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O NOVO TESTAMENTO PARA O CRISTÃO DE HOJE

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Academic year: 2021

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O

NOVO

TESTAMENTO

PARA O CRISTÃO

DE HOJE

História

Autenticidade

Cânon

Dificuldades

Análise

Interpretação

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© 2015 de Edson Raposo Belchior 1ª edição: MARÇO DE 2015

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação Belchior, Edson Raposo

O Novo Testamento Para o Cristão de Hoje.

História, Autenticidade, Cânon, Dificuldades, Análise, Interpretação.

1ª edição. Per se Editora. Perdizes, SP, 2015. 103 p.

Inclui índice.

1. Teologia. 2. Hermenêutica. 3. Bíblia.4. Novo Testamento.

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Dedico este livro a todos os meus alunos que estiveram

comigo em sala de aula no Setebes e hoje estão

servindo a Jesus Cristo através do Ministério Pastoral.

Acredito que permanecem na fé e testemunham no

púlpito e nas casas, tendo o Novo Testamento como

base de sua teologia.

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SUMÁRIO

Introdução

I – FATOS HISTÓRICOS NA FORMAÇÃO DO NOVO TESTAMENTO

1. Ambiente judaico 2. Ambiente gentílico 3. Produção literária 4. Arqueologia

II – A AUTENTICIDADE DO NOVO TESTAMENTO

III – O JESUS HISTÓRICO E O CÂNON

IV – DIFICULDADES NA HARMONIA DOS EVANGELHOS

V – ESTUDOS SOBRE OS EVANGELHOS 1. Mateus

2. Marcos 3. Lucas 4. João

VI – A VIDA DE JESUS SEGUNDO OS EVANGELHOS

VII – ESTUDOS SOBRE ATOS

VIII– ESTUDOS SOBRE CARTAS PAULINAS 1. Romanos 2. Coríntios 3. Gálatas 4. Efésios 5. Filipenses 6. Colossenses

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5 7. Tessalonicenses

8. Timóteo 9. Tito 10. Filemon

IX – A IMPORTÂNCIA DE PAULO E SEUS ENSINOS 1. Perfil

2. Doutrina da revelação 3. Realidade do pecado 4. O lugar da mulher 5. Sua escatologia

X – ESTUDOS SOBRE AS CARTAS GERAIS 1. Hebreus

2. Tiago 3. Pedro 4. João 5. Judas

XI – ESTUDOS SOBRE O APOCALIPSE

Conclusão

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INTRODUÇÃO

Inegavelmente os cristãos de hoje tem sido expostos a uma variedade muito grande de conceitos e idéias a respeito da maneira como devem viver sua fé. Não bastasse a forçosa necessidade de lidar com a herança do judaísmo, exposta principalmente no Velho Testamento, ainda tem que lidar com o sincretismo religioso, vindo de várias partes e apresentado por vários formadores de opinião através do púlpito, livros e pregações na mídia. A situação tende a piorar com os ataques cada vez maiores oriundos do crescente movimento ateísta, principalmente quando levanta dúvidas a respeito da historicidade de Jesus Cristo.

A única maneira de enfrentar as heresias e resistir ao ateísmo, perseverando na fé até o fim, é continuar fazendo do Novo Testamento o seu livro devocional, verificando também com objetividade sua história, autenticidade, cânon, dificuldades, além de fazer análise e interpretar. Aliás, estes também foram os objetivos dos escritores dos evangelhos, atos e cartas apostólicas. Basta recorrer aos textos de Lucas 1.1-4; João 20.31; I Coríntios 1.11; Efésios 3.4; II Pedro 1.14,15. Na medida em que são encontrados nomes (Herodes, Arquelau, Pilatos, Sérgio Paulo, Zacarias, Ananias), fatos (censo, páscoa, queda da

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7 torre de Siloé), seitas (saduceus, fariseus, herodianos), filosofias (epicureus, estoicos), lugares (areópago, praça de Ápio, tanque de Betesda), documentos jurídicos (carta de Cláudio Lísias, carta de divórcio), deuses (Júpiter, Mercúrio, Diana) os leitores do Novo Testamento tendem a desejar um maior conhecimento. Além dessas motivações intrínsecas, é preciso também fazer frente à atitude crítica que surgiu no início do século XX, quando teólogos movidos pelo liberalismo levantaram dúvidas a respeito da autenticidade dos livros que compõem o Novo testamento, em partes ou no todo. A fidedignidade documental como registro passou a ser objeto de questionamento, indagando-se sobre autoria, datas, aspectos filológicos, informações históricas, formação do cânon.

Estudar, portanto, o Novo testamento com uma atitude científica há de produzir a mesma firmeza de fé que foi vivenciada por aqueles que deram a vida nas fogueiras e foram lançados nas bocas dos leões nos primeiros séculos. Mesmo que por alguns momentos o estudioso viva algum tipo de dúvida ou perplexidade, a conclusão de suas reflexões e a iluminação do Espírito de Deus hão de lhe produzir convicções ainda mais sólidas para viver sua fé cristã neste tempo de globalização, tecnologia digital informatizada e avalanche de informações de todos os tipos. A autoridade do Novo Testamento, como livro inspirado por Deus, continuará à altura de qualquer exame e

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8 desafio, resistindo às heresias e ao ateísmo. Sua leitura continuará produzindo conversões e edificação espiritual.

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9 I – FATOS HISTÓRICOS NA FORMAÇÃO DO

NOVO TESTAMENTO

1. AMBIENTE JUDAICO

Depois de viver por séculos em Israel, as doze tribos que faziam parte do povo israelita foram levadas cativas para Assíria e Babilônia, onde permaneceram por um longo tempo. Com o movimento de retorno liderado por Esdras e Neemias, foram os judeus, constituídos pelas duas tribos do sul, que basicamente voltaram a Israel. Eram, portanto, os judeus que estavam ali quando surgiu o Cristianismo. Após a reconstrução do templo de Jerusalém, houve um período de independência em relação ao império persa, pois os macabeus, ao se revoltarem contra Antíoco, obtiveram a emancipação nacional. Após o império grego, com o surgimento e crescimento do império romano, os judeus foram subjugados e a nação tornou-se província de Roma.

Nesse período, os judeus existentes em Israel estavam divididos culturalmente em dois grupos: a) hebraístas – mesmo estando em outros países conservavam os costumes judaicos; b) helenistas – adotaram costumes gregos, embora continuassem com a religiosidade judaica. O Velho Testamento passou a

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10 existir na língua hebraica, grega e aramaica. Os prosélitos eram pessoas de outras nacionalidades que se converteram ao judaísmo, adotando os preceitos estabelecidos. O judaísmo estava dividido em cinco seitas: fariseus, saduceus, herodianos, zelotes e essênios. Enquanto estes viviam principalmente nas montanhas às margens do Mar Morto, os demais viviam em torno dos rituais no templo, na cidade de Jerusalém. As experiências passadas pelos judeus no cativeiro babilônico e o retorno liderado por Zorobabel, Esdras e Neemias, fez com que eles passassem finalmente a adotar o monoteísmo, seguindo a Torá e o Talmude, um registro das discussões dos rabinos sobre os textos bíblicos e sua aplicação. Jesus Cristo era um judeu integrado aos rituais judaicos até que deu início ao seu ministério, através dos suas pregações, ensinos e milagres. Os apóstolos, também judeus, viveram o dilema de romper com o judaísmo e principalmente Paulo estabeleceu as doutrinas que, transmitidas em forma de cartas, deram origem a parte do Novo Testamento.

No ano 70, a província foi invadida por Tito, com a destruição total do templo e novo exílio do povo judeu, em virtude dos constantes levantes de líderes revolucionários que desejam novamente a independência. A Igreja de Jesus Cristo já havia ultrapassado as fronteiras de Israel e se estabelecido na Ásia Menor e nas primeiras cidades da Europa. Embora os

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11 apóstolos e as novas igrejas tivessem rompido com o Judaísmo, “a maior parte dos especialistas em pesquisa sobre Jesus concordaria em que as idéias de Jesus foram moldadas por idéias herdadas de antigas tradições israelitas, por elas compostas e de primitivas teologias judaicas, compostas de maneira distinta” (CHARLESWORTH, pg. 23). Foi a partir dessa formação religiosa judaica que Jesus Cristo estabeleceu seus ensinos para embasar as doutrinas da igreja cristã. Em alguns casos, Jesus confirmou alguns ensinos, em outros, aperfeiçoou. Na maioria, todavia, insistiu em apresentar seus próprios ensinos, inaugurando uma nova fé e um novo modo de viver.

2. AMBIENTE GENTÍLICO

Embora o cristianismo tenha uma origem judaica, na época do seu nascimento a nação israelita estava sob a influência da cultura grega e domínio militar dos romanos. Na linguagem dos hebreus, esses povos eram gentios, isto é, não israelitas. No caso dos gregos, a influência da sua cultura começara quando Alexandre, o Grande, ao expandir o seu império, levou junto os conhecimentos que seu povo acumulara, entre os quais a língua, chamada “koinê”. Por isso, quando o Novo Testamento foi

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12 escrito, embora o aramaico fosse usado em alguns manuscritos originais, a maioria dos manuscritos descobertos estava em grego. Quanto aos romanos, a expansão do império militar, através da paz estabelecida e das estradas pavimentadas, possibilitou o deslocamento dos missionários para a pregação do evangelho. A famosa “pax romana” gerou um período de tranquilidade política e militar, contribuindo para a expansão da fé cristã. As estradas por onde os militares iam e viam para garantir o controle colaboraram para as viagens dos apóstolos e evangelistas. Em virtude de o grego “koinê” ser a língua popular e das estradas facilitarem as idas e vindas, o evangelho alcançou milhares de pessoas através das pregações e dos escritos em quase todo o império romano: “No primeiro relato da expansão do cristianismo, os Atos dos Apóstolos, fica visível em cada página a contribuição de Grécia, Roma e Judaísmo” (GREEN, pg. 11).

3. PRODUÇÃO LITERÁRIA

Quando os escritores dos textos do Novo Testamento apanharam papiros e pergaminhos e começaram a escrever seus livros, essa atitude já fazia parte do ambiente judeu e gentio. No sentido geral, a prática de escrever livros religiosos existia e

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13 para tanto usavam tabletes de argila, pedras, madeiras, metais, pergaminhos e papiros. Os egípcios haviam criado os hieróglifos cerca de 3.000AC. Os sumérios criaram a escrita cuneiforme em 1.500 AC. Na região, o aramaico falado pelos cananeus havia se tornado a língua administrativa e religiosa de alguns impérios antigos e era falado pelos judeus, inclusive Jesus Cristo, pois o hebraico clássico havia desaparecido por ocasião do exílio babilônio.O grego foi estabelecido em decorrência do seu império e o latim era a língua dos romanos, usada oficialmente no seu império.

Com as invasões gregas e romanas, destruindo a cultura judaica, os escribas vinculados ao judaísmo tomaram a decisão de colocar em forma escrita a tradição dos pais, até então transmitida oralmente de pais para filhos. Uma dessas produções literárias dos judeus foi a “Mishná” – interpretação a respeito da Torá, isto é, Pentateuco. Outros manuscritos por eles produzidos foram: a) Septuaginta – versão grega do Velho Testamento; b) Targuns – versões em aramaico de alguns livros do Velho Testamento.c) Manuscritos do Mar Morto – escritos dos essênios em hebraico, aramaico e grego.

Voltados principalmente para a Filosofia, os gregos produziam literatura para conservar os ensinos das principais escolas conhecidas: platônica, aristotélica, epicuréia e estoica, além de conceitos religiosos helênicos que faziam parte da vida

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14 diária. Os romanos escreviam para transmitir seus atos oficiais do império e correspondências.

A consequência é que na época quando os textos do Novo Testamento foram escritos era grande a produção literária transmitida através dos papiros e pergaminhos, cujas cópias somam mais de 5.500, hoje espalhadas em museus e bibliotecas, completos ou em fragmentos. O papiro – feito de uma planta - foi o material usado para escrever os primeiros livros, embora frágil para conservação ao longo dos tempos. O pergaminho, feito de peles de animal, era mais durável e nele estão as cópias mais antigas conservadas integralmente.

4. ARQUEOLOGIA

As pesquisas arqueológicas contribuíram muito para a confirmação dos fatos históricos registrados no Novo testamento: “Foram descobertas inscrições em Jerusalém e suas vizinhanças em muitas línguas, especialmente grego, aramaico, latim e hebraico” (CHARLESWORTH, pg. 114). Essas pesquisas e descobertas arqueológicas foram suficientes para calar a voz dos céticos que negavam tanto a autenticidade do Novo Testamento quanto a historicidade de Jesus Cristo. Entre

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15 as várias descobertas de inscrições em vários locais, destacam-se:

4.1. Inscrições sobre o templo. Em Atos 21.27-29 é mencionada a existência de uma proibição para os gentios entrarem no templo, na parte interior. Em 1871, foi descoberta uma placa que dizia: “Não se permite o acesso a nenhum estrangeiro no pátio interior que circunscreve o templo e suas dependências diretas. Quem quer que for apanhado assim agindo terá de culpar apenas a si mesmo pela morte que lhe dará de imediato”.

4.2. Inscrições sobre pessoas. Em Romanos 16.23, Paulo faz referência a Erasto, procurador da cidade. Em 1929 em escavações realizadas em Corinto, foi encontrada uma inscrição que diz: “Erasto, Curador de Edifícios Públicos, construiu este pavimento a suas próprias expensas”. Em Lucas 3.1, sobre o ministério de João Batista, Lucas situa-o na época de Lisânias. Duas inscrições que mencionam esse nome foram descobertas e uma delas identifica-o como tetrarca de Abila.

4.3. Inscrições sobre fatos. Em João 19.12, João registra a declaração popular de que Pilatos era amigo de César. Nas escavações feitas em Cesaréia foi descoberta uma inscrição que diz: “Pilatos, prefeito de Judéia tem dado

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