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DISPONIBILIDADE E COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO CAPIM-ELEFANTE (Pennisetum purpureum SCHUM.) EM PASTEJO SOB DOIS NÍVEIS DE NITROGÊNIO 1.

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1 Trabalho financiado pela Embrapa Gado de Leite.

2 Pesquisador da Embrapa Rondônia, DSc.em Zootecnia (Produção Animal) na FCAV/Unesp- Jaboticabal- SP 3 Pesquisadores da Embrapa Gado de Leite- R. Eugênio do Nascimento nº 610- Dom Bosco- Juiz de Fora- MG 4 Doutoranda em Produção Vegetal- Departamento de Ciências Exatas / FCAV-Unesp- Jaboticabal- SP 5 Professora do Departamento de Zootecnia / FCAV-Unesp- Jaboticabal- SP

6 Pesquisadores do CNPq 7 Bolsista da Fapesp

DISPONIBILIDADE E COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO

CAPIM-ELEFANTE (Pennisetum purpureum SCHUM.)

EM PASTEJO SOB DOIS NÍVEIS DE NITROGÊNIO

1

.

(AVAILABILITY AND CHEMICAL COMPOSITION OF THE

ELEPHANTGRASS (Pennisetum purpureum SCHUM.) UNDER

GRAZING FERTILIZED WITH TWO LEVELS OF NITROGEN)

J. P. G. SOARES

2 ,7

, C. E. MARTINS

3,6

, F. DERESZ

3,6

,

L. J. M. AROEIRA

3,6

,

A. D. de OLIVEIRA

4

, R. S. VERNEQUE

3,6

, T.T. BERCHIELLI

5,6

RESUMO

A disponibilidade e a composição química do capim-elefante, sob pastejo, submetido a dois níveis de nitrogênio (300 e 700 kg/ha/ano), foram avaliadas em quatro meses do ano (julho, outubro, janeiro e março). As adubações foram parceladas, no início, meio e final da época chuvosa. Adotou-se o pastejo rotativo dos piquetes, com período de ocupação de três dias e trinta de descanso, numa taxa de lotação de 6 vacas/ha. Durante o período chuvoso os animais permaneceram em pastejo de capim-elefante, suplementados com 2kg de concentrado vaca/dia de concentrado (18% PB). No período seco do ano, as vacas receberam suplementação volumosa à base de cana-de-açúcar, enriquecida com 1,0% de uréia, no intervalo entre as ordenhas, retornando à noite aos piquetes de capim-elefante. Para avaliar a matéria seca disponível, utilizou-se a simulação de pastejo, enquanto a composição química foi determinada nas extrusas coletadas de duas vacas esôfago-fistuladas. A disponibilidade de matéria seca e orgânica não foi afetada (p>0,05) pelos níveis de nitrogênio; contudo, observou-se efeito de meses (p<0,05), cujos valores variaram de 473 a 2.355 kg/ha de MS e 427 a 2.147 kg/ha de MO, entre julho e março. Com relação à composição química do pasto, detectou-se efeito da interação nível de N mês, para matéria seca e proteína bruta, e, para as demais variáveis, observou-se efeito apenas de mês. Não houve influência do aumento do nível de nitrogênio de 300 para 700 kg/ha, na disponibilidade de MS. Entretanto, a percentagem de PB foi influenciada pelo nível de N.

PALAVRAS-CHAVE: Disponibilidade de MS. DIVMS. FDN. Lignina. Nitrogênio.

SUMMARY

Dry matter availability and extrusa chemical composition were evaluated in crossbred cows grazing elephantgrass fertilized with two levels of N (300 and 700 kg/ha/year), during four different months (July, October, January and March), in Embrapa Dairy Cattle Research Center, Minas Gerais state of Brazil. The pasture was divided in 11 paddocks, which were grazed during three days each, with 30 days of resting periods. During the rainy season (January and March) cows grazed elephantgrass and were supplemented with 2 kg/cow/day of concentrate (18% CP). In the dry season (July and

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October) cows received the same amount of the concentrate and chopped sugarcane plus 1.0% urea, as roughage supple-ment between the two milking. Chemical composition and dry matter digestibility were determined in extrusa collected using two esophageal fistulated cows. Dry matter and organic availability was not influenced by N level, (p>0,05) however, higher values were found in the rainy (2,355 and 2,147 kg/ha), than in dry season (473 and 427 kg/ha) respectively. Extrusa chemical composition also varied according to the season of the year. There was effect of the nitrogen ´ season interaction for CP and DM contents, and season for the other variables. There was no effect of nitrogen level on dry matter availability. However CP was affect to nitrogen level.

KEY-WORDS: Dry matter availability. In vitro dry matter digestibility. Nitrogen. Lignin. NDF.

INTRODUÇÃO

No Brasil, nas regiões de pecuária leiteira, pre-dominam pastagens de capim-brachiária (Brachiaria decumbens), gordura (Melinis minutiflora), capim-setária (Setária anceps) e capim-jaraguá (Hiparrhenia rufa). O capim-elefante (Pennisetum purpureum, SCHUM.) é muito utilizado sob a forma de capineiras e, nos últimos anos, sob a forma de pastejo rotativo, devido ao seu alto potencial para a produção de matéria seca (DERESZ, 1999).

O capim-elefante tem sido uma alternativa para a formação de pastagens para gado de leite, principalmente em virtude da boa aceitação pelo gado, capacidade de su-porte por área, valor nutritivo e grande resposta a aduba-ção (DERESZ & MOZZER, 1994).

A resposta ao nitrogênio varia entre as espécies de plantas forrageiras, uma vez que a produtividade, o valor nutritivo e a persistência são características inerentes a cada espécie. O efeito positivo do nitrogênio sobre o rendimento forrageiro é bem conhecido em pesquisas, entretanto é observado que cada espécie forrageira apresenta poten-cial diferenciado de produção, e, devido a esse fator há tendência de as plantas estabilizarem ou até mesmo redu-zirem a produção e a qualidade da forragem, a partir de determinado nível de nitrogênio (WILMAN & OJUEDERIE, 1978).

VICENTE-CHANDLER et al. (1974), avalian-do a resposta de várias gramíneas tropicais à aplicação de nitrogênio, registraram que o capim-elefante cv. Napier apresentou maiores produções de matéria seca com o au-mento nos níveis de nitrogênio, respondendo até a dose anual de 1.792 kg de N/ha. Entretanto, para que essas pro-duções sejam evidenciadas, há necessidade de que outros fatores, relativos ao clima e ao solo, não sejam limitantes ao crescimento da planta (MARTINS & FONSECA, 1994). A produtividade do capim-elefante, desde que as condições do solo e de manejo da pastagem não sejam limitantes, pode ser controlada pelo fornecimento de nitrogênio (MONTEIRO,1990).

A determinação precisa da quantidade de forragem disponível é também importante, pois, a partir desta, pode-se calcular a velocidade de crescimento da planta e a ex-tensão do seu desperdício. No entanto, essa disponibilida-de não disponibilida-determina por si só o valor do pasto, pois outros fatores, tais como qualidade e forma de utilização (corte ou pastejo), estão envolvidos.

AROEIRA et al. (1998) observaram médias de disponibilidade de MS de 2.423, 1.939 e 1.745 ± 92 kg/ha em pastagens de capim-elefante manejadas com diferen-tes períodos de descanso (45; 37,5 e 30 dias, respectiva-mente). Observaram, ainda, que a disponibilidade do ca-pim-elefante aumentava a partir do mês de outubro até março do ano seguinte.

Para cada espécie forrageira e categoria animal a ser estudada, a resposta animal é determinada pela pres-são de pastejo adotada. Quando a prespres-são de pastejo é reduzida e o ciclo de pastejo é longo, a disponibilidade de forragem é aumentada, a produção por animal é maior; ocorrendo pastejo seletivo, entretanto, ocorre perda de for-ragem por falta de utilização (STOBBS, 1973).

Para a mesma disponibilidade de pasto por unida-de unida-de área, é estabelecida uma relação direta entre taxa unida-de lotação e pressão de pastejo. Trabalhos com diferentes es-pécies forrageiras têm mostrado melhor aproveitamento da pastagem sob pressões de pastejo na faixa de 6-9kg MS/100kg do PV (COMBELLAS & HODGSON, 1979). Porém, um dos fatores mais importantes que afetam a uti-lização de forragens é a quantidade de matéria seca ou orgânica disponível na pastagem. PEYRAUD et al. (1996) observaram que o consumo está próximo do máximo, quan-do a disponibilidade diária de MO situa-se ao requan-dor de 25 a 30 kg/animal.

A composição química e a digestibilidade do capim-elefante variam em função do manejo do pasto, da pressão de pastejo, do período de descanso, do mês do ano e da metodologia de coleta. Na Embrapa Gado de Lei-te, foram observadas digestibilidades da MS de 53,9 a 56,3% na época seca e das águas do ano, respectivamen-te, (AROEIRA, 1997; LOPES et al., 1997). AROEIRA (1997), trabalhando com animais fistulados no esôfago, em pastejo rotativo de capim-elefante, encontrou teores

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médios de 12; 70 e 40% (época da seca) e 12,4; 72,8 e 41,1% (época das águas), respectivamente, para PB, FDN e FDA.

O objetivo do presente trabalho foi estimar a disponibilidade de MS a partir da simulação de pastejo e a composição química do capim-elefante, sob pastejo de vacas mestiças (H x Z), numa taxa de lotação de 6 vacas/ ha submetido a dois níveis de nitrogênio (300 e 700 kg/ ha), em quatro meses do ano.

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi realizado na Embrapa Gado de Leite, em Coronel Pacheco -MG, nos meses de julho, outubro de 1996 e janeiro e março de 1997. O município de Coronel Pacheco situa-se na Zona da Mata mineira, a 426m de altitude, 21º55’50” de latitude Sul e 43º16’15” de longitude Oeste. O tipo climático é Cwa, segundo a classificação de Köppen, com verões chuvosos e invernos secos. Os dados de precipitação pluviométrica mensal, tem-peraturas máximas e mínimas, em Coronel Pacheco, veri-ficados durante o período experimental, encontram-se na Tabela 1.

O capim-elefante cultivar Napier foi estabeleci-do num latossolo vermelho-amarelo, com o plantio reali-zado em janeiro de 1990, utilizando-se mudas, distribuí-das em sulcos distanciados de 50 cm e continuamente den-tro da linha. Os dados relativos às características quími-cas desse solo, representadas por amostras coletadas nas profundidades de 0-20 cm e 20-40 cm nos meses de se-tembro de 1996 e sese-tembro de 1997, encontram-se na Ta-bela 2. Nessa ocasião, aplicou-se, em cobertura, calcário dolomítico de acordo com análise de solo pelo método do Al e Ca + Mg trocáveis (LOPES & GUIMARÃES, 1989). Por ocasião do plantio, foram aplicados no sulco 100 kg/ha de P2O5 (superfosfato simples). Aos 60 e 90 dias após o plantio, foram aplicados em cobertura 34 e 67 kg/ha de nitrogênio e potássio, respectivamente, utilizan-do-se o sulfato de amônio e o cloreto de potássio. No perí-odo anterior a este experimento, a pastagem recebeu anual-mente adubação de manutenção, na dosagem de 200 kg/ ha de N e de K2O, parcelada em três aplicações durante a época chuvosa do ano. Além disso, foram aplicados 50 kg/ha/ano de P2O5 em cobertura, em única dose no início da época chuvosa, de acordo com a recomendação de MARTINS et al. (1995).

Tabela 1 - Precipitação pluviométrica mensal e temperaturas médias das máximas e mínimas em Coronel Pacheco,

duran-te o período experimental T e m p e ra tu ra (o C ) A n o M ê s P re c ip ita ç ã o (m m ) ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ M á x im a M ín im a ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ ⎯ 1 9 9 6 J u lh o 9 ,6 2 5 ,2 1 2 ,0 A g o sto 1 8 ,1 2 5 ,8 1 1 ,8 S e te m b ro 9 1 ,8 2 6 ,0 1 5 ,3 O u tu b ro 9 6 ,1 2 8 ,5 1 7 ,7 N o v e m b ro 2 6 7 ,0 2 7 ,8 1 8 ,6 D e z e m b ro 2 8 2 ,5 3 0 ,1 2 0 ,3 1 9 9 7 J a n e iro 4 2 9 ,3 2 9 ,8 2 0 ,3 F e v e re iro 2 0 1 ,2 3 1 ,9 2 0 ,1 M a rç o 2 2 6 ,8 2 9 ,0 1 8 ,9

Tabela 2 - Características químicas de amostras de solo da área experimental coletadas nas profundidades 0-20 e 20-40 cm

em setembro de 19971 Tratamento Amostra pH em H2O P * K ** Ca ** M g ** Al ** H + Al ** SB ** CTC ** V % 300 kg N 0 – 20 5,05 4,99 3,3 16,5 7,6 3,4 54,4 27,4 81,8 33,53 20 – 40 4,72 2,13 1,9 10,2 5 4,7 56,9 17,2 74,1 23,16 700 kg N 0 – 20 4,78 18,56 2,3 19,5 8,4 4,4 59,5 30,2 89,7 33,69 20 – 40 4,65 3,94 2 11,6 6,1 5,1 60,8 19,7 80,5 24,5

1 Análises realizadas pelo setor de laboratórios da Embrapa – Gado de leite

* (mg/dcm3); ** (mmol (c) /dcm

3); P, K (Extrator Mehlich); Al, Ca, Mg (Extrator KCl 1N) Mês

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No final do mês de novembro, em virtude de uma forte infestação de cigarrinha-das-pastagens, procedeu-se à retirada dos animais da área experimental, para roçagem rente ao solo dos piquetes, eliminando-se o material acu-mulado. Foram aplicados, no início, meio e final da época chuvosa, 300 e 700 kg/ha/ano de N, sob a forma de uréia (1a

aplicação) e nitrocálcio (2a e 3a aplicações) e 200 kg/ ha/ano de K2O, usando-se o cloreto de potássio como fon-te. Foram utilizadas essas elevadas doses, na tentativa de identificar realmente o efeito do nitrogênio. Quando fo-ram testadas as doses próximas de 100, 300, 500 kg de N/ ha, nas mesmas condições do presente experimento, não foram observadas diferenças significativas (FERREIRA, 2001).

Utilizou-se uma área de 3,0 ha de capim-elefan-te, dividida em seis parcelas de 0,5 ha, que, por sua vez, foram subdivididas em 11 piquetes, num delineamento de blocos casualizados com três repetições. Cada piquete foi utilizado por um período de três dias, com 30 de descan-so, conforme recomendações da Embrapa Gado de Leite (MARTINS et al., 1994).

Foram usadas 18 vacas lactantes Holandês-Zebu, entre a segunda e a terceira lactação, num delineamento em blocos casualizados, num esquema fatorial 2 x

4 (dois níveis de N ´ quatro meses), utilizando-se nove animais por tratamento. Foi adotada uma taxa de lotação de seis vacas/ha. Em dezembro de 1997, a taxa de lotação foi de quatro vacas/ha em decorrência da alta infestação de cigarrinha-das-pastagens, ocorrida em novembro, retornando a partir de janeiro do ano seguinte para seis vacas/ha.

Para a coleta de extrusas, utilizaram-se duas va-cas mestiças Holandês-Zebu, não lactantes, fistuladas no esôfago (VAN DYNE & TORREL, 1964), que foram co-locadas um dia antes da entrada dos animais no segundo dia de pastejo, em um piquete de cada repetição, de cada tratamento. Os animais permaneceram apenas durante o período da manhã do mesmo dia.

As vacas fistuladas não foram submetidas a je-jum prévio para não influenciar o consumo, e as coletas foram feitas entre 8 e 11 horas da manhã, coletando-se as extrusas na quantidade de 3 kg, para a confecção das amos-tras compostas das três repetições de cada tratamento, sen-do em seguida pesadas e secas para a determinação de sua composição química.

A estimativa da forragem verde disponível foi efetuada um dia antes da entrada dos animais nos pique-tes, segundo metodologia descrita por AROEIRA et al. (1996), utilizando-se a simulação da altura do resíduo do ciclo anterior de pastejo, em que foram escolhidas duas touceiras representativas, de acordo com a disponibilida-de alta e baixa, em dois pontos diferentes disponibilida-de cada piquete,

nas três repetições de cada tratamento. A seguir, retirou-se das plantas a rebrota acima do resíduo de folhas verdes e caules tenros. As amostras foram separadas e colocadas em sacos de papel, pesadas e levadas para secagem em estufa ventilada a 55ºC. O número total de touceiras em cada piquete, numa área de 49 m2, foi contado. A disponi-bilidade de forragem foi estimada pela relação:

Em cada mês avaliado, durante um ciclo de pastejo, as amostras compostas das extrusas referentes ao segundo dia de pastejo, foram levadas para o laboratório, onde se procedeu às análises de matéria seca (MS), pro-teína bruta (PB), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA), nitrogênio insolúvel em FDN (NIDN), nitrogênio insolúvel em FDA (NIDA), lignina, cinzas e a digestibilidade in vitro da matéria seca (DIVMS). A análise de matéria seca foi determinada segun-do metosegun-dologia descrita por SILVA (1990). O nitrogênio total, o NIDIN e o NIDA foram determinados pelo méto-do semimicro Kjedahl (AOAC, 1990). Os teores de FDN foram determinados pelo método proposto por VAN SOEST (1965), sendo a DIVMS determinada pelo méto-do de duas etapas (TILLEY & TERRY, 1963).

Os valores obtidos foram analisados, segundo o modelo:

em que:

Yijk = valor observado para característica (Disponibilida-de (Disponibilida-de forragem e composição química da extrusa) do iésimo piquete no jésimo tratamento na késimo mês.

μ = média geral.

Bi = efeito do bloco i (i = 1 a 3). T j = efeito do tratamento j (j = 1a 2). E k = efeito do mês k (k = 1 a 4).

TE jk = interação do jésimo tratamento da késimo mês. E ijk = erro residual aleatório.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A disponibilidade de matéria seca verde por hec-tare (MSV/ha) e de matéria orgânica (MO/ha) não foram afetadas (p>0,05) pelos níveis de nitrogênio; contudo, ob-servou-se efeito(p<0,05) de meses do ano, cujos valores variaram de 473 a 2.355 e 427 a 2.147 kg/ha de julho a outubro respectivamente (Tabela 3). A menor quantidade de matéria seca observada em julho deve-se às baixas tem-peraturas, à pouca luminosidade e à baixa disponibilidade Disponibilidade MS = Produção de MS média × Número de touceiras Piquete (2 touceiras: alta e baixa) na área de 49 m2

ijk jk k j i ijk B T E TE e Y = μ + + + + +

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hídrica no solo, observadas nessa época do ano. O aumen-to da disponibilidade de matéria seca, verificada a partir de outubro, foi decorrente do início da época chuvosa, aliado a altas temperaturas (Tabela 1) e maior luminosidade, perdurando até março. AROEIRA et al. (1998) também registraram aumentos na disponibilidade de matéria seca do capim-elefante sob pastejo, a partir de outubro.

A evolução da disponibilidade de matéria seca, ao longo do período experimental, também seguiu a mes-ma tendência descrita por WERNER et al. (1966), que observou decréscimo na disponibilidade de matéria seca de 1.600 kg em novembro, para 600 kg em abril, utilizan-do o capim-elefante sob corte.

A disponibilidade média de 2.299 kg de matéria seca/ha, observada nas meses de janeiro e março (Tabela 3), encontra-se na faixa de valores de 2.000 a 2.500 kg de MS/ha, observados por OLIVO et al. (1992) e COSER et al. (1998), em estudos com capim-elefante.

Estimativas da disponibilidade de forragem em áreas de pastagem são mais difíceis e menos precisas, prin-cipalmente com forrageiras de crescimento cespitoso, como o capim-elefante, pois não se considera o resíduo pós-pastejo e a parte basal onde existe acumulação de mate-rial seco que o animal não consome. Se esse ponto não for observado, nestas espécies a disponibilidade de forragem poderá ser superestimada (COELHO, 1984).

Neste estudo, o fato de não se ter detectado efei-to do nitrogênio sobre a disponibilidade de matéria seca verde disponível, de matéria orgânica e por animal (Tabe-la 4) pode estar associado, segundo WHITEHEAD (1990), às condições do solo, ou mesmo a limitações do potencial de produção da forragem, além das condições edafo-cli-máticas ocorridas, como lixiviação, volatilização do nitrogênio, ou por uma possível acidez do solo, observada com o aumento da dose de nitrogênio.

Segundo LOPES (1998), quando o processo de nitrificação converte o íon amônio em nitrato, íons de nitrogênio são liberados, conseqüentemente, as fontes de nitrogênio amoniacal aumentam a acidez do solo. O nitra-to também é um fanitra-tor importante associado com a lixiviação de bases como cálcio, magnésio e potássio do solo, sendo estas removidas com o nitrato e substituídas pelo hidrogênio, tornando os solos mais ácidos. Por outro lado, pode ocorrer também variação no percentual de as-similação dos principais nutrientes pelas plantas quando o pH decresce de 6,0 (LOPES & GUIMARÃES, 1989).

Com relação ao crescimento da forragem, várias pesquisas que avaliam a utilização de níveis elevados de nitrogênio mostram maior produção de MS/ha, entretan-to, levando-se em consideração a produção total de maté-ria seca, o que não está relacionado ao que é disponível ao animal (GARDNER, 1986). Embora no presente trabalho

Tabela 3 - Disponibilidade média de matéria seca da fração verde (MSV) e matéria orgânica (MO) do capim-elefante em

função dos meses avaliados.

1 Médias seguidas de letras diferentes na mesma coluna diferem entre si (p < 0,05), pelo teste de Newman-Keuls.

Tabela 4 - Disponibilidade média de matéria seca da fração verde (MSV) e matéria orgânica (MO) do capim-elefante em

função dos níveis de adubação nitrogenada e dos meses avaliados.

D isponibilidade

M eses M SV (kg/ha )1 M O (K g /ha)1

Julho 472,7± 87,5 c 426,7± 80,5 c O utubro 1.455,6± 107,2 b 1.284,7± 101,8 b Janeiro 2.242,5± 107,2 a 2.036,6± 101,8 a M arço 2.354,8± 107,2 a 2.147,1± 101,8 a CV (% ) 24,7 22,3 DISPONIBILIDADE Níveis (kg/ha de Nitrogênio) 300 700 300 700 300 700

Meses (Kg MSV/ha) (Kg MO/ha) (Kg MSV/vaca/dia)

Julho 472,1 473,3 423,9 429,6 2,9 2,9

Outubro 1.395,7 1.515,3 1.207,8 1.361,6 8,5 9,3

Janeiro 2.184,6 2.300,7 1.976,8 2.096,4 13,4 14,1

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não se tenha medido a relação folha /caule nos diferentes níveis de N utilizados, com base em observações das touceiras dos piquetes após o pastejo, pôde-se constatar visualmente maior desenvolvimento ou alongamento do caule, além de menor relação folha/caule do capim-ele-fante para o nível mais elevado (700 kg/ha), reduzindo sensivelmente a disponibilidade de MSV/ha em relação à dose de 300 kg/ha.

Outro aspecto que se deve considerar, segundo CORSI & NÚSSIO (1992), seria a remoção da parte aé-rea de gramíneas, os quais relatam que remoções de 40-60% da parte aérea pelo corte ou pastejo representam re-dução sensível ou estagnação do sistema radicular, com-prometendo o nível ou a velocidade de absorção de nutri-entes.

A análise dos dados referentes à composição quí-mica revelou efeito (p<0,05) da interação nível de nitrogênio × meses, para as variáveis teores de matéria seca e de proteína bruta, e efeito (p<0,05) de nível de nitrogênio para o teor de FDA. Para as variáveis DIVMS, NIDA, NIDIN, cinzas e lignina, observou-se significância apenas de meses.

Avaliando-se os teores de matéria seca entre me-ses, em função de níveis de nitrogênio, observou-se efeito (p<0,05) de nitrogênio apenas em janeiro, registrando-se valores mais elevados para maior nível desse nutriente (Tabela 5), provavelmente, por favorecer o maior alonga-mento do colmo.

Os teores médios de proteína bruta observados foram de 13,9% para o nível de 300 e de 16,1%, para o nível de 700 kg/ha de N. Os teores encontrados para o nível de 300 kg de N, nos meses de julho, outubro e mar-ço, não diferiram entre si (p>0,05), superando aquele ob-servado em janeiro. Contudo, para o nível de 700 kg, o valor encontrado na mês de outubro superou (p<0,05)

aqueles observados nas demais meses (Tabela 5). Entre-tanto, ao se comparar os teores de proteína entre níveis de N, por mês, observaram-se diferenças (p<0,05) apenas na mês de outubro, registrando-se valor mais elevado (19,1%), para a nível de 700 kg de N. O incremento no teor protéico de gramíneas, em decorrência de aumento no nível de nitrogênio aplicada, tem sido observado por vários auto-res (ALVIM & MOOJEM, 1984; PACIULLO, 1997).

Observando-se os valores médios encontrados, independentemente do mês e do nível de nitrogênio, veri-fica-se tratar-se de uma dieta de valor protéico relativa-mente elevado, indicando a alta seletividade exercida pe-los ruminantes quando em pastejo. SILVA et al. (1994), em estudos com capim-elefante anão (Pennisetum purpureum cv. MOTT), sob três pressões de pastejo, tam-bém verificaram teores protéicos, com variação de 9,8; 10,6 e 11,6% de PB para a fração lâmina foliar.

Os teores médios de FDN, FDA, lignina, nitrogênio insolúvel em FDN e em FDA e digestibilidade in vitro da matéria seca da extrusa (Tabela 6) foram afetados (p<0,05) pelos meses de amostragem. O teor de FDA foi afetado (p<0,05) pelos níveis de nitrogênio, registrando-se valores de 37,8 e 36,0% para as níveis de 300 e 700 kg, respectivamente.

A adubação nitrogenada tem apresentado efeitos pouco consistentes sobre os teores de FDN e digestibilidade in vitro da matéria seca de plantas forrageiras (RIBEIRO, 1995; PACIULLO, 1997). Os teo-res de FDN da extrusa apteo-resentaram valoteo-res cteo-rescentes a partir de outubro (Tabela 6). Isso se deve às condições ambientais favoráveis ao crescimento do capim-elefante como temperaturas elevadas e alta luminosidade, que, as-sociadas à disponibilidade hídrica do solo, promovem, assim, maior alongamento do caule e, conseqüentemente maior lignificação da parede celular (VAN SOEST, 1994).

Tabela 5 - Teores médios de matéria seca (MS) e proteína bruta (PB) da extrusa de capim-elefante em função dos níveis de

nitrogênio, em diferentes meses do ano.

1 Médias seguidas de letras diferentes na mesma coluna e linha diferem entre si (p < 0,05), pelo teste de Newman-Keuls. (a > b) compara teor de MS e PB, entre níveis de N, por mês.

(A > B > C) compara teor de MS e PB, entre meses, por níveis de N.

Níveis de nitrogênio

⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯

Meses 300 kg/ha 700 kg/ha

⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯ ⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯ MS (%) PB (%) MS (%) PB (%) Julho 12,2± 0,99 a A1 14,1± 0,74 a AB 11,5± 0,22 a A 16,5± 1,15a B Outubro 8,9± 0,33a B 14,1± 1,58 b AB 8,6± 0,34 a B 19,0± 1,41a A Janeiro 7,9± 1,85 b B 12,1± 1,10 a B 10,7± 1,07a A 13,4± 0,97 a C Março 8,8± 0,41 a B 15,2± 0,97 a A 9,0± 0,59 a B 15,2± 0,61 a BC

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Tabela 6 - Teores médios de fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA), nitrogênio insolúvel em

detergente neutro (NIDN), nitrogênio insolúvel em detergente ácido (NIDA), lignina (LIG), cinzas e digestibilidade in vitro da matéria seca (DIVMS) das extrusas de capim-elefante em quatro meses do ano.

1 Médias seguidas de letras diferentes na mesma coluna diferem entre si (p < 0,05), pelo teste de Newman-Keuls.

Os menores teores de FDN observados em julho e outu-bro devem-se possivelmente à baixa disponibilidade de forragem, forçando então os animais a exercerem maior seleção por folhas novas, que representam fração menos fibrosa comparada com a planta inteira e com o colmo.

O teor de FDN representa a fração química da planta que guarda a mais estreita correlação com o consu-mo de forragens, quando este se situa acima de 55 a 60% (VAN SOEST, 1965). Embora os valores obtidos nos di-ferentes meses sejam superiores a 60%, eles se encontram dentro da média normalmente registrada para gramíneas tropicais.

As frações NIDN e NIDA apresentaram compor-tamento semelhante, detectando-se valores mais elevados (p<0,05) em janeiro e março (Tabela 6). Isso pode estar associado, provavelmente, à presença do maior teor de nitrogênio ligado à lignina contida no caules do capim (MALAFAIA, 1997) registrado nos respectivos meses .

Os valores obtidos para o NIDN, excetuando-se aquele verificado em julho, foram superiores aos 0,34% encontrados por MALAFAIA (1997) para o capim-ele-fante. Da mesma forma, os valores encontrados para o NIDA nas quatro meses superaram aqueles obtidos por VIEIRA (1995) e MALAFAIA (1997), que registraram com variação de 0,13 a 0,21% para o capim-elefante em diferentes idades de corte.

Segundo ACOSTA & KOTHMANN (1978), outro fator que pode afetar os teores de NIDN e NIDA seria a secagem de amostras provenientes de extrusas, mesmo em baixas temperaturas. Ela causa perdas de ma-téria orgânica, decorrente do alto teor de umidade, resul-tando assim em maior tempo de secagem, que, segundo VAN SOEST (1994), pode resultar na formação de lignina artificial, pela reação de Maillard, contribuindo assim para elevar o teor de NIDA.

Com relação aos teores de lignina, observaram-se valores mais elevados (p<0,05) nos meobservaram-ses de janeiro e março (Tabela 6). Tal comportamento já era esperado, uma vez que, segundo VAN SOEST (1994), altas temperaturas promovem aumento da lignificação da parede celular e maior atividade metabólica da planta, convertendo mais rapidamente o conteúdo celular em componentes estrutu-rais e promovendo, assim, redução na digestibilidade da forragem, conforme constatado no presente trabalho.

A lignina diminui a capacidade de os microorganismos do rúmen de utilizarem a fibra, uma vez que criam uma barreira física e ou, química ao redor dos constituintes que são potencialmente digestíveis, como a hemicelulose e a celulose (SILVEIRA et al., 1973).

Os teores de cinzas foram afetados (p<0,05) ape-nas pelos níveis de nitrogênio, registrando-se valores de 12,6 e 11,9%, para os níveis de 300 e 700 kg de N/ha, res-pectivamente. DAYRELL et al. (1982) observaram teores médios de 10,5 e 13,7%, em amostras de capim-elefante oriundas do pasto e extrusas de animais esôfago-fistulados, respectivamente. O maior teor de cinzas em amostras de extrusas deve-se, possivelmente, à contaminação salivar (SCALES et al., 1974).

Quanto a DIVMS, observou-se que os valores encontrados em julho e outubro foram superiores (p<0,05) aos registrados em janeiro e março, que, por sua vez, não diferiram entre si (p>0,05), conforme se observa na Tabe-la 6.

Os valores mais elevados, registrados em julho e outubro, podem estar associados aos menores (p<0,05) teores de FDA e de lignina, verificados nesses períodos, uma vez que, segundo VAN SOEST (1965), estes com-ponentes são consistentemente correlacionados com a digestibilidade.

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adubação nitrogenada. MINSON (1981), avaliando dois níveis de nitrogênio (125 e 500 kg/ha) em Chloris gayana, Digitaria decumbens e Pennisetum clandestinum, obser-vou incremento de apenas 2,2 unidades percentuais na digestibilidade da matéria seca para o nível mais elevado de N, embora tenha trabalhado com corte e não pastejo.

No caso de corte, o nitrogênio, ao estimular o crescimento rápido, possibilita cortes mais freqüentes, ob-tendo-se a forrageira mais tenra e com mais alta digestibilidade (NOLLER & RHYKERD, 1974), o que pode não ocorrer em experimentos de pastejo.

CONCLUSÕES

A disponibilidade de matéria seca e a maioria das variáveis qualitativas avaliadas na pastagem de capim-ele-fante, nas condições do presente trabalho, não apresenta-ram influência das doses de nitrogênio. Entretanto, houve modificação nessas mesmas variáveis em função dos meses do ano.

ARTIGO RECEBIDO: AGOSTO/2001

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