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FERROVIAS DE CARGA E O FUTURO DO BRASIL PROPOSTAS DA ANTF PARA O NOVO GOVERNO

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Academic year: 2021

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PROPOSTAS DA ANTF PARA O NOVO GOVERNO

2019-2022

FERROVIAS

DE CARGA

E O FUTURO

DO BRASIL

(2)

Nunca se falou tanto sobre a importância

do desenvolvimento das ferrovias de

carga no Brasil como nos últimos meses.

A recente greve dos caminhoneiros

trouxe à tona diversas reflexões à

sociedade e à política brasileiras, e

resgatou, oportunamente, uma discussão

essencial para o desenvolvimento do

Setor de Transporte: a necessidade

de a matriz de transporte nacional ser

mais equilibrada, eficiente, segura e

competitiva. Para isso, é necessário

que o novo Governo, que se instalará

a partir de janeiro de 2019, priorize

planos integrados de logística,

abarcando os diversos modais de

transporte e com visão de longo prazo.

As concessionárias de ferrovias de carga filiadas à ANTF estão prontas para o início de mais uma etapa na história do desenvolvimento do setor no Brasil. Desde 1996, quando as concessões se iniciaram, as empresas investiram mais de R$ 92 bilhões, com uma média de investimento anual de R$ 4,38 bilhões1, e são um exemplo bem-sucedido

de concessão de serviços à iniciativa privada.

170

%

de produção

ferroviária

de locomotivas

176

%

do número

154

%

de vagões

do número

empregos gerados

23

mil

86

%

de redução do

número de acidentes

Investimento

privado, desde 1996, de

R$

92 bi

Exemplo de sucesso

21 ANOS DE CONQUISTAS

1. Dados atualizados pelo IPCA.

Nestes 21 anos de operação, as ferrovias ampliaram em mais de 170% a sua produção, de 137 bilhões para 375 bilhões de TKU; a movimentação de contêineres experimentou um crescimento de quase 130 vezes e, nesse mesmo período, o número de empregos diretos e terceirizados no setor cresceu quase 142% — passou de 16.662, naquele primeiro ano das concessões, para mais de 40 mil, no ano passado. Essa evolução positiva também se deu em relação à frota de material rodante, com aumentos de 176% do número de locomotivas e de 154% no de vagões. No que tange ao número de acidentes, os investimentos promovidos pelas concessionárias resultaram em queda de mais de 86%, levando as ferrovias brasileiras a padrões internacionais de segurança.

(3)

Esses números mostram a indiscutível melhora na eficiência da operação e a crescente produtividade do setor. Mas ainda há muito a ser feito: o potencial de crescimento ainda é enorme no País e exigirá investimentos robustos por parte das concessionárias e do próximo Governo. Nesse contexto, apresentamos aos candidatos à Presidência da República do Brasil dois pilares fundamentais para a expansão da malha ferroviária e, portanto, para o alcance de uma matriz de transporte nacional adequada para os próximos anos:

PRORROGAÇÃO DOS CONTRATOS

DAS CONCESSÕES ATUAIS:

Como solução de curto, médio e longo prazos, é

imprescindível que o processo de prorrogação antecipada dos contratos de concessão, ora em curso, se conclua até 2019. De acordo com dados do Governo, estão previstos como contrapartida investimentos da ordem de R$ 25 bilhões. Esses recursos serão responsáveis por inúmeras obras voltadas para a expansão da capacidade da malha, por meio de duplicações de vias, contornos, construção e ampliação de pátios e terminais , e o consequente aumento do volume de carga transportada e a elevação das exportações brasileiras. Os investimentos também permitirão uma ampla redução de interferências urbanas e aumento da segurança da população que vive perto das ferrovias; o desenvolvimento de novas tecnologias e o fomento à indústria ferroviária nacional; a geração de milhares de empregos, além contribuir com a arrecadação de impostos estaduais e federais.

EXPANSÃO DA MALHA FERROVIÁRIA:

É importante que o novo Governo priorize os projetos fer-roviários já em curso e os tecnicamente já qualificados, por meio de estudos e simulações, para promover um aumento significativo da malha ferroviária no País, com recursos públicos ou privados. Para tanto, é imprescindível que seja mantido diálogo constante com os setores de trans-porte, produtivo, usuários e sociedade civil organizada.

DEMANDAS

ATUAIS DO SETOR

AMBIENTE

REGULATÓRIO

Uma modernização no ambiente regulatório que abarca as concessões ferroviárias dará mais dinamismo ao setor, que conta com contratos firmados na década de 1990. O primeiro passo pode ser dado por meio da renovação antecipada dos contratos atuais, que trará elementos mais modernos às concessões. Além disso, uma regulação focada em resultados, e não nos meios para estes, permitirá levar o crescimento das ferrovias para as novas regiões produtoras do País, criando mais capacidade de transporte aos usuários das ferrovias de carga e o atendimento aos setores decisivos da economia brasileira. É igualmente importante que haja mecanismos claros e transparentes para a devolução dos trechos antieconômicos por parte das concessionárias. Devido à origem centenária das ferrovias brasileiras e da mudança dos polos produtores regionais desde a criação da malha ferroviária, muito trechos hoje não mais apresentam volumes e frequência de carga que viabilizem as suas operações. Devolvidos para a União, tais trechos poderiam ser destinados a empresas que estejam sujeitas a um modelo de regulação mais simples – a exemplo das short

lines nos EUA – ou ainda se tornarem úteis ao

transporte de passageiros ou trens turísticos.

BENEFÍCIOS AOS MODOS DE

TRANSPORTE DE ALTA CAPACIDADE

Para uma matriz de transporte brasileira mais equilibrada, é necessário que o novo Governo promova políticas que sejam, no mínimo, isonômicas para todos modais, de forma que a desigualdade ilustrada abaixo não se aprofunde:

1

2

Para se ter uma ideia da capacidade de transporte das ferrovias, um vagão graneleiro é capaz de carregar a mesma quantidade de soja que 2,5 caminhões bitrens. Além disso, para transportar a mesma carga, consome 70% menos combustível do que seu equivalente rodoviário. Ambos os fatores contribuem para um transporte 52% mais barato (R$ 89,18 vs R$187,46 para granel sólido agrícola, por mil TKU) e 66% menos poluente. Além dos fatores econômico e ambiental, o modal destaca-se por uma expressiva vantagem no quesito segurança.

Fonte: Plano Nacional de Logística (PNL)

RODOVIÁRIO FERROVIÁRIO HIDROVIÁRIO

CABOTAGEM

DUTOVIÁRIO O modal Aeroviário corresponde a menos de 0,1%.

65

%

4

%

11

%

5

%

15

%

Ao mesmo tempo, deve-se ampliar as discussões sobre as formas de beneficiar modais pouco priorizados – como o ferroviário e o hidroviário – e, assim, aumentar as participações na matriz.

66%

menos

poluente

*

52%

mais

barato

*

70%

menos

combustível

*

2,5

caminhões bitrens

carregam a mesma quantidade de soja que 1 vagão graneleiro

VANTAGENS

DO MODAL

FERROVIÁRIO

(4)

ESTE É O MOMENTO

de priorizar as ferrovias de carga brasileiras,

para que possam contribuir com a redução

do

Custo Brasil

; aumentar o

PIB

; elevar

as

exportações brasileiras

e favorecer a

balança comercial positiva

; poupar milhares

de

vidas

perdidas nas estradas brasileiras,

além de gerar novos postos de

trabalho

e

mitigar a emissão de

gases de efeito estufa

,

colaborando para que o Brasil cumpra a meta

estipulada pelo Acordo de Paris.

O SETOR

ESTÁ PRONTO

PARA

CONTRIBUIR

COM O

PRÓXIMO

GOVERNO

de partipação do modal ferroviário na matriz de transporte de carga

31%

até

o Brasil poderá chegar a

2025

COM AS RENOVAÇÕES DOS CONTRATOS...

Desonerações das despesas com mão de obra, redução do fardo regulatório, diminuição da carga tributária na comercialização do óleo diesel – que corresponde por mais de 30% do custo operacional da ferrovia –, bem como extensão dos benefícios do Reporto, são algumas medidas que, de imediato, causariam impacto direto no Custo País, facilitando a redução de fretes do modal.

Com essas ações, será possível que as ferrovias transportem até 31% da carga brasileira em 2025, o que permitirá uma redução média de 14% nos custos de frete ferroviário e uma economia ao setor de R$ 54,7 bilhões anualmente, além de reduzir 19,1 milhões de toneladas nas emissões de CO2.

(5)

SETOR DE AUTARQUIAS SUL QUADRA 01 . BLOCO J ED. CNT . TORRE A . SALA 605

BRASÍLIA / DF . CEP 70070-010 FACEBOOK.COM/ANTF.FERROVIA +55 61 3212 8900

Referências

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