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[Recensão a] Oscar Landau - My kenische- Griechisch Personennamen. URI:

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Academic year: 2021

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[Recensão a] Oscar Landau - My kenische- Griechisch Personennamen

Autor(es):

Palmeira, Dias

Publicado por:

Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Instituto de Estudos

Clássicos

URL

persistente:

URI:http://hdl.handle.net/10316.2/27159

Accessed :

31-Jul-2021 10:06:09

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FACULDADE DE LETRAS DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA INSTITUTO DE ESTUDOS CLÁSSICOS

C O I M B R A

MCMLXI - LXII V O L S . X I I I E X I V

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461 RECENSÕES

primeiro lugar, que a data de 476 está longe de ser uma realidade incontroversa. Na introdução à sua edição de Esquilo, Mazon põe com objectividade o problema, que resolve de maneira diferente. A reposição dos Persas, a que G. Méautis não faz qualquer alusão, e a representação das Ahvalai são dados que importa consi- derar na análise desta questão. Mas, e principalmente, parece-nos muito contes- tável a interpretação da peça como um libelo contra a tirania, observada pelo Poeta na corte de Siracusa e simbolizada agora na figura de Zeus. Se interessava tanto a Ésquilo este aspecto da realidade política, porque não encarnou ele a tirania num homem, como Creonte? Porque havia o Poeta de transformar Zeus em modelo de tiranos, contradizendo a visão religiosa da divindade que nos é documentada pelas outras peças conservadas, nomeadamente pelo Agamémnon‘!

Se deste ponto fundamental passarmos a outros, menos importantes, teremos de reconhecer que a análise da peça, realizada pelo A., levanta bastantes dificuldades e invade, frequentemente, o terreno do arbitrário. Algumas observações felizes, misturadas com afirmações ousadas e infundadas, tornam o trabalho desigual e discutível. A leitura deste estudo de J. Méautis comunica-nos a certeza de que o enigma do Prometeu continua à espera de solução. A polémica não terminou.

Manuelde Oliveira Pulquério

Oscar Landau — My kenische- Griechisch Personennamen. Studia Graeca et Latina Gothoburgensia. Göteborg, 1958. 305 pp.

Logo desde o princípio da decifração do Linear B, verificou-se que os nomes próprios de pessoas ocorriam numa grande percentagem; que se encontravam em quase todas as tabuinhas e que em muitas delas constituíam até a maior parte do texto, podendo, por isso, afirmar-se com Ventris-Chadwick que 65 % das palavras micénicas são nomes próprios (1). Um tal facto levou Oscar Landau a empreender uma investigação e interpretação desses nomes, tanto quanto o permitiam os pro- gressos da micenologia e o material publicado acerca de Linear B. «Naturalmente, diz ele na Introdução ao presente livro, não se trata aqui só de um possível enriqueci-

mento da língua grega, mas também dos próprios fundamentos da cultura helénica em geral». Trabalho difícil, sem dúvida, é este, porquanto não possuímos ainda um

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critério seguro para identificarmos os nomes próprios, excepto quando eles coincidem com os do grego clássico. Não obstante, alguns progressos têm sido feitos já neste sentido, graças particularmente a A. Furumark, que em «Eranos» (LUI), pp. 18-20, 24, 25-26, 29, 34, 36-37, 49) apresenta algumas normas para este fim; a elas se atém o A. na identificação dos nomes citados no seu livro.

Antes de entrar propriamente no assunto, Oscar Landau faz algumas observa- ções acerca de certos sinais da Tábua elaborada por Ventris. Assim, para ele, o sinal 33 é igual a muj e aduz, entre outros exemplos, 23-ka-ra (Μυκάλα), 23-ti (Μυρτίς), etc. Quanto ao sinal 51, a que Ventris, primeiro, atribuiu o valor de da e, depois, o de du, o A. opta pelo primeiro destes valores e, em certos casos, pelo de do, não obstante as probabilidades, segundo parece, serem todas as favor da leitura du. Igualmente a respeito de 82 não conseguimos compreender o motivo da atribuição do valor ku a este sinal — valor que, segundo a opinião de M. Lejeune, seria preferível substituir por ja de Palmer, o qual, além de ter razões a seu favor, se coaduna mais com o que se conhece da declinação micénica (2).

Passando, em seguida, ao estudo dos nomes, O. Landau versa-os sob três aspee- tos. Na primeira parte apresenta uma lista alfabética dos mesmos interpretados segundo a sua maneira de ver. Na segunda, examina-os morfologicamente, tomando em consideração a Griechische Grammatik de Schwyzer. Na terceira parte, enfim, referente à semântica, ele trata de nomes que podem levar a conjecturas a respeito da vida e instituições culturais dos Micénicos. Apenas algumas notas sobre cada uma destas secções.

A lista alfabética é, verdadeiramente, completa; o A. não só regista os nomes, mas junta-lhes também referências exactas aos textos de Cnossos, de Pilos, etc., onde ocorrem, assim como as interpretações dadas por outros autores, a que acresce ainda um índice no final do livro com as respectivas leituras em grego. De sorte que o leitor atento encontra assim o caminho aberto para poder fazer um juízo sobre a probabilidade ou não probabilidade das leituras propostas.

Quanto à segunda parte, O. Landau começa por distinguir duas categorias de nomes de pessoas micénico-gregos : uns compostos de dois radicais, outros abreviaturas desses nomes, bem como substantivos, adjectivos e formações verbais empregados como nomes. Em seguida, a respeito da primeira categoria, estabelece que o pri- meiro elemento dos compostos podem ser partículas e adjectivos, proposições e advér- bios ou outras palavras de valor idêntico, além de elementos Verbais e nominais;

(2) Ver Mémoires de Philologie Mycénienne, Ie série, Paris, 1958, pp. 206

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relativamente ao segundo, verifica que, em geral, é constituído por nomes, como no grego posterior, a que acrescem, além disso, ־o-qo, -qo-ta e ־wa-to, ־wa-ta, o que pro- fusamente exemplifica.

A segunda categoria abrange não só substantivos e adjectivos, muitas vezes com sufixos e com um significado pejorativo, assim como participios e nomes de agente, mas também abreviações de nomes compostos de dois radicais. Para exemplificar cada um destes grupos, o A. esgota o vocabulário, não omitindo, muitas vezes, expli- cações etimológicas, que denotam profundo conhecimento da fonética grega e da micénica; e isto é tanto mais apreciável quanto o problema dos nomes abreviados maiores dificuldades apresenta, visto os nomes inteiros, geralmente, quase não exis- tirem. Seguem-se, depois, compactas páginas a propósito dos sufixos, dos quais são registados cerca de 45. Destes, uns servem para formar nomes patronímicos e étnicos, outros nomes de agente ou diminutivos e geográficos ; uns juntam־se a nomes com- postos abreviados, outros a nomes simples ou a adjectivos e participios — tudo muito claramente exposto e confirmado com exemplos escolhidos, que ele conseguiu, em geral, interpretar correctamente.

Singularmente interessante é a última parte do livro relativa à semântica, onde O. Landau investiga os nomes que de substantivos comuns se tomaram nomes próprios de pessoas. Estes nomes, primitivamente, significavam partes do corpo (cabeça, orelha, mão, etc.), propriedades corpóreas (grande, pequeno, gordo, magro, etc.) ou qualidades psíquicas (inteligente, estúpido, hábil, corajoso, tímido, etc.); outros tiveram origem nas diferentes classes da vida social (pastor, caçador, ferreiro, etc.), devendo salientar־se, sobretudo, os nomes referentes à vida militar, pela função impor- tante que ela parece ter desempenhado em Micenas. Esta conclusão, independente- mente de qualquer outra prova, é sugerida pela frequência de tais nomes; assim, ao passo que os que se referem às outras classes sociais, incluindo os relativos ao culto, atingem o número de 84, os nomes que provêm de designações relativas exclusivamente à vida militar ultrapassam esta soma.

Mas há ainda um outro grupo de nomes que teve também muita voga: são os originados de designações topográficas e geográficas, bem como de nomes de animais ou que se referem à cultura material. E o A. apresenta até uma estatística, segundo a qual os nomes de origem geográfica e topográfica perfazem, mais ou menos, o número de 250, dos quais uma maioria são étnicos ou alcunhas, como ele suspeita. Quanto aos nomes derivados de nomes de animais, estes designam muitas vezes comparação ou relações com o culto, o que se pode dizer, igualmente, dos nomes que tiraram a sua origem dos de plantas.

A exposição de O. Landau, como se vê, é clara e minuciosa; e dispõe de um arsenal documentário inesgotável, sobre que apoia, inteligentemente, as suas opiniões. Mas, a fim de fornecer ao leitor pouco versado em micenologia uma visão sinóptica

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Gaya Ñuño foi um especialista da língua e da epigrafia cretense e interes- sou-se também pela sintaxe grega e estilística. Esta obra foi publicada, como homenagem póstuma, pelos seus colegas do Instituto «Antonio de Nebrija».

Neste trabalho, o A. procurou principalmente — e conseguiu-o — fazer uma análise pormenorizada das construções e particularidades lexicais empregadas por Demóstenes nos discursos que pronunciou como estadista, e chegar a conclusões de grande interesse sobre o seu estilo.

Na Introdução afirma que compreender um autor é descobrir o que nele há de individual, posto em confronto com os da sua geração e ainda com todos aqueles que cultivaram o mesmo género literário; e é precisamente o que o A. faz com espírito científico através desta obra.

B. Gayo Ñuño — Sobre un giro de la lengua de Demóstenes.

Consejo Superior de Investigaciones Científicas, Instituto “Antonio de Nebrija”. Manuales y Anejos de “Emerita” XVII. Madrid, 1959, 87 pp.

do assunto do livro e o deixar sem grande custo adquirir uma ideia precisa de cada um dos problemas tratados, apresenta, no fim da obra, um resumo dos mesmos, juntando a cada categoria de nomes o número dos já identificados e dos paralelos, distribuidos segundo os lugares onde se encontram. A isto acrescem três apêndices: no primeiro, o A. regista nomes de deuses e de heróis que ocorrem em Linear B, dos quais uns correspondem ou não aos do grego posterior, ao passo que outros são de origem estrangeira; no segundo são nomeados vários nomes de pessoas micénico-gregos de proveniência mitológica e que, em geral, ocorrem frequentemente em Homero; no terceiro, enfim, ele apresenta uma lista de nomes de pessoas não gregos colhidos em Linear B e dispostos em confronto dos correspondentes de Linear A e dos descobertos em textos do Próximo Oriente — trabalho árduo que, segundo confessa, levou a cabo com auxílio do material estudado por A. Furumark e posto à sua disposição.

Destas breves notas o leitor pode concluir que o livro de O. Landau é trabalho de grande envergadura e consciencioso, feito com método rigorosamente científico e que, pela vastidão das informações que ministra, deve prestar grande contributo aos progressos da micenologia. Mas também, precisamente, pelo seu carácter técnico e pela erudição que encerra, ele destina-se, sobretudo, a especialistas e àqueles que já estão iniciados nos problemas do Linear B.

Referências

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