Destarte, no que concerne a acepção de DanoAmbiental, “é espécie de ocorrência prejudicial ao homem e ao meio ambiente”, conforme consolidou o Ministro Luiz Fux, por ocasião do julgamento do REsp. 578.797RS (DJ 20.09.2004), não obstante, o preceito jurídico brasileiro, não determina de forma concludente, o DanoAmbiental, mas esclarece as suas peculiaridades fundamentais, visto que, a Lei de Política Nacional do Meio Ambiente - Lei 6.938/81 em seu artigo 3º, I, prevê que o poluidor, ou seja, o agente que estimula a poluição tem o dever de indenizar os danos ocasionados ao meio ambiente e a terceiros, em conformidade com o art. 14, § 1º, da Lei 6.938/81, no qual pronuncia a Ministra do Superior Tribunal de Justiça Eliana Calmon (2010, p.339) “ordena estabelecer a possibilidade de responsabilização, na esfera civil, de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente”.
O critério de reparabilidade do dano não significa que este se limite ao patrimônio da vítima, proprietária dos recursos ambientais lesados, ou se reduza à perspectiva meramente material, com desconsideração dos aspectos éticos, extrapatrimoniais, tais como o valor da biodiversidade perdida com a devastação de uma floresta, por exemplo. Significa, tão somente, uma análise do danoambiental a partir do que o ordenamento jurídico entendo como reparável, traduzindo a opção axiológica feita a partir da base em que o ser humano se relaciona com seu habitat, em um dado momento histórico e de acordo com específicas determinantes culturais. Não implica que o dano não se manifeste, no plano dos fatos, de forma global, contundente, atingindo o meio ambiente em seus aspectos múltiplos, com efeitos que se projetam para o futuro, totalmente imprevisíveis numa aproximação científica inicial. (STEIGLEDER, 2011, p.13)
Os tribunais brasileiros têm tido uma compreensão extremamente restritiva do con- ceito de danoambiental e, por consequência, do bem jurídico meio ambiente. Em geral, eles têm adotado uma postura que exige o dano real e não apenas o dano po- tencial. Parece-me que não tem sido aplicado e observado o princípio da cautela em matéria ambiental que, como se sabe, é um dos princípios do direito ambiental. Ao exigirem que o autor faça prova do dano real, os tribunais, de fato, impõem todo ô- nus da prova judicial para os autores, enfraquecendo a responsabilidade objetiva do poluidor. Ademais, é importante que se observe que o direito ambiental exerce a sua função protetora, também em relação às futuras gerações, resultado do conceito de equidade intergeracional, que é um de seus principais aspectos. Ora, o dano futuro, muitas vezes, não pode ser provado de plano, vindo a materializar-se, somente, com o decorrer do tempo (BESSA, 2005 apud CARVALHO, 2013, p.188).
Visando atender ao postulado da maior consciência possível, o processo deve impor a solução querida pelo direito material ambiental, qual seja, fornecer um resultado que seja exatamente igual àquele que se teria caso a obrigação fosse cumprida espontaneamente pelo obrigado. Como a obrigação descumprida normalmente decorre de um não fazer (dever de não poluir), o processo deve excogitar técnicas altamente eficazes no sentido de se obter um resultado que seja o mais próximo da realidade anterior ao danoambiental. Esse “resultado mais próximo” só se alcançará, primariamente, por intermédio das técnicas processuais de efetivação da tutela específica.
A busca por um meio ambiente equilibrado perpassa por um dos grandes desafios do Direito Constitucional Ambiental pós-moderno, especialmente ao sugerir uma transição paradigmática, a fim de revisar e reescrever as proposições jurídicas criadas na modernidade, substanciadas no racionalismo, na liberdade, no cientificismo e na generalidade, para ao final servir como alavanca de emancipação a uma Ordem Jurídica, mais adequada as políticas ambientais sustentáveis. Entretanto, a efetividade de um Estado de Direito, dito como Socioambiental, que tutela por direito fundamental um ambiente sadio, exige o enfrentamento da crise ambiental porque passa a sociedade pós-industrial e de consumo. Notadamente sobre o tema, o movimento constitucionalista, a exemplo do brasileiro, estabeleceu valores ambientais na Constituição, sem para tanto, oferecer mecanismos capazes de atender a uma sociedade de risco, motivo pelo qual se propõe realizar muito mais do que um mero registro da crise, mas fomentar a desconstituição conceitual dos institutos estabelecidos ainda na modernidade, em primazia o do danoambiental. Para tanto, se utilizou do método qualitativo, tendo como fontes primárias a revisão bibliográfica, a legislação e a doutrina sobre a temática.
AÇÃO CIVIL PÚBLICA. DANOAMBIENTAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROVA PERICIAL. INVERSÃO DO ÔNUS. ADIANTAMENTO PELO DEMANDADO. DESCABIMENTO. PRECEDENTES. I - Em autos de ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Estadual visando apurar danoambiental, foram deferidos, a perícia e o pedido de inversão do ônus e das custas respectivas, tendo a parte interposto agravo de instrumento contra tal decisão. II - Aquele que cria ou assume o risco de danos ambientais tem o dever de reparar os danos causados e, em tal contexto, transfere-se a ele todo o encargo de provar que sua conduta não foi lesiva. III - Cabível, na hipótese, a inversão do ônus da prova que, em verdade, se dá em prol da sociedade, que detém o direito de ver reparada ou compensada a eventual prática lesiva ao meio ambiente - artigo 6º, VIII, do CDC c/c o artigo 18, da lei nº 7.347/85. IV - Recurso improvido. (STJ. Resp. 1.049.822/RS. Rel. Ministro Francisco Falcão. Publ. 18/05/2009, grifo nosso).
Nada obstante a solidariedade do Poder Público, o certo é que as sociedades mineradoras, responsáveis diretas pela degradação ambiental, devem, até por questão de justiça, arcar integralmente com os custos da recuperação ambiental. E o fazendo o Estado, em razão da cláusula de solidariedade, a ele há de ser permitido o ressarcimento total das quantias despendidas, uma vez que, embora tenha sido omisso, não logrou nenhum proveito com o evento danoso, este apenas beneficiou as empresas mineradoras. Em face do dispositivo acima, entendo que a União não tem a faculdade de exigir dos outros devedores que solvam as quantias eventualmente despendidas, mas sim, o dever, pois há interesse público reclamando que o prejuízo ambiental seja ressarcido primeiro por aqueles que, exercendo atividade poluidora,
RESUMO: A crise ambiental é experimentada atualmente alicerçada pelo con- sumo irracional, apoiada pela atuação estatal e pela influência da mídia que corrobora as aquisições irresponsáveis, sem educar as pessoas para o consu- mo consciente. O fatalismo do princípio da dignidade da pessoa humana está materializado neste círculo vicioso. Já o princípio da sustentabilidade mostra- se um verdadeiro mito. Assim, objetiva-se realizar a partir do método deduti- vo, procedimentalmente desenvolvendo pesquisas bibliográfica e documen- tal, breve estudo voltado ao ambiente e a consequência do consumo irracio- nal, se ocorrerá ou não o caos ambiental e quais atos serão essenciais para a manutenção da vida na Terra.
“CONSTITUCIONAL, ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. AGRAVO RETIDO. PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTE. ART. 225 DA CF/88. LEIS 4.711/1965, 6.938/1981, 7.347/1985 E 12.651/2012. LITISCONSÓRCIO ATIVO. MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL E ESTADUAL. POSSIBILIDADE. OCUPAÇÃO E EDIFICAÇÃO EM ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE CILIAR. DANOAMBIENTAL CONFIGURADO IN RE IPSA. RESPONSABILIDADE OBJETIVA E PROPTER REM DO POSSUIDOR. CONDENAÇÃO EM OBRIGAÇÃO DE FAZER, NÃO FAZER E INDENIZAR. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. I. (...). III. Considerando a natureza do direito posto na lide, a aplicação à hipótese da responsabilidade objetiva por dano ao meio ambiente configurado in re ipsa, bem como estando a realidade fática fartamente demonstrada pelos documentos colacionados aos autos, é legítimo o indeferimento da prova testemunhal exarado pelo Juízo a quo (art. 400, CPC), tornando imperioso o desprovimento ao agravo retido. IV. A proteção ambiental detém status constitucional, estando os agentes infratores, pessoas físicas ou jurídicas, sujeitos a sanções civis, penais e administrativas, cuja incidência pode ser cumulativa, ante sua autonomia (art. 225, § 3º, CF; art. 4º, VII, c/c art. 14, § 1º, L. 6.938/81). V. (...). VII. A obrigação de reparação dos danos ambientais é propter rem, sem prejuízo da solidarieda de entre os vários causadores do dano, descabendo falar em direito adquirido à degradação, competindo ao novo proprietário ou possuidor assumir os ônus de manter a preservação, tornando-se responsável pela reposição, mesmo que não tenha contribuído para o desmatamento, configurando-se danoambiental in re ipsa a exploração, ocupação e edificação em Área de Preservação Permanente (art. 7º, L. 12.651/12). Precedentes do STJ. VIII. (...). XII. Configurado o danoambiental in re ipsa e, mais ainda, estando a degradação demonstrada nos autos, restam comprovados os elementos hábeis à responsabilização dos réus, quais sejam, conduta lesiva, ocorrência do dano e configuração do nexo de causalidade, tornando de rigor reconhecer sua responsabilidade pelo prejuízo ambiental causado, impondo-se o consequente dever de indenizar. (...)”. (TRF-3 - AC: 1234 SP 0001234- 54.2002.4.03.6102, Relator: DESEMBARGADORA FEDERAL ALDA BASTO, Data de Julgamento: 10/10/2013, QUARTA TURMA)
Dano, poluição e impacto ambiental possuem conceitos distintos. Por danoambiental entende-se toda a lesão insuportável causada por qualquer ação humana ao meio ambiente, diretamente e indiretamente. Da mesma forma que é complexa a definição de meio ambiente, o conceito de danoambiental também não é fácil. A sua melhor significação seria que danoambiental é o prejuízo ao meio ambiente, mas tem conceituação subjetiva, podendo variar conforme o ramo cientifico adotado para o seu estudo. Sendo assim, danoambiental pode ser compreendido como toda e qualquer lesão aos recursos ambientais, causando a deterioração e, por conseguinte, o desequilíbrio ecológico (PRADO, 2013, p. 129).
12. Em resumo: a aplicação e a execução das penas limitam-se aos transgressores ; a reparação ambiental, de cunho civil, a seu turno, pode abranger todos os poluidores , a quem a própria legislação define como "a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental" (art. 3º, inc. V, do mesmo diploma normativo). 13. Note-se que nem seria necessária toda a construção doutrinária e jurisprudencial no sentido de que a obrigação civil de reparar o danoambiental é do tipo propter rem, porque, na verdade, a própria lei já define como poluidor todo aquele que seja responsável pela degradação ambiental - e aquele que, adquirindo a propriedade, não reverte o danoambiental, ainda que não causado por ele, já seria um responsável indireto por degradação ambiental (poluidor, pois).
Este trabalho tem por objetivo o estudo do Direito Ambiental, focado no âmbito das esferas de responsabilização possíveis àqueles que, por ação ou omissão, causarem dano ao meio ambiente, privando as pessoas de um direito constitucionalmente garantido de ter acesso a um meio ambiente saudável e equilibrado. Uma vez fixadas as responsabilidades, busca-se tutelar juridicamente o danoambiental e sua reparação. Inicialmente são apresentados ao leitor alguns conceitos necessários para a melhor compreensão do que sejam meio ambiente, dano e responsabilidade. Uma vez concedidos os conceitos básicos necessários, passamos à análise da responsabilidade ambiental, tema central deste trabalho. Procurou-se elucidar conceitos como os de meio ambiente e danoambiental, quais as formas mais adequadas para o tratamento a ser dispensado para efetivar a reparação integral dessa categoria de danos e quais as estruturas, institutos e mecanismos de que se vale o sistema jurídico para a solução dos problemas relacionados com a reintegração do meio ambiente lesado, destacando as peculiaridades e dificuldades teóricas e praticas de cada um desses institutos jurídicos. Ao falar de danoambiental, é necessário analisar suas características e destacar a importância de sua prevenção e da reparação de seus efeitos, contando a primeira com uma maior importância por ser a mais relevante responsabilidade. Válido destacar que a reparação, sempre que possível, será feita in natura. Discorremos sobre os três tipos de responsabilidade ambiental estabelecidas constitucionalmente àqueles que agridem ou põe em risco o direito ao meio ambiente saudável, destacando seus principais pontos. Afinal, compete a todos, inclusive ao Poder Público, a preservação e a defesa do meio ambiente, que possui natureza jurídica de direito difuso.
“A inversão do ônus da prova permite ao aplicador da lei superar obstáculos que surgem para a formação de sua convicção. Assim, ao se certificar da existência do fato imputado, potencialmente causador de danoambiental, o magistrado não estará obrigado a condicionar o acolhimento do pedido de reparação à comprovação do dano e do meio de causalidade como usualmente ocorre. Poderá pressupor existência de um desses requisitos, desde que autorizado por lei a fazê-lo, nos limites que o bom senso indicar, e verificar se a prova produzida pela parte ré foi suficiente para elidi-la” 17 .
O trabalho em tela tem como objetivo principal discutir a aceitabilidade ou não do dano moral coletivo em matéria ambiental no Direito Brasileiro. No cenário evolutivo em que se encontra a humanidade, resultado da ascensão de uma Sociedade de Riscos, a Questão Ambiental alcançou importância ímpar, pois finalmente se percebeu que o meio ambiente é um bem finito e que se a degradação ambiental continuar desenfreada, ele sucumbirá e, como é meio indispensável à vida, nós também iremos. Para entender essas questões ambientais, principalmente no que concerne ao dano, fizemos uma análise histórica para demonstrar como se chegou a essa situação caótica. Mostrou-se ainda de que forma a legislação brasileira tem abordado o tema ao longo dos séculos, bem como as principais mudanças empreendidas pela Constituição Federal de 1988, principalmente no que tange ao artigo 225. A partir dos mandamentos constitucionais, fizemos o estudo da responsabilidade civil ambiental, mostrando que o dano causado ao meio ambiente em muito se difere do dano clássico, pois nesse se lida com o dano eminente individual de caráter certo, direto e atual, enquanto naquele, os efeitos atingem a coletividade e mostram-se, quase sempre, de difícil identificação, mensuração e reparação. Depois de entender em que consiste o danoambiental e suas principais características, tanto na esfera individual, quanto na coletiva, passou-se a discutir a controvérsia existente em torno do dano moral. Pudemos perceber que o tema dano moral sempre foi alvo de controvérsias e que ainda há grandes dificuldades em se aceitar sua existência fora do âmbito subjetivo. Concluímos, mostrando porque se deve ou não aceitar o dano moral coletivo em matéria ambiental, segundo as visões doutrinárias e jurisprudenciais a respeito do tema, tendo em vista a enorme importância que o bem ambiental possui para a manutenção de uma vida digna.
Implicações penais ou administrativas ambientais podem repercutir inclusive na pretensão reparatória do danoambiental em seu aspecto difuso tal como no danoambiental em seus aspectos de direito privado, para além da reparação ambiental propriamente dita. Imagine-se o lançamento de efluentes contaminantes que tenha gerado ação penal e sanção administrativa. A mortandade de peixes em determinada propriedade a jusante, que tenha gerado dano patrimonial individual, estará implicada no diálogo. Dessa forma, o resultado da ação penal e da penalidade administrativa se comunicam na definição de responsabilidade para fins de determinação reparatória do dano. Nessa linha, Annelise Monteiro Steigleder pondera que “embora seja reconhecido o dano ecológico puro, o seu ressarcimento não é dissociado dos danos individuais”. 17 As normas ambientais estão vertidas em uma teia jurídica
Ora, sendo o meio ambiente uno e indivisível, a modalidade de danoambiental em comento que é discutida com frequência somente com relação a outros aspectos do meio ambiente (natural, artificial e cultural) como por exemplo, a poluição de um rio, que afeta em muitos casos a coletividade que usufruia diretamente desse bem, porque não admitir a possibilidade do dano moral ambiental coletivo no meio ambiente do trabalho quando, por exemplo, uma empresa expõe, sem os devidos cuidados, seus funcionários a manipulação de produtos tóxicos causando doenças como a leucopenia? Tais situações que envolvem ofensa a este meio ambiente laboral não extrapolariam a questão da saúde dos próprios trabalhadores diretamente atingidos para alcançar toda uma comunidade de trabalhadores?
informada pela teoria do risco integral, sendo o nexo de causalidade o fator aglutinante que permite que o risco se integre na unidade do ato, sendo descabida a invocação, pela empresa responsável pelo danoambiental, de excludentes de responsabilidade civil para afastar sua obrigação de indenizar; b) em decorrência do acidente, a empresa deve recompor os danos materiais e morais causados e c) na fixação da indenização por danos morais, recomendável que o arbitramento seja feito caso a caso e com moderação, proporcionalmente ao grau de culpa, ao nível socioeconômico do autor, e, ainda, ao porte da empresa, orientando-se o juiz pelos critérios sugeridos pela doutrina e jurisprudência, com razoabilidade, valendo-se de sua experiência e bom senso, atento à realidade da vida e às peculiaridades de cada caso, de modo que, de um lado, não haja enriquecimento sem causa de quem recebe a indenização e, de outro, haja efetiva compensação pelos danos morais experimentados por aquele que fora lesado.” Vejam-se REsp 1114398/PR (Recurso repetitivo), AREsp-AgRg-AgRg 153797-SP, REsp 1373788/SP, REsp-AgRg 1412664/SP, AREsp-AgRg 273058/PR e 119624/PR, REsp-EDcl 1346430-PR: BRASIL, 2014.
A ocorrê ncia do danoambiental dá ensejo à reparaçã o. E sta reparaçã o pode ser de forma de ressarcimento pelos danos causados e pode ser em forma de valores pecuniá rios, mas um dos grandes problemas no caso de desastres ambientais é que nã o existem parâmetros econômicos para se determinar o valor de uma indenizaçã o para cobrir danos ambientais. Na realidade, o que ocorre sã o determinantes sobre as quais sã o calculadas as possíveis perdas ao meio ambiente e aos indivíduos que forem afetados, diretamente ou indiretamente, pelo dano causado. T ambé m nã o existe uma fó rmula que consiga calcular o danoambiental em toda a sua amplitude, pois o abalo causado pelo problema pode nã o ser visível ou somente se pronuncie algum tempo depois do fato inicial.