Introdução: A cárie dentária na adolescência continua sendo um importante problema de saúde pública; entretanto, a sua relação com os fatores psicológicos é pouco estudada. Objetivo: Estudar a possível associação entre aspectos de autoestima e cárie dentária em adolescentes. Material e método: Estudo transversal envolvendo amostra de 409 adolescentes de 13 municípios do sul do Brasil. A cárie foi avaliada segundo critérios da Organização Mundial da Saúde e a autoestima, pela Escala de Rosenberg. O teste do qui-quadrado foi utilizado para determinar a significância estatística das associações. Para ajustar para variáveis de confusão, foi utilizada a regressão loglinear de Poisson com estimativa robusta. Resultado: Foram observadas associações positivas entre presença de dentes cariados e alguns aspectos da escala de autoestima: “Às vezes, eu acho que não presto para nada” (p <0,001); “Eu gostaria de poder ter mais respeito comigo mesmo” (p=0,016), e “Eu, com certeza, me sinto inútil, às vezes” (p=0,022). Associação negativa foi observada com: “No conjunto, eu estou satisfeito comigo” (p=0,022). Na análise ajustada, os adolescentes com dentes cariados apresentaram maior prevalência de respostas positivas para a questão “Às vezes, eu acho que não presto para nada” [RP= 1,23 (IC 95% 1,05; 1,44)] e maior prevalência de respostas negativas para a questão “No conjunto, eu estou satisfeito comigo” [RP= 1,12 (IC 95% 1,02; 1,24)]. Conclusão: Aspectos da autoestima foram, independente e significativamente, associados com a presença de dentes cariados.
Foram levantadas hipóteses pelos autores do presente estudo de possíveis estratégias que poderiam ser utilizadas para melhorar as evidências sobre a população idosa no contexto do Nordeste, são elas: estratificar a amostra por nível socioeconômico ou educacional, que está intimamente atrelada ao acesso à saúde e suporte social; averiguar algumas morbidades crônicas que acometem a população idosa, como hipertensão arterial, diabetes, tipos de medicamentos, assim como condições crônicas neurológicas e musculoesqueléticas que levam à incapacidade funcional; e medir objetivamente o sono por meio de actímetro, que é um instrumento de fácil manuseio e baixo custo, ou mesmo amostras de polissonografia.
Vários autores tem dado excelentes contri buições oom o fim de determinar a idade em que começam a surgir os primeiros exames de fezes positivos. Pessoa26, em dados obtidos em Aracaju, afirma que o parasitismo se inicia aos 4 anos de idade e conclui, em outro traba lho2?, que "nas zonas endêmicas nordestinas até os 3 anos de idade, as crianças pouco se in fectam devido ao hábito que têm as mães de banharem seus filhos de tenra idade‘em águas limpas". Realmente, no nosso estudo, fo i possí vel comprovar tal afirmativa, quando em 195 exames realizados em menores de 5 anos, en
Diferente dos ensaios mencionados anteriormente, este estudo foi realizado com uma população de área endêmica para LVA na Amazônia brasileira, usando simultaneamente RIM e RIFI para identificar infecção humana por L. (L.) i. chagasi. Uma escala para avaliação semiquantitativa destes dois testes definia escores variando de + até ++++ o que possibilitou distinguir cinco perfis clínico-imunológicos entre indivíduos infectados, como: Infecção Assintomática (IA) (RIM +/++++ e RIFI -), Infecção Sintomática (IS = LV) e Infecção Oligossintomática Subclínica (IOS), ambos com o mesmo perfil de resposta imune (RIM - e IAI +++/++++), Infecção Resistente Subclínica (IRS) (RIM +/++ e RIFI +/++) e Infecção Inicial Indeterminada (III) (RIM - e RIFI +/++). Sem podermos comparar é importante registrar a observação de Holaday et al. (1993) que discriminaram no grupo de 12 crianças subclínicas oligossintomáticas infectadas, 3 soropositivas no ELISA e, também, reativas no RIM o que conferiu a este subgrupo de 3 crianças assintomáticas “status” equivalente ao perfil clínico-imunológico IRS descrito acima.
O estudo das deficiências múltiplas em geral e da sur- dez em especial é escasso em nosso país. Os pesquisa- dores iniciaram estudo pioneiro desde 1992, avaliando alunos da educação especial das redes governamentais de ensino do Estado, estando atualmente focados na surdez. Avaliamos 232 alunos com idade variando de 1 a 39 anos, com média de 10,9 anos. O sexo masculi- no prevaleceu na amostra. A consangüinidade ocorreu 7,6% e a história familiar de surdez em 19% dos ca- sos. Observamos 33% de intercorrências gestacionais. O parto normal foi utilizado em 59% de nossos casos, sendo a termo em 75%. As intercorrências neonatais estiveram presentes em 35% das vezes. As causas am- bientais foram responsáveis por 58,5% da amostra, as causas genéticas por 20,7% dos casos. Sendo o restante considerado idiopático. Nossos achados corroboram os dados da literatura. Acreditamos que este estudo possa servir como o início de uma preocupação maior com esta população, e que através do melhor conhecimen- to de suas características seja possível implementar estratégias de intervenção facilitando a sua interação produtiva na sociedade.
A perda auditiva na população idosa é uma das mais fre- qüentes doenças crônicas. Objetivo: Estimar a prevalência da perda auditiva em uma população de idosos, com 65 anos ou mais, da cidade do Rio de Janeiro. Material e Método: Foi realizado um estudo prospectivo, cross-sectional de base populacional com 238 idosos com 65 anos ou mais, sendo 198 mulheres e 40 homens. Resultados: A prevalência da perda auditiva foi, respectivamente, para melhor e pior orelha, 39.4% e 61.6% para o grupo das mulheres, 60% e 77.5% para os homens, e 42.9% e 64.3% considerando toda a população de estudo. O grau de perda auditiva leve apresentou maior prevalência. Conclusão: A prevalência da perda auditiva na população estudada se mostrou bastante significativa e em consonância com outros estudos epidemiológicos internacionais. Pesquisas e estudos longitudinais devem ser desenvolvidos, pois podem oferecer uma melhor compre- ensão da perda de audição associada ao envelhecimento, na população brasileira.
foram, principalmente, os de Passatempo/amador e Serviço doméstico. Os idosos valorizam muito todos os papéis ocupacionais, exceto o de Participante em Organizações. Foram obtidos escores elevados de qualidade de vida, com destaque para a Avaliação Global, domínios Psicológico e Funcionamento dos sentidos. De modo geral, os papéis ocupacionais e a qualidade de vida estiveram associados com as variáveis demográficas e socioeconômicas, ao contrário da sintomatologia depressiva. Houve baixa prevalência de sintomatologia depressiva e não foi verificada associação desse transtorno com o desempenho dos papéis ocupacionais nos tempos passado, presente e futuro, contudo, foi constatado forte relação com a qualidade de vida. A principal limitação do estudo envolveu a composição específica da amostra. O estudo permitiu vislumbrar a diversidade e complexidade da participação dos idosos na sociedade, contribuindo para o conhecimento de sua carreira ocupacional e impacto na qualidade de vida. Outros estudos são sugeridos para o aprofundamento teórico e empírico, visando o acompanhamento de tendências e trajetórias do envelhecimento.
Resumo A adolescência é um período em que comportamentos potencialmente lesivos ao esta- do de saúde podem ser iniciados. A avaliação da qualidade de vida nesse contingente torna-se útil para a identificação de grupos em maior risco para comprometimento do bem estar geral. O presente estudo objetivou avaliar a qualidade de vida e fatores associados em uma amostra de 754 adoles- centes, com faixa etária de 15 a 19 anos. Para a mensuração da qualidade de vida foi utilizada a versão na língua portuguesa do questionário 12- Item Short-Form Health Survey (SF 12). Os re- sultados apontaram níveis satisfatórios de quali- dade de vida, sendo estes maiores com a prática frequente de atividade física e a ausência de con- dições como atividades trabalhistas e consumo de tabaco e bebida alcóolica. O sexo feminino foi cor- relacionado a menores escores em aspectos men- tais da qualidade de vida.
O s estudos sobre a ocorrência d a cardiopatia crônica chagásica em outras áreas endêm icas, através do E C G , têm m ostrado diferenças expressivas nos resultados, revelando ser a doença de C hagas um a entidade clínico-epidem iológica bastante heterogê nea. A ssim é que recente publicação de M acêdo e cols40, sobre o inquérito eletrocardiográfico nacional, observa diferenças significativas nas proporções de cardiopatia entre os chagásicos e controles nas áreas endêm icas de M inas G erais, G oiás, Bahia, Paraná, Piauí, P araíb a e Pernam buco, além das próprias diferenças nas freqüências da cardiopatia chagásica entre as am ostras de cada estado. P o r outro lado, nesse m esm o estudo, os autores não encontraram diferença nas taxas de cardiopatia de chagásicos e controles dos estados de Sergipe, A lagoas e Rio G rande do Sul.
Em odontologia utilizam-se instrumentos de mensuração da Qualidade de Vida Relacionada à Saúde Bucal (QVRSB) para dimensionar o quanto a condição bucal interfere nos âmbitos funcional, psicológico e social da vida das pessoas. Este estudoseccional, realizado em Natal/RN, com 215 alunos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), investigou a existência de associação entre o desempenho de atividades diárias e a condição de saúde bucal de adolescentes escolares de 15 a 19 anos de idade, através dos índices normativos CPO-D (dentes permanentes cariados, perdidos e obturados), CPI (índice periodontal comunitário) e DAI (índice de estética dental) e do questionário subjetivo de avaliação da qualidade de vida relacionada à saúde bucal OIDP (índice de impactos orais no desempenho diário). Também foi realizada a caracterização socioeconômica dos alunos por meio de dados do próprio IFRN. Quanto à análise dos dados, realizou-se a análise descritiva das variáveis através de suas frequências absolutas e relativas e medidas de tendência central. O teste do qui-quadrado foi utilizado para verificar a associação existente entre a variável dependente e as variáveis independentes categóricas e o teste t de Student para as quantitativas. Realizou-se ainda uma análise múltipla, pela regressão de Poisson com variância robusta, entre o desfecho “presença de impacto” e as variáveis independentes que apresentaram valor de p<0,20. Para todos os testes estatísticos foi adotado um nível de significância de 5%. Entre os adolescentes pesquisados, 51,16% relataram que ao menos uma atividade avaliada pelo OIDP tinha sua execução dificultada em decorrência de algum problema odontológico. As dificuldades foram mais acentuadas nas atividades de comer (31,6%), higienizar a boca (25,6%) e sorrir (25,1%). A posição dentária, seguida pela dor de dentes, foram as causas dos impactos mais relatadas pelos adolescentes. Existiu uma associação significativa entre a presença do impacto e a presença de um ou mais dentes cariados (p=0,012), a presença de sangramento gengival (p=0,012) e a necessidade de tratamento ortodôntico (p=0,003), independente das demais variáveis. Não houve associação significativa entre as condições de saúde bucal e as características socioeconômicas e demográficas dos adolescentes. Os resultados da pesquisa demonstraram que existe uma associação entre as condições de saúde bucal da população estudada e os relatos de dificuldades na realização das atividades diárias avaliadas. Quanto piores as condições de saúde bucal, maiores são os impactos dessa condição na qualidade de vida dos adolescentes.
RESUMO: Estudoseccional de abordagem quantitativa que objetivou avaliar a adesão de pessoas com Diabetes Mellitus tipo 2 ao autocuidado, no que se refere à dieta e ao exercício físico, bem como a relação com características sociodemográicas e clínicas. A amostra constituiu-se de 162 pessoas com Diabetes Mellitus tipo 2, em seguimento ambulatorial. Para a coleta dos dados, foram utilizadas a versão brasileira do instrumento Summary of Diabetes Self-care Activities Questionnaire e a consulta aos prontuários dos participantes. Obteve-se baixa adesão ao autocuidado. Para um p<0,05, a correlação foi inversamente proporcional à escolaridade, sugerindo menor adesão para maior escolaridade. Não houve correlações estatisticamente signiicantes entre adesão ao autocuidado e sexo, idade, estado civil, renda per capita mensal, tempo de diagnóstico, tipo de tratamento medicamentoso e presença de complicações/comorbidades. Os resultados corroboram a literatura, na qual variáveis sociodemográicas e clínicas podem não predizer a adesão ao tratamento de pessoas com Diabetes Mellitus.
Trata-se de estudoseccional desenvolvido em uma Uni- dade Básica de Saúde (UBS) de Belo Horizonte - Minas Ge- rais, em amostra composta por seus usuários, de ambos os sexos, com 20 anos ou mais, que aguardavam acolhimento ou procedimento ele vo, no período de outubro de 2009 a janeiro de 2010 e que aceitaram par cipar da pesquisa. Foram excluídos ques onários incompletos e aqueles apli- cados em indivíduos menores de 20 anos e gestantes.
A intoxicação exógena é um dos três principais meios utilizados nas tentativas e suicídios. Com o objetivo de melhorar a qualidade destas infor- mações foi realizado um estudoseccional des- critivo dos registros sobre casos do Estado do Rio de Janeiro, Brasil, período 2006-2008, presentes nos bancos de dados do Sistema de Informa- ções sobre Agravos de Notificação (SINAN), Sis- tema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e Centro de Controle de Intoxicação de Niterói (CCIn-Niterói). Através do método de relacio- namento probabilístico desenvolveu-se um mo- delo de monitoramento dos casos de tentativas/ suicídios devido intoxicação. Embora 68,8% dos 948 registros do CCIn tenham sido reportados por profissionais de saúde, apenas 2,6% consta- vam nos demais sistemas. O pareamento CCIn e SIM apresentou uma subnotificação de 61,3%. Sabe-se da importância da informação para a vigilância, formulação de políticas públicas, além de tomadas de decisão. O método de re- lacionamento de bancos de dados permitiu a identificação dos problemas existentes em cada sistema, proporcionou melhor qualidade das informações e maior proximidade com a situa- ção real de agravos complexos e graves como o comportamento suicida.
Estudoseccional que objetivou comparar dois grupos de usuários com diabetes mellitus acompanhados pela Estratégia Saúde da Família e distinguidos pela auto-aplicação ou não de insulina, em relação às va- riáveis sócio-demográficas, às dificuldades percebidas e ao responsável pela auto-aplicação. Participaram 269 usuários selecionados por meio de uma amostra- gem aleatória simples, em 37 unidades da Estratégia Saúde da Família, da área urbana de um município do Estado de Minas Gerais, Brasil. O grupo que faz au- to-aplicação foi composto por 169 (62,8%) usuários e o que não faz, por 100 (37,2%). Ao comparar os grupos, a variável escolaridade foi estatisticamente significa- tiva; 45% dos que não auto-aplicam a insulina referi- ram ausência de dificuldades físicas ou cognitivas que impedissem a realização deste procedimento, demons- trando potencial para a adesão; 90% referiram necessi- tar de auxílio em todo o processo de administração de insulina no domicílio e destes, 75% informaram rece- ber auxílio da família. A Estratégia Saúde da Família favorece o desenvolvimento de intervenções centradas nas necessidades da clientela adscrita, estimulando-a para o autocuidado, e os resultados do presente estudo poderão contribuir com o planejamento destas inter- venções.
Trata-se de estudoseccional, com base em dados secundários, com o objetivo de tra- çar o perfil dos óbitos neonatais precoces ocorridos em uma Maternidade Pública de referência no Estado de Minas Gerais (Ma- ternidade Odete Valadares), Belo Horizonte, no período de 2001 a 2006. Foram utilizadas variáveis relacionadas ao recém-nascido (período de ocorrência do óbito, idade ao óbito, sexo, idade gestacional e peso ao nas- cer), à mãe (tipo de gravidez, tipo de parto, idade, parturição e número de nascidos mortos), bem como causas múltiplas de mortalidade categorizadas. Obtiveram-se três perfis de óbitos neonatais precoces por meio do método Grade of Membership, que possibilitou também encontrar a prevalên- cia destes perfis. O Perfil 1 foi caracterizado por óbitos de difícil redução e teve prevalên- cia de 41,4%; o Perfil 2, pelos óbitos passíveis de redução (prevalência de 28,3%); e o Perfil 3, pelos óbitos redutíveis (prevalência de 30,4%). Estes perfis possibilitaram a com- preensão da mortalidade neonatal precoce na Maternidade Odete Valadares e a análise da sua relação com a história reprodutiva e obstétrica materna, bem como com as con- dições do recém-nascido. Chama a atenção a elevada prevalência de óbitos evitáveis, realidade que deve ser enfrentada pelos profissionais e pela rede pública de saúde.
Ribeiro 20 (1983), em estudo seccional realizado na cidade de São Paulo, estudou a distribuição da pressão arterial de mulheres trabalhado- ras oriundas de diversos setores da economia,[r]
Métodos: Estudoseccional utilizando o Questionário de Saúde da Criança (Child Health Questionnaire, CHQ) aplicado aos pais de 133 pacientes com febre reumática, com idade entre 5 e 18 anos. Foram calculados os escores das diferentes dimensões do questionário e comparados nas categorias de variáveis clínicas e sociodemográficas, utilizando-se teste não paramétrico.
Foi realizado um estudoseccional empregando-se o método de linkage probabilístico para a identifi cação de nascimentos informados pelas participantes do Estudo Pró-Saúde em uma base de dados do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC) do Estado do Rio de Janeiro. A informação sobre a data de nascimento do primeiro fi lho das participantes foi utilizada como padrão-ouro.
Trata-se de um estudoseccional realizado com 51 pacientes do Programa de Implante Coclear do Otocentro/RN, situado no município de Natal.Os critérios de inclusão do presente estudo foram: ser portador de perda auditiva sensorioneural severa/ profunda pós-lingual e usuário do IC por um período mínimo de 12 meses. Os pacientes foram solici- tados a participar da pesquisa no momento de sua avaliação periódica com os demais proissionais do centro. Após permissão documentada através do Termo Consentimento Livre e Esclarecido, os mesmos responderam a dois questionários auto aplicados de avaliação da satisfação.O questionário- SatisfactionwithAmpliication in Daily Life (SADL) e o InternationalOutcomeInventory – CochlearImplant (IOI – CI) foram originalmente desenvolvidos para usuários de Aparelhos de Ampliicação Sonora Individual 12,13 e adaptados para usuários de implante
Objetivos: verificar a confiabilidade e a validade das informações sobre medica- mentos obtidas em questionário postal, respondido por idosos, sendo a entrevista face a face o padrão-ouro. Métodos: estudoseccional (Peril de Utilização de Medica- mentos por Aposentados Brasileiros), onde foram utilizadas duas abordagens (postal e domiciliar) para coleta de informações de aposentados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) com sessenta anos de idade ou mais. Foram utilizadas também as estatísticas kappa (simples (k), ajustado (PA- BAK) e ponderado), índices de correlação intra-classe, indicadores de sensibilidade e especiicidade, e o gráico de Luiz et al. Resultados: 234 idosos (M = 42%; F = 58%) responderam às duas abordagens (média = 71,7 anos). A concordância entre postal e entrevista domiciliar foi excelente (k = 0,94) para hipoglicemiantes; muito boa (k = 0,83- 0,82) para inibidores da enzima conversora de angiotensina e anti-hipertensivos; boa (k = 0,71) para diuréticos; e razoável (k = 0,47) para antiinlamatórios não esteróides. A concordância foi boa (k = 0,61) para o número total de medicamentos usados. A validade da abordagem postal foi elevada, às vezes total, para os fármacos empregados no tratamento do diabetes (sensibilidade e especiicidade = 100%), seguidos dos anti- hipertensivos. Os menores valores obtidos foram para antiinlamatórios não esteróides (sensibilidade = 64%; especiicidade = 88%). Conclusão: a abordagem postal pode ser usada para se obter informações acuradas sobre classes de medicamentos usados por população com idade igual ou superior a 60 anos, considerando idosos com peril social semelhante ao dos beneiciários do INSS.