A notificação dos erros de medicação é um instrumento importante para o gerenciamento da qualidade da assistência e segurança do paciente. Este estudo objetivou verificar junto à equipe de enfermagem o seu entendimento do que é um erro de medicação e apresentar a sua opinião quanto à notificação deste evento. Foi realizada um survey descritivo/exploratória com 89 profissionais cujos resultados demonstraram uma ausência de uniformidade na compreensão do que é um erro de medicação e quando ele deve ser notificado ao médico ou preenchido o relatório de ocorrências. Concluímos que há necessidade de se desenvolver programas educacionais que elucidem o que são os erros de medicação, discutindo cenários para entender as causas do problema com propostas de melhoria.
Para a implantação da icha e coleta dos dados, foi rea- lizado treinamento com a equipe de proissionais envolvida no sistema de medicação da unidade, para o entendimento de questões concernentes à segurança do paciente, aos erros de medicação e ao preenchimento da icha desenvolvida. O treinamento foi realizado por uma das autoras do estudo e enfermeira da UCIP. A equipe de proissionais consistiu nos médicos intensivistas, residentes, enfermeiros, técnicos e au- xiliares de enfermagem da unidade e farmacêuticos da insti- tuição, atingindo a participação de 80% dos médicos, 83% da equipe de enfermagem e 100% dos farmacêuticos. A não abrangência da totalidade das equipes médica e de enferma- gem foi devida à indisponibilidade de participação de alguns proissionais nos dias programados para o treinamento, ape- sar do agendamento prévio e à ocorrência de afastamento por licença médica no período do estudo. Os proissionais foram orientados a preencherem uma notiicação toda vez que iden- tiicassem um erro de medicação.
Pa r a a a p r e se n t a çã o d o s r e su l t a d o s e discussão foi realizada a caract erização dem ográfica d a a m o st r a e a n á l i se d e q u a t r o cen á r i o s, cu j a s sit uações apr esent adas podem ser encont r adas na pr át ica assist encial de enfer m agem . Par a cada um dos cenários os profissionais deveriam responder, com as opções de “ sim ” ou “ não”, a três perguntas: isto é um erro de m edicação? Deve- se not ificar o m édico? É necessário preencher o relat ório de ocorrências?
From the above presented purposes, this study aimed to describe medication error disclosure to the health care team and family in a pediatric oncology intensive c[r]
O estudo foi realizado com técnicos de enfermagem que atuavam nas unidades selecionadas. A escolha desses profissionais se deu em razão de que na instituição escolhida são eles os responsáveis pelo preparo e administração de medicamentos. Para a coleta de dados, foram consultados 38 técnicos de enfermagem que estavam atuando no período em que ocorreu a investigação. Estes profissionais foram informados, individualmente, sobre os objetivos da pesquisa e sobre o critério de inclusão, ter cometido, um erro de medicação durante a vida profissional e a sua disposição em colaborar. Desta forma, a amostra foi constituída por 23 técnicos de enfermagem que atendiam o referido critério e concordaram em assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
Num período de cinco anos, um dos maiores hospitais pe- diátricos no Reino Unido registrou a ocorrência de 195 erros medicação por meio de um sistema interno de notificação. Corroborando dados da literatura quanto ao alto risco de ocorrência de erros de medicação em crianças com idade até dois anos, grande parte dos eventos (44%) ocorreu em pa- cientes nessa faixa etária. Os tipos de erro de medicação mais comuns foram administração de medicamento em velocida- de de infusão incorreta (15,8%), administração incorreta da dose do medicamento (14,8%), administração de dose extra do medicamento (13,8%), erro de omissão (12,3%) e adminis- tração de medicamento errado (12,3%) (33) .
Os erros de medicação podem ser considerados como acontecimentos adversos passíveis de serem prevenidos que podem ocorrer em uma ou mais etapas do processo do medicamento, mas que nem sempre resultam em dano para o doente. Aliás, o facto de determinado erro de medicação não provocar qualquer efeito no doente pode eventualmente contribuir para que este passe despercebido. Se por si só, este facto do ponto de vista individual já era impulsionador, o interesse pelo tema assumiu maior relevância desde que se iniciou o projeto “Registo de Incidentes Críticos” num dos setores do serviço onde desempenho funções, em Julho de 2008, cujo objetivo passa por “Integrar de forma efetiva a gestão de Incidentes Críticos pela equipa médica e enfermagem, em todo o processo de cuidados à criança/família internada no referido setor”. Analisados os relatórios dos anos de 2008-2009-2010, constatou-se que os incidentes críticos mais frequentemente identificados foram os Incidentes de Medicação assumindo 47,5% 1 do total de incidentes notificados. No decurso da análise dos relatórios, verifica-se um ligeiro aumento no número de notificações de incidentes críticos, 2008 (Julho a Dezembro) - 61 | 2009 - 134 | 2010 – 147 1 incidentes registados. Pela motivação dos profissionais na concretização deste projeto tem-se verificado um ligeiro aumento nas notificações embora estejamos cientes que estes números estão aquém dos incidentes ocorridos. No que concerne às percentagens dos incidentes de medicação estes diminuíram, (julho a dezembro) 2008 – 47,5% | 2009 – 50% | 2010 – 40,1%, contudo, estas percentagens não deixam de ser preocupantes e como enfermeiros representamos uma proporção significativa dos recursos humanos em saúde
Evidencia-se a quarta resposta, classificada como discordante, uma vez que falta de atenção, cansaço, pressa, estresse e sobrecarga são fatores causais do erro de medicação e não a sua definição. Há de se considerar a possibilidade de o questio- nário não ter sido adequadamente compreendido pelos participantes do estudo. Ainda assim, surge uma questão importante quando se trata do tema erro de medicação: as condições de trabalho en- frentadas pela equipe de enfermagem que contri- buem para a ocorrência dos mesmos.
Este estudo teve como objetivos identificar a prevalência de erros de medicação em unidades de terapia intensiva (UTI), relatados por profissionais de enfermagem, comparar a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) e as alterações no estado de saúde dos profissionais envolvidos e não envolvidos com erros de medicação. Foram pesquisados 94 profissionais de três UTIs de um hospital privado, sendo 39 enfermeiros (41,5%) e 55 (58,5%) técnicos de enfermagem. A QVRS foi avaliada pela versão em português do instrumento SF-36. Dezoito profissionais (19,1%) mencionaram ter cometido erro no mês anterior à pesquisa. Os erros foram notificados em 61,1% dos casos e os mais frequentes foram aqueles da fase de administração (67,8%). Os profissionais que relataram erro de medicação tiveram tendência a pior estado de saúde, quando comparados aos que não relataram erros.
Segurança do paciente: especificidades da Pediatria Erro de medicação se caracteriza por um evento evitável, ocorrido em qualquer fase da terapia medica- mentosa, que pode ou não causar danos ao paciente. A presença do dano caracteriza o evento adverso, que se define como um prejuízo sofrido durante o atendimento à saúde, ocasionando doenças secundárias ou piora nas condições gerais do paciente .(4,5)
Embora haja diretriz para que em todos os hospitais os medicamentos prescritos e suspensos devam retornar à farmácia, não há controles e auditorias regulares para conferir se as devoluções estão realmente ocorrendo. Somente um dos hospitais (A) usa códigos de barras na documentação e dispensação de medicamento. Nenhum dos hospitais utiliza diretrizes escritas para o uso de medicações por pacientes em casa e para auto-administração de medicações por pacientes. Denota-se, assim, algumas falhas no sistema que podem facilitar o erro de medicação e além dos já mencionados a falta de horários padronizados da administração de medicamentos, a falta de informações importantes do paciente atualizadas e disponíveis como, por exemplo, alergias; falta de informação nas clínicas sobre medicamentos, utilização de mais de um tipo de bomba de infusão, entre outros.
A complexidade inerente ao processo de administrar medicamentos exige que o erro de medicação seja visto como um fenômeno multicausal, de abordagem multidisciplinar , cujo enfrentamento, envolve administradores, enfermeiros, farmacêuticos médicos, além das empresas farmacêuticas e fabricantes de materiais e equipamentos utilizados para esse fim. Nessa perspectiva, cada um desses grupos, usando conhecimentos específicos, partilha da responsabilidade de prevenir erros, identificando e corrigindo fatores que contribuam para a sua ocorrência (11,15, 16, 19, 26,28)
Testes
de
viés
podem
ser
executados
em
sistemas
de
amostragem
para
finalidade
de
certificação.
Entretanto,
uma
serie
de
parâmetros
referentes
ao
design
deste
sistema
deve
ser
levado
em
consideração
a
fim
de
se
eliminar
os
erros
de
amostragem
geradores
do
viés:
erro
de
delimitação
do
incremento
(IDE);
erro
de
extração
do
incremento
(IEE);
erro
de
preparação
do
incremento
(IPE).
Na
Figura
1
está
representado
um
exemplo
de
sistema
que
não
apresenta
IDE,
onde
a
espessura
do
corte
do
fluxo
cadente
de
fragmentos
é
constante.
As teorias modernas chegaram à conclusão de que os erros, e obviamente a correcção dos mesmos, fazem parte integrante da aprendizagem e, segundo muitos autores, são mesmo positivos. Deste modo, errar apresenta-se como uma forma indispensável de aprender, uma vez que o erro vai levar o aprendente a testar as suas hipóteses sobre a natureza da língua que está a estudar, sendo, como diz James (1998: 7), “um registo da sua perspectiva actual da língua alvo (LA)”.
As necessidades de acontecimento que emanam dos jornalistas embatem na afirmação de “factos alternativos”, em suma numa separação artificial do que é considerado e desconside- rado por a[r]
Como a resolução completa nas formas poliarticulares da ARJ / AIJ é incomum, para a maioria das crianças e adolescentes é administrado o o uso de múltiplas combi- nações medicamentosas durante muitos anos. Ainda não há estudo que identifique um tratamento que consisten- temente alcance a resposta clínica completa, definida como a ausência de doença enquanto em uso de medicação, ou a remissão clínica. Porém, recentemente foram definidas por meio de consenso entre especialistas, as medidas essen- ciais de desfecho clínico e a definição de melhora clínica em ARJ , aplicáveis também para a definição mais abrangente das artrites crônicas juvenis – as artrites idiopáticas juvenis ( AIJ ). Esta definição foi obtida por inquérito e consenso entre especialistas, e teve a aprovação recente do American College of Rheumatology, sendo denominada ACR -30 Ped (8) (acessível online em http://www.rheumatology.org).
O Joint Commission on Accreditation of Healthcare Organizations faz algumas recomendações gerais para prevenção de erros como: reduzir a confiança na memória; aperfeiçoar o acesso a informações seguras e confiáveis sobre medicamentos; introduzir sistemas que eliminem ou diminuam a possibilidade de erro (ex: equipo de nutrição enteral que não conecte em cateter intravenoso); buscar a padronização e promover treinamentos (BATES, 1998).
O surgimento de “O Erro de Descartes”, de António Damásio, revestiu-se de grande importância científica e cultural. Ainda que em termos científicos a temática da relação entre a emoção, a razão e o cérebro já há muito estivesse presente na abordagem investigadora da ciência, tal como em diversas teses filosóficas e teorias psico-sociais, a sua importância foi acrescida pela atenção que suscitou noutros domínios paralelos do saber e nas implicações práticas no plano sociológico da acção humana, bem como em termos de consciencialização de uma opinião pública mais esclarecida para estes domínios tão complexos como o das neurociências. A sua virtude maior, foi, em meu entender, a de dar sustentabilidade científica, em termos neurobiológicos, a todo um conjunto de teses ou tão-só intuições teóricas que desde a filosofia grega às ciências humanas sempre falaram desta unidade bio-psíquica do ser humano.
Concluindo, nosso estudo demonstrou que o CABd reduz a ansiedade pré-operatória na cirurgia ambulatorial. Esse re- sultado poderia abrir uma porta para a introdução de medica- mentos fitoterápicos como pré-medicação, assim como edu- car os anestesiologistas sobre seu uso e eventual interação com medicamentos de rotina.
Oen et al. (2002) em seu estudo utilizaram como critério de remissão a ausência de artrite ativa sem medicação por no mínimo 2 anos, sem especificar o que é a ausência de artrite ativa, e não mencionou o status de uveíte. Segundo estes autores, mais de 60% das crianças com AIJ atingem a idade adulta com artrite ativa e 39% alcançaram a RC. A probabilidade de RC após 10 anos foi de 37%, 47%, 23% e 6% para os subtipos sistêmico, oligoarticular, poliarticular FR negativo e FR positivo, respectivamente. Em 15 anos, a probabilidade de recaída é de 30 a 100%. Nossos dados indicam probabilidade de RC menos promissora em 5 anos, pois a probabilidade de manter-se no estado de RC foi nula para o grupo sistêmico, poliarticular e oligoarticular estendido, sendo 32% para o oligoarticular persistente. Contudo os critérios adotados para definir a remissão foram diversos.