Esta pesquisa analisa o desempenho de seguradoras brasileiras no período entre 2000 e 2006, utilizando a Análise Envoltória de Dados (DEA) como ferramenta para encontrar dentre aquelas selecionadas as mais eficientes em cada período estudado e em um ranking geral de todos os períodos. O referencial teórico foi elaborado no sentido de esclarecer a história e o desenvolvimento do mercado segurador, assim como as principais características específicas do setor. Esta pesquisa, de natureza descritiva, utilizou métodos de pesquisa quantitativos e qualitativos. Por meio do método quantitativo, utilizou-se a DEA para encontrar entre as seguradoras estudadas as mais eficientes no período em questão, assim como análises estatísticas para encontrar as variáveis que comporiam o modelo. Segundo o método qualitativo, desenvolveram-se estudos de casos com quatro empresas do mercado segurador, identificando a maneira como analisam seu desempenhofinanceiro e seu desempenho não financeiro. Encontraram-se em cada ano estudado empresas eficientes segundo os indicadores apontados pelas análises estatísticas e DEA, sendo estas empresas consideradas como referência para as demais. Além disso, foi possível montar um ranking da eficiência das seguradoras segundo seu desempenhoeconômico-financeiro conjugando todo o período estudado. Por meio dos estudos de caso, constatou-se, principalmente, que as seguradoras estudadas analisam seu desempenho com o uso de indicadores econômico-financeiros e utilizam indicadores não financeiros para compor a análise do seu desempenho.
No Brasil, em 2007, surgiram as primeiras empresas educacionais de capital aberto, Anhanguera, Estácio e Kroton, cercadas por grandes expectativas de resultados futuros positivos e de elevados e rápidos retornos aos investidores. Passados mais de seis anos da abertura de capital emerge a questão quanto ao desempenhoeconômico-financeiro dessas instituições. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo apurar e analisar o desempenhoeconômico-financeiro do universo (N = 3) das Instituições de Ensino Superior (IES) de capital aberto, no período de 2007 a 2013, utilizando os indicadores de: i) geração de valor mensurado pelo EVA; ii) capacidade de geração de caixa mensurada pelo EBITDA; e iii) situação financeira avaliada pelo Método Fleuriet. Com base em fontes de dados secundários e análise documental de domínio público foram apurados, analisados e comparados os desempenhos das IES. Os resultados demonstraram que as três apresentam situação financeira sólida mas com uma grande divergência na capacidade de geração de caixa. No período de 2007 a 2013, apenas a Estácio gerou valor para os acionistas. A Kroton, destruiu/consumiu valor dos acionistas no período de estudo, entretanto, iniciou um processo de recuperação em 2012 e em 2013, após seis anos destruindo/consumindo valor, pela primeira vez gerou valor aos acionistas. A Anhanguera destruiu/consumiu valor dos acionistas durante os sete exercícios. Os resultados também revelaram que o desempenhoeconômico-financeiro é altamente dependente das políticas governamentais de acesso e financiamento do ensino superior e tem influenciado diretamente no valor de mercado das IES.
Esta pesquisa teve como objetivo avaliar o desempenhoeconômico-financeiro do banco Itaú Unibanco, comparando seus indicadores de desempenho antes e após a fusão. Foi analisado o período compreendido entre janeiro de 2002 até dezembro de 2011. Para verificar se a alteração na estrutura de propriedade possibilitou diferença no comportamento dos indicadores, foi utilizada a estrutura de análise CAMEL. A metodologia CAMEL possibilitou avaliar a situação econômico-financeira das instituições financeiras a partir de uma estrutura formada por cinco componentes: “C” – Capital (adequação de capital); “A” – Assets (qualidade dos ativos); “M” – Management (qualidade da gestão); “E” – Earnings (resultados); “L” – Liquidity (liquidez). Posteriormente, por meio de uma análise descritiva, foram realizados testes estatísticos para avaliar se cada indicador foi modificado com a mudança de propriedade. E ainda, se os indicadores da nova instituição têm comportamento diferente aos indicadores de seu principal concorrente. As evidências encontradas mostram que, após a mudança de propriedade, a nova instituição ainda não conseguiu atingir os melhores picos no desempenho das duas instituições que originaram o Itaú Unibanco. No entanto, os resultados finais apresentados pela nova organização passaram a ser mais constantes, diminuindo a volatilidade dos resultados apresentados no escopo da metodologia CAMEL. Em uma análise pormenorizada de cada indicador, foi evidenciado que a maioria dos indicadores teve seus comportamentos alterados com a mudança de propriedade, considerando a comparação tanto com o Banco Itaú, quanto com o Banco Unibanco.
A análise fatorial tem o intuito de reduzir a complexidade de um grande número de variáveis em um arranjo menor, considerando as correlações entre as variáveis originais (Mendez & Rondon, 2012). A aplicação dessa técnica a indicadores econômico-financeiros é exemplificada por Bezerra e Corrar (2006), que abordam os indicadores de empresas seguradoras, e por Carvalho e Bialoskorski (2007), que englobam cooperativas agropecuárias. O estudo de Borges, Benedicto e Carvalho (2014) também utiliza abordagem semelhante, porém aplica a análise fatorial para avaliar o desempenho de cooperativas de crédito rural. Nesse sentido, como destacado por Louzada, Oliveira, Silva e Gonçalves (2016), observa-se que a utilização de técnicas estatísticas é importante na construção de um conjunto de indicadores que permitam avaliar o desempenho de uma entidade.
O estudo de Bastos, Nakamura e Basso (2009) teve como objetivo verificar os determinantes da estrutura de capital em companhias abertas da América Latina, levando em conta os fatores específicos da empresa e também fatores macroeconômicos e institucionais. Para tal, utilizaram como base 388 empresas de capital aberto de cinco das sete maiores economias da América Latina mensuradas pelo PIB de 2005 (México, Brasil, Argentina, Chile e Peru). As conclusões do estudo assinalaram que os índices de liquidez corrente e rentabilidade do ativo foram os fatores específicos da empresa que ajudaram a determinar sua estrutura de capital. Com relação aos fatores macroeconômicos e institucionais, a variável crescimento do PIB foi a mais relevante. Apresentou uma relação negativa com o endividamento total das companhias, uma vez que em tempos de crescimento econômico as empresas tendem a dispor de mais recursos internos para financiar seus investimentos.
O principal propósito desta pesquisa foi analisar a relação entre as variáveis liquidez, rentabilidade e crescimento e retorno dos acionistas. A escolha dessas variáveis foi baseada em um estudo demonstrando que empresas, por exemplo, na Turquia, Índia, Austrália e Estados Unidos, que mostravam bons indicadores nessas variáveis indicavam elevado desempenho ante diferentes situações macroeconômicas, fossem adversas ou positivas. A partir de uma análise fatorial realizada por outro estudo, observou-se que essas variáveis apresentavam-se discriminantes e robustas, e assim desenhou-se um modelo de equação estrutural para ser testado. Das 6.579 empresas inicialmente selecionadas, foi constituída uma amostra com 609 empresas americanas que dispunham de todas as informações financeiras necessárias entre 2011 a 2014. O principal resultado é que cada uma das variáveis e o modelo apresentaram robustez, o que é interessante, principalmente pela liquidez. Testes de qualidade da amostra (bootstrap), controle por tamanho e deslocamento no tempo também foram conduzidos. Embora o poder explicativo tenha sido sintetizado, por se tratar de um modelo reduzido com apenas três variáveis, os resultados do trabalho podem encorajar novos estudos procurando definir a importância de cada uma dessas variáveis na condução de uma gestão eficiente na geração de valor.
Através da aplicação da Análise por Envoltória de Dados são identificadas as unidades eficientes e ineficientes dentro de um conjunto de dados homogêneo, além da po[r]
De acordo com Coelho (2005), a definição dos índices a ser utilizada numa análise depende exclusivamente da profundidade que se deseja assim, o presente estudo de caso utilizou se de uma análise das demonstrações financeiras de uma cooperativa de trabalho médico, a partir dos aspectos contidos nas estruturas patrimoniais, econômicas e financeiras, trabalhando com os índices de rentabilidade.
Desde então, porém, ocorreram mudanças no mercado brasileiro. Uma das mais importantes foi a regulamentação dos planos de saúde (em 1998), levando a limitações no aumento nos prêmios, à padronização das coberturas de atendimento e, consequentemente, a uma menor diferenciação. Simultaneamente ocorreu grande ampliação dos direitos dos usuários. Anteriormente, predominavam práticas consideradas abusivas por muitos clientes, e as empresas aumentavam suas receitas por meio da aplicação, no mercado financeiro, dos recursos fornecidos pelos seus usuários. A regulamentação do mercado dos planos de saúde trouxe a necessidade de essas empresas otimizarem sua atuação em seus negócios originais (de saúde), em vez de obterem sua lucratividade no mercado financeiro. Ainda não se encontram pesquisas nacionais sobre estratégias corporativas das EMG após essas mudanças. No entanto, pode-se dizer que desde o ano de 2000 essas empresas estão em forte tendência de integração, tanto em termos de incorporação de prestadores (hospitais e centros médicos próprios) como em relação à contratação de médicos ou equipes médicas. Nesses últimos casos, muitas vezes, por meio da realização de parcerias.
Quanto à existência de uma associação entre a utilização de artefatos modernos da contabilidade gerencial e o desempenhoeconômico-financeiro, hipótese H2, verificou-se, por meio do teste U de Mann- Whitney, a sua rejeição, isto é, não se pode afirmar que o uso de artefatos modernos da contabilidade gerencial tenha relação com o desempenhoeconômico-financeiro. A partir de uma comparação com estudos prévios, tal constatação obteve resultado convergente com a pesquisa realizada por Reis e Teixeira (2013), porém, divergente daquele apresentado por Soutes e Guerreiro (2007). Cabe ressaltar que esses autores se utilizam de uma amostra plural, com empresas de diferentes setores, diferentemente deste estudo que se utiliza de uma amostra de empresas com perfil específico. Dessa maneira, visando trazer maior visibilidade à relação entre o uso de artefatos e desempenho, sugerem-se maiores investigações acerca de influências institucionais aos direcionadores de custos operacionais dessas empresas, partindo-se da premissa de que onerações a partir dos marcos regulatórios não necessariamente requerem a sofisticação da função das práticas da contabilidade gerencial como apoio à tomada de decisão gerencial. Por outro lado, se o uso de artefatos modernos nesse contexto regulatório se faz imprescindível, pode-se argumentar que a adoção e a institucionalização dessas práticas nas empresas analisadas merecem um olhar mais detalhado. Nessa esfera de análise, as demandas relacionadas à especialização jurídica podem suplantar a necessidade de práticas da contabilidade gerencial mais alinhadas à geração de valor por parte da gestão.
Com o advento de companhias de grande porte e de um mercado extremamente competitivo no final da última década, desencadeou-se uma intensa busca pelas técnicas de análise de investimento, e a contabilidade, responsável direta pelo registro dos fatos ocorridos em uma entidade, passou a ter sua responsabilidade elevada ainda mais, uma vez que estes registros são os pilares para um bom estudo do desenvolvimento das atividades por elas realizadas; e estes têm relação direta na confiabilidade dos demonstrativos gerados (ASSAF NETO, 2015; MATARAZZO, 2008).
O estudo tem como objetivo analisar os reflexos da crise econô- mica nos indicadores de desempenhos econômicos e financeiros nas empresas de construção civil no Brasil. A pesquisa é conside- rada aplicada, descritiva, quantitativa e explicativa, com base em levantamento de dados no sistema Economática® no período de 2010 a 2015. A amostra é composta por 17 companhias listadas na BM&FBovespa. Após a coleta dos dados, foi desenvolvida uma análiseeconômico-financeira por meio dos indicadores de desem- penho. Os resultados mostraram que os indicadores econômicos e financeiros apresentaram variações ao longo do período estudado, sendo 2015 o ano em que as empresas sofreram mais fortemente seus reflexos, principalmente em relação ao aumento do endivi- damento, impactando no resultado líquido e nas taxas de retorno. Desse modo, foi possível inferir que os indicadores econômicos e financeiros das indústrias de construção civil apresentaram varia- ções relevantes no período em análise.
Este artigo analisa o impacto das tecnologias ambientais no desempenhoeconômico-financeiro de uma empresa de papel e celulose. Entre os investimentos, delimitaram-se neste estudo dois projetos implementados pela empresa: a usina de cogeração de energia e a modernização da Estação de Tratamento de Efluentes. Para a coleta de dados, a análise documental e de conteúdo foi realizada por meio de procedimento descritivo-quantitativo, a partir dos dados secundários disponíveis nos relatórios de sustentabilidade e de demonstrações financeiras. Os investimentos ambientais parecem ter impactado favoravelmente no desempenhoeconômico-financeiro da organização, levando-se em conta somente os indicadores de valor econômico e de geração de caixa, em específico o MVA e o EBITDA, não obstante a crise financeira internacional. Contudo, há evidências de que os investimentos ambientais se coadunam com a política de mitigação dos impactos ambientais durante o processo produtivo da empresa Irani. Isso se comprova pelos resultados obtidos até o momento, que evidenciam que os projetos de MDL, desde sua consolidação, possibilitaram a redução da emissão de aproximadamente 200 mil toneladas de CO 2 ao ano.
Nesse contexto, em que se busca a transparência e clareza na avaliação, este trabalho tem como objetivo apresentar uma metodologia para a mensuração e análise do desempenho corporativo, de forma a atender aos requisitos de objetividade e não-tendenciosidade em um âmbito de análise do tipo benchmarking. Para tanto, é proposta a construção de um indicador de desempenhoeconômicofinanceiro de empresas, considerando em sua composição os principais índices que são calculados a partir das demonstrações financeiras publicadas pelas corporações. Considerando que cada um dos índices tem sua própria dimensão na análise, optou-se por modelar sua comparabilidade e agregação através dos métodos multiatributos, por meio da teoria do ideal deslocado. Como resultado, tem-se uma função aditiva ponderada linear, cujos fatores de ponderação foram obtidos de forma objetiva, por um processo de otimização não-linear baseado no princípio da entropia máxima.
De acordo com a Figura 1, os procedimentos metodológicos da pesquisa compreenderam seis etapas, em que: (1) corresponde aos critérios utilizados para escolha da população; (2) aplicação dos critérios para escolha da população, resultando em 174 empresas; (3) coleta das informações, junto à Pintec, referente aos dados de 2005 e 2008, sobre capacidade inovativa e seus antecedentes; e, junto à base de dados do Economática®, referente aos dados de 2006 e 2009, sobre desempenho empresarial; (4) definição da amostra por meio da disponibilidade de dados nos períodos indicados para cada base de dados, reunindo 73 empresas; (5) representação das variáveis dependentes e independentes componentes das correlações e regressões lineares já descritas, com suas respectivas hipóteses; e (6) análise dos resultados através de relatório emitido pelo aplicativo Stata: Data Analysis and Statistical Software, indicado pelo IBGE.
Cumpre ressaltar que a análise do desempenho operacional deve considerar algumas variáveis contratuais e operacionais que podem favorecer ou não tal performance (quinto objetivo específico). As contratuais relevantes são data de início da concessão, tarifa básica de pedágio, extensão da rodovia e objeto de contrato. As operacionais, entretanto, são demanda de veículos e tipo de pista. Nesse sentido, a análise de correlação entre variáveis operacionais corroborou com a criticidade da variável data de início da concessão, pois ela foi correlacionada positivamente em 49% com o número de acidentes por quilômetro. Assim, há indícios de que nas concessões mais antigas a segurança viária tende a ser inadequada. A mesma variável apresentou associação linearmente negativa em 38% com a variável TRO. Ou seja, as concessões mais novas possuem a tendência de serem mais advertidas pela ANTT. A relação entre as variáveis operacionais e as econômico-financeiras pôde ser analisada, inicialmente, por meio da análise de correlação. Os resultados de destaque indicaram que o tempo de concessão apresenta correlação positiva acima de 60% com variáveis econômico- financeiras de desempenho (lucro operacional, ROA e margem operacional). Ainda, verificou-se que a idade da concessão é negativamente correlacionada na mesma magnitude com dívida para capital, o que indica que concessões mais antigas tendem a usar menos capital de terceiros. Essa análise ainda auxiliou a seleção, dentre as variáveis disponíveis e estudadas nas seções anteriores.
O objetivo deste estudo foi averiguar, em pesquisas que foram publicadas nos periódicos nacionais, a existência de relação entre o desempenho socioambiental e o desempenhoeconômico-financeiro das empresas e, caso exista, identificar os fatores que exercem influência sobre essa relação. Pesquisaram-se 625 edições, ao longo de 11 anos, a contar da primeira edição de 2003 até a primeira edição de 2014. Foram encontrados 26 artigos sobre o tema, os quais compuseram a amostra do estudo. Os resultados demonstram que a relação entre o desempenho socioambiental e o desempenhoeconômico-financeiro ainda é divergente e inconclusiva. Por meio da análise dos artigos, percebeu-se que 16 dos 26 artigos se alicerçaram em teorias e 13 trabalhos optaram por usar mais de uma teoria. Considerando os 26 artigos, 14 desses evidenciam alguma variável que apresentou relação positiva entre o desempenho socioambiental e o desempenhoeconômico-financeiro e 4 artigos encontraram relação negativa. Sobre as variáveis socioambiental, verificou-se predominância de variáveis extraídas do Balanço Social (modelo IBASE) e variáveis que utilizaram como proxy o ISE. Quanto às variáveis econômico-financeira, o ROE e/ou o ROA foram utilizados em 12 dos 26 artigos, representando, portanto, a variável econômico- financeira mais utilizadas nas pesquisas.
RESUMO: A falta de informações suficientes para o comando e o controle econômico das empresas e o não conhecimento da viabilidade financeira das atividades desenvolvidas levam os empresários e administradores a necessitarem cada vez mais apoiar-se em instrumentais técnicos e econômico-financeiros para identificar a real situação da empresa, evitar prejuízos, erros na tomada de decisões e fornecer subsídios para avaliações futuras que contribuam para o crescimento da empresa. Este estudo teve como objetivo identificar e analisar diferentes níveis de desempenhoeconômico- financeiro entre empresas distribuidoras de energia elétrica através da construção do Índice de DesempenhoEconômicoFinanceiro (IDEF). Para tanto, utilizou-se de cálculo de indicadores e aplicação da técnica de análise fatorial. Os resultados possibilitaram a hierarquização das empresas quanto ao IDEF, bem como a identificação dos fatores e suas influências no rankeamento do desempenho destas empresas.
Essa pesquisa é delineada como exploratória e descritiva, pois discute e apresenta relações entre variáveis já abordadas cientificamente. A pesquisa exploratória tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses. A grande maioria dessas pesquisas envolve: (a) levantamento bibliográfico; (b) entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; e (c) análise de exemplos que estimulem a compreensão (GIL, 2007). A pesquisa descritiva está estruturada sob o enfoque de averiguar associações entre diferentes variáveis e busca conhecer as relações de causa e efeito entre elas. Ela permite ao pesquisador, além da análise ou da base para tanto, a totalidade do objeto estudado, sem a preocupação com detalhes que a investigação não persiga, assumindo a forma de síntese (MARTINS; THEÓPHILO, 2009).
Considerando que os bancos constituem as maiores instituições do sistema financeiro e que a globalização dos mercados e a transformação digital vêm criando um novo cenário competitivo no setor bancário, faz-se necessário realizar a gestão dos recursos disponíveis da melhor maneira possível. Portanto, este trabalho buscou analisar a eficiência relativa do desempenhoeconômico-financeiro dessas entidades, utilizando a Análise Envoltória de Dados (DEA). Neste contexto, o estudo teve como objetivo geral avaliar a eficiência relativa do desempenhoeconômico-financeiro das Instituições Financeiras do Segmento Bancário listadas na BM&FBOVESPA em 2017. Tratou-se de uma pesquisa descritiva, quanto aos objetivos, e quantitativa quanto à abordagem do problema, por utilizar a Análise Envoltória dos Dados (DEA) para análise e interpretação dos dados. Quanto aos procedimentos, utilizou- se ainda pesquisa bibliográfica e documental, com a extração de informações obtidas das demonstrações contábeis produzidas pelas entidades objeto deste estudo. Os resultados mostraram que, entre os 23 bancos analisados, 6 foram classificados como eficientes e 17 como ineficientes. Os eficientes foram: BANESTES, BANESE, INDUSVAL, MERC INVEST, NORD BRASIL E ITAUSA. Entre os seis eficientes, os que mais serviram de benchmark para as ineficientes foram BANESTES e MERC INVEST, sendo indicados como parâmetro de eficiência para 15 e 14 instituições, respectivamente.