos sobre a Cidade-Sem-História, eu mesmo ofereço pelo menos três argumentos críticos à minha crítica – já que a discussão acadêmica acabou em truculenta repressão, no melhor estilo do Senhor das Moscas3:

CRÍTICA À CIDADE-SEM-HISTÓRIA: Guias Turísticos e de Obras Notáveis, assim como livros contendo melosas adoxografias, apologias, adjetivados encômios e

panegíricos podem conter enorme volume de informação histórica positiva.

CONTRA-ARGUMENTO: Nada contra os cândidos guias, de um modo geral. No entanto, essa máxima forma de produção acadêmica destinada ao grande público está visceralmente associada aos 20 anos de desertificação intelectual de uma escola de arquitetura que foi uma das mais engajadas no grande debate urbano da cidade, em todas as suas políticas públicas, num combate diuturno, que fez escola – pelo menos em mim. Os “Guias” estão associados ao colaboracionismo com governantes corruptos, com

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dirigentes universitários corruptos, com a devastadora corrupção territorial dos 20 anos, em Brasília. Os “Guias” estão associados à exclusão de intelectuais combativos, à morte da multidisciplinaridade, a um reacionarismo profundo, que dissocia, neste momento, a FAUUnB de suas origens combativas, de responsabilidade pela cidade; os Guias são símbolo de um ciclo da própria evolução urbana em que a democracia foi facilmente apropriada pela corrupção; os pensadores da cidade mostraram que, por omissão crítica e por colaboracionismo em alto nível, a cidade está mesmo entregue à sanha dos oportunistas e carreiristas.

POR QUÊ HÁ, AOS 50 ANOS DE BRASÍLIA, REAÇÕES TÃO FORTES A UMA CRÍTICA TÃO FÁCIL DE REBATER?

Explicação 1: É o espírito da época, o Zeitgeist brasiliense, que levou até mesmo o democratíssimo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva a orquestrar, neste mês de setembro de 2010, um ataque contra os setores da imprensa que criticaram as evidentes limitações políticas e intelectuais de sua candidata à Presidência da República.

Explicação 2: É porque os destacados historiadores da Academia estavam, por uma coincidência extraordinária – que, infelizmente, demonstra a postura diversionista e oportunista denunciada pela Cidade-Sem-História – a preparar o lançamento de um importante livro, EXATAMENTE na linha dos Guias Turísticos e das Apologias a Personalidades, chamado Guia de Obras de Oscar Niemeyer4. É uma impressionante coincidência – cruelmente prevista no artigo da Cidade-Sem-História – e, sobretudo, trata-se de mais um Guia – com as belas imagens da arquitetura do grande Oscar Niemeyer,

nec plus ultra como convém às nossas vicarices acadêmicas, aos nossos diversionismos

políticos, bem ao gosto de nossa deslumbrada aristocracia acadêmica.

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NEGOCIANDO A HISTÓRIA DA CIDADE

Como conclusão, coloco duas questões, centrais à reflexão da Cidade-Sem-História e à Ata 286:

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- Qual é o papel de

uma escola pública de arquitetura – aliás, A Escola Pública de Arquitetura, no caso de Brasília, fundada pelos fundadores da cidade – no debate público de seus problemas urbanos, de suas políticas urbanas, de defesa de sua comunidade, em um período tão vulnerável quanto o que – há 20 anos - atravessa Brasília, sob a intensa corrupção criada por governantes, grileiros e especuladores imobiliários?

Figura 10. A Capital Real,com suas contradições e premências, desvalida perante uma academia

auto-indulgente e alienada, é cercada pela corrupção territorial, urbana, imobiliáris. (Agência Estado, 2010)

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REFERÊNCIAS

DaMatta, Roberto. Carnavais, Malandros e Heróis. Para Uma Sociologia do Dilema Brasileiro. Rio de Janeiro: Rocco, 1997.

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Figura 1. Oscar Niemeyer merece Guias por todo  o sempre. Contudo, alguns historiadores o usam d forma “vicária”, para substituir o grande debate  urbano.(Desenho do Autor)
Figura 2. Os Guias não substituem a história  crítica, e em meio à crise de corrupção endêmica  em Brasília, podem se transformar em inesperados  símbolos da alienação dos intelectuais
Figura 3. Os Guias nem de longe nos  lembram as fortes contradições criadas  pela corrupção governamental e  imobiliária em Brasília
Figura 4. Os Guias, através de seus  autores.estão associados aos conselhos  de governo onde os interesses
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