Trabalho (IDICT), em articulação com outras estruturas da administração pública central e local e associações de pais, a campanha “Um tempo para crescer”. Em 1996, o governo pede à CNASTI (Confederação Nacional de Acção sobre o Trabalho Infantil) e ao IAC (Instituto de Apoio à Criança) a elaboração de um relatório sobre “O trabalho infantil em Portugal”, do qual decorre a constituição de um grupo de trabalho interministerial para o combate ao trabalho infantil e a criação da Comissão Nacional de Combate ao Trabalho Infantil. Em 1996, o governo e os parceiros sociais inscrevem no Acordo de Concertação Estratégica o combate ao fenómeno como preocupação prioritária. Muito trabalho foi desenvolvido neste período mas defrontar um problema com grande complexidade causal e com características muito diferentes em zonas específicas do país é tarefa que exige rigor no conhecimento da realidade e decisão política para a alterar. Em 1998, é estabelecido um protocolo de colaboração entre a IPEC/OIT (International Program on the Elimination of Child Labour/Organização Internacional do Trabalho) e o Departamento de Estatística do Trabalho, Emprego e Formação Profissional, para a realização do estudo “Trabalho Infantil em Portugal – Caracterização Social dos menores em idade escolar e suas famílias” e é criado o Plano para Eliminação da Exploração do Trabalho Infantil (PEETI) bem como o Conselho Nacional Contra a Exploração do Trabalho Infantil, estrutura independente do poder político que acompanha e supervisiona a actividade do PEETI.
A greve geral metalúrgica de 1980 viveria a grande derrota da classe operária. No entender desse pesquisador, " não seria exclusivamente uma derrota dos metalúrgicos do ABC, mas de toda classe operária em sua luta contra a base de sustentação da política econômica do poder ditatorial, contra o arrocho salarial e contra a superexploração do trabalho" A superexploração era visível na pauta de reivindicações do movimento, que envolvia "ganho de produtividade, além do INPC, um piso salarial aceitável, a estabilidade como contraposição a rotatividade da força de trabalho, bem como a reivindicação pela redução da jornada de trabalho, cujo eixo visava questionar a intensidade da exploração do trabalho (idem 76 e 83).
Dividido em três partes, o presente trabalho contempla, no primeiro capítulo, algumas considerações que serão fundamentais para a compreensão do objeto e facilitarão o desenvolvimento do nosso estudo. Inicialmente abordamos os elementos fundantes da sociedade de classes, com base na análise marxiana do trabalho, fundamento ontológico do ser social. Tivemos o cuidado de tratar do surgimento e desenvolvimento do modo de produção capitalista, imprescíndivel à apreensão das bases que constituem a luta de classes, relação inerente a esse modo de produção. Para a contextualização do desenvolvimento histórico do capitalismo, fez-se necessário abordar a relação contraditória entre capital e trabalho, desde a sua gênese até os dias atuais. Também analisamos os aspectos da conjuntura econômica vigente, com ênfase para a flexibilização das relações de produção, ocasionada pela reestruturação produtiva e pelo neoliberalismo, os quais agravam a precarização e a exploração do trabalho.
Pelo exposto, este trabalho tem como objetivo discutir as dissonâncias existentes entre o trabalho informacional e o capitalismo contemporâneo com o fim de identificar seus impasses no que tange as formas de exploração do trabalho. Para tanto, a metodologia utilizada foi a revisão bibliográfica e pesquisa documental, para coletar informações sobre a temática pesquisada, utilizamos também como mecanismo de coleta de dados o método da observação, para registro do caso e de toda a sua significação, a partir de um estudo sobre os profissionais da informação – bibliotecários – na capital cearense.
Puerto Iguazú integra a provincia Argentina de Misiones. Sua população é de aproximadamente 28 mil habitantes. (PUERTO IGUAZÚ, 2009). Os três países padecem do problema da exploração do trabalho de crianças e adolescentes apesar de serem diferentes em tamanho, população, características étnico-culturais, políticas, econômicas e sociais. Detendo nossa atenção nas crianças e adolescentes da tríplice fronteira, observa-se empiricamente que, além dos contextos heterogêneos que os rodeiam, muitos vivem situações de violação de direitos humanos, sujeitos à alta vulnerabilidade, desproteção, pobreza e desigualdade. Tal situação social merece estudo científico mais aprofundado, visando pesquisar os pontos nevrálgicos que geram a perpetuação e permanência do problema da exploração do trabalho de crianças e adolescentes na região da Tríplice Fronteira.
A Coordenadoria Nacional de Combate à Exploração do Trabalho de Crianças e Adolescentes (COORDINFÂNCIA) foi criada pela Portaria PGT 299, de 10 de novembro de 2000, com o objetivo de promover, supervisionar e coordenar ações contra as variadas formas de exploração do trabalho de crianças e adolescentes, dando tratamento uniforme e coordenado ao referido tema no âmbito do Parquet trabalhista. As principais áreas de atuação são a promoção de políticas públicas para a prevenção e a erradicação do trabalho infantil informal, a efetivação da aprendizagem, a proteção de atletas mirins, o trabalho infantil artístico, a exploração sexual comercial, as autorizações judiciais para o trabalho antes da idade mínima, o trabalho infantil doméstico, o trabalho em lixões, dentre outras.
Estima-se que 46% dos imigrantes latino-americanos na cidade de São Paulo sejam mulheres, a maioria é jovem, dedica- se ao trabalho nas oficinas de costura – em uma jornada que pode durar, em média, 14 horas por dia – e ao cuidado com os filhos. A experiência no atendimento a imigrantes no CAMI tem demonstrado que as mulheres acabam demorando mais para pedir e conseguir permanência, porque, em razão dos custos do processo de regularização, o primeiro membro da família a fazer o pedido de documentação é o homem.
A proposta de diminuição da idade mínima representa uma tentativa de avanço das forças mais conservadoras do liberalismo nacional que visam diminuir, tanto quanto possível, a instrução pública estatal desses adolescentes, inserindo-os logo no trabalho produtivo, algo altamente vantajoso aos con- tratantes, além de concorrente desleal do desemprego adulto, tendo em vista o salário e os incentivos fiscais. A PEC em discussão tem como pressuposto que a educação desses ado- lescentes será voltada para as práticas efetivas de trabalho e de suas necessidades reais. Por isso é importante garantir que frequentem a educação básica, assim como Adam Smith (1989) já admitia no século 18, preparando-os para uma ma- turidade capaz de suportar a jornada de trabalho.
O que temos na “Terceira Itália”, em suma, é uma forma mais intensa da exploração do trabalho pelo capital. Ela repõe algumas relações que relembram as formas da manufatura pré-industrial, mas com outra função social, pois integradas a um circuito de valorização do capital historicamen- te distinto daquele do século XVII ou XVIII. O “novo território produtivo” possibilita uma extração de mais-valia tão intensa que compensa com sobras o fato de o montante a ser retirado de cada unidade produtiva doméstica ser relativamente baixo. Tal como antes, também na “Terceira Itália” o capi- tal mantém o controle da produção, com a agravante que, nas novas condi- ções, sindicatos e greves não são mais instrumentos com os quais os operá- rios, no passado, se protegiam pontualmente da exploração. A afirmação de que na Terceira Itália o capital teria cedido o controle da produção para o trabalhador social não passa, portanto, de uma fábula.
18.15.30. Os sistemas de fixação e sustentação e as estruturas de apoio dos andaimes suspensos, deverão ser precedidos de projeto elaborado e acompanhado por profissional legalmente habilitado. 18.15.30.1. Os andaimes suspensos deverão ser dotados de placa de identificação, colocada em local visível, onde conste a carga máxima de trabalho permitida.
Esta cartilha enfoca a proteção respiratória dos Trabalhadores de Saúde contra agentes biológicos. Foi elaborada pela Anvisa, Comissão de Estudos de Equipamentos de Proteção Respiratória do CB-32/ABNT, FUNDACENTRO e especialistas na área, para subsidiar consultas rápidas por Trabalhadores de Saúde. Também pode constituir material de apoio para treinamentos. Deve ser considerada, no entanto, como um recurso complementar e não um substituto do Programa de Proteção Respiratória (PPR), o qual é exigido legalmente pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Seu conteúdo não abrange informações sobre a proteção contra agentes químicos presentes nos serviços de saúde. A proteção respiratória contra a inalação desses agentes deverá seguir as recomendações contidas no Programa de Proteção Respiratória da FUNDACENTRO.
Os resultados obtidos contribuem para a compreensão dos processos de deter- minação da saúde-doença dos sujeitos da pesquisa. Evidencia-se a elevada jornada de trabalho semanal, o elevado número de horas contínuas no plantão, a falta de supervisão e o trabalho realizado sob estresse como manifestações do processo de trabalho do médico residente (nível particular). Tal processo de trabalho constitui, antes e acima de tudo, um processo de exploração máxima da força de trabalho do residente – destrutivo para a saúde –, cuja expressão, em cada indivíduo (nível singular), se dá pela percepção de responsabilidade e trabalho em excesso, sentimentos de sofrimento e culpa, adoção de um es- tilo de vida não saudável e elevado rastreamento positivo para transtornos mentais não psicóticos dos médicos residentes. No entanto, esse processo de trabalho constitui, ao mesmo tempo, um processo de ensino-aprendizagem – protetor da saúde –, mesmo que subordinado e prejudicado pela predomi- nância da necessidade de exploração máxima da força de trabalho.
instituída, formalizada, organizada e sistematizada – onde reconhecemos (o poder da formação é partilhado) e a hetero-formação (o poder da formação está nos outros) –, podemos encontrar processos formativos que privilegiam o desenvolvimento das competências técnicas. Dependendo das finalidades da formação – implícitas ou explícitas – , e dos processos postos em prática, assim se podem adquirir e desenvolver este tipo de competências – as situações formais de formação não são mais do que processos de socialização reconstruídos. Para tal recorre-se a estratégias de formação concebidas como metáfora da vida real, psicológica ou física (a formação "outdoor"), fazendo apelo a metodologias activas de trabalho. As abordagens centradas na vida dos grupos, a sua exploração como situação de formação (dinâmica de grupos), também são metodologias adequadas para esta finalidade. Ao nível da auto-formação, as estratégias privilegiadas poderão ser as histórias de vida, as abordagens biográficas (biografias educativas), que dão um lugar de destaque a reflexão sobre as experiências formadoras que influenciaram o desenvolvimento da pessoa, nos vários contextos da sua vida Pode-se analisar as situações formadoras da sua existência, a partir de uma diversidade de contextos, ou apenas de um só. Referimos como exemplo a formação experiencial que o indivíduo realizou em contextos de trabalho, num determinado percurso profissional, que pode ter sido mais ou menos enriquecedora em função do tipo de organização de trabalho em que o indivíduo esteve inserido, em função do papel desempenhado, das situações que constituíram o seu percurso, etc. A tónica é posta no processo de formação do indivíduo, na capacidade que o homem tem de adquirir capacidades e de se desenvolver, numa perspectiva pessoal de construção da sua autonomia e constituição da sua identidade – pessoal, profissional e social.
Por um lado, o alto grau de mecanização não implica neces- sariamente redução absoluta do trabalho (número de horas e/ou pes- soas ocupadas), ainda que represente uma significativa dimin[r]
De salientar que, as recomendações para “melhoria contínua” (alínea “h”) resultam de juízos de valor da apreciação dos elementos (entradas/“inputs”) referidos anteriormente (alíneas “a” a “g”), que deverão conduzir a decisões (saídas/“outputs”) e ao estabelecimento de medidas preventivas, corretivas e de melhoria. Estas medidas poderão ter impacto ao nível do desempenho em saúde e segurança do trabalho, da política de Saúde Ocupacional, dos objetivos e/ou dos recursos do SSO, entre outros aspetos. Deverá ser estabelecida uma ordem de prioridade das medidas, tendo em consideração aspetos como a relevância e o impacto na saúde e segurança dos trabalhadores, assim como o custo associado.
Na história da exploração do petróleo no Brasil há o registro de catástrofes como os acidentes ocorridos na Plataforma de Enchova em 1984 e 1988. O primeiro resultou em 37 óbitos imediatos; o segundo, na destruição total do convés e da torre, totalizando um prejuízo de 500 milhões de dólares (SINDIPETRONF, 1997), e afundamento da P-36 em 2001, resultou em 11 óbitos. A memória de acidentes como o da Plataforma de Enchova em 1984, a de P-36 em 2001, bem como o da Plataforma de Piper Alpha (no Mar do Norte, em 1988), o qual resultou no óbito de 165 dos 228 trabalhadores presentes no dia do acidente (72% do contingente) simbolizam o grande potencial de perigo que existe nas plataformas de petróleo e exigem que instituições públicas de pesquisa, junto com instituições dos poderes executivo, legislativo e judiciário relacionadas à saúde do trabalhador, permanentemente, levem em consideração o que vem ocorrendo tanto na Bacia de Campos como em outros estados onde há exploração marítima de petróleo, não cabendo omissões quando o que se encontra em jogo é a saúde e a vida de milhares de trabalhadores, tanto como o bem estar de suas famílias.
Com tantas funções a serem desenvolvidas e poderes que lhes eram atribuídos, é compreensível que comandantes procurassem tirar proveito da autoridade que possuíam e explorassem a população local para satisfazerem suas necessidades do dia-a-dia. Assim aconteceu nos primeiros anos da década de 1820 em Camapuã. O Alferes 4 João Cardoso de Carvalho, Comandante daquela povoação, foi acusado de despotismo, violências, injustiças e exploração da população local. As denúncias chegaram até a pessoa do Major Miguel Teotônio de Toledo Ribas, Comandante Geral da Fronteira com o Paraguai e responsável por todo o território do Sul de Mato Grosso, que mandou proceder a uma devassa naquela localidade para apurar as denúncias de que havia recebido contra a pessoa do Comandante de Camapuã.
Abrindo o espaço e alinhando homem-trabalho discussões são feitas sobre a produção orgânica, saudável e ecologicamente correta dos alimentos, se produz com segurança, há segurança para o produtor. Já que há pouco interesse no estudo de aspectos da saúde e segurança na agricultura. Há um interesse maior em desenvolver tecnologias para aumento da produção na agropecuária, geralmente sem levar em consideração os impactos à saúde e à segurança do trabalhador (FRANK et al., 2004).
A autonomia concedida aos assalariados na atividade de trabalho é, no mesmo movimento, compensada pelo desenvolvimento de dispositivos de controle de sua situação de trabalho: o contro[r]
Este não é o ponto de chegada de Marx, mas seu ponto de partida, reformulando (ou revolucionando) esta concepção quando desenvolve a noção de mais-valia e, portanto, compreendendo que [r]