Pensar a preponderância da fábrica como um espaço onde se concentram a energia, os instrumentos, a matéria-prima e os trabalhadores que, juntos, produzem as mercadorias a serem trocadas no mercado, significou o fim de processos produtivos que tinham como característica a dispersão geográfica. Isto significa que antes das fábricas, utilizando como exemplo o início da produção têxtil, onde os fios eram produzidos por fiandeiras, cada qual em sua casa, cada qual proprietária de seus instrumentos de trabalho, mas não da matéria-prima. O proprietário desta matéria-prima ia, então, de casa em casa em determinada região, distribuindo a lã e recolhendo os fios, pagando pelo trabalho realizado.
Em nossa prática pedagógica, sempre nos preocupamos com as técnicas de ensino, o que se manifesta, por exemplo, pelo gosto de utilizar filmes em nossas aulas e no interesse de aprofundar os conhecimentos teóricos e metodológicos sobre o uso das narrativas fílmicas em sala de aula. Nesta perspectiva, o mestrado em Ensino de História, cursado na Universidade Federal do Tocantins, no Programa de Pós-Graduação ProfHistória, no período de agosto de 2014 a agosto de 2016, se apresenta como uma oportunidade de aprofundar os conhecimentos teóricos e metodológicos que permeiam o uso do filme no ensino- aprendizagem de História. Com este intuito, tomamos como referência para o tratamento do tema a aplicação de uma experiência didática que envolve o uso dos filmes “A História das Coisas”, de Annie Leonard (2007), e “TemposModernos”, de Charles Chaplin (1936), como recurso didático-pedagógico no ensino-aprendizagem de História. Aplicamos a proposta didática “Mundo do trabalho”, elaborada segundo pressupostos da Aula Oficina de Isabel Barca (2004), na Escola Municipal Zeca Barros, em Araguaína-TO, numa turma de Educação de Jovens e Adultos – EJA. Como estratégia metodológica, utilizamos os princípios da pesquisa-ação (THIOLLENT, 2011), cuja abordagem é de natureza qualitativa. Para a geração de dados, recorremos à aplicação de questionários. Sobre uso desse aporte teórico e metodológico, os dados apontam para o fato de que o processo ensino-aprendizagem de História pode ocorrer com base em diálogos teóricos que remetem para discussões acerca do uso de imagens em movimento, o que permite abordagens historiográficas que podem nortear a prática docente (BRINGEL, 2016).
Carlos Drummond de Andrade, ao sair de Minas para trabalhar com o ministro Capanema no Rio, começou a atrair para o convívio na Livraria os escritores mineiros João Alphonsus, Emílio Moura, Abgar Renault, Cyro dos Anjos e João Pinheiro Filho. Intelectuais de diversas confrarias se encontravam constantemente em torno da literatura e do amigo José Olympio. Na segunda viagem ao Rio de Janeiro em 1944, Alphonsus esteve em várias livrarias, acompanhado por Manuel Bandeira, conforme relatos em carta. Em 1953, o poeta mineiro visita Bandeira em Petrópolis. Acredita-se que os dois tenham ido à Livraria José Olympio. Em 1960, a obra Poemas Reunidos, de Alphonsus, é publicada por essa editora. Mário de Andrade e Sérgio Milliet escreveram as seguintes palavras na orelha do livro: “Eis um poeta que acredita no trabalho, na reflexão estética, na cultura” (Mário) e “Dentro da grande linha dos poetas mineiros, que se caracteriza pela penetração psicológica e discrição expressiva, seus versos adquirem uma qualidade rara.” (Sérgio Milliet) 151
o Ministério da Saúde e do Bem-Estar, e no alto de sua lista de prioridades estava o crescimento populacional e, portanto, as políticas de bem-estar de mães e crianças. Agentes de saúde entraram em contato com a Associação das Parteiras do Japão, e a Associação respondeu ao chamado do governo assumindo uma atitude de maior honradez e dignidade profissional. Ao mesmo tempo, o Josan no Shiori levou às últimas conseqüências o discurso político nacionalista, consolidando divisões de trabalho relativas à profissão e de gênero que os sankai modernos vinham propagando por décadas. Mais tarde, em 1941, quando o Ministério estabeleceu um novo esquema de qualificação para enfermeiras de saúde pública autônomas, muitas shin-sanba buscaram outra licença. Com duas licenças (sendo ambas reconhecidas), as shin-sanba eram capazes de expandir suas atribuições, o que lhes deu maiores chances de se estabelecer em suas regiões, como
A alfabetização pressupõe um processo de ensino/aprendizagem. Pois bem, no estado actual dos conhecimentos, a custo se pode dizer algo sobre as escolas das nossas cidades. Para o Porto há apenas algumas referências dispersas a mestres-escola pagos, parece que na sua maior parte, pela edilidade, que tinham a seu cargo alunos que, em certas ocasiões, perante os vereadores, “cantavam” as lições aprendidas. Desconhecemos o perfil desses alunos e que tipo de ensino lhes era ministrado. Para já, fiquemo-nos apenas pelo básico: aprendiam a ler e a escrever. Ora, para o tema que nos ocupa, estas competências pouco ou nada significavam. Na confraria de S. Pedro de Miragaia, que agrupava mareantes, carpinteiros, calafates e cordoeiros, em cada um destes grupos havia elementos, em número variável é certo, capazes de ler e escrever, como se comprova dos livros de gestão que mantinham em dia desde o início do século XV. No século XVI, o número de “letrados” aumenta. Porém, esse facto, como dizia, não parece decisivo para a evolução da sua arte. É preciso, neste âmbito, relativizar a alfabetização. A escrita, elemento fundamental na construção do mundo moderno, ainda era afanágio de muito poucos. Dos mercadores, para quem era um imperativo; garantia de civilização. Mesmo considerando que ela se acentua com o decurso do tempo, o processo de aprendizagem profissional resulta, primor- dialmente, do dia-a-dia no trabalho, no navio ou no estaleiro. Para estes homens, imperativo não era ainda a escrita; era a palavra e a observação. Todos os autores são unânimes neste ponto: a relação entre cultura científica e cultura técnica nos finais da Idade Media e primórdios da Época Moderna é totalmente distinta daquela que hoje conhecemos. Ao contrário do que actual- mente sucede, a segunda não é dependente, subalterna ou aplicativa relativamente à primeira 45 .
Alessandra Leles Rocha 1 RESUMO: Depois de uma Revolução Industrial que estabelece definitivamente os chamados TemposModernos, com o homem se constituindo sujeito livre, em busca da sua emancipação das amarras ideológicas e sociais, imerso em lutas a favor de sua autogestão, o fim da Segunda Guerra Mundial acena a transição que resulta na Pós-Modernidade, de modo que a sociedade foi cortada através de diferentes divisões e antagonismos sociais os quais produzem uma variedade de diferentes posições de sujeito para os indivíduos. Este trabalho é, portanto, um ensaio centrado nas Práticas Discursivas da Vida Cotidiana, no sentido de apresentar a manifestação do Consumo no campo da Pós-Modernidade, possibilitando uma análise crítica e reflexiva por meio de diferentes gêneros textuais.
Do corayao do raciocinio especulativo uma janela abre-se para 0 mundo? Sim, mas 0 que vemos por essa janela nao e 0 mero retrato de "fatos" historicos, sao retratos retocados pelo trabalho de recriayao filosofica (no mesmo sentido que Michelet afira que os retratos das personagens de sua Hist6ia da Revolw;ao Francesa vaG sendo, como os diferentes auto-retratos de Rembrandt, retocados pelo tempo) . Nesse resul tado filosofico, nesse retrato retocado, nao se pode mais distinguir 0 que e " real" e 0 que e ficyao - trata-se antes de "ficyoes " necessarias . (Ja 0 personagem central de Na usea , Roquentin, contrapondo-se a historiografia tradicional, afirma que 0 trabalho de construyao , ou de reconstruyao, faz do passado, resgatado pela memoria, um misto de souvenirs e de icions - mas e justamente na ficyao que a realidade po de ser mais ben captada, sugere Roquentin .) t ao longo dessa recriayao ilosoica que e construido
Em três episódios, o filme usa o balé, fazendo de Carlitos um artista. Na 1.ª parte, ele perde o juízo na fábrica e se põe a dançar com alegria, provocando e atrapalhando os colegas. Na 3.ª parte, Carlitos e a namorada vivem a fantasia da vida burguesa ao fazerem uma explo- ração noturna da loja de departamentos em que ele se empregou como vigia.Ali, dançam felizes com patins. Carlitos, de olhos vendados, não vê os perigos que corre: de cair para o andar de baixo, pela falta de proteção do mezanino; de o sonho acabar em pesadelo, no outro dia. Na 5.ª e última parte, o balé é profissio- nal: para conseguir um emprego, Carlitos canta e dança comicamente no restaurante em que acaba de fracassar como garçom. Nas duas primeiras cenas, a arte é puro escape, destacando a incapacidade de Carlitos enquadrar-se, de ser produtivo como o exige a socie- dade moderna.A cena do balé no restau- rante parece marcar a aceitação do des- tino torto: somente como artista Carlitos terá sucesso no trabalho. É tam- bém como dançarina que sua garota terá, enfim, uma oportunidade.
“Admiro as pessoas organizadas, mas eu não sou. Não estabeleço início ou fim para um trabalho que escrevo. Antes de tudo faço a pesquisa e a criação das linhas gerais da trama, estabelecendo o estilo e o ambiente que ela terá. Surge daí uma sinopse. Entretanto, dentro dessas linhas gerais não estão previstos todos os personagens ou o fim da história. Muita coisa pode mudar e tudo pode ser criado. À proporção que escrevo os capítulos, novas idéias vão surgindo e nem mesmo eu sei o que virá depois. Contudo, não se pode parar, não existe a possibilidade de ficar esperando um momento de inspiração para um autor de novelas, pois ele precisa escrever um capítulo por dia. Aliás, é necessário modificar essas condições de trabalho. Se o autor continuar a ter que escrever seis capítulos por semana e esses capítulos continuarem a ser gravados a toque de caixa, todo o esforço de um bom texto esbarrará nessa limitação. Isso não diminui a nossa capacidade de criação mas diminui a qualidade dessa criação. A telenovela devia ser uma forma nova de arte dramática, adaptada ao seu tempo e decorrente de uma evolução tecnológica cada vez mais surpreendente. Uma arte popular, de massas, com uma linguagem acessível a todas as camadas sociais” 71 .
É nesse trabalho integrado que o aluno irá compreender a importância desse trabalho conjunto, do estudo das condi- ções sociais e econômicas da população, da sua estruturação, do seu arcabouço social– como escolas, grêmios e igrejas –e poderá definir prioridades de ação (sempre em conjunto com a equipe de saúde, gestores e comunidade) e entender o papel de cada qual nessa empresa comum.
... os conceitos de liberdade e de subjetividade são os princípios que a modernidade revela, os quais devem regê-la. Do ponto de vista político, as formas sociais que desconhecem a liberdade subjetiva e que se exprime na autonomia do indivíduo, no agir livre na vida moral, nos direitos individuais, na independência pessoal no trabalho, no direito de propriedade, nas aspirações e nos desejos de cada indivíduo, estão ultrapassadas pela evidência histórica dos temposmodernos que erige como verdade o princípio “da livre e consciente vontade do indivíduo”. Essas conquistas já estão presentes na filosofia de Rousseau, Kant e Fichte: na afirmação da liberdade subjetiva, pela qual o indivíduo não age movido pelo respeito ou pelo temor a uma autoridade ou vontade alheia, mas segundo sua própria convicção e adesão voluntária da verdade. 39
Então é isso que importa, é por isso que o que faço atualmente dá confiança a muitos antropólogos – não somente aos antropólogos. Você não pode analisar um fenômeno social hoje sem a união da antropologia, da história e da economia, por causa de seu peso. Há um triângulo de ouro, talvez: a antropologia, pois há o trabalho de campo; a economia, pois é a integração; a história, porque é o passado que continua no presente – como o xiismo, o sunismo. Há certo triângulo de ouro: a Sociologia, porque a Antropologia é útil, mas a Sociologia também. Bom, e depois há a Geografia humana, o Direito que é tão importante. Mas o Direito em geral é também outro imaginário que estava a serviço do político. Bom, digo que atualmente é uma situação – seja no Brasil ou alhures – extremamente positiva para as Ciências Sociais. Não se trata de jeito nenhum de uma crise... Essa crise já era positiva na condição de se virar com instrumentos mais rigorosos, mais críticos. Hoje, estamos diante de uma situação em que é impossível não ter elementos globais nos locais – local e global. Acabou a singularidade de uma cultura como se fosse uma borboleta particular. Por isso, o contexto nos ajuda a sermos mais abertos intelectualmente, mais complexos em nossas abordagens e mais rigorosos e críticos também, pois nos colocamos em questão. Mas dizer que o Ocidente não produziu conhecimento, que era uma ideologia a serviço do imperialismo colonial... Isso acabou. Não acabou para muitos, pois há os pós-colonialistas nos Estados Unidos, mas quero dizer que não avançamos muito com isso (GODELIER. In: HOLLANDA; RIBEIRO, 2011, p. 14).
O
objetivo
desse
trabalho
foi
analisar
uma
experiência
de
exibição
de
filmes
cinematográficos
e
documentários
em
uma
escolas
pública
do
município
de
Vitória,
Espírito
Santo,
portanto,
tratou-‐se
de
uma
análise
do
potencial
de
formação
continuada
de
professores
de
um
projeto
denominado
Cineclube
na
Escola.
O
referencial
teórico
principal
foi
baseado
em
Edgar
Morin,
Attico
Chassot,
Antonio
Cachapuz,
Wildson
Santos
e
Decio
Auler.
Tratou-‐se
de
uma
pesquisa
qualitativa,
teórica-‐empírica,
do
tipo
estudo
de
caso.
Após
cada
exibição
de
filme,
o
cineclubistas,
inclusive
os
professores,
eram
convidados
a
participar
de
intenso
debate
sobre
as
questões
da
Ciência,
Tecnologia,
Sociedade
e
Ambiente.
O
projeto
oportunizou
o
envolvimento
de
professores
da
escola,
aluno
de
iniciação
científica
de
graduando
de
Licenciatura
em
Química
e
o
desenvolvimento
de
pesquisa
de
mestrado
em
Educação
em
Ciências,
evidenciando
o
caráter
de
formação
inicial
e
continuada
do
projeto
Cineclube
na
Escola,
na
perspectiva
do
professor-‐pesquisador.
Os tratamentos mais modernos propiciam Os tratamentos mais modernos propiciam Os tratamentos mais modernos propiciam Os tratamentos mais modernos propiciam Os tratamentos mais modernos propiciam uma maior possibilidade de sobrevida para uma maior possibilidade de sobrevida para uma maior possibilidade de sobrevida para uma maior possibilidade de sobrevida para uma maior possibilidade de sobrevida para muitos pacientes.
As tabelas 7, 8 e 9 resumem alguns dos dados mais importantes relativos ao estudo sobre os tempos de trabalho. Como se pode ver, os resultados obtidos mostram que não haverá grande vantagem em utilizar parcelas de amostragem com um raio superior a 15 m, uma vez que os melhores tempos são obtidos quase sempre para 10 ou 15 m. Quanto ao método do número de árvores fixo, os melhores tempos são obtidos frequentemente para números de árvores superiores a 10, o que, do ponto de vista prático, torna a aplicação do método bastante difícil. Dum modo geral, a estimação da área basal ou do peso de cortiça são mais exigentes no que respeita à dimensão da parcela que leva ao melhor tempo de trabalho.
tese que impulsiona esse artigo é a de que o trabalho precário é um fenômeno histórico que tem caracterizado toda a história do capitalismo industrial incluindo, embora não apenas, os últimos trinta anos. Assim, pretende-se desconstruir a ideia defendida por vários cientistas sociais que argumentam que o trabalho precário é um fenômeno novo, um traço distintivo da sociedade pós-industrial começando no fim dos anos 1980, depois do colapso do fordismo. Através da análise de casos de precariedade do trabalho nas últimas seis décadas, algumas dúvidas serão lançadas sobre a rigidez da visão clássica do fordismo e pós-fordismo, a qual representa esses dois períodos como estando em oposição um ao outro – o primeiro caracterizado pela estabilidade do trabalho e o segundo pela flexibilidade e precariedade do emprego (P IORE ; S ABEL , 1984; A RMSTRONG ; H ARRIS , 1984.
aprendizagem. A criança surda, quando exposta a uma língua visual, desenvolve as suas capacidades de linguagem, literacia e cognição (Golos & Moses, 2013), o que segue na linha de pensamento dos autores mencionados ao longo deste trabalho. A ligação da língua oral com o desenvolvimento da literacia na infância que apresentam esta conexão como uma dupla via de sucesso, e outros estudos ligados à conexão da língua gestual com a literatura que também propicia o desenvolvimento na infância. Esta ideia é também partilhada por Lopes e Agrello (2017), que defendem que a pedagogia visual é importante na educação dos surdos porque, como a aprendizagem é feita através de tudo o que é visual, vai necessitar de novos discursos, não somente verbais ou escritos, mas imagéticos que medeiam o conhecimento. Em consonância com este argumento, Tamayo e Chaume (2017) expõe os produtos audiovisuais como os principais materiais utilizados no acesso e consumo da cultura e da informação, desde a idade precoce, sendo essenciais na aquisição e desenvolvimento de linguagem oral. Estes produtos são construções multi-semióticas que transmitem informação verbal e não-verbal, incindindo sobre os gestos.
Este artigo aborda a denominada civilização planetária, cuja origem remonta ao início dos temposmodernos e evolui à medida que se desenvolvem os sistemas de comunicação e se integram os continentes pelos intercâmbios mercadológicos acarretando, como consequência, uma profunda miscigenação cultural em todo o planeta Terra. Um dos maiores desafi os da educação escolar atual consiste, sem dúvida, em educar numa e para uma era com características planetárias visando ao despertar de uma sociedade-mundo. A consciência da existência de uma civilização planetária e a aptidão para conviver numa Terra-Pátria comum, no entanto, dependem fundamentalmente de uma reforma paradigmática da estrutura do pensamento. Essa nova matriz cognitiva apoia-se em princípios transdisciplinares da teoria da complexidade para compreender a realidade dos fenômenos bioculturais com características planetárias. As noções de era planetária, de sociedade-mundo, de Terra-Pátria, de cidadania terrestre e de homem planetário constituem o horizonte de sentido da teoria da complexidade. Enfi m, aprender a viver na e para uma era planetária exige que civilizemos o pensamento e vivamos uma pragmática da complexidade.
A presente Orientação destina-se a dar cumprimento à Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro, que estabelece o regime jurídico da promoção da saúde e segurança do trabalho, criando um registo de enfermeiros a prestarem cuidados de enfermagem do trabalho. São estabelecidos os critérios e procedimentos necessários para o reconhecimento de habilitação e para a autorização transitória para o exercício de enfermagem do trabalho.
Este artigo é um estudo das vivências co- tidianas de trabalhadores em relação aos tempos de trabalho e de não-trabalho. O locus de análise privilegiado é o espaço da fábrica, a Volkswagen do Brasil, em sua unidade de produção do ABC – São Paulo, exemplo emblemático de iniciati- vas e negociações dirigidas a flexibilizar e intensificar a jornada de trabalho. A análise concentra-se no período com- preendido entre 1995 e 2005, quando foram intensas as mudanças com respeito à organização e gestão do tempo de tra- balho. O artigo inicia com uma breve discussão sobre os modos de construção social do tempo de trabalho nas socie- dades contemporâneas, apresentando o debate recente na sociedade brasileira. A seguir, aborda o contexto da Volkswagen do Brasil, analisando as vivências tempo- rais cotidianas dos trabalhadores, dentro e fora do local de trabalho.