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THE EFFECT OF THE ADDITION OF DIFFERENT SOYBEAN MEAL ON THE PERFORMANCE OF CAIMAN LITTLE ONES

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Academic year: 2021

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SOJA NA DIETA SOBRE O DESENVOLVIMENTO DE FILHOTES DE

JACARÉ-DO-PANTANAL [Caiman yacare (Daudin, 1802)]

1

VICTOR MANUEL ALEIXO

2

TADEU COTTA

3

PRISCILA VIEIRA ROSA LOGATO

3

ANTONIO ILSON GOMES DE OLIVEIRA

4

ELIAS TADEU FIALHO

5

RESUMO – O experimento foi conduzido nas

dependên-cias da Cooperativa de Criadores de jacaré-do-pantanal – COOCRIJAPAN, na cidade de Cáceres-MT, com dura-ção de 140 dias. Objetivou-se avaliar os efeitos da adi-ção de farelo de soja sobre o desempenho, assim como coeficientes de alometria de filhotes de jacaré-do-pantanal criados em cativeiro. Utilizaram-se 100 filhotes, sendo avaliadas 5 rações, com níveis de 0; 4,5; 9; 13,5 e 18% de farelo de soja. Utilizou-se o delineamento intei-ramente casualizado com 5 repetições, e 4 animais em cada uma. Avaliaram-se os parâmetros a cada 28 dias, processando-se as médias de cada perí odo. Com base nos resultados obtidos, constatou-se que à medida que

se aumentou o nível de introdução de farelo de soja na ração, houve uma redução linear (P< 0,05) no consumo aparente de ração. Quanto ao consumo aparente de pro-teína e de energia, não houve influência dos níveis (P> 0,05), semelhantemente ao ganho de peso e à conversão alimentar da ração, da proteína e da energia. Houve re-dução linear (P< 0,05) no comprimento total e compri-mento focinho-cloaca com a adição do farelo de soja, ao passo que para o perímetro abdominal não houve efeito (P> 0,05). Concluiu-se que a inclusão de farelo de soja, até o nível de 18%, não é viável para a alimentação de filhotes de jacaré-do-pantanal no período de zero a 140 dias de idade.

TERMOS PARA INDEXAÇÃO: Jacaré-do-pantanal, caiman, desempenho, alometria, alimentação.

THE EFFECT OF THE ADDITION OF DIFFERENT SOYBEAN MEAL

ON THE PERFORMANCE OF CAIMAN LITTLE ONES

ABSTRACT – To study the effects of the addiction of

soybean meal on performance and allometry coefficients of caiman little ones raised in captivity, an experiment was conducted at the Cooperative of Breeders of “Pantanal” Caimans – “COOCRIJAPAN”, in Cáceres – MT (Brazil) during a period of 140 days. In this experiment with 100 caiman little ones, 5 rations, with levels of 0, 4.5, 9, 13.5 and 18% of soybean meal were evaluated. The completely randomized design with 5 replications and 4 animals each one was utilized. The parameters were evaluated every 28 days by estimating the means of each period. It was found that as the level

of increasing soybean meal in the ration in this experiment, there was a linear reduction in apparent feed intake (P< 0.05). No effect (P> 0.05) on the apparent intake of protein and energy, weight gain and feed conversion (ration, protein and energy), was obtained. A linear reduction (P< 0.05) of total length gain and muzzle-cloaca length gain with the increase of the level of soybean meal in the rations was obtained, therefore for the abdominal perimeter was no effect (P> 0.05). It was concluded that the substitution of meat bone meal up to the level of 18% by the soybean meal is not viable for caiman little ones over the period from 0 to 140 days.

INDEX TERMS: Jacaré-do-pantanal, caiman, performance, allometry, food, nutrition.

1. Parte da dissertação de mestrado apresentada pelo primeiro autor ao Departamento de Zootecnia da UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS/UFLA, Caixa Postal 37 – 37200.000 – Lavras, MG.

2. Professor da Escola Agrotécnica Federal de Cáceres (EAFC) – MSc. em Zootecnia - aleixo@terra.com.br 3. Professor Adjunto do Departamento de Zootecniada UFLA.

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5. Professor Titular do Departamento de Zootecnia da UFLA.

INTRODUÇÃO

A criação racional de jacarés é uma atividade rela-tivamente nova, que permite obter peles de melhor qua-lidade, ao contrário daquelas de animais capturados da natureza. Ela propicia ainda um aproveitamento integral do animal. Associada às novas leis ambientais, ela pode ter conseqüências extremamente positivas na manuten-ção do equilíbrio ecológico, principalmente no Pantanal Mato-grossense, reduzin do a caça predatória.

A experiência acumulada pelos produtores tem mostrado que a criação de jacarés é uma atividade com-plexa. O manejo dos animais merece atenção cuidadosa, principalmente quanto ao item alimentação. A dieta mais utilizada pelos criadores da região de Cáceres (MT) con-siste no uso de miúdos triturados de bovinos (pulmão, baço, rim e fígado), sangue, peixe, farinha de carne e os-so, farinha de sangue, e concentrados de vitaminas e minerais. Apesar do maior número de informações que têm surgido nos últimos anos, o estudo da alimentação dos crocodilianos encontra -se em estado emergente.

As fontes de proteína de origem vegetal são mais baratas e de aspecto sanitário menos danoso para o meio ambiente. Seria interessante e desejável agregá-las à lista de ingredientes para formulação de rações de cro-codilianos. Dessa forma, é de grande importância a iden-tificação da viabilidade do uso dessas fontes de n utrien-tes quanto ao suprimento das exigências nutricionais dos crocodilianos. Na prática, os resultados obtidos com peixes carnívoros têm sido extrapolados a essa espécie, por terem hábitos alimentares similares aos dos crocodi-lianos, além de serem de natureza pecilotérmica. Admite-se também que as exigências nutricionais variam com a idade dos animais e com a estação do ano (Staton et al., 1991).

Segundo Melo (1991), os crocodilianos para crescerem adequadamente necessitam de uma dieta com níveis protéicos em torno de 47% (Staton et al., 1990).

Drachner & Muller-Schlosser (1980) afirmam que, do ponto de vista prático, seria altamente desejável in-cluir alguns carboidratos na dieta de crocodilianos, pois eles possuem propriedades ligantes que facilitam o pre-paro de dietas granuladas. Coulson & Hernandez (1983) afirmam que a relação ótima entre proteína e energia está entre 8,2 e 10,9 Kcal/g de proteína. Quanto ao crescimen-to, ganho de peso e conversão alimentar em Caiman

crocodilus fuscus (Cope, 1868), uma ração preparada à

base de produtos de origem vegetal apresenta result a-dos inferiores a uma outra de origem animal; a adição de enzimas em rações de origem vegetal não melhora

signi-ficativamente a assimilação dos nutrientes (Clavijo et al., 1994). Mas essas informações ainda não são suficientes para se formular uma dieta equilibrada para esses ani-mais , nas diversas fases de crescimento.

Coulson & Hernandez (1974) determinaram que os aminoácidos essenciais para os crocodilianos são os mesmos que os dos mamíferos, e carnívoros têm habili-dade de digerir grandes quantihabili-dades de alimentos con-tendo proteína de origem animal, ocorrendo o mesmo com crocodilianos. ingestão de carboidratos de origem vegetal pelos crocodilianos é mínima em seu ambiente natural. Os autores afirmaram, ainda, que em caimans [Caiman crocodilus crocodilus (Linnaeus 1758)] alimen-tados com carboidratos, somente a glicose foi absorvida. Monossacarídeos, dissacarídeos e polissacarídeos não foram assimilados.

Com o presente trabalho teve-se por objetivo a-valiar o desempenho de filhotes de jacaré–do-pantanal [Caiman yacare (Daudin, 1802)], submetidos a rações com teores crescentes de farelo de soja.

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido em conjunto com a Cooperativa de Criadores de Jacaré-do-Pantanal – COOCRIJAPAN, localizada na cidade de Cáceres, Estado de Mato Grosso. O período experimental teve duração de vinte semanas, iniciando-se em 13 de maio e termi-nando em 30 de setembro de 1999. Foram utilizados cem animais selecionados de uma eclosão de 300 ovos cole-tados na natureza, na própria região, em áreas específi-cas previamente autorizadas pelo IBAMA-MT.

No período pré-experimental, os animais foram devidamente identificados por meio de extirpação da crista caudal (1ª crista = n° 1, 2ª crista = n° 2, e assim sucessivamente). Eles foram medidos e pesados no dia 0 e a cada 28 dias, a partir do início do experimento, até os 140 dias de idade. As medições e pesagens foram feitas, respectivamente, utilizando-se uma fita de aço inoxidável em apoio de madeira com limitação no ponto 0 (zero), pa-ra melhor apoio do focinho do animal, e de uma balança com capacidade para 2,0 kg, graduada em unidades de gramas.

Os animais foram alojados em tanques de alvena-ria medindo 2,0 m de largura, 2,0 m de comprimento e 0,6 m de altura, com piso de cimento em desnível, tendo á-gua corrente na parte mais baixa , correspondente a um terço da área total disponível. A água era proveniente de poço semi-artesiano, localizado na área do criadouro. Os

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tanques estavam localizados num galpão de alvenaria, fechado, coberto com telhas de amianto, dotado de vi-trais e porta.

As dietas utilizadas no experimento (Tabela 1) fo-ram preparadas à base de vísceras cruas de bovino, fare-lo de soja e suplementos de vitaminas e minerais. As vísceras foram moídas em moedores automáticos e, em seguida, misturadas aos demais componentes em beto-neira automática, por 10 minutos. As porções foram em-baladas em sacos plásticos, pesadas (500 g), identifica-das e congelaidentifica-das em freezer, sendo retiraidentifica-das pela manhã para descongelamento e posterior distribuição aos ani-mais.

Dentre as rações experimentais, uma era sem ali-mentos de origem vegetal, normalmente utilizada nos criadouros da região, e nas outras quatro, substituiu -se, em teores crescentes, a farinha de carne pelo farelo de soja.

Os cem filhotes selecionados, com peso médio de 83,6 (15,6) g, foram agrupados em grupos de quatro animais, em 25 tanques, proporcionando densidade de 1,0 animal/ m². Os alimentos foram fornecidos à vonta-de, às segundas, quartas e sextas -feiras, sempre às 11 horas e na parte seca do tanque, conforme preconizado por Verdade (1992).

TABELA 1 – Composição percentual das dietas experimentais*.

Níveis de farelo de soja (%) Ingredientes (%)

0 4,5 9,0 13,5 18,0

Pulmão 50,0 50,0 50,0 50,0 50,0

Baço 17,0 17,0 17,0 17,0 17,0

Farinha de sangue 7,0 7,0 7,0 7,0 7,0

Farinha carne e osso 18,0 13,5 9,0 4,5 -

Farelo de soja - 4,5 9,0 13,5 18,0 Premix vitamínico¹ 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 Premix mineral² 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 Fosfato bicálcico - 1,0 2,5 3,9 5,0 Areia lavada 5,7 4,2 2,8 1,3 - Calcário calcítico - 1,0 1,4 2,0 2,7 Óleo de soja 2,0 1,5 1,0 0,5 - Valores analisados Matéria seca (%) 45,5 45,0 44,2 42,8 42,0 Proteína bruta (%)3 52,9 51,8 52,4 56,0 56,7

Energia digestível (Kcal/kg)3,4 3453 3487 3557 3621 3720

Cálcio total (%)3 3,6 4,3 4,4 4,0 3,7

Fósforo total (%)3 2,0 2,3 2,5 2,2 2,0

* Análises do Laboratório de Pesquisa Animal do Departamento de Zootecnia da UFLA

1

/ Premix vitamínico: Vit. A = 3.000.000UI; Vit. D3 = 500.000UI; Vit. E = 2.500mg; Vit. K3 = 500mg; Vit. B1 = 2.500mg; Vit. B2 = 1.000mg; Vit. B6 = 500mg; Vit. B12 = 4.000mcg; Biotina = 500mcg; Niacina = 7.500mg; Pan-totenato de cálcio = 2.500mg; Ácido fólico = 100mg; Veículo q.s.p. = 1.000g.

2

/ Premix mineral: Manganês = 80.000mg; Zinco = 60.000mg; Ferro = 40.000mg; Cobre = 5.000mg; Iodo = 600mg; Selênio = 100mg; Veículo q.s.p. = 1.000g.

3

/ Valores expressos em MS.

4

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Os tanques eram lavados diariamente, quando a água do dia anterior era substituída por água fresca. To-dos os animais receberam as mesmas condições sanitá-rias, de manejo e sofreram as mesmas influências climáti-cas e ambientais.

Avaliaram-se o consumo aparente de ração, de proteína e de energia, o ganho de peso, a conversão ali-mentar da ração, da proteína e da energia, e as variações de comprimento total, do comprimento focinho-cloaca e do perímetro abdominal. Utilizou-se um delineamento in-teiramente casualizado com cinco tratamentos e cinco repetições, constituindo-se cada parcela de quatro ani-mais. A análise foi realizada pelo "SAS®" - Statistical Analisys System, versão 6.12 (SAS INSTITUTE, 1995). Nas características que apresentaram significância esta-tística, foram feitos estudos de regressão, sendo o des-dobramento dos efeitos lineares e quadráticos executa-dos pelo SAEG (UFV, 1993).

Pelo fato de os resíduos de algumas característi-cas não apresentarem normalidade, os dados foram transformados em logaritmo (base 10) para as conver-sões alimentar, da proteína e da energia; x para ganho de comprimento total e de comprimento focinho-cloaca, e x+0,2 para ganho de perímetro abdominal.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Pelos resultados referentes ao consumo aparente de ração, de proteína bruta e de energia digestível (Tabela 2) evidencia-se redução linear (P< 0,05) no con-sumo de ração no período total do experimento, quando do uso de farelo de soja. Ou seja, à proporção que se introduz o farelo de soja na ração, ocorre uma redução no consumo aparente de ração. Essa redução de ingestão pode ser explicada pela alteração na consistência das rações, à medida que se acrescentava

ções, à medida que se acrescentava farelo de soja. A concomitante redução nos teores de óleo a elas incorp o-rado parece ter reduzido o poder de aglutinação das ra-ções, dificultando a apreensão e a ingestão dos alime n-tos pelos filhotes.

Foi observada uma redução geral de consumo, a qual pode ser explicada pelo efeito das baixas temperatu-ras registradas durante o experimento, principalmente entre 84 e 112 dias, afetando igualmente a todos os ani-mais. De Vos (1982) e Pooley (1983) afirmam que crocodlos jovens se recusam a alimentar em temperatura amb i-ente inferior a 18°C, tal como as registradas em alguns períodos experimentais. Da mesma forma, Pooley (1990) afirma que o consumo de alimentos é mínimo nos meses mais frios, aumentando progressivamente na primavera e no verão. Pinheiro et al. (1992) afirmam que temperaturas menores ou iguais a 22°C devem ser evitadas durante a criação de filhotes de jacaré-do-pantanal. Essas varia-ções de temperatura são esperadas e ocorrem normal-mente em ambientes não climatizados.

As médias do consumo aparente de proteína bru-ta e de energia digestível não foram afebru-tadas pelos tra-tamentos (P > 0,05), o que pode ser explicado pelo au-mento nos níveis de proteína e energia nas rações com níveis crescentes de farelo de soja, conforme pode ser observado na Tabela 1.

Pelas médias mostradas na Tabela 3 evidencia-se que não houve diferença (P > 0,05) para ganho de peso entre os tratamentos com diferentes níveis de farelo de soja. Entretanto, ocorreu uma tendência acentuada de diminuição do ganho de peso (-45%) à medida que se aumentou o nível de farelo de soja. Essa tendência a-companha o comportamento de consumo aparente de ração no período de 0 a 140 dias.

TABELA 2 – Consumo aparente de ração com base na matéria seca (g), de proteína bruta (g) e de energia digestível

(cal), respectivamente, CApR, CApP e CApE, nos diferentes períodos para jacaré -do-pantanal, segundo níveis variá-veis de farelo de soja.

Farelo de soja (%) Variáveis 0 4,5 9,0 13,5 18 Média CV1 (%) CapR 2 255,40 289,35 282,60 225,23 184,91 247,50 19,50 CapP 135,09 149,94 148,08 125,96 104,98 132,81 19,95 CapE 881,30 1009,19 1005,20 815,08 688,53 879,86 19,81 1 /Coeficiente de variação 2

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Essa influência negativa no ganho de peso, quando são usados produtos de origem vegetal, foi também verificada por Clavijo et al. (1994) em Caiman

crocodilus fuscus (Cope, 1868). Esses autores afirmam

que essa redução ocorreu mesmo quando enzimas foram adicionadas às rações contendo alimentos de origem ve-getal.

O fato de as diferenças não apresentarem signifi-cância estatística deve-se ao elevado valor do coeficien-te de variação. Isso pode ser explicado pela grande vari-abilidade individual, normalmente encontrada em animais não submetidos a melhoramento genético.

As conversões alimentar da ração, da proteína e da energia (Tabela 3) não foram influenciadas (P> 0,05) pelos níveis de farelo de soja na ração. Portanto, a adi-ção de até 18% de farelo de soja em rações para filhotes de jacaré-do-pantanal na fase de crescimento não altera os índices de conversão alimentar. Contrastam com essa observ ação os resultados de Clavijo et al. (1994), mas em Caiman crocodilus fuscus (Cope, 1868).

Os ganhos no comprimento total e no compri-mento focinho-cloaca são reduzidos (P< 0,05) com o au-mento do nível de farelo de soja (Tabela 4).

Esses resultados concordam com Clavijo et al. (1994), quando afirmam que esse efeito ocorreu mesmo quando foram colocadas enzimas no alimento contendo vegetal.

Pesquisadores, como Gorzula & Seijas (1989), es-timaram um crescimento de 2 cm/mês no primeiro ano de vida dos animais na natureza, valor próximo dos 2,7 cm/mês, estimados por Oubater & Nanhoe (1989). Bo-quero et al. (1991) relataram ganho de 2,5 cm no compri-mento médio mensal. Para o Caiman yacare (Daudin, 1802) em cativeiro, Cintra (1985) estimou em 1,38 cm/mês, contrastando com 3,3 cm/mês estimados por Brazaitis (1986), resultados sensivelmente maiores que os deste experimento. Isso confirma a afirmação de Rebelo (1991) de que o crescimento de crocodilianos é largamente dis-crepante.

A substituição da farinha de carne e ossos pelo farelo de soja não influenciou (P > 0,05) o perímetro abdominal dos animais.

TABELA 3 – Ganho de peso médio (g), conversão alimentar da ração, da proteína (g PB/g de ganho) e da energia

di-gestível (cal ED/g de ganho), respectivamente GP, CA, CAP e CAE, segundo os níveis de farelo de soja.

Farelo de soja (%) Variáveis 0 4,5 9,0 13,5 18 Média CV 1 (%) GP (g) 49,24 48,11 41,41 27,08 27,14 38,60 48,33 CA 5,36 6,22 7,79 9,32 8,42 7,28 22,43 CAP 2,83 3,22 4,08 5,22 4,77 3,92 32,57 CAE 18,50 21,69 27,70 33,76 31,32 25,95 13,67 1 /Coeficiente de variação

TABELA 4 – Ganho no comprimento total (GCT), no comprimento focinho-cloaca (GCFC) e no perímetro abdominal

(GPA), segundo os teores de farelo de soja.

Farelo de soja (%) Variáveis (cm) 0 4,5 9,0 13,5 18,0 Média EP 1 CV 2 % GCT3 4,60 4,33 4,01 2,29 2,91 3,63 0,14 32,40 GCFC3 1,70 1,57 1,39 0,67 0,60 1,19 0,13 52,46 GPA 1,23 1,21 1,00 0,68 0,67 0,96 0,10 38,41 1 / Erro-padrão 2 / Coeficiente de variação 3

/ Efeito linear significativo (P<0,05) – GCT = 4,712 – 0,1204 X, R2 = 0,7533 GCFC = 1,806 – 0,0689 X, R2 = 0,9041

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CONCLUSÕES

O farelo de soja não deve ser incorporado nas ra-ções para filhotes do jacaré-do-pantanal de zero até 140 dias de idade. Em razão da escassez de trabalhos com esses animais, outros estudos devem ser desenvolvidos para confirmar essa conclusão.

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