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Formação de Professores de 5º a 8º Séries do 1º Grau e de 1º a 3º Séries do 2º Grau: o Estágio no Contexto da Prática de Ensino

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Academic year: 2020

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Formação de Professores de 5- a 8- Séries do 1- Grau

edel-a 3- Séries do 2- Grau: o Estágio no Contexto da

Prática de Ensino

Pesquisadores: Heloísa Dupas de Oliveira Penteado (coordenadora), Nídia

Nacib Pontuschka, Circe Maria Fernandes Bittencourt, Bernardo Issler e Rosa Kulcksar

Instituição: Universidade de São Paulo (USP)

Fonte Financiadora: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais

(INEP)

Apresentação

A pesquisa vem de encontro às preocupações atuais com a quali-ficação da fomiação de professores e com a produção do conhecimento didático sobre esse assunto. Para tanto, focaliza um conjunto específico de cursos de licenciatura em Ciências Humanas da Faculdade de Educação da USP (História, Geografia e Ciências Sociais) e tem por meta reunir dados objetivos, significativos e representativos indispensáveis para uma reflexão crítica sobre a realidade atual desses cursos na USP.

Os seus resultados são impres-cindíveis para apoiar propostas de

reformulação dessas licenciaturas, direcionadas para a formação do pro-fessor que precisamos e queremos ter e compatíveis com a capacidade de sua viabilização pela USP.

A Prática de Ensino foi escolhida como foco de observação dos cursos e será abordada mediante proce-dimentos originários de uma meto-dologia tanto quantitativa quanto qualitativa.

Descrição

Três constatações relevantes desencadearam esta pesquisa:

a) A modificação do perfil da demanda pela profissão de magistério:

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de mulheres provenientes das elites sociais do País para mulheres das classes média e baixa.

b) A implantação da Lei 5.692/71 e suas decorrências gerais e espe-cíficas: proliferação do ensino supe-rior particular; substituição das disciplinas História e Geografia pela área de Estudos Sociais no le grau; os mais ou menos 12 anos de vigência dessa lei e suas inadequações constatadas ao longo deste período.

c) A revisão, por volta de 1984, da natureza tecnicista dos cursos de

2-grau, através da valorização das Ciências Humanas, especialmente Sociologia, Psicologia e Filosofia.

Duas características marcam o caminho percorrido pelo ensino das Ciências Humanas no período poste-rior a 1971-1984 e à correspondente formação de professores nessa área. Uma delas, uma certa rigidez que se manifesta em mudanças mecanicistas expressas em retornos a modelos antigos que já na época em que foram alterados não satisfaziam às necessi-dades educacionais. Uma outra, que se explicita numa compartimentação do saber, suportada mais por condutas corporativistas, pendo em risco a própria questão da

interdisciplina-ridade das Ciências Humanas, profundamente abalada pelo enca-minhamento dado ao ensino de Estudos Sociais (transformação por "alquimia" de "área de estudo" em "disciplina") e não explicitamente retomado para considerações.

Como tem se comportado a USP, nos seus cursos de licenciatura responsáveis pela formação do pro-fessor de Ciências Humanas, diante de todos estes acontecimentos?

Durante os anos de vigência da Lei 5.692/71, a USP não aderiu ao "novo" modelo de formação de pro-fessor de Ciências Humanas, tendo mantido até hoje as licenciaturas específicas em História, Geografia e Ciências Sociais. Preservou, com esta decisão, em alguma medida, a qualidade da formação dos pro-fissionais dessas disciplinas, prin-cipalmente no que diz respeito à possibilidade de formação científica (iniciação à pesquisa), mas não ficou isenta da perda da qualidade de seus cursos, em conseqüência mesmo da nova configuração do sistema educacional que tal legislação desencadeou.

Os egressos dos cursos de licenciatura da USP não se encontram,

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de modo geral, exercendo a profissão na rede pública de ensino de lo e

2-graus, cujos quadros são predo-minantemente preenchidos por professores provenientes do ensino particular, cujos cursos se pautam, de modo geral, por um ensino trans-missivo e descompromissado com as atividades de pesquisa e com a formação do cientista.

A USP recebe, ao longo desse período, alunos provenientes de um

2° grau cuja precária qualidade de

ensino se acentua a cada ano.

Apenas esses fatos (entre inúmeros outros) já são indicativos de exigências de transformações nos cursos de formação de Ciências Humanas da USP, que ultrapassam a simples preservação de cursos de licenciaturas específicas por disciplinas.

O Fórum de Licenciatura da USP — amplo processo de discussão dos cursos de licenciatura desencadeado no2- semestre de 1990 e no de 1991

— resultou na garantia da diversidade de elaboração de cada licenciatura específica, ficando oficialmente reconhecida a existência de "várias licenciaturas em estágios diversos de

organização, tendo umas mais que outras, condições de realizar mudanças substanciais em curtos prazos, pois existem diferenças no conhecimento acumulado sobre a formação de professores nas diversas áreas e é no momento de promover mudanças que as pesquisas sobre o ensino mostram suas potencialidades e suportam a reflexão".1

É nesse contexto que a presente pesquisa se realiza.

Partindo de uma postura teórica que concebe teoria e prática como instâncias inseparáveis e interdepen-dentes de um mesmo contínuo <a praxis), identificamos nos Estágio e

na própria disciplina Prática de Ensino (em cujo contexto o estágio se

realiza de maneira sistemática) a situação ideal enquanto foco de pesquisa, por se constituir em ponto de intersecção:

— entre o contexto profissional real e o contexto formativo do futuro professor;

— entre a teoria educacional que orienta a fomiação do professor e a prática profissional aí propiciada.

Como o universo a que se refere a

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nossa pesquisa se compõe de, aproximadamente, seis classes, optou-se, inicialmente, pela recolha de dados em todas elas.

São objetivos desta pesquisa verificar:

1) Que compromissos os cursos de licenciatura da Faculdade de Educação da USP, responsáveis pela formação do professor de Ciências Humanas, têm com a fomiação do professor da escola pública de l2 e 2-graus?

2) Como os cursos de licenciatura em Ciências Humanas se relacionam com os institutos de origem de seus alunos?

3) Como as disciplinas dos cursos de licenciatura se relacionam com a disciplina Prática de Ensino?

4) Como as condições de trabalho no magistério existente atualmente no mercado de trabalho educacional são consideradas e tratadas na disciplina Prática de Ensino nos cursos de formação de professores de Ciências Humanas?

5) Como as características (sócio-econômico-culturais e educacionais) de nosso alunado atual são conside-radas e tratadas no curso de fomiação de professores de Ciências Humanas?

6) Que resultados esses cursos vêm obtendo em relação às expec-tativas educacionais dos formados e ao seu destino profissional provável, após o curso?

Os informantes serão:

— os alunos dos cursos de Prática de Ensino de História, Geografia e Ciências Sociais;

— os professores de Prática de Ensino desses cursos;

— os professores dos cursos de lg

e 1- graus que recebem nossos

estagiários;

— os alunos dos estagiários. Constam dos instrumentos de coleta de dados:

— questionários específicos para os quatro tipos de informantes selecionados;

— registros de depoimentos bimestrais, sobre o desenvolvimento dos respectivos cursos de Prática, de alunos e professores envolvidos na pesquisa.

Poderemos também utilizar a "avaliação do curso" solicitada aos alunos pelo Departamento de Metodo-logia e Educação Comparada.

É também prevista a construção de um histórico de cada uma das Práticas de Ensino focalizadas, nesta

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universidade, a partir de análise de documentos e de entrevistas com docentes que compuserem seus respectivos quadros profissionais.

No momento encontramo-nos em fase de coleta de dados, que se

encerrará em meados de novembro de 1993, ocasião em que pretendemos terjá concluídos os históricos de cada prática e em que daremos início à tabulação e à análise dos dados coletados.

O Significado do Ato de Alfabetizar: Representações Sociais de

Professoras-Alfabetizadoras

Pesquisadoras: Gerusa de Mendonça Gomes (coordenadora) e Janirza

Cavalcante da Rocha Lima

Instituição: Fundação Joaquim Nabuco (FUNDAJ)

Fonte Financiadora: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas

Educa-cionais (INEP)

Esta pesquisa aborda a alfa-betização, a partir do enfoque psicossocial. Trata-se de apreender o significado do ato de alfabetizar nas suas implicações com o sujeito alfabetizador, inserido concretamente numa sociedade condicionada, recorrendo, para tanto, ao campo da representação social. Como aplica-ções, pretende-se retratar as alfabe-tizadoras municipais, oferecer sub-sídios para cursos de formação e capa-citação de professores e, ainda, para a

formulação de políticas educacionais. A pesquisa de campo foi realizada no município de J?.boatão dos Guararapes-PE, que atendeu aos requisitos da proposta analítica. Foi escolhido o distrito de Jaboatão como

locus da investigação pelo fato de

nele estarem presentes as diversas modalidades de alfabetização: para crianças, jovens e adultos. Além disto, dentre os três distritos municipais, este, antiga sede da prefeitura, apresentava em 1990 as proporções

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