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Grupo prioritário na vacina não é o motor da economia

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Academic year: 2021

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Fundado em 19 de julho de 2000 por Carlos Roberto Coutinho

Vitória, 26 de fevereiro de 2021))Ano XXI))Nº 822 Edição Gratuita Semanal)) www.eshoje.com.br

DIVULGAÇÃO

POLÍTICA

COLUNA

CULTURA

Mudanças

previstas no

Governo

))

9

Ofi cina para

artistas

capixabas

))

4

DIVULGAÇÃO ESHOJE

Improvisos

na saúde

pública

))

10

ESHOJE

Especialistas afi rmam que idosos e trabalhadores da saúde pouco ajudarão

no restabelecimento da economia, após prejuízos causados pela pandemia

))

4 e 5

Dor e sofrimento

em nível superior

))

7

Grupo prioritário na vacina

não é o motor da economia

Aventuras em trilhos

da Pedra dos Ventos

Para o passeio, o aventureiro sai da cidade de Viana e vai

até Marechal Floriano em trilho desativado para trens

)) 6

VINHOS TINTOS

SÃO OS VILÕES

DAS CRISES

Estudos apontam que

fl avonoides e taninos

provocam enxaqueca

)) 2

(2)

2

Editorial

SEXTA-FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2021

tiragem: Publicação digital circulação: Estadual e digital periodicidade: Semanal

Rua Paschoal Delmaestro, 260 Ed. Vila da Praia, Sl. 5 e 6 - Jardim Camburi - Vitória/ES - Cep. 29.090-460 - Tel. 27 3026-1777 / www.eshoje.com.br redacao@eshoje.com.br

diretorgeral

Carlos Roberto Coutinho carlos@eshoje.com.br

diretoraadministrativa

Bianca Coutinho bianca@eshoje.com.br

diretoraderedação

Danieleh Coutinho - MTB/ES 2694-JP danihcoutinho@eshoje.com.br projetográfico Renon Pena de Sá www.ellaform.com.br fotografias Arquivo redacao@eshoje.com.br diagramação

Jeferson Louis - MTB/ES 3605/ES

editor Gustavo Gouvêa redação Gleiciane Marriel Ebran Huntington Gabryella Garcia Matheus Passos Sara de Oliveira siganossas redessociais:

A opinião dos colunistas não reflete o posicionamento do veículo. /eshoje @eshoje eshoje eshoje









Surto de esporotricose 1

A esporotricose é uma doença que provoca lesões na pele e é transmitida por gatos contamina-dos era rara e restrita ao interior, hoje já atinge toda a Grande Vitó-ria, principalmente Vila Velha. Tra-tei uma gatinha resgatada com ‘es-poro’ e o tratamento é caro e lon-go. O pior é que no município de Vila Velha não tem distribuição dos medicamentos gratuitos, e ti-ve que tirar do meu bolso e de do-ações. Fica complicado, pois a pre-feitura tinha que contribuir doan-do a medicação, assim muitas pes-soas teriam condições de poder tratar o animal ao invés de aban-donar, fato que acontece constan-temente quando é detectando al-guma doença no animal. Muitas pessoas não têm paciência e mui-to menos condições de tratar uma doença assim em um felino, pois requer um preparo e tempo de iso-lamento do animal, para evitar propagação em outros animais e no próprio ser humano.

Cintia Schmidel

Surto de esporotricose 2

Moro na Serra e a minha gata te-ve essa doença, e ela é criada em ca-sa só ca-sai no meu quintal. O veteri-nário disse que aqui também está tendo bastante caso dessa doença, e o tratamento é longo e caro. Des-de Dezembro estou cuidando Des- de-la, graças a Deus as feridas cicatri-zaram e nasceu pelo no lugar, mas, mesmo assim, precisa continuar com o tratamento por meses.

Fabiola Del Fiume

Mais caro

O Congresso Nacional deveria votar lei que impusesse preço dife-renciado ao do mercado externo para os produtos que aqui são ex-traídos, produzidos e necessários ao consumo interno. Não se trata de intervenção nas leis de mercado, mas de preservar o poder de com-pra do consumidor nacional. Não é justo e razoável que o brasileiro pague preços de cotações regula-das internacionalmente por meio de negociações em bolsas de valo-res, como soja, café, carne, petróleo etc., para mercadorias que aqui são extraídas e produzidas. Quando não se tinha fontes, por exemplo, de petróleo, não podíamos recla-mar da variação do preço. Mas ago-ra que o Bago-rasil é um dos produtores no mundo, é inadmissível aceitar que continuemos a pagar preço de país não produtor? As mercadorias que aqui são extraídas e

produzi-das têm que ser negociaproduzi-das no mercado interno a preço inferior ao praticado no mercado externo. Temos que desatrelar da cotação do mercado externo aquilo que aqui extraímos e produzimos, necessá-rios ao consumo interno.

Júlio César Cardoso

Educação

Somos um país jovem. Nossa de-mocracia é recente. Quem é que nunca ouviu essas assertivas? Mas como falácias, essas afirmativas, que se somam a tantas outras, pa-recem que só servem para justifi-car o injustificável: a bagunça ge-neralizada que nos acompanha a séculos, que se mostra na face mais cruel através das injustiças sociais: fome, miséria, educação de péssima qualidade, na falta de condições de vida digna e o pior, em muitos casos sem perspectiva reais de dias melhores. A percep-ção que tenho é que estamos sem rumo, sem destino, como um bar-co à deriva no reboliço do alto mar. Não conseguimos delimitar o cer-to do errado, independente de qual seja a situação ou pessoa en-volvida; não conseguimos delimi-tar entendimentos, pois quem ameaça pode ser preso, mas quem mata pode estar solto; quem é ho-nesto dificilmente vence na vida e quem se envolve em falcatruas quase sempre se dá bem; não con-seguimos fazer da nossa riqueza uma forma de desenvolvimento social; não temos coragem de en-carar os dilemas que enfrentamos, na verdade gostamos mesmo é de jogar a poeira para debaixo do ta-pete, por isso somos um país em que praticamente tudo acaba em pizza. E no fundo, pelo visto, gosta-mos mesmo é de nos justificar: eu faço porque todos fazem.

Walber Souza

Chuvas no ES

Até quando vamos ver o Espíri-to SanEspíri-to sofrer com as chuvas? Até quando os prefeitos e vereadores vão brigar pelo dinheiro do povo – para ficar – e não para que a verba pública seja empregada de forma correta? Imagine, neste período de pandemia, em Bom Jesus do Nor-te e Mimoso do Sul, na região sul capixaba, pessoas terem que se amontoar em quadras de escolas e outros locais, de forma coletiva – quando a regra hoje é que o isola-mento salva vidas. Vergonha assis-tir cenas como essas todos os anos.

Leonardo Reblim

Esta semana o Espírito Santo recebeu mais uma remessa com 61 mil doses de vacinas contra o coronavírus

SECOM-ES

FOTO DA SEMANA

EDITORIAL

ESPAÇO DO LEITOR

O uso do gotímetro visa uso correto de um medicamento. Pingando, gota a gota, o conta-gotas

garante a dose perfeita para que um tratamento obtenha sucesso. Afinal, tudo, aos poucos, do

problema é resolvido. Certo? Nem sempre. Com a vacinação contra o novo coronavírus

senti-mos o contrário. E, “de muito em muito”, a ansiedade pela imunização chega a tantos.

À conta gotas

O termo “conta-gotas” foi

usa-do pelo governausa-dor usa-do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), ao falar sobre a chegada das doses do fármaco ao estado capixaba. Em janeiro, quando as primeiras foram entregues aos estados, o chefe do Executivo estadual aler-tava que sua expectativa era maior a partir de março, mas que a quantidade de imunizantes dis-ponibilizadas pelo Ministério da Saúde e a falta de insumos para a produção brasileira provocaria essa lerdeza na distribuição.

Isso só aumenta o sofrimento das pessoas. Vale destacar e nun-ca esquecer que, desde o primei-ro caso confirmado, em 5 de mar-ço de 2020, 322 mil pessoas foram infectadas pelo vírus e mais de 6,4 mil morreram.

A conta-gotas os profissionais da saúde estão sendo imunizados, bem como índios, moradores de asilos, portadores de necessidades especiais em clínicas inclusivas e idosos a partir de 85 anos. De pou-co em poupou-co o Ministério da Saúde entregou ao estado 268.420 doses.

“Estamos fazendo um esforço ex-tremo desde 2020 no combate à

pandemia e desde o fim do ano passado não medimos esforços pa-ra cobpa-rar do Governo Fedepa-ral a aquisição de todas as vacinas possí-veis para acelerarmos a vacinação. Todas as pessoas acima de 90 foram vacinadas, estamos concluindo a vacinação de 85 a 89 anos e inician-do para pessoas acima de 80 anos. Espero que em março a Fiocruz e o Butantan possam produzir e dispo-nibilizar mais vacinas para que possamos vacinar em massa”, dis-se Casagrande com a chegada do último carregamento.

Até agora, apenas 6 milhões de brasileiros receberam a primeira dose de alguma das vacinas - Oxford/AstraZeneca ou CoronaVac. O total representa menos de 8% das cerca de 77 milhões de pessoas que integram os grupos prioritá-rios de imunização, e menos de 3% da população do país.

Infelizmente, está claro que a questão política pesou sobre isso e foi colocado acima da ciência e da saúde. As brigas entre líderes políticos, a minimização da pro-blemática e a tentativa de dene-grir imagens de autoridades cuja responsabilidade no combate a

es-ta pandemia são determinantes, sobrepuseram o que verdadeira-mente importa: vidas.

E, se por um lado chegam imu-nizantes a conta-gotas, por outro faltam boa dose de bom senso e responsabilidade a pessoas que promovem pânico com uma en-xurrada de inverdades espalhadas pelas redes sociais.

Mas quanto a esta doença, não tem gota que seja suficiente para a cura.

ERRAMOS

Na edição de 821 de 19 de fe-vereiro erramos na manche-te, por não destacar que o consumo da população capi-xaba é de mais de 300 mi-lhões de litros de água por dia. Da maneira que a repor-tagem foi publicada deu a entender que o estado capi-xaba gasta esse quantitativo, contudo, é a população. So-mado a ela, o consumo de empresas, indústria e agri-cultura, ultrapassa os 6 bi-lhões de litros.

(3)

na contramão de algumas fa-mílias que negam o direito da afe-tividade aos filhos, Maria Clara Ri-beiro Maciel de Carvalho, 25, e Fe-lipe Ribeiro Lima, 28, já estão casa-dos há mais de dois anos e com to-tal apoio dos pais e familiares.

O casal, que noivou no aniver-sário de Maria Clara (04/02/2017) e se casou no aniversário de Feli-pe (22/09/2018), começou a na-morar em 2013 depois de troca-rem os primeiros olhares em um projeto de teatro.

“A família sempre apoiou e in-centivou. Minha mãe levou vesti-do, buquê e ajudou com a festa. Falei para o meu pai que queria

SEXTA-FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2021

Cidades

3

GABRYELLA GARCIA

jornalismo@eshoje.com.br

A

o contrário do que mui-tas pessoas pensam a Síndrome de Down não é uma doença. Na reali-dade se trata de uma condição inerente a pessoa e, portanto, não se deve falar em tratamento ou cura. Pessoas com Síndrome de Down, inclusive, podem tra-balhar, se relacionar com outras pessoas, terem filhos e levar uma vida completamente normal.

A síndrome é causada pela pre-sença de três cromossomos 21 em todas ou na maioria das célu-las de uma pessoa. As pessoas com Down têm 47 cromossomos no núcleo das células em vez de 46, como é comum.

Não se sabe exatamente quan-tas pessoas são portadoras da síndrome no Espírito Santo pelo fato de o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) não fazer esse tipo de levantamento no censo. A Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) também não sa-be, mas Lisley Sophia Nunes Dias, 57, presidenta da Vitória Down, estima que a população seja de aproximadamente 5 mil pessoas. “Não existe um censo e essa é uma grande luta que temos. Pela

Uma vida normal

e de muito afeto

Com atenção e muito respeito, pessoas com

Síndrome de Down levam a vida com naturalidade

OMS (Organização Mundial da

Saúde) a cada 700 pessoas, uma nasce com Síndrome de Down, mas não existe esse dado a nível Brasil. Percebemos que aos go-vernantes e órgãos públicos esse número é muito inferior e eles fi-cam invisíveis. Não tem legisla-ção porque acham que o núme-ro é pequeno e, para garantir po-líticas públicas, necessitaria ter-mos esse número”.

DIFICULDADES

Para Lisley, as maiores dificul-dades para pessoas com Síndro-me de Down são, além da pró-pria aceitação da família, a per-manência na escola. “Pode até demorar algum tempo, mas é importante criar um vínculo para que as famílias lutem por essas pessoas”, afirma.

Ela, que é mãe de Renato, de 24 anos, vê muitos casos de abandono escolar com crianças

com Síndrome de Down. “O de-safio não é só a garantia da ma-trícula, seria importante um compromisso das escolas para oferecer educação de qualidade e permanência. Há uma distân-cia muito grande entre o que o aluno quer e o professor ofere-ce e o fracasso é sempre coloca-do nas crianças. É preciso mu-dar e adequar às tecnologias e os currículos”.

A presidenta do Vitória Down também enxerga que uma pas-sagem mal sucedida na escola, acaba repercutindo também no mercado de trabalho. Dessa forma muitas vezes não conse-guem sequer concorrer às va-gas porque possuem uma esco-laridade abaixo do que as em-presas exigem.

Lisley também destaca que uma grande dificuldade pelas pessoas com Down é uma priva-ção de uma vida afetiva pela pró-pria família. “Precisamos opor-tunizar em todos os sentidos. Uma questão muito particular é que a família luta pelo direito a escola, pelo mercado de traba-lho, mas não permite uma vida afetiva ao filho. Esse é um direi-to que lhe é tirado! Às vezes há uma luta pela inclusão até aqui,

mas daqui para frente não”. Vida afetiva entre pessoas com a síndrome é possível e saudável

CREDITO

Não tem

legislação

porque não se

tem dados, em

números, sobre esta

população

Meus pais me

ajudaram com

todos os detalhes

quando eu disse

que queria casar

Maria Clara, empresária

A gente não

pode sair,

mas fazemos nosso

cineminha com

pipoca em casa

Felipe Lima, DJ

Casamento, liberdade e planos

Maria e Felipe se ajudam e têm o apoio dos pais no relacionamento

ARQUIVO PESSOAL

me casar e eles ajudaram com to-dos os detalhes do casamento”, conta Maria Clara.

O casal também afirmou ter muito orgulho de ter se casado sendo portadores da Síndrome de Down, e Felipe completou: “Eu só disse para minha família que queria ganhar uma boa menina, minha esposa arregaçou as man-gas e organizou o casamento, eu não fiz nada”.

Antes da pandemia o casal afirma que também sempre te-ve muita liberdade por parte da família para sair e momentos de lazer. Os programas incluíam ci-nema, bares e boates com ami-gos. Agora, durante a pandemia, o casal faz aulas de teatros toda semana e diz que “faz um cine-minha com pipoca na sala de ca-sa mesmo”.

Além disso, o casal também res-salta a normalidade de ter Sín-drome de Down mostrando toda a sua potência no mercado de tra-balho. Além de ser o primeiro DJ com Síndrome de Down do

Bra-sil, Felipe também trabalha com telemarketing em uma empresa de call center. Já Maria Clara, co-meçou como funcionária em uma loja de doces, posteriormen-te se tornou sócia e agora é pro-prietária do negócio, localizado em Jardim Camburi.

Para o futuro, Maria Clara e Feli-pe já sabem muito bem o que de-sejam. Além do sonho de Felipe de ter um carro, o casal também pla-neja ter sua própria casa – atual-mente estão morando com os pais de Maria Clara -, ter ao menos um filho. Maria Clara, inclusive, esta-va fazendo aulas na autoescola quando a pandemia chegou e in-terrompeu o processo.

(4)

SEXTA-FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2021

4

Economia

MATHEUS PASSOS

jornalismo@eshoje.com.br

A

expressão “uma coisa puxa a outra” nunca fez tanto sentido. Des-de o início da panDes-de- pande-mia, além de uma crise sanitá-ria e social, o coronavírus provo-cou rachaduras em uma econo-mia brasileira ainda em recupe-ração. Restrições impostas à ati-vidade econômica por conta da Covid-19 ocasionaram a queda na renda das famílias e adia-mentos de investiadia-mentos e pro-jetos empresariais e pessoais.

Não tendo ficado imune ao abalo de um inimigo invisível, as projeções econômicas bra-sileiras, e capixabas, em 2020 deram lugar a uma espera ain-da sem destino final. A retoma-da, de um ano, passou para o outro. Assim, em meio aos questionamentos surge uma certeza camuflada, ao final, com uma interrogação: por que a vacinação é importante para a retomada da economia? Iniciada no Brasil em 17 de ja-neiro, a vacinação se tornou ponto chave para a recuperação da atividade econômica. Porém, com poucas doses e apenas o uso de duas vacinas (Coronavac e Oxford), apenas uma parcela da população brasileira come-çou a ser imunizada: idosos e trabalhadores da saúde.

Prioritários na vacina não

têm peso na economia

Especialista acredita que incentivo econômico mais promissor só com vacinação em massa

PREFEITURA DE LINHARES

Só a vacinação em massa poderá ajudar o país a alavancar os mais diversos setores da economia

Mesmo sendo o primeiro grupo imunizado nestes pri-meiros meses de vacinação, o economista e doutor em Ciên-cias Contábeis, Felipe Storch Damasceno, acredita que a eco-nomia, num primeiro momen-to e de forma tímida, pode gi-rar em torno dos idosos e tra-balhadores da saúde. Porém, prevê um incentivo econômico mais promissor quando uma parcela maior da população co-meçar a ser imunizada.

“É possível o turismo de ter-ceira idade, que movimenta bastante número de passagens e número de turistas por ano, e quantidade de dinheiro. Mas eu acho que pra isso precisa vacinar o pessoal um pouco mais novo. A gente ainda está [em um processo de vacina-ção] com uma idade muito ele-vada, onde a participação eco-nômica é mais difícil no senti-do de sair de casa, de ir a uma loja… Daqui a pouco pode acontecer, mas a gente precisa pensar um pouco sobre como as pessoas vão reagir a isso”, destacou o economista e dou-tor em Ciências Contábeis, que ainda ponderou que “por mais que o idoso possa viajar, a gen-te gen-tem que pensar se ele vai querer e ter coragem”.

Ao todo, segundo informa-ções da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), o Espírito Santo possui mais de 500 mil

pesso-as acima de 60 anos e cerca de 124,4 mil trabalhadores da saú-de. Com isso, dentre os mais de 4 milhões de habitantes, idosos e profissionais da saú-de, juntos, representam cerca de 15% da população capixaba. Em nível de Brasil, 28 mi-lhões de pessoas estão na faixa etária acima de 60 anos, de acordo com o Instituto Brasilei-ro de Geografia e Estatística (IB-GE). Número que representa

13% da população do país. Em relação aos trabalhadores da saúde, o país conta com cerca de 3,5 milhões de profissionais. EFICÁCIA

Presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fe-comércio-ES), José Lino Sepul-cri diz que “as pessoas que fo-ram contempladas pela vaci-nação não têm grande influên-cia na retomada da economia de imediato”. Mesmo diante disso, Sepulcri acredita que só depois da segunda dose de va-cina e do tempo de verificação da eficácia do imunizante, o que leva dias após a aplicação, a participação dos idosos “terá uma repercussão maior”.

“Os idosos, com certeza, são

aquela faixa da população que contribui, principalmente, para o turismo. Ou seja, a partir de uma certa idade, as pessoas de mais idade, certamente os apo-sentados, têm a necessidade de usufruir da parte de lazer. E, na-turalmente, ao meu ver, o prin-cipal segmento, a ser beneficia-do com o início da vacinação contra a pandemia, natural-mente é o de turismo”, avaliou o presidente da Fecomércio-ES.

17/01

iniciou oficialmente a vacinação contra a Covid em todo país

2 vacinas

estão sendo distribuídas para a população brasileira

NÚMEROS

Os vacinados

são de idade

elevada e difícil

participação na

economia

Felipe Damasceno, economista

Vacinados não

têm influência

na retomada da

economia de

imediato

José Lino Sepulcri, Fecomércio

Idosos são

os que, com

certeza, contribuem

para o setor do

turismo

(5)

Economia

5

SEXTA-FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2021

Retomada além da vacina

além da vacinação, o ano come-çou agitado na política com a dis-puta pelas presidências da Câma-ra e do Senado, em BCâma-rasília. Com isso, a chamada pauta econômi-ca precisou esperar. Assim, em 2 de fevereiro, com a eleição de Ar-thur Lira (PP-AL) para comandar a Câmara dos Deputados e Rodri-go Pacheco (DEM-MG) para o Se-nado, ambos apoiados pelo pre-sidente Jair Bolsonaro (sem par-tido), o Governo Federal ganhou confiança para avançar nas vota-ções econômicas no Legislativo.

Ao menos 14 propostas estão paradas no Congresso atualmen-te. Entre elas: as PECs emergen-cial, dos fundos públicos e a do pacto federativo; a alteração do regime de partilha do pré-sal; o marco legal das ferrovias e do se-tor elétrico. Como, também a

vo-tação das reformas tributária e administrativa, que mudariam as regras do funcionalismo.

Na análise de Damasceno, tudo o que envolve a retomada econô-mica depende da sinalização bra-sileira de uma ampla e rápida va-cinação, além do desenrolar po-lítico neste início de ano, afetado pela prisão do deputado bolso-narista Daniel Silveira (PSL-RJ) no dia 16 de fevereiro.

“Se a gente conseguir gerar, criar comissão mista para discu-tir a reforma tributária, a gente aprova a autonomia do Banco Central, a gente aprova o marco da telefonia, o marco do gás, o marco da cabotagem. Se a gente fizer essa série de reformas que são necessárias, sendo algumas mais difíceis, como essas grandes PECs, outras são mais simples, co-mo esses marcos, mais fáceis de serem aprovados, a gente tem potencial de crescer um pouco mais esse ano, mas isso dá uma sinalização ainda melhor para 2022 e 2023, e é o que a gente pre-cisa”, destacou o economista e doutor em Ciências Contábeis, pontuando que o Brasil precisa conseguir ter um crescimento sustentável.

MARYANNA OLIVEIRA

Economista avalia que o Congresso Nacional tem mais peso na economia com votações de reformas

A aprovação

de reformas

possibilitará

o crescimento

econômico no país

Felipe Damasceno, economista

ES na cola dos parceiros comerciais

esse crescimento no Espírito Santo, por sua vez, é visto por parte do presidente da Fecomércio-ES com otimismo. Sepulcri analisa que “a retomada da economia vai se concretizar após a certeza do su-cesso da vacina contra o coronaví-rus. A retomada do crescimento brasileiro, especialmente capixaba, prende-se a esse fato [vacinação]”.

Por outro lado, Damasceno des-taca que o Espírito Santo é ligado a países, como China, Estados Uni-dos e alguns da Europa, com a ex-portação de celulose, minério, pe-dras e café. Tendo em vista isso, e o crescimento econômico destes parceiros comerciais, o economis-ta e doutor em Ciências Contábeis avalia que a economia capixaba tende a ser puxada.

Apesar da pandemia, o

Produ-to Interno BruProdu-to (PIB) da China cresceu 2,3% em 2020 em com-paração com o ano anterior, se-gundo o Departamento Nacio-nal de Estatísticas. Nos Estados Unidos, porém, o PIB sofreu uma queda de 3,5% em 2020, se-gundo estimativa do Departa-mento de Comércio americano.

“A gente vê a China com perspec-tiva de crescimento, Estados Uni-dos também… A Europa talvez um pouco menos. Mas sobre os nossos dois maiores parceiros comerciais, eles tão com boa perspectiva de crescimento pra esse ano, mas a China já tá crescendo, os Estados Unidos, o Biden tem um plano eco-nômico muito, muito ousado, muito grande, que vai fazer a eco-nomia americana crescer. Então,

is-so tende a puxar o crescimento do A retomada comercial vai depender do sucesso da vacinação

ESHOJE Espírito Santo. Então, eu acho que

ele [estado] tá com certa vanta-gem”, disse Damasceno, avaliando que “dado que os nossos parceiros comerciais estão crescendo” o Es-pírito Santo deve crescer mais do que a média brasileira este ano.

Por meio de nota conjunta, as se-cretarias de Estado da Fazenda (Se-faz) e Desenvolvimento (Sedes), avaliam que, com a imunização, além de salvar vidas, trará seguran-ça e otimismo para todos, propor-cionando que as pessoas possam buscar empregos, empreender, re-tomar seus hábitos de consumo, bem como estimular a produção industrial e geração de empregos e renda. "A vacina é um insumo es-sencial para a retomada econômi-ca. Porém, não é possível traduzir em números" o ritmo da vacinação.

(6)

6

Geral

SEXTA-FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2021

EBRAN HUNTINGTON

jornalismo@eshoje.com.br

P

ara quem gosta de

uma longa caminha-da, aventurar e conta-to com a natureza, o percurso dos trilhos da Pedra dos Ventos é uma ótima opção. O trajeto, deslumbrante, co-meça em Viana, passa por Do-mingos Martins e termina em Araguaia (Marechal Floriano). O explorador terá a chance de percorrer 46 km em meio a Serra do Mar, se deparando com pontes, túneis, cachoeiras e ainda fazer uma viagem ao passado sobre trilho de trens de carga.

De acordo com o Blog Cami-nha Gente, por volta da década de 70, a estrada de ferro era ati-va, de maneira que a saída do

Os trilhos

da Pedra

dos Ventos

O local está desativado para trens,

mas aberto para os aventureiros

contemplarem a beleza natural

trem era do Bairro Argolas, em Vila Velha, com o objetivo de li-gar o estado do Rio de Janeiro com Espírito Santo.

Segundo a Prefeitura de Do-mingos Martins, a duração do tour completo é de duas horas e meia, a 15 metros acima do nível do mar para uma altitu-de altitu-de 530 metros.

O trabalhador autônomo Alexandre Bergamaschi não consegue explicar a sensação desta aventura. “É uma mistu-ra de sentimentos. Quando es-tive ali pude voltar no tempo, comecei a imaginar todas as pessoas que já passaram na-queles trilhos quando eram ativos. Fiquei me perguntando como que no passado, quando não se tinha tanta tecnologia, conseguiram construir um tú-nel tão imponente que corta uma pedra ao meio”.

A vendedora Carla

Assump-THIAGO SANTOS/ARQUIVO PESSOAL

Carina Sereno destaca a beleza do lugar, que é um convite a contemplação e refl exão

ção se aventurou fazendo ra-pel e pêndulo na região e con-ta que para ela, a trilha serve como uma reconexão das com a natureza. Para quem estiver interessado no passeio, ela re-comenda ir pela manhã, utili-zar roupas e tênis confortá-veis, se hidratar e usar repelen-te. “É importante ter uma gar-rafa de água, protetor solar e comidas leves. No meio da

tri-lha passando por Viana, senti-do Santa Isabel, existe uma nascente que dá para pegar água fresquinha”, relembra. BELEZA NATURAL

De beleza a maquiadora Ca-rina Sereno entende. Mas a que viu na Pedro dos Ventos, segundo ela, supera e promo-ve ambiente para contempla-ção e reflexão. Segundo ela,

sente muita paz percorrendo o trajeto e ama sentar nos tri-lhos para apreciar a beleza do ambiente.

Já o gerente Diego Barcellos diz que a aventura fica melhor quando feito com os amigos. “Além de contemplar a nature-za, temos um espetáculo de paisagem e de quebra conse-guimos fazer fotos muito bo-nitas”, finaliza.

Temos um

espetáculo de

paisagem natural

para fazer muitas

fotos bonitas

Diego Barcellos, aventureiro

46 km

em meio a Serra do Mar, entre Viana e Marechal Floriano

150 min

é o tempo do passeio completo, a 15 metros acima do nível do mar

NÚMEROS

SERVIÇO

Pousada Vista Magnata

•VALORES: Chalé marrom com

piscina (pacote de sexta-feira a domingo a partir de R$ 419,00), chalé laranja com piscina (pacote de sexta-feira a domingo valor a partir R$ 419,00), chalé laranja com piscina (pacote de sexta-feira a domingo a partir de R$ 419,00) e suite laranja (diária no valor de R$ 180,00).

•SERVIÇOS: Os serviços

ofereci-dos na pousada são piscinas exclusivas e cozinha completa, de maneira que a alimentação os próprios clientes podem preparar. Além disso, a chalé marrom conta com churras-queira.

•RESERVAS: As reservas podem

ser feitas através do telefone (27) 9 9619-2960.

•DISTÂNCIA do Túnel da Pedra

dos Ventos: A distância do Túnel da Pedra dos Ventos é de 3,2 km a pé ou de carro.

Sítio Vista do Vale

•VALORES: O sítio é alugado

todo para final de semana para grupos e quando aluga-do, somente esse grupo fica no local. De sexta-feira a domingo, para um grupo de até 20 pessoas, o valor é de R$ 2.400. Já para 15 pessoas é de R$ 1.900 e para 10 pessoas é R$ 1.500. Exceden-do a quantidade de pessoas é cobrado uma taxa.

•SERVIÇOS: O serviço oferecido

no sítio é uma piscina e uma casa toda equipada com todos os utensílios domésticos necessários. Vale ressaltar que o local não fornece alimentação.

•RESERVAS: As reservas podem

ser feitas através do telefone (27) 9 9792-4703. Para garantir a vaga é necessário efetuar o pagamento de 20% do valor e o restante deve ser depositado um dia antes da entrada no sítio.

•DISTÂNCIA do Vale da Estação:

A distância do Vale da Estação é de 600 metros.

Up Rope Adventure

•SERVIÇOS e valores de guia: O

guia cobra R$ 35,00 com seguro aventura por pessoa. Já de rapel o valor é R$ 90,00 reais, também com seguro aventura, e fotos profissio-nais.

•AGENDAMENTO: O agendamento

do guia pode ser feito com Uanderson Gonzaga pelo telefone (27) 9 9850-0514.

Diego gosta de fazer o passeio, sozinho, ou com grupo de amigos

(7)

Saúde

7

SEXTA-FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2021

Distúrbios emocionais

pelas universidades

Estudo aponta que o próprio ambiente das instituições, com pressões

e cobranças, além do estilo de vida desregrado, são determinantes

GABRYELLA GARCIA

jornalismo@eshoje.com.br

O

ambiente universitário, por vezes, pode ser tor-nar um grande inimi-go para jovens adultos em todo o mundo. Um estudo da revista científi ca Science Mag, de março de 2018, apontou que uma epidemia de doenças mentais es-tá tomando conta de estudantes universitários. Um outro artigo, da revista Nature Biotechnology, da mesma data, indicou que pe-lo menos metade desses alunos mostram algum sinal de prejuí-zo a saúde mental. Uma tese de doutorado produzido na Univer-sidade Federal do Espírito Santo (UFES), mostra que em solo capi-xaba a tendência se repete.

A tese de Rayane Cristina Sou-za, sob orientação da professora Marluce Siqueira, indicou que dos 559 alunos da UFES, campus Goiabeiras, que participaram da pesquisa, 59,3% apresentaram al-guma difi culdade emocional. O trabalho foi intitulado “Saúde mental de estudantes universitá-rios: avaliando a qualidade de vi-da e fatores associados”.

Rayane explicou que no traba-lho, foi avaliada a qualidade de vi-da dos estuvi-dantes vi-da UFES asso-ciando fatores como ansiedade, de-pressão e substâncias psicoativas. “Avaliamos sintomas sugestivos de ansiedade e depressão e é uma es-pécie de triagem, não um diagnós-tico. Constatamos que 59,3% dos alunos apresentaram alguma difi -culdade emocional, sendo 39,9% si-nais de ansiedade e 19,4% sisi-nais de depressão”, afi rmou.

Ainda de acordo com ela, essa si-tuação caracterizou um

compro-ESHOJE

Alunos da Ufes podem receber acompanhamento dentro da própria instituição, garante professora

metimento da qualidade de vida do indivíduo como um todo: fi sica-mente, psicologicasica-mente, as rela-ções sociais, a relação com o meio ambiente e, também, a vida acadê-mica. A média de idade dos alunos entrevistados era de 22 anos e os principais sinais e sintomas de di-fi culdade emocional identidi-fi cados nos estudantes foram relato de pensamento morte, aumento de ansiedade e depressão e também difi culdade em dormir.

USO DO ÁLCOOL

Para a professora Marluce Si-queira já existe uma ansiedade “de base” que não é tratada pelos estudantes e a situação apenas se agrava quando há o acréscimo

do álcool. O estudo também apontou nos estudantes uma tendência de “beber em binge”, que signifi ca ingerir uma grande quantidade de álcool em um cur-to período de tempo.

A professora destacou essa re-lação. “O beber em binge é carac-terístico dos finais de semana, vai beber pesado na sexta, sába-do e sába-domingo, mas nos outros dias não vai beber. Dessa forma, a tendência da população univer-sitária é piorar os sinais de ansie-dade que já existiam”.

Além do uso excessivo do álco-ol, Rayane também apontou que o uso de alguns tranquilizantes sem a prescrição médica também causam um impacto negativo na

qualidade de vida dos universitá-rios. “Chama a atenção o uso sem orientação médica e cada vez mais um uso sem controle e desneces-sário. Isso pode acarretar em uma piora no quadro e também piorar os sintomas e tornar necessário um trabalho mais individualiza-do para esse paciente”.

Queda na qualidade de vida

outro fator que contribui para uma menor qualidade de vida é o próprio ambiente uni-versitário, que além de um esti-lo de vida desregrado, é rechea-do de pressões e cobranças. A coordenadora da pesquisa, Mar-luce Siqueira, afi rma que é “um modelo de produzir loucura”. E destaca a necessidade de ofere-cer espaços de convivência e tro-ca dentro da universidade.

“A arte como liberdade de ex-pressão, uma biblioteca com clássicos da literatura e (tam-bém) investir no estudante, não no pedaço de homem que será

o profi ssional. Tem que investir na cultura e a universidade não oferece isso, nem algumas ne-cessidades humanas básicas não podem ser satisfeitas lá”.

Para Rayane, não existem cul-pados pela situação, mas se faz necessário envolvimento das instituições de ensino. “Percebe-mos uma necessidade de parce-ria e envolvimento de todos, in-clusive docentes e discentes, pa-ra a melhoria na qualidade de vida universitária”.

De acordo com a Doutora a UFES já oferece um

acompanha-mento psicológico aos alunos, Ambiente é determinante

ESHOJE

mas ainda não é sufi ciente. “É muito útil, porém o núme-ro de alunos que necessitam de atendimento é maior e não con-seguem atender todos. Poderia ampliar o apoio psicológico e, na questão dos docentes, fazer uma capacitação para um aco-lhimento e escuta ativa”.

Além disso, a pesquisadora destaca que o próprio aluno também deve estar motivado e oportunizado, participando de projetos de extensão que o esti-mule e ajude a lidar com adver-sidades e momentos de altos e baixos.

Constatamos

que 59,3%

dos alunos

apresentaram

alguma difi culdade

emocional

Rayane Souza, pesquisadora

a unidade Básica de Saúde do bairro Vale Encantado, em Vi-la Velha, foi a escolhida para dar início à vacinação de ido-sos de 80 a 84 anos no Espírito Santo. O estado capixaba já va-cinou todos com idade a par-tir de 90 anos. Das doses envia-das pelo Ministério da Saúde, foi defi nido pelo órgão federal o quantitativo para imunizar 24% do público prioritário de 80 a 84 anos, que tem popula-ção estimada de 44.963 mil pessoas no Estado. Para as pró-ximas remessas, a Secretaria da Saúde (Sesa) aguarda a con-fi rmação da data e do quanti-tativo de doses por parte do Ministério da Saúde.

O governador Renato Casa-grande destacou os esforços do Governo do Estado para ga-rantir a vacinação para a po-pulação capixaba. “Estamos fa-zendo um esforço extremo desde o fi m de 2019 no comba-te à pandemia e desde o fim do ano passado não medimos esforços para cobrar do Gover-no Federal a aquisição de to-das as vacinas possíveis para acelerarmos a vacinação. Ho-je, estamos marcando o início da imunização do grupo de 80 a 84 anos, um grupo prioritá-rio. É um alívio para essas pes-soas que estão recebendo as vacinas e também para seus familiares”, afi rmou.

A aposentada Sebastiana da Silva, 84 anos, estava muito fe-liz por ter recebido a vacina. Ela já teve Covid-19 e fi cou 25 dias hospitalizada. José da Sil-va Barbosa, 84 anos, está an-sioso para voltar às atividades no comércio da família. “Que-ro muito estar imunizado pa-ra voltar a tpa-rabalhar. Agopa-ra, que estou vacinado, dou gra-ças a Deus e a todos por nos proporcionar esse dia”.

O Espírito Santo recebeu mais 61 mil doses de vacinas para dar continuidade à imu-nização contra a Covid-19. São 38 mil doses da vacina AstraZe-neca/Oxford e 23 mil doses da Coronavac (Sinovac/Butan-tan). Para essa nova remessa, o Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Imunização, defi niu o en-vio de doses para completar a imunização de 100% dos ido-sos de 85 a 89 anos, população estimada em 26.010 mil pesso-as; mais 24% da população de 80 a 84 anos, população esti-mada em 44.963; e 8% para tra-balhadores da saúde, popula-ção estimada em 124.416. O quantitativo enviado obedece a critérios de proporcionalida-de das populações dos grupos prioritários.

ES dá início

à vacinação

de idosos a

partir dos 80

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SEXTA-FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2021

BASTIDORES DA POLÍTICA

Da Vitória

em Orçamento

Deputado Federal Da Vitória (Cidadania-ES) é o único capi-xaba na Comissão Mista de Or-çamento (CMO), a mais impor-tante do Congresso Nacional. Ela é responsável pela análise e elaboração da peça orçamen-tária do Governo Federal, que para este ano ainda não foi aprovada. A Comissão foi ins-talada na última semana e ini-ciou os trabalhos nesta quin-ta-feira.

Convite democrata

Falando em Da Vitória, o co-ordenador da bancada federal capixaba foi convidado para se filiar ao Democratas. Este não é o primeiro convite ao depu-tado que é filiado ao Cidada-nia. Já foram escancaradas a ele as portas do PSL. Ele tem tempo para decidir.

Notícia crime 1

O vereador de Vitória, Gilvan da Federal (Patriota)

protoco-lou Notícia Crime junto ao Su-premo Tribunal Federal em que pede a prisão em flagran-te de cinco deputados fede-rais, inclusive o petista capixa-ba, Helder Salomão. A acusa-ção é de “ataques antidemo-cráticos às instituições e ao Presidente da República”.

Notícia crime 2

Sobre o deputado capixaba Helder Salomão, Gilvan diz que ele teria cometido incita-ção clara ao ódio e crime de injúria ao escrever numa rede social: “Um governo genocida que quer matar a população de todas as formas. De fome, sem emprego, sem auxílio emergencial. De vírus, dificul-tando a vacinação. Ou de tiro, liberando as armas.

De concorrentes

a aliados

Neucimar Fraga, de concor-rente, virou aliado mesmo do prefeito Arnaldinho Borgo, em Vila Velha. O deputado federal

passou um dia inteiro, na últi-ma seúlti-mana na PMVV, se colo-cando à disposição da Prefei-tura para ajudar o município em Brasília. Os dois foram jun-tos à Brasília participar do lan-çamento do programa federal Agenda do Prefeito + Brasil.

Mudanças I

O Banco do Estado do Espíri-to SanEspíri-to (Banestes) anunciou que ano passado alcançou lu-cro líquido de R$ 232 milhões, o que representa uma evolu-ção de 8,4% em relaevolu-ção a 2019. Apesar do resultado extraordi-nário, o governador Renato Casagrande pode trocar al-guns dirigentes. Comenta-se que o diretor de Rede, Fernan-do Valli, muito ligaFernan-do a Maurí-cio Duque, é um deles.

Mudanças II

Mauricio Duque foi diretor do Banestes, passou pelo Ban-des, mas saiu recentemente para cuidar de projetos pesso-ais. E, tudo indica que

Fernan-do Valli, irá com ele. Os Fernan-dois trabalham juntos desde a pre-feitura de Vitória.

Mudanças III

Não só no Banestes, mas al-gumas mudanças no Governo Renato Casagrande (PSB), es-tão previstas parta breve, dan-do espaço a derrotadan-dos no pleito 2020.

Só com Rose

O deputado estadual José Es-meraldo disse, numa roda de amigos, que só fica no MDB se a senadora Rose de Freitas as-sumir o comando. Do contrá-rio, ele também vai sair, mas não definiu para qual partido vai migrar.

Vitória na mira

Ao assumir a presidência da Petrobras, Joaquim Silva e Lu-na, poderá voltar a mexer na unidade do Espírito Santo, cuja obra deixou torta a Reta da Penha. Um processo apon-tou prática de cartel entre

em-presas na luxuosa obra, cujo custo foi de R$ 486,1 milhões – quase 7 vezes mais do que es-timado inicialmente.

Respeitado

O Espírito Santo tem regis-trado consecutivos aumentos nas taxas de criminalidade. Mesmo assim, um dos secretá-rios mais reconhecidos no es-tado tem sido o de Segurança Pública, Alexandre Ramalho. Entre os policiais civis e mili-tares, o respeito e reconheci-mento do trabalho do militar é voz corrente.

Climão

Não convide para a mesma mesa o presidente do Sindica-to dos Servidores da Serra (Ser-mus), Osvaldino Luiz Marinho, e o prefeito, Sérgio Vidigal. Se-gundo o sindicalista, tem sido em vão as tentativas de discu-tir com o chefe do Executivo serrano as supostas denúncias de perseguição política a ser-vidores do município..

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SEXTA-FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2021

HUGO BORGES

A frase não é minha. Foi pirateada das redes sociais e por uma relação cada vez mais próxima com o Alzheimer, lamentavelmente não vou poder, sequer,

dar o crédito ao autor. Menos mal, porquanto me livro dos direitos autorais. Chega de bobagem e vamos trabalhar.

“Não existe controle de mais nada nesse país! Nem da pan-demia, nem da corrupção, da fome, preservação do meio ambiente, controle da burrice, da bizarrice, ignorância”. Não quero restringir a coluna a Bolsonaro, esquerdofrenia, co-ronavírus e ao “boa noite” de William Bonner. Aliás, era im-pagável ver minha sogra Orza-lina respondendo ao “boa noi-te” de Cid Moreira. Correspon-dendo, seguro ela.

Não há como não amar essa mulher, a Orza, que depois de muitos anos indo basicamen-te à igreja e às reuniões do gru-po de orações, resolveu ir ao

cinema. Logo na entrada, em meio à escuridão, ajoelhou-se e fez o sinal da cruz.

De outra feita, também de-pois de muitos anos, decidiu voltar a estudar. Abandonou muito pouco tempo depois. Não soube lidar bem com a no-tícia de que Tiradentes fora en-forcado e esquartejado.

Quanta beleza há nessa mu-lher que luta pela vida com uma garra descomunal, há muitos anos, e que apesar da saudade dos filhos e netos, ain-da encontrou tempo para me telefonar perguntando se eu queria mandar algum recado para minha saudosa mãe, de

À sogra com carinho

COLUNA FEU ROSA

ARTIGO

Agulha para função peridural 20GX2. Agulha 25 x 07. Bandagem

elásti-ca (COBAN). Bolsa para colostomia (infantil). Bolsa para colostomia

(ne-onatal). Cânula de traqueostomia 4-0 com balão. Cânula de

traqueosto-mia 5-0 sem balão. Cateter 22 G. Cateter de subclavia 19 GA. Cimento

ós-seo. Dispositivo para circuncisão 16 mm. Dreno de sucção 4-8. Dreno de

tórax. Enxerto ósseo cerâmico. Extensor para perfusão 120 cm.

A escassez

Fio de sutura CATGUT 5-0. Fio de su-tura CATGUT cromado. Fio de susu-tura de nylon 0 3-0 cm. Fio de sutura de nylon 2-0 CORT. Fio de sutura de nylon 2.0 agulha. Fio de sutura de nylon 0 agulha. Fio de sutura PDS 5. Fio de sutura PDS 6. Fio de sutura PDS 7. Fio de sutura Prolene 4-0. Fio de su-tura Prolene 5-0. Fio de susu-tura Vicryl 3-0. Fio de sutura Vicryl 4-0. Fio de su-tura Vicryl 5-0. PVI tinsu-tura alcoólica.

Sonda enteral 120 cm. Sonda enteral 60 cm. Sonda gástrica nº 4. Tubo ara-mado 3-0/5-5 (com balão). Tubo endo-traqueal nº 4.0. Tudo endoendo-traqueal nº 5.0. Tubo endotraqueal 6-5. Coletor de urina sist. fechado 200 ml. Cimento or-topédico. Esponja hemostática (surgi-cel). Esponja hemostática (gelfoam). Seringa de 3 ml. Seringa de 5 ml. Serin-ga de 10 ml. SerinSerin-ga de 50 ml. SerinSerin-ga de 60 ml. Sonda uretral nº 14.

A lista é longa. Inclui também me-dicamentos diversos. Deixo de repro-duzi-la em sua integralidade por fal-ta de espaço. Confal-tarei, agora, como a encontrei.

Há alguns anos, visitando um dos principais hospitais públicos de uma

capital de estado brasileira, deparei--me com um cartaz afi xado diante da farmácia. Continha uma longa rela-ção de suprimentos e medicamentos seguida da expressão “em falta”.

Dado ser a lista muito extensa e os suprimentos bastante básicos per-guntei ao profi ssional encarregado o que estava ocorrendo. Recebi como resposta tratar-se de algo absoluta-mente comum - o que ele provou re-tirando de uma gaveta relação quase idêntica que ali estivera afi xada uns seis meses antes.

Algo perplexo perguntei a um mé-dico que me acompanhava como eram solucionados os problemas de falta de materiais básicos. A resposta dele: “o jeito é improvisar”.

Na saída, ao contemplar a já corri-queira cena de pacientes acomoda-dos pelos corredores, alguns deles gemendo, fi quei a meditar sobre a escassez como um dos grandes pro-blemas brasileiros - principalmente a de coração.

PEDRO VALLS FEU ROSA

Desembargador do TJES

A malandragem que se credita ao DNA brasileiro tem sido usada intensamente

nes-ses tempos de epidemia. Os casos são de arrepiar. Em Manaus, duas irmãs gêmeas,

fi lhas de um empresário do ramo da educação, foram exoneradas da Prefeitura por

suspeita de terem furado a fi la da vacinação. Formadas em medicina no ano

passa-do, nomeadas entre 18 e 19 de janeiro para trabalhar numa Unidade Básica de

Saú-de, foram as primeiras a receber as vacinas.

DNA da malandragem

No Rio de Janeiro, uma idosa de 97 anos foi enganada: a enfermeira foi fl agrada pela cui-dadora, que viu a agulha sem a dose da vaci-na no braço da mulher. A malandragem cam-peia. Furar fi las tem sido um comportamen-to usual por parte de muita gente. Como pa-no de fundo, como se sabe, os pa-notórios “fura-dores”, aqueles que ostentam o poder do car-go, autoridades de todos os níveis especiali-zados na “carteirada” com sua arrogância: “você sabe com quem está falando?” A situa-ção é tão comum que, em alguns casos, tor-nou-se um negócio.

Filas para emprego, recebimento de bene-fícios, cestas de alimentos, compras de in-gresso, que se iniciam nas madrugadas, são frequentemente ocupadas por “guardado-res de vaga”, com seus banquinhos para sen-tar e aguardar os fregueses que “compram” o lugar. Quanto mais próximos do atendi-mento, mais caros os espaços.

Outro imenso contingente que vive dos negócios da rua é o do guardador de vaga para estacionamento. É o malandro profi s-sional. Se chegar em cima da hora do even-to, o dono do carro não tem saída: submete--se ao orientador das vagas, estaciona o car-ro e paga com antecedência. O vendedor não aceita o argumento: “pagarei na volta”.

Nos arredores de estádios de futebol e par-ques de lazer, não há moleza. Se não pagar, na volta seu carro corre o risco de depredação. Estacionamento para deficientes e idosos também entra na negociação, mesmo que o motorista mostre Cartão do Defi s, que dá di-reito ao uso da vaga. Há, ainda, os vendedo-res de capas plásticas. Chuvas pesadas garan-tem preço bem maior que nos chuviscos.

Na paisagem urbana, há um grupo que não pode se classificar como malandro. São os vendedores de balas e chicletes, que precisam correr para colocar os pacotes sobre vidros retrovisores, apanhá-los de volta, calculando o tempo para a troca de farol e fazendo pito-rescos dribles para passar adiante as bali-nhas. São azucrinados pelas buzinas dos car-ros de trás. Muitos levam fi lhos pequenos pa-ra ajudar na jornada.

E, como fecho, a malandragem tecnológica. Um Instituto de Pesquisa americano (Ciberse-curity Ventures) calcula que os crimes digitais este ano impactarão a economia cibernética em U$ 6 trilhões. Só a China e os EUA têm um PIB maior que esse montante. A malandragem tem um campo fértil para prosperar por aqui.

GAUDÊNCIO TORQUATO

Consultor político e de comunicação

César Herkenhoff

cesarherkenhoff @hotmail.com

quem Orzalina foi uma amiga privilegiada.

“Vou me encontrar logo com ela, na casa do Pai”. Tentei con-ter o choro. Não consegui. E ela, de novo, surpreendeu: “Tristeza não combina com quem sabe que logo vai encon-trar-se com Jesus Cristo”.

Eu invariavelmente no final dos anos 80 e início dos anos 90, abria meu programa na TV Vitória com uma anedota de sogra. Não lembro exatamen-te a data, mas abri dizendo que tinha uma notícia boa e uma notícia ruim. A boa é que minha sogra havia feito uma cirurgia delicada. E a ruim,

que havia sobrevivido... Por uma armação diabólica da equipe de produção da emissora, deram um jeito de colocar Orzalina no ar, ao vivo, do leito do hospital. Constran-gimento inimaginável. Mas Or-zalina com a doçura e a pureza de sempre, disse apenas “eu sei que é brincadeira. Nem vo-cê acredita no que disse. Está perdoado”.

Orza está de partida. Uma se-mana, um mês, seis meses. Não faz diferença. É saudade para vida toda.

Eu que sempre brinquei que as únicas coisas que ninguém nunca tinha visto na vida era

enterro de anão e genro com retrato de sogra na carteira, te-nho sentido a dor física da sau-dade. Mas não tenha pressa, Orzalina. Fique enquanto for a vontade de Deus, porque você acredita nisso e dedicou sua vi-da cristã a fazer o bem.

Deus saberá o momento de convocar você. E aí haverá mais barulho no céu, porque haverá também uma belíssima mulher que vai acordar uma hora mais cedo para falar por mais tempo.

Não é uma despedida. É uma declaração de amor. Muito obrigado por tudo. Sobretudo, por existir.

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SEXTA-FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2021

Cultura

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MISCELÂNEA

CULTURAL

Alvarito Mendes Filho )) cultura@eshoje.com.br

Em 18 de fevereiro estreei na Rádio Brasil Som o

pro-grama ‘Ai, caramba!’ com vários quadros. Dois deles

são o Espaço Jovem e o Espaço do Jovem Há Mais

Tem-po. Neste último, abordam-se assuntos que dizem

respeito ao pessoal da Terceira Idade.

Validade estendida

Por conta da necessidade de colher temas para esse qua-dro, ligo para a amiga Cecília Maia para ter notícias do Vali-dade Vencida, grupo formado por pessoas que, nos anos 60 e 70 do século passado, viveram a juventude em Jardim Amé-rica, Cariacica. A turma era animada. Cecilia se lembra, por exemplo, de que, todas as quartas-feiras, eles promoviam bailes ao som de "eletrolas".

O Validade foi criado em 2005, para reunir a galera, que poderia, assim, relembrar essas e outras estripulias do gru-po. No momento, ele tem 116 membros cadastrados, além de contar com página no Facebook com fotos da turma e regis-tro de todos os enconregis-tros realizados até o início da pande-mia. Acertadamente, o pessoal adiou a realização de novos eventos para depois que todos do grupo já estiverem vaci-nados.

Restaurada a normalidade, o primeiro evento do Valida-de será um churrasco na casa Valida-de uma integrante que teve Covid-19. “Vamos comemorar sua recuperação”, adianta Ce-cília. “E comemorar também a recuperação de um primo de-la que sofreu um seríssimo acidente que quase o deixou sem um dos braços”.

Daí por diante, haverá encontros mensais. De acordo com Cecília, nessas reuniões, o que se vê é um festival de barri-gas salientes, de carecas, rubarri-gas, dentaduras... “Coisas de DNA (Data Natalícia Avançada)”, brinca. Porém, não há co-mo negar que os encontros da turma são co-momentos de ce-lebração da vida.

Motivo pelo qual proponho mudança de nome para o gru-po, com a troca do adjetivo. Ao invés de “vencida”, passemos a usar “estendida”. A meu ver, Validade Estendida é um no-me muito mais apropriado para esta simpática confraria de pessoas que curtem relembrar os bons tempos idos, ao mes-mo tempo em que anseiam por melhores dias, mas sem abrir mão de viver o tempo presente. Afinal, a vida é agora.

O AUTOR É ATOR, DIRETOR TEATRAL, JORNALISTA E MESTRE EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E MATEMÁTICA

REDE SOCIAL

'Ai, caramba!' é o nome do meu programa da Rádio Brasil Som

P

rodutores, atores e to-dos que se interessarem pela área artística pode-rão participar de oficina ministrada pelo artistas capixa-bas Duílio Kuster Cid e Marcelo Ferreira. O curso faz parte do Pro-jeto da WB Produções, Circuito Nacional de Teatro no Espírito Santo por meio do Ministério do Turismo e da lei de incentivo à cultura – Lei Rouanet. Além de proporcionar os espetáculos tea-trais para todo mundo, o projeto também oferece formação para profissionais da área cultural de forma totalmente gratuita.

A oficina ofertada este ano terá todo conteúdo disponível no

ca-Oficina On-line

de dramaturgia

Duílio Kuster Cid e Marcelo Ferreira chegam com a

proposta de formar profissionais completos no ES

nal do Youtube da WB Produções, permanecendo gratuitamente pa-ra os interessados pelo período de 6 meses, privilegiando a formação de pessoas na área cultural.

A oficina de dramaturgia foi di-vidida em quatro episódios com duração de 1 hora cada. As duas primeiras aulas ministradas pelo professor Duílio se propõem a ofe-recer ferramentas para que o alu-no possa desenvolver o seu pró-prio texto teatral. Para tanto, fo-ram abordados assuntos como a definição e especificidades do tex-to dramático, os principais gêne-ros dramáticos ao longo da histó-ria e técnicas de escrita.

A terceira e quarta aula do

pro-fessor Marcelo Ferreira fazem uma incursão pelo teatro pós--dramático, tendo como referen-cia a obra do professor Hans--Thies Lehmann, que parte da hi-pótese de que a partir dos anos 1970 ocorreu uma profunda rup-tura no modo de pensar e fazer teatro. Algo que já estava anun-ciado pelas vanguardas moder-nistas do começo do séc. XX – a va-lorização da autonomia da cena e a recusa a qualquer tipo de “tex-tocentrismo” (outros elementos, além do texto, servem de matriz para a dramaturgia), pondo em relevo a presença mais que a re-presentação, os processos de cria-ção sobre o resultado final.

DIVULGAÇÃO Duílio vai poferecer ferramentas para construção de texto teatral, dos mais variados gêneros

entendendo este cenário que hoje vivenciamos de movimen-tos antirracistas pelo mundo na luta pela igualdade, o Festival Tor-ta Black, realizado pelo Instituto Manguerê, entra em sua quinta edição com programação 100% on-line nos dias 05 e 06 de março. Uma diversidade de manifesta-ções, atrações e expoentes da cul-tura negra estarão em destaque durante 7 horas de programação, incluindo shows, painéis e per-formance ao vivo de graffiti. A transmissão será realizada do es-paço de eventos Studio Wave, que chegará ao público através do ca-nal Festival Torta Black no Youtu-be (http://bit.ly/YouTuYoutu-be_Festival- (http://bit.ly/YouTube_Festival-TortaBlack).

Festival Torta Black com

shows, painéis e grafitti

O diretor e curador artístico do festival, Fábio Carvalho, destaca que os participantes foram cuida-dosamente selecionados e, com o vasto conhecimento que pos-suem, vão evidenciar muitos pon-tos importantes a respeito da va-lorização da cultura negra no Bra-sil e no mundo.

Com extensa e completa pro-gramação dividida em dois dias de evento, a quinta edição do Fes-tival Torta Black vai contemplar di-versos segmentos de manifesta-ções artísticas da cultura negra. Para dar o start do evento, na sex-ta-feira, haverá a homenagem com entrega do Troféu Lameirão ao Mestre Zé Bento, fundador da primeira banda e congo mirim do

Espírito Santo, que será seguida de apresentação da Banda de Con-go São Benedito e São Sebastião, de Nova Almeida.

O encerramento terá muita mú-sica com a performance do grupo Melaninas MCs. O show ‘Sistema Feminino’ vai apresentar um re-pertório com narrativas sobre as vivências das mulheres em vários aspectos da sociedade, suas lutas contra o preconceito racial e de gênero. É sobre o lugar de fala sen-do ocupasen-do por quem ainda tem direitos a serem conquistados. O diálogo é feito através das músicas autorais compostas por quatro mulheres negras periféricas e um DJ, que se manifestam cultural-mente através do Rap.

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Sabor ES

SEXTA-FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2021

COLUNA

DO VINHO

Carolina Correa )) vinhoses@eshoje.com.br

Muitas pessoas que sofrem da doença reclamam que

a crise aparece depois de umas taças. Mas qual a

rela-ção da bebida com a enxaqueca?

Vinho e enxaqueca

Ouço muitos relatos de amigos e clientes que dizem sofrer crises de enxaqueca após o beberem de vinho. Aproveitando o fim do carna-val, época onde muitas vezes excedemos o consumo de ál-cool, e com os excessos apare-cem às malditas dores de ca-beça e ressacas, a coluna fala de um mal que, de fato, acon-tece: as crises após algumas tacinhas da bebida.

Apesar de ser amante de vi-nho, também sofro com isso. E visando estudar mais sobre o assunto, o neurologista Abou-ch KrymAbou-chantowski, diretor do Centro de Avaliação e Trata-mento da Dor de Cabeça do Rio de Janeiro, junto com a também neurologista Car-la Jevoux, resolve-ram focar nesse assunto que tanto dói a cabeça dos apaixonados por vinho.

A primeira con-clusão que

chega-ram é que os tintos são os principais vilões quando o as-sunto é dor de cabeça.

Entre os vários teste, os pes-quisadores fizeram com que um grupo de 40 pessoas que sofrem de cefaleia consumis-sem vinhos sul-americanos das uvas Tannat, Cabernet Sauvignon, Merlot e Malbec, percebendo então que a uva Tannat, muito produzida no Uruguai foi a que mais

desen-cadeou a dor de cabeça. Os motivos recaíram pela grande concentração de fla-vonoides, que possivelmente geraram essa crise. Vale res-saltar que esse composto, apesar de causar possíveis dores de cabaça, é um grande aliado na prevenção de doen-ças do coração.

Em um segundo experi-mento os pesquisadores op-taram por usar vinhos fran-ceses da região do Medoc e sul americanos, onde nesse caso os franceses foram cam-peões no aparecimento de crises. Esse efeito talvez se dê devido a quantidade de

tani-no tani-nos vinhos dessa região.

Acredita-se que por essa substân-cia ser vasodilata-dora, os vasos ce-rebrais pulsam mais forte, fazen-do com que pes-soas que tem pre-disposição a en-xaqueca venham a ter crises. Uma solução para você que ama vinho mas sofre de terrí-veis dores de cabeça, é optar por tintos com menos tani-nos, tais como o Pinot Noir, e consumir também mais vi-nhos brancos que tintos, já que os brancos praticamente não possuem taninos.

Procure também um espe-cialista para um tratamento adequado. Uma coisa é certa: sem vinho não dá pra ficar! A culpa das crises é dos taninos e dos flavonoides contidos nos tintos CAROLINA CORREA

Trufa de Chá Verde:

Ingredientes 4 pessoas

•1/2 kg de chocolate branco,

•100 ml de creme de leite pasteurizado,

•1 colher (sopa) de matcha em pó (chá verde),

•3 colher (sopa) de manteiga sem sal

•matcha em pó.

Modo de preparo

1. Rale 225 g de chocolate em pedaços pequenos, coloque numa tigela refratária e derreta em banho-maria por 6 minutos. Tire do fogo e do banho-maria, mexa vigorosamente com espátula até homogeneizar.

2. Junte creme de leite misturado com matcha, mexa com espátula por um minuto e com batedor manual por 2 minutos. Misture a manteiga e deixe na geladei-ra por 4 hogeladei-ras.

3. Faça 20 bolinhas de 2,5 cm de diâmetro. Arrume numa assadeira forrada com papel-manteiga e deixe no congelador por 10 minutos.

4. Derreta o chocolate restante. Misture com espátula até derreter. Coloque a tigela em outra tigela com gelo e deixe por 3 minutos.

5. Passe as bolinhas uma a uma, usando garfo próprio, no chocolate derretido. Arrume em superfície forrada com papel-manteiga. Polvilhe matcha.

Saborosa e fácil de fazer, a trufa de matcha pode ser uma sobremesa especial o ano inteiro

DIVULGAÇÃO

E

já que a bebida cai nas graças da maioria das pessoas, nesta tempora-da, que tal conhecer o matcha? Esse nome refere-se ao chá verde (Camellia sinenses) moído fino usado em especial em rituais no Japão, como na ce-rimônia do chá. O matcha utili-zado na cerimônia é um pó de melhor qualidade, feito de fo-lhas novas não fermentadas e trituradas lentamente.

Na dinastia Tang, na China (618-907), as folhas do chá eram murchadas por vapor e transfor-madas em blocos para armaze-nagem e comercialização. Mas foi na dinastia Song que o méto-do méto-do preparo méto-do chá a partir méto-do pó, usando batedor tipo chicote para diluí-lo em água quente nu-ma tigela, se popularizou. O pre-paro e o consumo até passaram a compor o ritual zen-budista.

A doutrina zen e o método chinês de preparar o chá em pó chegaram ao Japão em 1191. Mas

Mais do que

chá: matcha!

O outono vem chegando, deixando os dias mais frios,

para trocarmos as bebidas refrescantes pelas quentinhas

na China o chá foi ficando res-trito aos templos, enquanto no Japão se tornou cada vez mais apreciado. Ao mesmo tempo, plantadores de chá em Uji, sul do país, foram aperfeiçoando as técnicas para a produção de chá de ótima qualidade para o ma-tcha. Hoje os melhores matchas vêm de lá. Para a obtenção das folhas ideais, as plantas rece-bem sombra antes da colheita, o que retarda o crescimento e acentua o verde das folhas. O método estimula também a produção de aminoácidos, que tornam o chá mais doce. Só as folhas mais novas são colhidas, passam por vapor e são secadas. O preparo do matcha deve se-guir estas etapas: põe-se o pó na tigela de cerâmica com colher de bambu. Junta-se água quen-te e baquen-te-se com baquen-tedor de bambu tipo chicote até o chá fi-car com consistência uniforme. Na cozinha, o matcha é usado para colorir e dar sabor a

sorve-te, bolo, arroz mochi e macar-rão soba. É ingrediente comum no preparo de doces, mas entra também em pratos salgados, co-mo para dar sabor a tempuras, numa mistura conhecida como jio-matcha.

A ingestão regular faz bem ao mentabolismo, controle de co-lesterol e pode prevenir contra o câncer. Já, em excesso, por conter boa quantidade de cafe-ína, pode causar dores de cabe-ça, irritabilidade, azia e até ar-ritmia cardíaca.

Quando for comprar preste atenção ao nome no rótulo. Em geral o matcha vem em latas e tem preço maior do que o do sencha em pó. Certifique-se de que o rótulo está traduzido pa-ra o português e apresenta to-das as informações obrigató-rias, como o nome e os contatos do importador, o prazo de vali-dade, as informações nutricio-nais e os ingredientes - apenas folhas da planta, jamais açúcar.

(13)

SEXTA-FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2021

Esportes

13

RUY MONTE

DÁ O RECADO!

rmonte@eshoje.com.br

O Campeonato Capixaba de Futebol começa neste

sá-bado, 27 de fevereiro, no estádio estadual Kléber

Andra-de com partida entre Rio Branco e São Mateus.

Confes-so que estou ansioConfes-so para essa estreia e todo o

Capixa-bão 2021, não só pelo meu amor pelo futebol do

Espíri-to SanEspíri-to. Mas porque, após anos de difi culdades e um

ano em que a pandemia paralisou as atividades, a

ex-pectativa é de uma retomada em alto estilo.

A hora e vez do

Capixabão 2021

Evidentemente que o favoritis-mo nesta primeira partida da competição é do time alvinegro, muito embora não se saiba como vem a equipe mateense. O clube de São Mateus sempre mostra um time competitivo.

Neste mesmo dia, também se enfrentam Vitória F.C. e Pinheiros F.C., no Salvador Costa; e Real No-roeste e Estrela do Norte, no José Olímpio. Já no domingo (28), vão se encontrar na quadra de grama verde, Desportiva Ferroviária e Vi-lavelhense, no Engenheiro Arari-pe, enquanto Rio Branco de Ven-da Nova vai encontrar e o Serra, fechando esta primeira rodada.

O time grená e o alvianil são os favoritos, mas em futebol tu-do pode acontecer. Os times tu-do Real, Estrela, Rio Branco de Ven-da Nova e o próprio Serra po-dem muito bem surpreender, pois, pelas informações, contra-taram bons jogadores.

Na verdade, estou a animado.

Acho que teremos boa competi-ção, mesmo levando em conta que não teremos a presença do público. Aliás, sobre esse assun-to, os dirigentes dos clubes e a Federação deveriam se reunir e pensar uma maneira de colocar torcedor nesses jogos. Lógico que tem que ser uma discussão dotada de todas as normas e procedimentos preventivos con-tra o novo coronavírus.

Como nossos jogos nunca fo-ram de grande público, a não ser em fases fi nais, não custava nada tentar uma maneira de ter o tor-cedor presente nas partidas. Rio Branco de Venda Nova entra na série D direto e o da capital terá que passar por uma pré-disputa. As duas equipes vão disputar a Copa do Brasil e a Copa Verde no segundo semestre. Logicamente são times que precisam ter um elenco bem reforçado para con-seguirem algum êxito nessas competições nível nacional.

O

campeão olímpico Bru-no Schmidt foi inter-nado para tratamento de um quadro pulmo-nar causado por infecção pelo novo coronavírus (Covid-19). De acordo com a Confederação Bra-sileira de Vôlei (CBV), através de nota ofi cial, o atleta se recupera bem em um hospital de Vila Ve-lha, onde mora.

Covid-19 tira

atleta de Circuito

Bruno Schmidt está classifi cado para os Jogos

Olímpicos de Tóquio, daqui a 149 dias, com Evandro

Assim, o jogador está fora da

disputa da sétima etapa do Cir-cuito Brasileiro de Vôlei de Praia Open, no Centro de Desenvolvi-mento de Voleibol (CDV), em Sa-quarema (RJ). Evandro, parceiro do Bruno, segue treinando com a equipe no Rio de Janeiro (RJ), mas também fi ca fora da compe-tição nesta semana.

Medalhista de ouro no vôlei

de praia na Olimpíada do Rio, Bruno é sobrinho do ex-joga-dor de basquete Oscar e do apresentador do Fantástico Ta-deu Schmidt. O jogador de 34 anos foi campeão mundial em 2015 e, depois, campeão olímpi-co em 2016, olímpi-com Alison. Ele es-tá classificado para os Jogos Olímpicos de Tóquio, daqui a 149 dias, com Evandro.

DIVULGAÇÃO/CVB

Bruno teve complicações em decorrência do vírus e precisou ser internado em hospital de Vila Velha

o comitê organizador da Olimpíada de Tóquio disse nes-ta quinnes-ta-feira (25) que pode suspender o revezamento da tocha olímpica se grandes aglo-merações aumentarem os ris-cos de infecção do novo coro-navírus (covid-19), pedindo aos espectadores que apoiem aplaudindo.

O revezamento da tocha mais contido, que começará em 25 de março e percorrerá o Japão, será transmitido ao vivo para evitar ajuntamentos nas ruas, disse Yukihiko Nunomura, exe-cutivo sênior da Tóquio-2020, em uma entrevista coletiva.

Ele disse que os organizado-res ainda não decidiram se rea-lizarão o revezamento em To-chigi, agendado inicialmente para o fi nal de março, porque a

decorrente das preocupações de saúde e comentários ma-chistas do ex-chefe do comitê organizador.

Cerca de mil voluntários olímpicos desistiram no mês passado, disseram os organiza-dores, período em que o presi-dente do comitê organizador, Yoshiro Mori, renunciou por causa de comentários sexistas e uma mulher foi escolhida pa-ra substitui-lo.

Os voluntários são a espinha dorsal dos Jogos, já que fazem de tudo, inclusive conduzir pessoas aos locais de competi-ção, traduzir e transportar visi-tantes. Os organizadores dizem não acreditar que isto afetará a realização do evento, já que o número de desistentes é so-mente cerca de 1% do total.

Revezamento da tocha

poderá ser suspenso

região pediu que atividades ao ar livre desnecessárias sejam evitadas durante a pandemia. "Se por acaso alguma aglome-ração densa acontecer nas ru-as, o revezamento da tocha po-de ser po-detido, já que prioriza-mos a segurança e a proteção", disse Nunomura.

Medidas mais rígidas, como a ausência de espectadores, são possíveis, já que não se antevê como a pandemia de covid-19 transcorrerá, disseram autori-dades. Nas cerimônias de reve-zamento da tocha será proibi-do comer e beber, mas o consu-mo de água será permitido pa-ra se evitar o risco de insolação, de acordo com as diretrizes.

A Olimpíada de Tóquio en-frenta uma série de obstácu-los, como a oposição pública

Referências

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