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Conteúdos de 1 à 4. As leis da Mecânica são as mesmas independentes dos referenciais.

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Academic year: 2021

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(1)

Conteúdos de 1 à 4

Os conceitos de relatividade em Fìsica existem desde o início da

formulação da Mecânica Clássica.

Galileu já tinha proposto a ideia de relatividade usando um

absoluto que seria enunciado da seguinte maneira.

“As leis da Mecânica são as mesmas independentes dos

re-ferenciais.”

1)

Transformações de Galileu.

2)

A Física Clássica no final do século XX: conflitos entre

a mecânica clássica e o eletromagnetismo clássico.

3)

A finitude da velocidade da luz.

(2)

As transformações de Galileu

Neste momento iremos deduzir as transformações de Galileu que, como diz o enunciado, são válidas para sistemas em movi-mento uniforme (ou seja, velocidade constante)

S' x' y' S x y

V

y Y' x=x' Vt

x ' = x−Vt

y ' = y

z ' =z

(1) (2) (3) Transformações de Galileu P

(3)

As velocidades e as

transforma-ções de Galileu

Imagine que no referencial S' a particula P se desloca. A velo-cidade v vista no referencial S e v' vista no referencial S' serão diferentes.

As tranformações de Galileu permitem a associação entre as duas velocidades, basta diferenciarmos as equações (1) - (3).

v '

y

=

v

y

v '

z

=

v

z (4) (5) (6)

v ' =

dx '

dt

=

dx

dt

V ⇒ v ' =v−V

Com isto chegamos a conclusão de que as velocidades sofrem uma soma vetorial.

(4)

A aceleração na relatividade

Galile-liana

Agora faremos o mesmo procedimento para a aceleração vis-ta pelo observador em um referencial em movimento e por uma referencial parado.

Após esta análise chegaremos a conclusão de que as forças vistas pelo indivíduo em um referencial em movimento são as mesmas vistas por um referencial parado.

Com isto, podemos pensar que não existem referenciais me-lhores uns do que os outros se os mesmos se deslocam com velocidade constante. São os chamados referenciais inerciais. Agora, podemos fazer um desafio.

O que ocorre se o referencial se desloca com aceleração dife-rente de zero? É isto veremos na lousa.

(5)

A problemática do

Eletromagne-tismo no século XIX

Vamos nos atentar para um dos problemas mais difíceis do século XIX. A unificação da Eletricidade, Magnetismo e ótica. Os trabalhos de Alessandro Volta (1745-1827) e Luigi Galvani (1737-1789) sobre a origem da eletricidade, foram comple-mentados pelos trabalho de Hans Øersted (1777-1851) que relacionou as correntes elétricas que criam campos magnéti-cas.

Galvani

(6)

A problemática do

Eletromagne-tismo no século XIX

Posteriormente Heinrich Lenz (1804-1865) trabalhou a questão da produção da corrente elétrica pela variação do campo magnético. Um dos maiores trabalhos da Física experimental na área de eletri-cidade e eletromagnetismo foi Michael Faraday (1791-1867).

Faraday Maxwell

Outro grande pesquisador da área que fez as maiores contribui-ções teóricas do Eletromagnetismo foi James Clark Maxwell (1831-1879) ele unificou as leis do electro magnetismo.

(7)

A problemática do

Eletromagne-tismo no século XIX

Maxwell organizou as leis do eletromagnetismo em dois formatos, o diferencial e o integral.

As equações de Maxwell para um meio dielétrico é definida com as seguintes constantes obtidas pelos pesquisadores anteriores.

Lei de Gauss da eletricidade

∇⋅

E=

0

∇× 

E=

−∂ 

B

t

∇⋅

B=0

∇×

B=

0

0

E

t



0

J

Lei de Gauss do magnetismo

Lei de Ampère Lei de Faraday

Onde as constantes são ε0 a permissividade elétrica do vácuo

(8)

A problemática do

Eletromagne-tismo no século XIX

Para que não esquecemos o significado de cada uma das variá-veis, o campo elétrico e magnético são imediatos.

No vácuo temos as seguintes mudanças.

Lei de Gauss da eletricidade

∇⋅

E=0

∇× 

E=

−∂ 

B

t

Lei de Faraday

∇⋅

B=0

∇×

B=

0

0

E

t

Lei de Gauss do magnetismo

Lei de Ampère

J

Densidade de corrente elétrica.

Vamos fazer algumas suposições sobre um campo magnético e elétrico no vácuo.

(9)

A problemática do

Eletromagne-tismo no século XIX

Substituindo esta suposição nas equações de Maxwell chegamos facilmente em:

E encontramos outro sistema de equações dado por:

B

y

z

=−

0

0

E

x

t

E

y

z

=

B

x

t

B

x

z

=

0

0

E

y

t

Os dois pares de equações são completamente simétricos pela transformação de de x para y nos campos.

E

x

z

=

−∂

B

y

t

Ou seja, basta resolver um dos sistemas. Vamos resolver o primeiro sistema.

(10)

A problemática do

Eletromagne-tismo no século XIX

Derivando a primeira equação com relação a z e a segundo com re-lação ao tempo, teremos:

Usando todos os nossos conhecimentos de cálculo fazemos algu-mas manipulações.

2

B

y

z

2

=−

0

0

2

E

x

z ∂ t

2

E

x

z

2

=

0

0

2

E

x

t

2

2

B

y

z

2

=

0

0

2

B

y

t

2

Logo, tanto o campo elétrico quando o magnético satisfazem a equação da onda unidimensional.

2

E

x

t ∂ z

=

−∂

2

B

y

t

2

2

f

z

2

1

v

2

2

f

t

2

=0

(11)

A problemática do

Eletromagne-tismo no século XIX

Onde v é a velocidade de propagação.

Podemos encontrar esta velocidade de propagação do campo elé-trico magnético. E o mais interessante, são todas constantes pura-mente eletromagnéticas. E chegaremos em:

0

10

−9

4 ×8,98755

F

m

v=

1

0

0

No final do século XIX estes valores eram bem conhecidos e dados por:

v≈2,99792×10

8

m/ s

0

=

4 ×10

−7

H

m

(12)

A problemática do

Eletromagne-tismo no século XIX

Aqui surge a problemática com os seguintes questionamentos.

Se a velocidade de propagação de uma onda eletromagnética é fi-nita, é uma velocidade com relação a qual referencial?

O pior é que este valor de velocidade se assemelhava ao valor en-contrado por diversos pesquisadores durantes anos para a veloci-dade da luz.

Maxwell, ao verificar o resultado apresentado no quadro anterior escreveu as seguintes linhas

As relações de relatividade de Galileu são válidas para este tipo de velocidade?

“ A velocidade das ondas transversais em nosso meio hipotético, calculada a partir dos experimentos eletromagnéticos dos Srs. Kohlrausch e Weber, concorda tão exatamente com a velocidade da luz, calculada pelos experimentos óticos do Sr. Fizeau, que é di-fícil evitar a inferência de que a luz consiste nas ondulações trans-versais do mesmo meio que é a causa dos fenômenos elétricos e magnéticos” (NUSSENZVEIG, 1997, pg 271)

(13)

O valor finito da velocidade da luz

Desde a época de Galileu a luz era um desafio para os teóricos. Alguns acreditavam que ela possuia um valor infinito e outros um valor finito.

Um dos primeiros trabalhos experimentais para a medida da velo-cidade da luz foi feito com a observação dos eclipses das luas de Júpiter pelo Astrónomo dinamarquês Ole Rømer em 1675.

(14)

O valor finito da velocidade da luz

Um dos trabalhos mais precisos na medida da velocidade da luz e o primeiro a realizá-la na terra foi o experimento de Armand Hip-polyte Fizeau (1849). O mesmo usou roda dentada, água e espe-lhos para medir a velocidade da luz.

(15)

O valor finito da velocidade da luz

Os trabalhos de Fizeau foram aperfeiçoados por Leon Focault em 1856 que mudou alguns princípios do experimento original.

(16)

O valor finito da velocidade da luz

Aqui surge uma outra problemática com os seguintes questiona-mentos.

1- Se a velocidade da luz é finita, ela continua sujeita as leis da soma das velocidade de Galileu?

Agora podemos levantar três hipóteses como comenta professor Nussenzveig

●“Mecânica newtoniana e as equações de Maxwell são válidas,

mas o princípio da relatividade não se aplica a todas as leis físicas: existe um referencial absoluto (eter luminífero)

● O princípio da relatividade aplica-se a todas as leis físicas e a

mecânica newtoniana é correta. As equações de Maxwell teriam de ser modificadas, e poderia ser possível observar desvios da eletro-dinâmica clássica.

● O princípio da relatividade aplica-se a todas as leis físicas e as

equações de Maxwell são corretas. As leis da Mecânica de New-ton apresentam desvios.”

2- Se a luz é uma onda ela necessita de um meio para se deslocar como sabemos da Mecânica Clássica.

(17)

O experimento de

Michelson-Mor-ley

Para termos uma noção mais geral do experimento de Michelson-Morley você irá assistir um vídeo do qual você deverá fazer uma resenha.

Mas, antes de assistir o vídeo apresentarei as características mais matemáticas do experimento.

Para verificar a existência ou não de um meio é interessante pen-sar em velocidades compatíveis com a da Luz, uma delas é a própria velocidade da Terra ao redor do Sol.

V

T

=30 km/ s

Com relação a velocidade da luz temos a seguinte razão.

(18)

O experimento de

Michelson-Mor-ley

Podemos pensar o que ocorrer com um equipamento que possa verificar diferenças sutís entre os caminhos óticos.

Para visualizarmos melhor é interessante verificarmos um esque-ma.

No referencial do inter-ferômetro: Na ida o ca-minho ótico é: C C' V Na volta o caminho ótico é: C V C'

(19)

O experimento de

Michelson-Mor-ley

O tempo de ida e volta ao longo da distância horizontal é t1, dado por:

t

1

=

l

1

c−v

l

1

cv

=

2 l

1

c

c

2

v

2

t

1

=

2 l

1

c 1−

2

onde:

=

V

c

Visto do referencial do éter, o percurso na direção vertical é oblí-quo, porque, durante o tempo de ida e volta da luz do espelho, a placa se terá deslocado de O1 para O2.

(20)

O experimento de

Michelson-Mor-ley

t

2

=

2 l

2

c

1−

2 onde:

=

V

c

Ou seja, há uma diferença Δ entre os instantes que causará uma diferença no padrão de interferência do interferômentro.

Espelho

(21)

O experimento de

Michelson-Mor-ley

=

ct

1

t

2

=

2

1−

2

l

1

1−

2

l

2

Se girarmos 90° o espelho, teremos:

t '

1

=

2 l

1

c

1−

2

t '

2

=

2 l

2

c 1−

2

' =

2

1−

2

l

1

l

2

1−

2

' −=

2

1−

2

l

1

l

2

1−

1

1−

2

(22)

O experimento de

Michelson-Mor-ley

A diferença no padrão de interferência se manifestaria no deslo-camento entre os círculos de interferência por um fator δm de-pendendo do comprimento de onda λ da luz do interferômetro.

m

=

' −

−

l

1

l

2

2

Se o éter existir será vista esta diferença com a rotação do inter-ferômetro.

Michelson nunca viu esta diferença... Então, isto poderia indicar que não existe éter, mas o que faria com que a rotação apresen-tasse esta uniformidade?

Fitzgerald sugeriu que o éter continuaria a existir, mas na verdade o movimento do braço do interferômetro no éter causava o enco-lhimento do mesmo.

Alguém que trabalhará muito neste sentido será Lo-rentz que veremos na próxima aula.

(23)

Conclusões

A Mecânica Clássica apresenta uma

relati-vidade.

A incompatibilidade entre o

Eletromagne-tismo clássico e a relatividade da Mecânica

Clássica causou a necessidade da teoria

do éter.

A constância da velocidade da Luz causa

alguns problemas sobre quem são os

ver-dadeiros absolutos na natureza.

Referências

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