RESUMO (Parâmetros da habilidadecompetitiva no estabelecimento de populações caracterizam o potencial de produção individual em trigo e aveia). Em monoculturas, normalmente se observa uma variação de produção entre plantas, que pode estar ocorrendo desde o estabelecimento da população, pela habilidadecompetitiva destas. Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de selecionar parâmetros de habilidadecompetitiva, durante o estabelecimento, que se relacionam com o potencial de produção, no final do desenvolvimento. Plantas de trigo (EMBRAPA 16) e aveia (UFRGS 15) foram cultivadas em canteiros e a campo, correlacionando-se parâmetros morfológicos, nos estádios de afilhamento e florescimento. No afilhamento, nossos resultados revelaram que o diâmetro do pseudocolmo e o desenvolvimento foliar foram os parâmetros mais relevantes na caracterização da habilidadecompetitiva, pela alta associação com a massa seca, independente da espécie e do ambiente. Nestas populações, a ordem com que as plantas emergiram foi inversamente relacionada com o estádio de desenvolvimento apical (para inflorescência) e com os parâmetros que definiram a habilidadecompetitiva. Esta habilidade de competição inicial foi diretamente relacionada com o tamanho e a potencialidade de produção (espiguetas por inflorescência) das plantas, no estádio de florescimento. Os resultados indicam que o potencial de produção individual pode ser estimado por medidas de parâmetros não destrutivos, da capacidade de competição, nos primeiros estádios de desenvolvimento das plantas.
Objetivou-se com o trabalho avaliar os efeitos de épocas de emergência das plantas daninhas, azevém e nabo, sobre a cultura da cevada. O experimento foi conduzido em delineamento de blocos casualizados, arranjado em esquema fatorial 2x5, com três repetições. No fator A, foram alocadas as plantas competidoras (azevém e nabo) e no B as épocas de emergência (14 e 07 dias antes, no mesmo dia, 07 e 14 dias depois da emergência da cultura). No início da fl oração da cevada, foram mensuradas as variáveis: estatura das plantas, número de colmos ou caules, área foliar e matéria seca da parte aérea da cultura e das plantas daninhas. Todas as variáveis avaliadas da cevada apresentaram aumento de valor com o atraso da emergência das plantas daninhas. As espécies, cultivada ou daninhas, que emergiram antes, apresentaram maior habilidadecompetitiva, dominando o ambiente quando emergiram 14 dias antes uma da outra. Quanto mais tarde ocorrer a emergência das plantas daninhas com relação à cultura, menor é a interferência e, desse modo, maior é a habilidade da cevada em competir com a espécie daninha pelos recursos disponíveis no meio.
Em lavouras comerciais, dificilmente na cultura de soja ocorrerá forte competição com plantas daninhas durante todo o seu ciclo de desenvolvimento, em decorrência do controle geralmente adotado. Cultura mais competitiva assume maior importância, principalmente, sob enfoque da agricultura com redução do uso de insumos, cuja utilização de herbicidas deve ser minimizada ou, no enfoque mais extremo (por exemplo, “agricultura orgânica”), na qual a eliminação do uso destes produtos é até compulsória. A vantagem em utilizar cultivar mais competitiva reside, principalmente, em sua habilidadecompetitiva inicial (período vegetativo). Durante a fase vegetativa se estabelecem as relações de competição que mais afetam a produtividade de grãos de soja, havendo necessidade de manter a cultura no limpo, em geral, dos 20 aos 50 dias após a emergência para minimizar as perdas em produtividade de grãos decorrentes da competição com plantas daninhas (P ITELLI , 1985).
Experimentos substitutivos demonstram que a cultura geralmente é mais competitiva do que a espécie daninha, sob níveis adequa- dos de recursos, porque o efeito das infestantes não se deve somente à maior habilidade com- petitiva individual delas, mas ao seu grau de infestação (Vilà et al., 2004). Nas áreas agríco- las, as plantas daninhas ocorrem, em geral, em populações superiores às das plantas culti- vadas, sendo, freqüentemente, rotuladas como mais competitivas na apreensão e utilização dos recursos. Contudo, deve-se considerar que a população com que as plantas daninhas ocor- rem nas lavouras encobre a sua real habili- dade em competir, inferindo-se que elas apre- sentam maior habilidadecompetitiva, quando, na realidade, o efeito decorre da maior popula- ção de plantas (Bianchi et al., 2006).
Resumo – O objetivo deste trabalho foi comparar a habilidadecompetitiva relativa de milhã com as culturas de arroz irrigado e de soja. Realizaram-se cinco experimentos, nas safras de 2009/2010 e 2010/2011, em delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições. Os tratamentos consistiram de proporções de plantas de milhã e arroz irrigado ou soja (100:0, 75:25, 50:50, 25:75 e 0:100%). A área foliar e a massa de matéria seca da parte aérea foram avaliadas aos 45 dias após a emergência. A competição entre milhã e arroz irrigado ou soja ocorre pelos mesmos recursos do ambiente. Plantas de milhã apresentam menor habilidadecompetitiva por indivíduo do que o arroz irrigado e a soja, quando ocorrem na mesma proporção de plantas. Quando as culturas do arroz irrigado ou da soja estão associadas ao milhã, a competição intraespecíica predomina, enquanto, para a planta daninha, prevalece a competição interespecíica como a mais prejudicial. Termos para indexação: Digitaria ciliaris, Glycine max, Oryza sativa, interferência.
RESUMO - Plantas daninhas causam grande redução de produtividade das lavouras de arroz irrigado. A espécie Cyperus esculentus (tiririca-amarela) é adaptada ao ambiente irrigado. Informações sobre a habilidadecompetitiva da daninha com a cultura, e sua adaptação ambiental, são escassas. Os objetivos da pesquisa foram determinar o crescimento inicial e a habilidadecompetitiva de tiririca- amarela e arroz irrigado, em função do ciclo vegetativo das cultivares. Para isso, foram conduzidos estudos de adaptação e competição, em delineamentos completamente casualizados, em casa de vegetação no ano agrícola 2010/11. Para o estudo de crescimento inicial, os tratamentos constituíram- se da combinação fatorial de biótipo de tiririca-amarela e duas cultivares de arroz irrigado em função do ciclo vegetativo (BRS Querência: ciclo precoce; e, IRGA 424: ciclo médio) e seis épocas de avaliação (10, 20, 30, 40, 50, e 60 dias após a emergência). Avaliou-se: estatura, área foliar, massa da matéria seca da parte aérea e massa da matéria seca de raízes. Para o estudo de habilidadecompetitiva foram utilizadas a cultivar de arroz BRS Querência e biótipo de tiririca-amarela, testados em diferentes proporções (100:0, 75:25, 50:50, 25:75 e 0:100). Avaliou-se área foliar e massa da matéria seca da parte aérea. Em geral, as cultivares de arroz estudadas possuem crescimento inicial equivalente a tiririca-amarela. A cultivar IRGA 424 possui estatura inferior à planta daninha tornado o controle prioritário para a cultivar. Para a cultura do arroz, a competição intraespecífica é mais importante, enquanto que para a planta daninha a competição interespecífica é a mais pronunciada.
Neste sentido, surge a necessidade de desenvolve- rem-se trabalhos que possam avaliar a habilidade compe- titiva entre as culturas componentes e a eficiência bioló- gica do sistema consorciado. Assim sendo, o objetivo deste trabalho foi avaliar a habilidadecompetitiva das culturas componentes e a eficiência biológica do consór- cio de beterraba com caupi-hortaliça, em função de quan- tidades de flor-de-seda incorporadas ao solo e de arran- jos espaciais.
Causas prováveis para ocorrência da competitividade equivalente entre os biótipos são as semelhanças morfofisio- lógicas dos biótipos que, por serem da mesma espécie, com- portam-se semelhantemente e exploram o mesmo nicho eco- lógico. Estes resultados vão ao encontro aos observados para populações de E. crusgalli resistentes a clomazone e propanil, (Bagavathiannan et al., 2011), bem como para populações de F. miliacea, resistentes e suscetíveis a ALS (Schaedler, 2011), e Conyza canadensis (Davis et al., 2009), resistentes e suscetíveis a ALS; inibidores da enzima 5-enolpiruvil-chiqui- mato-3-fosfato sintetase (EPSPS); e, ALS + EPSPS, em que não houve alteração no crescimento e na competitividade em relação às populações suscetíveis. Ainda, em trabalhos realiza- dos para avaliar a habilidadecompetitiva de biótipos de Bidens subalternans (Lamego et al., 2011) e C. difformis (Dal Magro et al., 2011) resistente e suscetível aos inibidores da ALS, não foram observadas diferenças, demonstrando que os biótipos são equivalentes em crescimento.
Houve redução na taxa de crescimento (TC) com o aumento do nível de competição com capim-arroz, tanto para biótipos resistentes como para suscetíveis (Tabela 2). Todavia, não se observou diferença quando a planta de arroz esteve em competição com apenas uma planta de capim-arroz resistente, sendo idêntica ao tratamento em que a planta se desenvolveu livre de competição. Para o biótipo suscetível, quando a cultura competiu com apenas uma planta, maior TC foi observada, diferindo da testemunha sem competição. A TC do arroz se manteve estável nas competições acima de duas plantas de capim-arroz do biótipo resistente, enquanto para o suscetível houve diferença entre as três menores populações de plantas daninhas (0, 1 e 2) – tratamentos estes que diferiram dos demais. A TC da cultura do foi maior quando em competição com o biótipo suscetível, quando comparado com o resistente ao quinclorac, nas três menores populações estudadas. Deve-se ressaltar que, quando não se denotam diferenças entre espécies ou biótipos que competem entre si, significa que não há efeito de um sobre outro, ou que a habilidadecompetitiva dessas plantas em interferir uma sobre a outra se equivale, ou,
Crescimento vegetal refere-se ao aumento irreversível do volume ocupado pela planta, o qual depende da taxa de divisão e de elongação celular (Taiz & Zeiger, 1998). Em uma análise teórica, Fischer & Miles (1973) estabeleceram que o aumento de 50% na taxa de crescimento radial faz dobrar a habilidadecompetitiva da planta. Segundo teoria proposta por Grime, citado por Radosevich et al. (1997), uma planta competidora é aquela que possui elevada velocidade de utilização dos recursos do meio, indisponibilizando-os para os seus vizinhos. Assim, uma planta competidora apresenta elevada taxa de crescimento relativo (TCR). Por outro lado, teoria estabelecida por Tilman, citado por Radosevich et al. (1997), postula que plantas competidoras necessitam de menos recursos e, portanto, conseguem sobreviver em ambientes desfavoráveis, ou seja, com baixo aporte de água, nutrientes e/ou luz.
RESUMO - Este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos do condicionamento osmótico de sementes de soja sobre o desempenho da cultura e sua habilidadecompetitiva com as plantas daninhas. As sementes de soja, da variedade UFV 16, colhidas nos estádios fenológicos R8 e R8 + 15 dias, foram submetidas ao condicionamento osmótico em solução de polietileno glicol (PEG 6000), a -0,8 MPa e 20°C, por 96 horas. Como testemunha foram utilizadas sementes sem tratamento de pré-embebição, colhidas nos mesmos estádios fenológicos. Em laboratório, a germinação e o vigor das sementes foram avaliados pelo teste-padrão de germinação, utilizando-se o delineamento inteiramente casualizado, no esquema fatorial 2x2, com quatro repetições. A campo foram realizados dois experimentos, utilizando sementes com e sem condicionamento osmótico, colhidas também nos estádios fenológicos R8 e R8+15, respectivamente. Em ambos os experimentos, utilizando o delineamento de blocos casualizados com quatro repetições, foram avaliados os efeitos de diferentes períodos (0, 15, 30, 45, 60 e 125 dias após a emergência da soja) de convivência da soja com as plantas daninhas. Os maiores valores de germinação e vigor, de estande inicial e final e de rendimento de grãos foram observados nos tratamentos com as sementes condicionadas e colhidas no estádio fenológico R8. As demais características agronômicas avaliadas (altura de plantas, número de nós, número de vagens por planta, número de sementes por planta, número de sementes por vagem e peso de 100 sementes) não foram alteradas pelo condicionamento. O efeito competitivo cultura-planta daninha foi verificado pelos menores valores de biomassa seca de plantas daninhas, nos tratamentos em que foram utilizadas as sementes colhidas no estádio R8 e condicionadas osmoticamente.
A ocorrência de Raphanus raphanistrum resistente aos herbicidas ALS, em lavouras de trigo, ocasiona perdas de rendimento na cultura, sendo necessário conhecer os fatores que influenciam na interferência dessa planta daninha, para, assim, desenvolver estratégias de manejo com maior segurança. Objetivou-se avaliar a habilidadecompetitiva de trigo em convivência com biótipos de R. raphanistrum resistente (biótipo R) e suscetível (biótipo S) aos herbicidas ALS e se há diferenças de competitividade entre os biótipos. Os experimentos foram realizados em casa de vegetação, em delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições. Os tratamentos foram alojados em vasos e arranjados em série de substituição, em três experimentos: 1-trigo com biótipo R, 2- trigo com biótipo S e 3- biótipo R com biótipo S, nas proporções: 100:0, 75:25, 50:50, 25:75 e 0:100. A competitividade foi analisada por meio de diagramas aplicados a experimentos substitutivos e índices de competitividade, com avaliação da matéria seca da parte aérea das plantas (experimentos 1, 2 e 3) e área foliar (experimento 3). Os biótipos R e S diminuíram, significativamente, a matéria seca da parte aérea do cultivar de trigo e demonstraram habilidadecompetitiva superior à cultura. A competição interespecífica foi mais importante para o trigo e para o biótipo S. A competitividade do biótipo R em relação ao biótipo S foi semelhante, havendo sinergismo na produção de área foliar, predominando a competição intraespecífica no biótipo R.
Vale ressaltar que a sustentabilidade da vantagem inicial dos cultivares é importante, pois, uma vez que as plantas daninhas que emergirem tardiamente ultrapassarem o dossel da cultura, sombreando-a, poderão com- prometer o desenvolvimento e a produtividade do trigo. Portanto, mesmo utilizando-se da habilidadecompetitiva de cultivares, demais métodos de controle de plantas daninhas não devem ser abandonados ou esquecidos. Dessa maneira, observa-se que o estudo sobre a competitividade das culturas agrícolas com as espécies daninhas possibilita desenvolver estratégias para inserção em sistemas de manejo integrado, promovendo o uso racional de herbicidas, melhorando a eficiência de controle, minimizando os custos de produção, diminuindo os impactos ambientais e evitando o surgimento de plantas daninhas resistentes a herbicidas.
Os resultados demonstram que os culti- vares de cevada, de modo geral, apresentaram menor perda de PR, comparativamente ao azevém, em todas as proporções de plantas associadas (Tabela 1), o que sugere que a cultura possui maior poder de supressão do que a planta daninha. Constataram-se au- mentos na PRT da combinação quanto maiores foram as proporções de plantas corres- pondentes aos cultivares de cevada ou do competidor – situação significativa para ambas as variáveis estudadas. Esse compor- tamento mostra que as espécies são compe- titivas e que uma não contribui mais que o esperado para a produtividade total da outra (Roush et al., 1989). Os cultivares de cevada e o azevém exploraram o mesmo nicho ecológico e competiram pelos mesmos recursos do ambiente, apresentando diferenças em competitividade. Convém destacar ainda que, na mesma proporção de plantas (50:50), na associação dos cultivares de cevada com o competidor, a PRT, em geral, mostrou resul- tados inferiores aos das demais proporções (75:25 ou 25:75). Isso demonstra que as espé- cies são altamente competitivas em mesma densidade populacional e que competem severamente pelos mesmos recursos do meio, resultando em menor desenvolvimento delas, o que gera pouca contribuição para a PRT. Resultados similares foram constatados quando o milho competiu com o caruru (Christoffoleti & Victória Filho, 1996) e a soja com o nabo (Biachi et al., 2006). Vários traba- lhos também denotaram diferenças em ter- mos de habilidadecompetitiva entre espécies aparentadas, como, por exemplo, entre arroz Tabela 1 - Diferenças relativas para as variáveis afilhamento,
seca, fenóis totais, peroxidação lipídica e extravasamento eletrolítico. A análise da competitividade foi feita por aplicação de diagramas e interpretações dos índices de competitividade. Os biótipos de buva resistente e suscetível ao glyphosate apresentam maior habilidadecompetitiva que o cultivar de soja CD 226 RR, ao passo que os biótipos de buva possuem similar capacidade em competir com a cultura. A interferência interespecífica causa maiores danos à cultura da soja, enquanto a interespecífica é mais prejudicial aos biótipos de buva. A cultura sofre alterações no seu metabolismo secundário em razão da competição com ambos os biótipos de buva.
RESUMO - A existência de extensas áreas infestadas com populações de buva (Conyza spp.) resistentes ao glyphosate no Brasil demanda estratégias de manejo adequadas e integradas. Os objetivos deste experimento foram identificar cultivares de soja com maior habilidadecompetitiva com plantas de buva e determinar características de plantas de soja associadas a essa habilidade. O delineamento utilizado foi em blocos completos ao acaso, com parcelas subdivididas. Nas parcelas foram alocados sete cultivares de soja (CD 225 RR, BRS 232, CD 226 RR, NK 7054 RR, BMX Apollo RR, BRS 245 RR e BRS 255 RR) e, nas subparcelas, duas situações de interferência (ausência e 13,3 plantas de buva m -2 , transplantadas sete dias antes da semeadura da soja). A perda média de
O crescimento relativo do biótipo de C. difformis resistente, representado pelo índice CR, foi inferior a 1, para todas as variáveis estudadas, não havendo diferen- ças, o que demonstrou que os biótipos se equivalem em crescimento (Tabela 2). Os índices K e C não representa- ram diferença, comprovando que os biótipos se equivalem quanto à sua habilidadecompetitiva (Tabela 2). Uma pos- sível causa para ocorrência de competitividade equivalente entre os biótipos são as semelhanças morfofisiológicas dos biótipos que, por serem da mesma espécie (C. difformis), comportam-se semelhantemente e exploram o mesmo ni- cho ecológico.
A cultura da canola vem conquistando espaço no mercado brasileiro, principalmente na região sul, como uma opção para cultivo de inverno. No entanto, necessita-se conhecimento sobre o comportamento dessa cultura em todas as suas etapas. Um dos principais limitantes à produção é a competição exercida por plantas daninhas, processo de interferência que pode levar a perdas, tanto em produtividade quanto em qualidade. Sendo assim, objetivou-se avaliar a habilidadecompetitiva de cultivares de canola (Brassica napus L. var. oleífera) em convivência com o nabo (Raphanus sp.). Foi conduzido um ensaio, a campo, em delineamento de blocos casualizados, com tratamentos arranjados em esquema fatorial de 6 x 3, sendo o primeiro fator formado pelos genótipos de canola (Hyola 61, Hyola 411 e Hyola 433) e o segundo fator pelas densidades de nabo (0, 2, 4, 8, 16, 32 plantas por m -2 ). O nabo interfere negativamente no desenvolvimento e produtividade da cultura da canola, os danos são expressivos mesmo com baixas densidades populacionais da espécie daninha, acrescendo a cada planta de nabo por m 2 . As cultivares Hyola 411 e Hyola 433 apresentam maior
As perdas de rendimento de grãos de arroz em decorrência da interferência causada pela simuladora de arroz-vermelho (EEA 406) variaram de 11,5% no cultivar IR 841 a 41,3% no cultivar Bluebelle (dados não mostrados), indicando que os genótipos investigados apresentam variação em suas habilidades competitivas. Pela análise de regressão linear múltipla (Tabela 1 e Figura 1), determinou-se que a variável cobertura do solo aos 60 DAS foi a característica que, isoladamente, melhor estimou a habilidadecompetitiva dos culti- vares. Assim, a capacidade dos cultivares de sombrear o solo representou um requisito fundamental para seu sucesso competitivo. A cobertura do solo aos 60 DAS, usada como variável independente no modelo, conseguiu explicar 47% das variações de redução de produtividade de grãos decorrente da presença da simuladora (Tabela 1) e 64% das variações de acúmulo de massa seca da parte aérea na simuladora de arroz-vermelho aos 60 DAS (Tabela 2).
RESUMO - A competição entre plantas é uma das principais interferências que ocorrem nos sistemas agrícolas, respondendo por reduções significativas no rendimento das culturas. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a habilidadecompetitiva de milho em convivência com capim-pé-de-galinha (Eleusine indica). O experimento foi realizado em casa de vegetação, na estação de crescimento 2010/2011, em delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições. As unidades experimentais consistiram de vasos plásticos com capacidade volumétrica de 8 L. Os tratamentos foram arranjados em série de substituição, com cinco proporções de plantas de milho e da planta daninha: 100:0, 75:25, 50:50, 25:75 e 0:100, respectivamente, com população final constante de oito plantas por vaso. A análise da competitividade foi realizada por meio de diagramas aplicados a experimentos substitutivos e índices de competitividade. As variáveis analisadas foram massa seca da parte aérea, da raiz e total e estatura de plantas. Quando em proporções iguais, o milho apresentou habilidadecompetitiva equivalente à do capim-pé-de-galinha em relação às variáveis massa seca da parte aérea, da raiz e total. O capim-pé-de-galinha foi mais competitivo que a cultura em relação à estatura de plantas.