Este estudo teve como objetivo avaliar as alterações nutricionais e alimentares ocorridas em pacientes submetidos ao procedimento de desvio gástrico em Y de Roux (RYGB) atendidos no ano de 2005-2006 no hospital das Clínicas da UFMG. Onze mulheres e quatro homens foram avaliados no pré-operatório e apósseismeses de acompanhamento. Para obtenção dos dados alimentares foram utilizados os métodos de registro alimentar de três dias e questionário de freqüência de consumo alimentar (QFCA), os dados referentes às mudanças na composição corporal foram obtidos por impedância bioelétrica (BIA) e para avaliação bioquímica foram utilizados dados dos exames de rotina do pré e do pós-operatório. Os resultados revelaram baixa ingestão de nutrientes e calorias no pré-operatório além de alta percentagem de hipertensão arterial e dislipidemia. Apósseismeses de cirurgia houve perda média de 41,4 kg (51,4%) do excesso de peso em virtude da perda de 27,8 kg de massa gorda (40,5%), mas também da perda indesejável de 13,7 kg de massa magra (17,5%), com concomitante baixa ingestão protéica. Entretanto, não houve correlação entre perda de massa magra e baixo consumo de proteínas (r=-0,00; p=0,99). Com a esperada perda ponderal, houve melhora das complicações associadas à obesidade, nos níveis pressóricos e nos níveis de colesterol total (CT) e do colesterol em lipoproteína de baixa densidade (LDL-C), porém aumentada incidência de alopecia. A suplementação de vitaminas e minerais mostrou-se adequada para manter os níveis séricos de ferro, vitamina B12 e folato adequados. Contudo, a suplementação de cálcio não foi suficiente para manter os níveis de cálcio iônico dentro da normalidade e reduzir os níveis de paratormônio (PTH). Em conclusão, embora a maioria das complicações ligadas à obesidade tenha sido melhorada com a perda de peso após a cirurgia, especial atenção deve ser dada ao consumo e suplementação de cálcio e proteína nesses pacientes.
Após aprovação do projeto de pesquisa pelo Co- mitê de Ética em Pesquisa, foi realizado um estudo pi- loto, no período de junho a julho de 2005, com cinco participantes do Programa de Prevenção e Controle da Obesidade (PPCO), de um Hospital Público de Goiânia, com o objetivo de investigar o grau de com- preensão dos participantes quanto aos instrumentos escolhidos. Posteriormente, foram abordadas pessoas obesas que estavam no momento pré-cirúrgico, apre- sentados os objetivos do estudo e solicitado sua ade- são. Todos os participantes faziam parte do Protocolo de Acompanhamento Psicológico ao Obeso, prepara- tório à cirurgia, da referida instituição. Contudo, os dados foram colhidos antes da intervenção psicológi- ca. Assim, aqueles que aceitaram participar da pesqui- sa tiveram acesso ao Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, iniciando, no mesmo encontro, os procedi- mentos de avaliação, respondendo, o WHOQOL-100. Em outro encontro, responderam o SF-36 e uma Entrevista Semi-Estruturada, gravada em áudio. O tempo médio de cada encontro foi de 40 minutos, sendo os dados colhidos entre os meses de julho e dezembro de 2005. Ao longo da aplicação dos instrumentos, não foram observadas ocorrências que interferissem no processo.
Quanto ao processo cirúrgico, há divisão em três etapas, sendo que a primeira é o pré-operatório, onde é realizada a indicação médica do paciente em receber o tratamento através da cirurgia, até a chegada à mesa cirúrgica. Esta deve ser uma fase extensa pela complexidade da cirurgia e mudança radical que o paciente será submetido. O trans-operatório é a segunda etapa, onde ocorre todo o ato cirúrgico até a saída para a recuperação pós-anestésica. E o pós-operatório, que compreende a última etapa e perdura até mesesapós a cirurgia 11 .
função da normalização da função respiratória após a redução de peso, com conseqüente melhora das atividades cerebrais. No item REC-A e nível de B1 observa-se que quanto menor o nível de vitamina B1 melhor o resultado obtido. Nos outros testes não se observou diferenças. São resultados diferentes dos esperados. Fandiño et al (2005) descreveram um caso em que persistiram prejuízo de memória a longo prazo, apesar de tratamento adequado da hipovitaminose B1. Relataram o caso de um homem de 43 anos, no 2º mês pós-cirúrgico, que chegou ao hospital com quadro de confusão mental: desorientação no tempo e espaço, síndrome amnéstico com amnésia anterógrada, diminuição de memória retrógrada, incapacidade para reter novas informações, labilidade emocional e ausência de insight sobre seu estado mórbido. Com a informação de que o paciente desenvolveu pavor do reganho de peso, que instituiu grave restrição alimentar e que abandonou a suplementação nutricional, foi pesquisada a taxa de tiamina, que estava diminuída, assim como estavam outros nutrientes. Instituída as reposições necessárias, o paciente melhorou do quadro confusional, mas permaneceu a recusa alimentar, tendo sido necessária alimentação enteral. Dois mesesapós, o paciente teve alta hospitalar, com hábitos alimentares regulares e melhora dos aspectos cognitivos. Dois anos após, em visita controle ao paciente, permaneciam os hábitos alimentares saudáveis, mas persistiu síndrome amnésica residual parcial, dificuldade para reter novas informações, algumas confabulações e apatia. Caso semelhante foi descrito por Loh et al (2004), um caso de Wernicke-Korsakoff 2 mesesapós a cirurgiabariátrica. Submetido à avaliação neurológica, o paciente apresentou alterações cognitivas moderadas no MEEM (escore 18/30) e alterações no exame de Ressonância Magnética compatíveis com Encefalopatia de Wernicke aguda. Seis horas após o início do tratamento endovenoso com tiamina já houve melhora no desempenho do MEEM (escore 22/30). Setenta e duas horas após, o escore do MEEM melhorou (25/30), assim como a imagem na Ressonância Magnética. Após 4 meses, continuando com reposição de tiamina via oral, a imagem cerebral normalizou-se, permanecendo dificuldade para memória recente.
Introdução: Obesos mórbidos apresentam aumento da freqüência cardíaca, da pressão arterial e da percepção do esforço além de baixa capacidade de caminhar em relação a pessoas eutróficas. No entanto, pouco se sabe como essas variáveis se apresentam após a realização da cirurgiabariátrica. Além disso, apesar da distância percorrida no teste de caminhada de seis minutos (TC6M) melhorar após a cirurgia, ainda não está bem estabelecido como o nível de atividade física influencia nesta melhora. Objetivo: Avaliar o desempenho cardiovascular, a percepção do esforço, a capacidade de caminhar e o nível de atividade física de pacientes portadores de obesidade mórbida antes e depois da cirurgiabariátrica. Métodos: O desempenho cardiovascular, a percepção do esforço, a capacidade de caminhar e o nível de atividade física foram avaliados em 22 pacientesantes (IMC=50,4kg/m 2 ) e após (IMC=34,8kg/m 2 ) a cirurgiabariátrica através do TC6M. A FC, a pressão arterial e a percepção do esforço foram avaliados no repouso, ao final do TC6M e no segundo minuto pós-teste (FC recuperação). Já a capacidade de caminhar foi aferida através da distância total caminhada ao final do TC6M enquanto o nível de atividade física foi estimado pela aplicação do Questionário de Baecke, analisando os domínios ocupação, lazer e locomoção e lazer e atividade física. Resultados: A FC de repouso e recuperação diminuíram significativamente (91,2±15,8 bpm vs 71,9±9,8 bpm; 99,5±15,3 bpm vs 82,5±11,1 bpm, respectivamente), assim como todos os valores de pressão arterial e percepção de esforço após a cirurgia. Já a distância atingida pelos pacientes aumentou em 58,4 m (p=0,001) no pós- operatório. O tempo de pós-operatório obteve correlação com o percentual de excesso de peso perdido (r=0,48;p=0,02), com o IMC (r=-0,68;p=0,001) e com o Baecke (r=0,52;p=0,01), no entanto não teve relação com a distância caminhada (r=0,37;p=0,09). Outrossim, a despeito da perda ponderal, os pacientes não apresentaram diferença no nível de atividade física em nenhum dos domínios antes e depois da cirurgia. Conclusão: O desempenho cardiovascular, a percepção do esforço e a capacidade de caminhar parecem melhorar após a realização da cirurgiabariátrica. No entanto, apesar da
Objetivo: comparar as condições clínicas de pacientesobesos em período pré e pós-operatório de cirurgiabariátrica. Método: estudo descritivo, retrospectivo, de abordagem quantitativa, por meio de consulta ao prontuário de 134 pacientes submetidos à cirurgia bari- átrica no período de 2009 a 2014. Os dados foram coletados entre os meses de setembro e novembro de 2015. Foi realizada análise estatística descritiva e comparativa das variáveis antropométricas, metabólicas, bioquímicas e clínicas, considerando seismesesantes e após a cirurgia. Resultados: a maioria dos pacientes era do sexo feminino (91,8%), com maior prevalência (35%) na faixa etária de 18 aos 29 anos, com ensino médio completo (65,6%) e obesidade grau III (60,4%). Seismesesapós a cirurgia, a redução do peso e o perfil lipídico foram significativos em ambos os sexos, mas o impacto nos parâmetros bioquímicos, antropométricos, metabólicos e clínicos foi significativo apenas nos indivíduos do sexo feminino, com redução das morbidades associadas à obesidade como hipertensão arte- rial, diabetes mellitus, dislipidemia e síndrome metabólica e na utilização de medicamentos. Conclusão: a cirurgiabariátrica foi eficaz na perda ponderal de peso, com melhoras nos parâmetros antropométricos, metabólicos e bioquímicos e na redução de morbidades associadas à obesidade.
O aumento ponderal, por sua vez, pode trazer ainda as sequelas nutricionais devido à má absorção intestinal provocada pela maioria das técnicas cirúrgicas empregadas no tratamento da obesidade. Embora a recidiva de peso possa representar a retomada do aproveitamento nutricional completo, muitos nutrientes essenciais ainda são perdidos, o que pode evidenciar quadros graves de anemia ferropriva, megaloblástica, deficiência de vitamina D e desnutrição crônica. Nesta situação, tem-se um obeso com várias complicações nutricionais que precisam ser tratadas antes de se pensar no emagrecimento per se.
Contexto: A obesidade pode estar relacionada a doenças como diabetes, hipertensão arterial e dislipidemia. A cirurgiabariátrica é um dos tratamentos mais eicazes, levando à diminuição de peso e comorbidades. Objetivo: Avaliar o peril metabólico e farmacoterapêutico de pacientesobesosapóscirurgiabariátrica. Métodos: Trata-se de um estudo observacional transversal retrospectivo, realizado em um hospital localizado na cidade de Porto Alegre, RS, Brasil. Foram avaliados 70 prontuários de pacientes que realizaram cirurgiabariátrica, nos períodos de antes de 2 meses e mais de 6 mesesapós a cirurgiabariátrica. A análise estatística foi realizada no programa SPSS 17.0 . Resultados: A pressão arterial inicial foi de 130/85 mmHg, passando para 120/80 mmHg (p < 0,01). Com relação ao peril metabólico antes de dois meses, o HDL foi de 34 mg/dL, o colesterol total foi de 195,07 ± 40,17 mg/dL, o LDL foi de 118,22 ± 41,28 mg/dL, os triglicerídeos foram de 141,09 ± 43,39 mg/dL, e a glicemia de jejum foi de 90 mg/dL. Após 6 meses de cirurgia, os valores passaram para 43 mg/dL, 133,67 ± 28,14 mg/dL, 65,53 ± 24,3 mg/dL, 104,41 ± 29,6 mg/dL, e 77 mg/dL, respectivamente (p < 0,01). Com relação ao uso de medicamentos, 41% utilizaram anti-hipertensivos, 39% utilizaram hipolipemiantes, 10% utilizaram hipoglicemiantes orais e 97% utilizaram suplementos antes dos 2 meses de cirurgia. Após os 6 meses, os percentuais foram alterados para 21%, 19%, 9% e 99%, respectivamente. Conclusões: O estudo mostra o sucesso da cirurgiabariátrica em pacientesobesos com comorbidades, revelando melhora no peril metabólico e redução na utilização de medicamentos para tratamento de comorbidades.
Os métodos de avaliação da composição corporal empregados no seguimento pós-opera- tório imediato e/ou tardio devem ser de fácil exe- cução, baixo custo e não envolver procedimentos invasivos. Devido à facilidade de acesso e execu- ção, as medidas de circunferências e a espessura de pregas cutâneas são comumente utilizadas na avaliação da evolução nutricional. Entretanto, em indivíduos obesos há dificuldade em isolar a massa gordurosa, o que diminui a precisão do método 4 .
Objetivo: verificar a prevalência da STC em pacientesobesos candidatos à cirurgiabariátrica comparada com a prevalência em indivíduos não obesos e em pacientes já submetidos ao procedimento cirúrgico para verificar se as medidas de perda de peso influem na prevalência e gravidade dos sintomas. Métodos: Métodos: Métodos: Métodos: Métodos: três grupos de indivíduos foram estudados: 1) candidatos à cirurgiabariátrica (pré-operatório); 2) já submetidos ao tratamento cirúrgico bariátrico (pós-operatório) e 3) grupo controle. Foram coletados dados demográficos e clínicos referentes à síndrome do túnel do carpo. Foi realizada ultrassonografia para medição da área da secção transversa do nervo mediano para o diagnóstico da síndrome. Resultados: Resultados: Resultados: Resultados: Resultados: foram incluídos 329 indivíduos (114 no grupo pré- operatório, 90 no grupo pós-operatório e 125 controles). Houve maior prevalência de parestesias quando se comparou o grupo pré- operatório com o controle (p<0,00001). Houve diminuição das parestesias (p=0,0002) e da área da secção transversa do nervo mediano (p=0.04) nos pacientes do pós-operatório, mas não houve diferença significativa na prevalência geral da síndrome do túnel do carpo. Foi observada diferença significativa entre os grupos pré e pós-operatório (p=0,05) nos indivíduos que realizavam trabalho não manual. Conclusão: Conclusão: Conclusão: Conclusão: houve maior prevalência da síndrome do túnel do carpo entre o grupo pré-operatório comparado com Conclusão: o controle, mas não se observou diferença significativa entre os grupos pré e pós-operatório no geral. Houve diferença entre os grupos pré e pós-operatório dentre os trabalhadores não manuais.
RESUMO: Objetivo: O objetivo deste estudo foi determinar se existe associação entre a hipomotilidade da vesícula biliar em obesos, antes da cirurgiabariátrica e o desenvolvimento da litíase biliar após perda de peso. Método: No período de setembro de 2002 a janeiro de 2005, utilizando ultra-sonografia em tempo real, com medidas do volume em jejum e 60 minutos após ingestão de dieta, avaliamos a vesícula biliar de noventa e seispacientesobesos com indicação de cirurgiabariátrica. Estes pacientes foram reavaliados um ano após a cirurgia com ultra-sonografia para detecção de litíase biliar. Resultados: Vinte e sete (28,12%) apresentaram hipomotilidade da vesícula, destes, sete (29,62%) apresentaram litíase. Dezoito (18,75%) da amostra total, desenvolveram litíase biliar no período pós-operatório. Conclusão: Não foi encontrada diferença estatisticamente significante no desenvolvimento de litíase no grupo de pacientes com hipomotilidade e naqueles com motilidade normal da vesícula biliar (Rev. Col. Bras. Cir. 2006; 33(5): 285-288).
Objetivou-se avaliar as condições periodontais e de higiene bucal, qualidade de vida e satisfação geral com a vida em pacientesobesos diabéticos e não diabéticos submetidos à cirurgiabariátrica (CB). Estudo observacional longitudinal prospectivo que contou com amostra inicial de 150 indivíduos (G1- obesos diabéticos n=50; G2-obesos não diabéticos, n=50 e G3-eutróficos, n=50). G1 e G2 foram submetidos à CB e avaliados apósseis (PO 6m, G1-n=18; G2-n=34) e 12 meses (PO 12m, G1-n=10; G2-n=15). Utilizou-se Índice de Massa Corpórea (IMC), Circunferências da Cintura (CC) e Quadril (CQ) e Relação Cintura-Quadril (RCQ). Os exames bucais foram realizados por um examinador (Kappa>0,81), avaliando sangramento (S), profundidade de sondagem (PS), nível de inserção clínica (NIC), índice de placa (IP), gengivite, periodontite e dentes perdidos. Aplicou- se OHIP-14 e Escala de Satisfação com a Vida (SV), além do registro das condições socioeconômicas, hábitos e história médica. Na análise dos dados foram aplicados Análise de Variância pós teste Tukey, Kruskal-Wallis pós teste Dun, Friedman, teste t-Student, Mann-Whitney, Odds ratio, intervalo de confiança 95%, Qui-quadrado e correlação de Pearson (p<0,05). O gênero feminino foi o mais prevalente G1- 80,00%; G2-90,00%; G3-80,00%) e idade média foi 43,48±8,99-G1, 38,70±8,52-G2 e 40,22±12,35-G3. Houve diferença quanto à escolaridade, ocupação, renda, hipertensão e etilismo (p<0,05). Os obesos apresentaram maior PS e IP (p<0,05), porém G1 apresentou maior percentual de S (p<0,05). A periodontite esteve associada ao DM (OR= 3,67; IC 95%= 1,80-7,48; p= 0,000). O impacto bucal na QV foi baixo e a SV não diferiu entre os grupos (p>0,05). Após a CB, houve redução das medidas antropométricas e IP em G1 e G2 (p<0,05) e melhora na SV (p>0,05). A QV foi correlacionada com idade (r=0,165; p=0,043) e dentes perdidos (r=0,446; p=0,000); SV correlacionou-se com RCQ (r=0,196; p=0,016) e IP (r=-0,201; p=0,013). Após a CB, SV correlacionou-se com IMC (r=-0,581; p=0,002) e idade (r=- 0,451; p=0,024) em PO 6m, e com IMC (r=-0,424; p=0,035) em PO 12m. Após a CB, houve melhora da higiene bucal e aumento da satisfação com a vida independente do grupo e não houve diferenças para as demais variáveis analisadas.
operatório: 104,4mg/dL(p=0,018), 95,5mg/dL(p=0,263) e 84,8g/dL(p=0,004), respectivamente; transferrina apresentou valores reduzidos aos 6 meses. Prevalência maior dos sintomas ocorreu no 6° mês: alopécia (19%), vômitos (18%), intolerância alimentar (12,2%). Conclusão: Conclusão: Conclusão: Conclusão: Conclusão: A Cirurgiabariátrica foi um procedimento eficaz para promover perda ponderal e sua manutenção por dois anos, assim como melhora de parâmetros bioquímicos e co-morbidades, com sintomas clínico–nutricionais reduzidos e/ou evitados por monitorização nutricional.
Com o aumento progressivo da prevalência da Obesidade, a CirurgiaBariátrica é o tratamento cirúrgico a que cada vez mais se recorre, para promover a curto e médio prazo uma diminuição do peso corporal e comorbilidades associadas. Para além da perda de peso, também tem sido reportada a prevalência de deficiências nutricionais em candidatos a cirurgiabariátrica. No entanto existem poucos estudos que avaliem a ingestão nutricional dos doentes obesosantes e após serem submetidos a cirurgiabariátrica.
Em relação aos índices de depressão e ansiedade em pa- ciente com obesidade grau III, por exemplo, Franques e Ascencio (2006) encontraram níveis reduzidos de depres- são, enquanto que uma pesquisa australiana (Dixon et al., 2003) mostrou que a perda de peso foi associada com uma significante e sustentada queda nos escores de depressão. Um estudo americano (Dymek et al., 2002) que avaliou a qualidade de vida (incluindo a medida de depressão), indi- cou que antes da cirurgia os pacientes apresentaram um nível leve de depressão e após o procedimento, os escores caíram para depressão mínima. Com relação à ansiedade, a pesquisa de Capitão e Tello (2002) apontou para níveis modestos de ansiedade, utilizando o IDATE. Outras pes- quisas apontaram para níveis mais elevados de depressão e ansiedade como, por exemplo, Sánchez et al. (2003) veri- ficaram que do total de 70 participantes (35 M e 25 H), 60% apresentaram desordens do eixo I do DSM- IV, mais freqüentemente a ansiedade e transtorno do humor. O estu- do de Matos et al. (2002) mostrou que 100% (N=50, 40 M e 10 H) dos pacientes apresentavam sintomas depressivos antes da cirurgia, sendo que 84% apresentavam sinto- matologia grave. A proporção de indivíduos que exibi- am escores indicativos de ansiedade como traço de per- sonalidade foi de 70% e como estado ansioso foi 54%.
RESUMO - Racional: Mecanismos imunológicos e inflamatórios desempenham papel-chave no desenvolvimento e progressão do diabete melito tipo 2. Objetivo: Levantar a hipótese de que alterações nos parâmetros imunológicos ocorrem após operação duodenojejunal combinada com interposição ileal sem gastrectomia, e influenciam o metabolismo da insulina das células beta. Métodos: Dezessete pacientes com diabete melito tipo 2 sob manejo clínico foram submetidos à cirurgia e amostras de sangue foram coletadas antes e seismesesapós para avaliação do perfil de sorológico de citocinas pró-inflamatórias (IFN-γ, TNF-α, IL-17A) e anti- inflamatórias(IL-4, IL-10). Além disso, parâmetros antropométricos, glicemia e uso de insulina foram avaliados em cada paciente. Resultados: Não ocorreram alterações no padrão de expressão de citocinas pró-inflamatórias observadas antes e depois da operação. Em contraste, houve diminuição significativa na expressão de IL-10, que coincide com redução da dose diária de insulina, com o controle glicêmico e redução do IMC dos pacientes. Apresentação precoce de alimentos para o íleo pode ter induzido a produção das incretinas tais como GLP-1 e PYY, que, juntamente com o controle da glicemia, contribuíram para a perda de peso, remissão do diabete e o bom prognóstico consequente cirúrgico. Além disso, o controle de síndrome metabólica foi responsável pela redução da expressão de IL-10 nestes doentes. Conclusão: Baixo grau de inflamação estava presente nesses pacientes no pós-operatório, certamente pelo adequado controle glicêmico e ausência de obesidade, o que contribuiu para bom resultado cirúrgico.
Corroborando dados da literatura, a cirurgiabariátrica, neste estudo, promoveu importante perda ponderal em médio prazo (36,7%, em média). Como suposto, essa perda ponderal se traduziu em redução altamente significativa da prevalência de SM nessa população, de 92,6%, em reavaliação realizada, em média, três anos após o procedimento cirúrgico. Observou-se diminuição acentuada da prevalência de todos os cinco critérios diagnósticos de SM do NCEP, com destaque para os critérios glicemia, pressão arterial e triglicerídeos. Os critérios cintura abdominal e HDL-colesterol mantiveram-se como os mais prevalentes na reavaliação tardia.
A utilização de conhecimentos científicos na área da saúde, através dos canais de comunicação entre os profissionais de saúde e os pacientes, pode facilitar a adoção de medidas preventivas e de participação em tomadas de decisões tanto individuais quanto coletivas ou constituir-se um obstáculo, quando não bem aproveitada. O automedicar-se é problema antigo, capaz de alcançar grandes proporções e repercussões, e exige um longo e difícil trabalho por parte dos profissionais de saúde, no sentido de orientar e oferecer melhor qualidade de vida aos usuários. A capacidade de um paciente, instruído ou não, auto- administrar corretamente um fármaco é mínima, consolidando um hábito prejudicial à saúde, além de dispendioso. (PENNA, 2004; ARRAIS, 1997). Entre diabéticos, exige-se ainda maior cuidado com a automedicação, por serem, geralmente, pacientes mais idosos, sujeitos a leituras equivocadas dos rótulos e bulas, além de estarem mais expostos a indicações de pessoas não instruídas na área. Não se deve esquecer, também, que muitos fármacos possuem açúcares em sua composição. Fatores econômicos, políticos e culturais têm contribuído para o crescimento e difusão da automedicação no mundo, tornando-a um problema de saúde pública. Mais disponibilidade de produtos no mercado gera maior familiaridade do usuário leigo com os medicamentos (LOIOLA et al., 2002).
O uso de instrumentos padronizados favorece o planejamento das ações no cuidado ao cliente com a implementação das intervenções e a avaliação do resultado das mesmas. Além disso, é importante que os profissionais ampliem a sua participação nos cuidados direcionados ao paciente bariátrico durante todo o seu percurso em busca do peso desejado, sendo a avaliação da qualidade de vida e a orientação sobre como obter um estilo de vida mais saudável uma das formas de prestar o cuidado. Além disso, a avaliação da qualidade de vida pode proporcionar o conhecimento dos fatores que devem ser alvo das intervenções de enfermagem visando a melhoria da qualidade de vida após a cirurgia e a prestação de uma assistência ao paciente mais eficaz.
Este estudio tiene como objetivo identificar la situación nutricional de niños en edades entre seis a sesenta meses. Se utilizaron dos metodologías para definir la condición de nutrición de los niños: criterios de Waterlow y la Curva Peso/Edad de la Tarjeta del Niño. La predominancia de los problemas nutricionales fue de 42.9% según criterios de Waterlow y 35.6% cuando se utiliza el criterio de la Curva Peso/Edad. Se propone acciones educativas para que la familia adopte comportamientos y estilos de vida buscando reducir los riesgos para el crecimiento y desarrollo del niño. Descriptores: evaluación de nutricional; desnutrición; niño