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SOCIEDADE E DIREITO EM REVISTA

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SUMÁRIO: 1. Justificativa; 2. Introdução; 3. Referências Bibliográficas

1. JUSTIFICATIVA

O interesse pela temática surge do encontro de duas preocupações. Primeiro, o trabalho como professor de Filosofia da Educação e palestra para professores e alunos nas escolas da rede pública, questionaram a compreensão de formação da cidadania presentes nas atividades escolares o nos parâmetros nacionais da educação. Segundo, a tentativa de se elaborar o conceito de cidadania comunicativa na dissertação de mestrado, convenceu-me da importância fundamental de uma educação voltada para a formação de sujeitos morais pautados pela autonomia e liberdade; ao mesmo tempo, livres e responsáveis. Assim, parece uma boa fonte pesquisa a pedagogia de Kant para que a educação seja vista como essencial na construção da maturidade humana, de

tal forma que educar, muito mais que instruir, é preparar para a vida e ajudar, a cada geração, o ser humano a aperfeiçoar sua condição de humano.

Situado diante destas duas preocupações o trabalho pretendido por este projeto pode contribuir para se entender a formação da cidadania como o desenvolvimento de sujeitos aptos para participarem da vida prática, ou do mundo da vida. As políticas educacionais não podem reduzir a educação à transmissão da razão instrumental, mas precisam se voltar para a preocupação com a formação dos sujeitos, e neste caso, marcados pelos reconhecimentos intersubjetivos e pelo domínio da linguagem necessária para entender o mundo da vida e participar no debate público. Para tanto, um dos principais elementos da educação é o desenvolvimento do sujeito moral que não pretenda tratar os demais e a si mesmo como coisa, mas como pessoas.

A educação como instrumento para a maturidade do indivíduo

através do desenvolvimento da autonomia no pensamento

pedagógico de Kant

José Leite da Silva Neto

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- Revista do Curso de Direito – Ano II- 2007 – N.º 2 - A educação reduzida a

processos instrumentais de leitura, matemática, ou instrumentalizada em vista do mercado profissional e do domínio de uma profissão parece insuficiente para o desenvolvimento social, político e humano. Frente ao grande desâmino e à crise que assola as instituições educacionais e a política educacional nacional vale a pena contribuir com o ideário Kantiano que vê no homem a “única criatura que precisa ser educada” para desenvolver seus germes de humanidade (KANT, 2004: 11.19).

2. INTRODUÇÃO

Este artigo seguirá o roteiro analisando a importância do pensamento pedagógico de Kant em relação a 1) maturidade humana, no texto Resposta à pergunta: o que é a Ilustração?; 2) como fundamento da apreensão dos imperativos categórico e prático, na Fundamentação da metafísica dos Costumes”; e 3) na contribuição para o desenvolvimento cosmopolita da histórica, na Idéia de Uma história Universal com um propósito Cosmopolita. A Educação, em Kant, forma o cidadão cosmopolita e solidário, bem como dá condições para a maturidade intelectual do indivíduo para que ele possa se situar

no mundo como pessoa responsável por sua própria vida.

1) Neste sentido, destaca-se como aspecto de fundamental importância no pensamento Kantiano que merece destaque na introdução de seu pensamento jusfilosófico o caráter emancipatório e crítico do conhecimento moderno pós-Ilustração. Tal compreensão influencia sua obra Sobre a Pedagogia e se faz presente nos opúsculos em que apresenta seu pensamento político e jurídico.

Seu texto Resposta à Pergunta: que é Iluminismo? Serve de bom exemplo para se tratar deste assunto. Nele, Kant entende que o Iluminismo é a saída do homem da sua menoridade de que ele mesmo é culpado. A menoridade é a incapacidade de se servir do entendimento sem a orientação de outrem . Tal menoridade é por culpa própria se a sua causa não reside na falta de entendimento, mas na falta de decisão e de coragem em se servir de si mesmo sem a orientação de outrem. Sapere aude! Tem a coragem de te servires do teu próprio entendimento! Eis a palavra de ordem do Iluminismo (Kant, 1995: 11).

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O homem maior de idade, aquele que rompe com o estado de tutela para viver a auto-tutela, não só possui conhecimento como, e antes de mais nada, tem coragem de orientar sua vida por seu próprio entendimento. Portanto, não basta conhecer, carecemos de opinião própria sobre os diversos temas e assuntos estudados. Não somos meros repetidores de saberes, nem animais levados encabrestados de um lugar para outro. A grande contribuição do Iluminismo foi a retirada do homem da tutela do pensamento teológico e do poder dos príncipes feudais para com decisão e coragem orientar sua vida por sue próprio entendimento.

É cômodo ser menor de idade e viver tutelado pelos outros, mas isto contraria a natureza racional e livre dos homens. De outro lado, para os tutores, a docilidade dos tutelados permite com maior facilidade a manutenção da ordem. A educação se manifesta contra estas duas atitudes: o comodismo dos tutelados e o desejo de domínio dos tutores. Ele lembra que:

É tão cômodo ser menor. Se eu tiver um livro que tem entendimento por mim, um diretor espiritual que tem em minha vez consciência moral, um médico que por mim decide a dieta etc., então não preciso de eu próprio me esforçar (Kant, 1995: 11-12).

Desta forma, a preguiça e a covardia são as principais causas da submissão dos homens à tutela alheia. E isto os faz parecer como animais embrutecidos cujo controle das rédeas da vida se encontra nas mãos de outros. Contudo, uma vez que as rédeas se rompem, cada homem ou o público em geral tende a buscar sua maioridade. Tanto para o indivíduo como para o público é dura e lenta a caminhada que leva à maioridade intelectual e a responsabilidade sobre seus pensamentos e atos.

A educação não se apresenta como momento mágico e revolucionário de tomada de consciência, mas como esforço para assumir a direção do próprio destino ao longo da vida. “Por meio de uma revolução poderá talvez levar-se a cabo a queda do despotismo pessoal e da opressão gananciosa ou dominadora, mas nunca uma verdadeira reforma do modo de pensar” (Kant, 1995: 13). A educação, para construir sujeitos autônomos e livres, precisa eliminar as causas da tutela intelectual dos homens: seja a preguiça, seja o comodismo, ou a covardia. Em resumo, educar é construir maturidade intelectual;

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- Revista do Curso de Direito – Ano II- 2007 – N.º 2 - educar-se é aprender a pensar com a

própria cabeça.

Se a essência da Ilustração se encontra na construção da maioridade e da auto-tutela, estas se tornam possíveis quando existe a liberdade. O homem esclarecido carece de liberdade e responde por seus atos e pensamentos justamente em conseqüência de seu livre fazer. Para a Ilustração “nada mais se exige do que a liberdade; e, claro está, a mais inofensiva entre tudo o que se pode chamar de liberdade, a saber, a de fazer uso público da sua razão em todos os elementos” (Kant, 1995: 13). Deste ponto de vista, o homem maduro, auto-tutelado, caracteriza-se pela aptidão do uso público de sua capacidade racional.

Kant chama de uso privado da razão àquele que alguém pode fazer no exercício de certo cargo público. Este uso da razão limita-se pelas expectativas e responsabilidades próprias do cargo. Bons exemplos são o do soldado recebendo uma ordem durante a guerra, o pregador anunciando a palavra para sua comunidade, o juiz enquanto realiza sua audiência. Enquanto funcionário em cargo público o sujeito deve

satisfazer as expectativas de tal cargo. Pois,

E por uso público da razão”, Kant entende “aquele que qualquer um, enquanto erudito, dela faz perante o grande público do mundo letrado”. Este dever ser sempre livre e só ele pode realizar a Ilustração entre os homens (Kant, 1995: 14). No uso público da razão o sujeito não fala de acordo com o cargo, mas em seu próprio nome. Assim, independente do uso privado que o pregador, o soldado, o juiz ou qualquer outro faça de sua razão, enquanto cidadãos e homens esclarecidos todos devem fazer uso público de sua razão se não o fizerem, caracterizar-se-ão como imaturos e tutelados. “Com efeito, é um absurdo, quer leva à perpetuação dos absurdos, que os tutores do povo (…) tenham de ser, por sua vez, menores” (Kant, 1995: 15).

Se nos cargos que caracterizam o uso privado da razão há uma hierarquia a ser respeitada, no uso público “César não está acima dos gramáticos”, isto é, nenhum cidadão esclarecido, nenhum governante ou chefe religioso, encontra-se em patamar superior aos outros ou domina o púlpito no qual a verdade é proferida. Ao contrário, todos são livres

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pensadores e vocacionados a incentivar os demais a desenvolver a vocação ao pensamento livre que a natureza colocou no homem quando lhe concedeu razão e inteligência. A Educação, portanto, não é a somatória do aprendizado de pensamento, mas aprender a orientar a vida segundo a própria razão e entendimento, bem como administrar a razão pública e privada de cada homem para o bem da vida da comunidade política.

Enquanto livres pensadores, maiores de idade e auto-tutelados, todos participam de modo igual nos assuntos da vida pública. A ágora não se reserva a alguns privilegiados, mas abre-se para todos os portadores de entendimento. Negar-se à contribuição no debate público acatando como suas as opiniões alheias e reduzir-se à condição de menoridade. Cabe ao processo educativo contribuir para a participação dos indivíduos no debate público e na orientação da própria vida sem o domínio do entendimento alheio

No momento máximo do processo educacional, o cidadão encontra-se preparado para participar dos debates públicos, principalmente nas questões administrativas, jurídicas e morais que lhes dizem respeito. A

política educacional do Estado não pode reduzir-se em instrumentalizar a instrução em vista do desenvolvimento profissional do educando. Para que um futuro melhor seja garantido, a educação deve preparar o cidadão para manifestar sua crítica pública aos assuntos de seu interesse (Kant, 1995: 18).

Isto tudo porque o homem não é uma máquina, peça da engrenagem social e política, que deve se comportar de modo automático nas coisas do pensamento. Cada um cumpre sua obrigação de acordo com os deveres da vida prática reservada em âmbito privado para cada um. Contudo, a natureza não fez a consciência e a inteligência vocacionadas para a servidão, mas para a liberdade. A primeira e mais essencial de todas as liberdades é a do uso público da razão pela qual os homens assumem a plena dignidade e, rompendo com o mecanicismo da vida política e social.

“Se, pois, a natureza, debaixo deste invólucro, desenvolveu o germe de que delicadamente cuida, a saber, a

tendência e a vocação para o

pensamento livre, então ela atua por

sua vez gradualmente sobre o modo do sentir do povo (pelo que este se tornará cada vez mais capaz de agir segundo a

liberdade) e, por fim, até mesmo sobre o

princípio do governo que acha salutar para si próprio tratar o homem, que agora mais do que uma máquina,

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- Revista do Curso de Direito – Ano II- 2007 – N.º 2 - segundo sua dignidade” (sic) (Kant,

____ a: 18-19).

Educar consiste em desenvolver a vocação para o pensamento livre para que o indivíduo possa agir segundo a lei da liberdade e não como uma máquina.

2) O imperativo categórico Kantiano - “Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal” (Kant, ____b: 59) – assegura a importância da subjetividade dos indivíduos na composição das leis positivadas. Ele supõe um sujeito moral livre e autônomo capaz de se orientar pelo próprio entendimento sem ferir a essência da vida humana que se encontra na solidariedade racional. Vivendo num mundo de interações sociais, políticas, econômicas e jurídicas, ninguém pode pretender que suas máximas de ação sejam universalizadas sob o império da exceção com o risco de gerar a desordem. Do ponto de vista kantiano, “a razão prática está associada a um padrão interpretativo que se entende a partir da singularidade”. Interessa em primeiro lugar a subjetividade dos indivíduos. Para Kant, “mesmo quando busca a pluralidade, o modelo é o

sujeito, ampliada suas dimensões” (Moreira, 2002: 100).

Ao mesmo tempo, o imperativo prático - “Age de tal maneira que uses a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de qualquer outro, sempre e simultaneamente como fim e nunca como meio” (Kant, ____: 69) - coordena as ações do indivíduo em vista do reconhecimento da humanidade presente em cada um, e em todos. Porém, essa razão prática permanece na subjetividade. A regra de ouro é que o humano se comporte de acordo com sua condição humana e possa tratar os demais com a mesma condição evitando o agir estratégico para o qual o outro é apenas meio para se atingir determinados interesses (Galuppo, 2002: 204). Somente a pessoa participa das interações comunicativas. A coisa, o não-pessoa, é apenas o cliente passivo que se sujeita a legitimação heterônoma.

Os dois imperativos confirmam a perspectiva moral interior que coordena as ações do indivíduo em vista ao reconhecimento da humanidade presente em cada um e em todos a partir de seu próprio comportamento. A pedagogia ideal

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proposta por Kant vem ao encontro do desenvolvimento destes dois imperativos essenciais na vida prática dos indivíduos. Tal processo educativo deve “solidificar o caráter moral” desde a infância situando as crianças no campo dos “deveres para consigo mesmas” e dos “deveres para com os demais” (Kant, 2004: 89-90). De tal modo que a boa apreensão dos imperativos depende da qualidade da educação

Para Kant, a educação é uma conseqüência intrínseca à própria natureza humana. “O homem não pode se tornar um verdadeiro homem, e não pela educação”. E ela que evita que ele se desvie de seu destino, isto é, do próprio aperfeiçoamento da condição humana (Kant, 2004: 12.15). Ela é condição para o propósito supremo que orienta a história e será necessariamente alcançado pela espécie no momento teleológico. A espécie caminha para a

superação de todas as

insociabilidades para a construção de uma paz perpétua. Ele, tanto na “Filosofia da História com um propósito cosmopolita” quanto na “Paz Perpétua”, traça um projeto jurídico – político – filosófico com a pretensão de

ser referência para a antecipação deste momento teleológico.

A formulação de seus imperativos fundamenta-se numa “razão prática” delimitada como “faculdade subjetiva”. Nela aparece uma “titularidade de indivíduos autônomos que passam a ter um lugar historicamente específico e a determinar a configuração de sua vida e de seu mundo” (Moreira, 2002: 140).

A Fundamentação para a metafísica dos costumes, bem como a própria Metafísica dos costumes (Doutrina do Direito e Doutrina da Moral (Virtude) revelam a necessidade de uma consciência individualizada, autônoma, portadora de boa vontade absoluta. Seu imperativo categórico e prático se fundam sobre a consciência individual. No categórico se propõe agir individualmente por princípios que possam ser universalizados, isto é, usados por todos; no prático, a ação deve ser tal que a própria pessoa e a pessoa que está no outro indivíduo sejam tratadas como fim e não, somente, como meio. Portanto, o indivíduo tem importância tanto na perspectiva do direito como da moral.

Contudo, ao se debruçar sobre a plena realização, o

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- Revista do Curso de Direito – Ano II- 2007 – N.º 2 - pleno desenvolvimento dos potenciais

humanitários existentes na sociedade, ele compreende que isto não pode ser alcançado pelos indivíduos particulares, mas tão somente pelo conjunto da espécie. Isto é, a realização do ideal, o sentido teleológico da história se encontra na dimensão cosmopolita. Quer dizer, os indivíduos não conseguirão alcançar o ideário, o desenvolvimento de todos os potenciais da moral e da sociabilidade, mas somente o conjunto da espécie humana o realizará.

3) O opúsculo em questão centra-se no problema da Filosofia da História que em Kant, como já se comentou na introdução, compreende-se a partir da perspectiva teleológica, isto é, tudo o que existe, existe para um determinado fim. O rio da história acabará desaguando no telos, na finalidade originária, contida não nas ações dos homens, mas na própria essência para a qual tudo se destina.

Porém, cada passo deste “objetivo final” depende da construção temporal e espacial dos homens. A racionalidade é o instrumento que permite adequar as ações históricas (no tempo e no espaço) ao telos da racionalidade

evolutiva da história. Por esta razão cada fazer do homem em sua vida prática aproxima ou distancia a plenitude da humanização, isto é, do pleno desenvolvimento da racionalidade humana.

Para Kant, “todas as disposições naturais de uma criatura estão destinadas a um dia se desenvolver completamente e conforme um fim” (Kant, 1986: 11). Segundo este princípio, tudo o que existe na natureza está de acordo com uma finalidade. E mais, aquilo que não atinge sua finalidade contradiz a princípio teleológico da natureza. Sem este princípio a natureza pode ser vista como fruto do acaso e sem leis reguladoras. As leis da natureza seriam como os sinais de trânsito que permitem ao viajante seguir rumo ao seu objetivo. Aquilo que não atinge seu fim é como o aborto que contradiz a natureza da vida. De modo que a racionalidade da natureza, apoiada e regulada por leis, equivale ao desenvolvimento dos indivíduos de acordo com o que lhe é próprio.

Porém, “no homem (única criatura racional sobre a Terra) aquelas disposições naturais que estão voltadas para o uso de sua razão devem desenvolver-se

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completamente apenas nas espécies e não no indivíduo” (Kant, 1986: 12). No homem a racionalidade teleológica leva à superação dos instintos e à construção de regras oriundas das experiências realizadas pelas diversas gerações para que o homem possa se aproximar cada vez mais de sua humanidade. Nenhum homem, individualmente falando, pode atingir a plenitude da condição humana.

Para que isto aconteça, “a natureza quis que o homem tirasse inteiramente de si tudo que ultrapassa a ordenação mecânica de sua existência animal e que não participasse de nenhuma felicidade ou perfeição senão aquela que ele próprio proporciona a si mesmo, livre do instinto, por meio da própria razão” (Kant, 1986: 12). Pela liberdade e pela razão cada geração pode proporcionar melhores condições de vida às gerações vindouras. O homem apresenta-se como único ser mortal que pode viver como imortal.

O fundamento desta condição cosmopolita do homem e de seu desenvolvimento rumo à realização da natureza da espécie está na educação. Por meio desta, “a espécie humana é obrigada a extrair de si pouco a pouco, com suas

próprias forças, todas as qualidades naturais, que pertencem à humanidade” (Kant, 2004: 12), aperfeiçoando-se a cada geração (Idem, 19).

Como conclusão, destaque-se a inter-relação dos opúsculos citados com o problema da pedagogia. Para a maturidade humana, para a construção do sujeito moral e para o desenvolvimento da consciência cosmopolita, a educação apresenta-se como mecanismo privilegiado. Em tempos de crise na prática e no pensamento educacional, vale terminar com a afirmação esperançosa de Kant:

“O projeto de uma teoria da educação é um ideal muito nobre e não faz mal que não possamos realizá-lo. Não podemos considerar uma Idéia como quimérica e como um belo sonho só porque se interpõem obstáculos à sua realização” (KANT, 2004: 17).

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