O objetivo deste capítulo é apresentar as principais referências teóricas e conceituais que sustentam o desenvolvimento do tema principal desta dissertação, passando por algumas das áreas de conhecimento que interligam-se à questão da multiculturalidade, suas implicações nas relaçõescomerciais, em especial nas do setor brasileiro de petróleo e gás natural, ilustrar os principais aspectos de natureza cultural e seus possíveis condicionantes nas relaçõescomerciais entre as empresas, além de apresentar uma relação de fatores que influenciam o processo de relacionamento com pessoas de diferentes culturas, o cenário em que estas relações normalmente se dão, e as abordagens que podem levar a resultados positivos ou negativos, de acordo com a maneira de se conduzir tais relações.
Resumo: Este trabalho abordará a Avenida Cônego João Lima, situada na cidade de Araguaína – Tocantins, como uma rua de comércio. Propomo- nos a analisar e a problematizar as dinâmicas regionais que movimentam, seccionam e espacializam as relaçõescomerciais na avenida. Propomo-nos, ainda, a apresentar o mapeamento das relaçõescomerciais que, a grosso modo, são espaços físicos criados pelas dinâmicas regionais que movimentam as relaçõescomerciais na referida avenida. As “espacializações” serão apresentadas em um mapa que destacará as seis áreas de comércio que são influenciadas por peculiaridades das dinâmicas regionais que movimentam o fluxo das relações de comércio. Os métodos empregados são a pesquisa bibliográfica e documental. Este trabalho se classifica ainda como uma pesquisa exploratória e descritiva. A natureza dos dados é qualitativa. Teórico-analiticamente, este trabalho está filiado à s concepções de ruas de comércio e ao recorte temporal da modernidade líquida. Palavras-chave: Araguaína. Tocantins. Ruas de Comércio. Avenida Cônego João Lima.
Como o presente tema não possui base teórica específica, para tratar da relação entre política externa e desempenho das relaçõescomerciais, optou-se por considerar os relatos elaborados sobre cada mandato de governo abordado, seguindo a orientação estabelecida de Sampieri, Collado e Lucio (2006) para o tipo de estudo adotado.
Em suma, a política externa de Lula mostrou alterações significativas em relação à gestão anterior. A ênfase na projeção internacional do Brasil de modo mais assertivo passou pela busca da construção de liderança regional na América do Sul. Incentivando a integração física (com apoio das empresas brasileiras, claro) e buscando ampliar as relaçõescomerciais, o Brasil conferiu certamente uma ênfase inédita na região.
O artigo evidencia as transformações pelas quais a agricultura na China passou ao longo das últimas duas décadas, acompanhando um processo de profundas mudanças em toda a economia do país, que conduziu a maiores urbanização e industrialização. Ao longo do período, é muito forte o incremento na demanda por alimentos e matérias-primas, alteran- do as relaçõescomerciais entre a China e o Brasil, abrindo oportunidades e novos desafios para a agricultura brasileira. Os resultados apresentados apontam para intensificação nos fluxos comerciais de produtos agrícolas, especialmente de produtos do complexo soja, primarização das exportações brasileiras, alterações nas políticas agrícolas e comerciais, ampliação dos investimentos estrangeiros e necessidade de acompanhamento e regulação deste processo.
O tema relacionamento tem se tornado um importante objeto de discussão na literatura de marketing, no entanto, percebe-se que os estudos e as publicações nessa área sempre são pautados por uma visão extremamente funcionalista e gerencialista. Discutir esse tema numa outra perspectiva, condiciona a investigação a enveredar por outros caminhos, que remetem a discussões que estão longe dos holofotes da corrente tradicional do marketing. Esses caminhos levam a conceitos como o de Encontro de Serviços, de Interacionismo Simbólico e de outras perspectivas de abordagem como a Metáfora Dramatúrgica proposta por Erwring Goffman (2007). Assim, o presente trabalho visa a partir dessas discussões, identificar os significados nas relaçõescomerciais entre compradores e vendedores de Sulanca, na Feira de Caruaru, em Pernambuco. A pesquisa desenvolvida teve como investigação o método qualitativo, utilizando como instrumentos de coleta de dados a entrevista qualitativa e a observação participante. Como método de análise optou-se por utilizar a análise de conteúdo proposta por Bardin (1977), mais precisamente a análise temática e freqüêncial. Os sujeitos de pesquisa foram definidos como compradores e vendedores de confecção que comercializam na feira. Como resultado da pesquisa foi identificado que as relaçõescomerciais entre esses sujeitos, são dotados de significados que vão para além de uma relação comercial, onde aspectos como amizade, confiança, intimidade, fidelidade e segurança também são considerados importantes.
RESUMO: Já não se pode duvidar do status da Língua Inglesa (LI) como língua global, falada pelos mais diferentes povos em todo o mundo; tampouco contestar a necessidade do seu uso em variados contextos e para fins diversos. Partindo dessas considerações, discutimos neste artigo acerca do papel que a LI exerce no âmbito das relaçõescomerciais, enfocando alguns elementos constitutivos desse universo linguístico. Iniciamos nossas ponderações trazendo o suporte teórico de autores como Crystal (1995) (2006) e Mckay (2002), dentre outros, para falarmos a respeito da LI como língua franca, língua internacional ou língua global, ou “World English”, esta última denominação trazida por Rajagopalan (2012). Em seguida, traçamos um breve histórico acerca da origem do comércio no mundo e as possibilidades comunicativas advindas dos contatos por ele propiciados. E, para concluir as nossas reflexões, abordamos a questão das barreiras linguísticas na interação em LI, ao mesmo tempo em que tratamos da linguagem pelo seu enfoque cultural por acreditarmos que língua, cultura e barreiras linguísticas são tópicos indissociáveis no tocante aos estudos linguísticos. Para embasar nossas argumentações a esse respeito, buscamos apoio nos trabalhos de autores como Lima (2004), Gerson (2011), Brown (1980) e outros.
RESUMO. O objetivo deste artigo consiste em analisar a evolução das relaçõescomerciais do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina com os países membros do Mercosul: Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela, no período de 2010 a 2015. Busca-se assim compreender como se comportou a balança comercial de cada estado do Sul do Brasil em relação ao bloco. Os procedimentos metodológicos utilizados para alcance do objetivo do trabalho foram a revisão bibliográfica e a estatística descritiva. Os resultados alcançados indicam que o comércio com o Mercosul foi mais vantajoso para o estado do Paraná, e o Rio Grande do Sul foi o Estado da região Sul do Brasil que apresentou as piores relaçõescomerciais com o Mercosul.
Essa nova dimensão na relação bilateral ficou ainda mais evidenciada no momento em que as legações brasileiras foram elevadas à categoria de embaixadas, tendo sido Joaquim Nabuco 56 o ocupante da primeira embaixada brasileira. A nomeação de Joaquim Nabuco foi uma demonstração clara de que o relacionamento entre os dois países tinha atingido um ponto ótimo, acentuando a americanização da política exterior inaugurada com a República. (CERVO e BUENO, 1986: 60). Inclusive no que diz respeito ao estreitamento das relações bilaterais, também competiu a ele a defesa do federalismo e das práticas liberais e democráticas que tanto agradavam as “elites republicanas” brasileiras, que apoiavam estas causas como fundamentais à prosperidade e à modernidade da nação.
Assim este trabalho procurou demonstrar como uma série de ele- mentos constituíram um conjunto de possibilidades que materializa- ram-se na expedição de 1854. Entre eles pode-se ressaltara mudança de postura para uma prática mais intervencionista; os desenvolvimentos tecnológicos da navegação a vapor e da medicina; as relações entre o conhecimento cientíico e a expansão imperial tão claramente expressos pela RGS; e inalmente o discurso sobre a missão do homem branco que associa a ‘regeneração’ da África através do comércio e do cristianismo. Por outro lado, ao analisar as relações entre europeus e africanos nas diferentes regiões quando da passagem da expedição, mostrou-se que num momento de reconigurações variadas das estruturas políticas africa- nas locais, a presença europeia no interior com tal aparato tecnológico era capaz de garantir a mobilidade e a segurança relativa dos seus integrantes e de oferecer bens de prestígio que selavam alianças importantes naquela conjuntura. 45 Além disto, a expedição mostrou também que, além de um
O mesmo Acordo classifica as regras de origem entre preferenciais e não preferenciais. De acordo com o art. 1.2 do Acordo, regras de origem não preferenciais são definidas como leis, regulamentos e determinações administrativas, aplicados por qualquer Membro na determinação do país de origem das mercadorias comercializadas, desde que essas regras não estejam relacionadas a regimes comerciais contratuais ou autônomos ou que prevejam a concessão de preferências tarifárias mais amplas do que os limites de aplicação contidos no parágrafo 1 do Artigo I do GATT 1994, concernente à cláusula da nação mais favorecida. Ou seja, essas consistem naquelas regras utilizadas em instrumentos de políticas comerciais gerais de cada nação e sem o intuito de aplicar tarifas privilegiadas para determinado Estado ou grupo de países. São diretrizes estabelecidas pelo Estado importador relacionadas, principalmente, à concessão de tratamento da nação mais favorecida, medidas antidumping e direitos de compensação, salvaguardas, marcação de origem, restrições quantitativas ou quotas tarifárias, compras governamentais, dentre outros.
As séries relativas aos preços da gasolina A na refinaria, da gaso- lina C ao consumidor, do álcool anidro ao produtor, do álcool hidratado ao produtor, da cana, do açúcar no mercado int[r]
Este trabalho se propõe a observar as transformações recentes sofri- das pelo comércio bilateral entre a Argentina e o Brasil, e a analisar os principais fatores que as produziram. Após uma etapa de estagna- ção que teve início em 1999, o comércio bilateral começou uma recu- peração a partir de 2003, mas sob novas condições. Trata-se de uma situação comercial favorável para o Brasil a partir de uma perda de vantagens comparativas da Argentina em certos produtos primários e MOAs e de um aumento crescente do seu déficit bilateral em MOIs. Esta situação contrasta com o resultado positivo da balança comerci- al apresentado pela Argentina, durante 2003-2005, em relação ao resto do mundo, explicado por maiores saldos comerciais positivos em produtos primários, MOAs e combustíveis, e uma redução no déficit de MOIs.
Na primeira parte do estudo, trata-se de propor a renovação dos marcos analíticos e paradigmáticos para o estudo do federalismo brasileiro no campo atinente às relações internacionais e comerciais do país. Na segunda parte, avaliam-se algumas das negociações comerciais em curso e prioritárias para o Brasil. Na terceira parte, avalia-se o peso relativo das secretarias e agentes subnacionais, em diferentes estados da federação, em sua ação externa no campo do comércio exterior. Ênfase é conferida à experiência do Estado do Ceará, uma das unidades subnacionais mais ativas no incremento de relaçõescomerciais externas, apesar de sua relativamente modesta histórica contribuição à pauta exportadora do Brasil. Nas conclusões faz-se o balanço e sugerem-se alguns conceitos e políticas para o aperfeiçoamento dessa dimensão federativa da política de comércio exterior do Brasil.
A extranet aparece como uma derivação da comunicação organizacional, tendo sido desenvolvida, especificamente, para a formalização das relaçõescomerciais das organizações, por meio das transações realizadas com fornecedores ou revendedores espalhados por todos os cantos do mundo, permitindo com que se compre a melhor matéria-prima e produtos, pelo melhor preço e pelas melhores condições de entrega. Com isso, as empresas ganham tempo e, na era virtual, tempo é mais do que dinheiro, é o que permite a elas se manterem em um mercado cada vez mais competitivo. (CARVALHO, 2006, p.5).
Forbes (2004) investigou as características microeconómicas que proporcionaram a propagação internacional da crise Asiática e da crise na Rússia entre os anos de 1997 e de 1999. Os resultados sugerem que os efeitos associados à competição dos produtos com as exportações dos países afectados pelas crises constituíram importantes mecanismos de contágio internacional. Forbes (2002) estudou ainda a importância das relaçõescomerciais na transmissão de 16 crises ocorridas entre os anos de 1994 e 1999 em 58 países economias desenvolvidas e em desenvolvimento. Concluiu que os países que competem com as exportações do país em crise e que exportam para esse país são significativamente mais afectados e que tanto o efeito preço como o efeito rendimento são estatisticamente significativos. Do estudo empírico, concluiu-se igualmente que o efeito preço tende a ser significativo quando o país afectado pela crise permite que a sua moeda se desvalorize enquanto que o efeito rendimento só parece ser importante se o país reagir aumentando substancialmente as taxas de juro.
Esquematicamente, o livro divide-se em nove capítulos, estudando um período de 120 anos como se pode observar no título. Cada capítulo analisa uma série compacta de temas econômicos (modelos de crescimento, macroeconomia, relaçõescomerciais), políticos (governabilidade, fenômenos especificamente argentinos como peronismo, evolução do sistema político), sociais (movimento operário, relações Estado-sociedade, problemas sócio-econômicos), assuntos internacionais e muitos outros que têm influenciado a evolução histórica de um país subdesenvolvido, dependente e periférico como é la nación del Plata.
O setor de papel e celulose brasileiro tem apresentado potencial de crescimento em razão, principalmente, das condições favoráveis de qualidade e quantidade de recursos naturais, escalas adequadas de produção, equipamentos atualizados, produtividade, renovação tecnológica e automação de processos. O desempenho das exportações do setor tem garantido saldos positivos e crescentes para a balança comercial. Após a consolidação do MERCOSUL, as relaçõescomerciais brasileiras com os países-membros do bloco foram incrementadas, conferindo ao setor significativo aumento do comércio intrabloco. Apesar de ser esse um setor de indiscutível importância no comércio externo, tem sido observado na literatura nacional escassez de estudos que buscam analisar a evolução do fluxo comercial entre Brasil e MERCOSUL, considerando-se a análise desagregada desse segmento. Dessa forma, neste estudo propõe-se preencher essa lacuna.
Um segundo resultado vale a pena ser mostrado e imputado à estratégia que visa a passar pelas transações. Acompanhando o fio das diferentes relações sociais que tornam possível a troca comercial, passa-se de um registro do discurso econômico para outro. Enquanto tanto a Sociologia Econômica Clássica quanto a Nova Sociologia Econômica partiram de um diálogo com os economistas (STEINER, 2005), imperceptivelmente são aqueles que carregam outro tipo de discurso econômico que se tornaram interlocutores dos sociólogos que acompanham as transações. No local e lugar dos economistas, com suas abordagens formalistas e suas visões gerais sobre o sistema dos mercados, são os gestores que são os interlocutores da sociologia das relaçõescomerciais, pois são eles que se preocupam concretamente em tornar possíveis essas transações tornadas impossíveis pelas incertezas que assaltam os atores (a gestão é definida então, acompanhando Armand Hatchuel (2002), como uma “ação coletiva axiomática”). São eles que constroem ou vigiam atentamente o funcionamento dos dispositivos graças aos quais as transações comerciais podem ocorrer. Uma vez aceita essa mudança, novas formas de intervenção da teoria econômica, conhecidas pela designação de Market Design, podem ocupar seu lugar: é o caso da criação do mercado de direitos de poluir; da recente proposição de criar, na França, taxas sobre a junk food ou dos trabalhos em matéria de arquitetura de mercado (por exemplo, com a informatização do envio de ordens no mercado da bolsa de valores). Nesses casos, é estreito o laço entre o economista e o gestor, para produzir o que Michel Callon (1996; 2006) chama – mas limito-me a uma acepção específica do termo (STEINER, 2010) – o “desempenho da realidade econômica”, não propriamente pela teoria econômica, mas pela prática comercial e, de modo mais amplo, pelos atores que no interior das grandes organizações comerciais esforçam-se para pegar os clientes 3 . As transformações da
A título de exemplo, a chegada dos trilhos em Anápolis, no ano de 1935, impulsionou as relações comerciais deste centro goiano, integrando-o ao mercado nacional, comerci[r]