Resumo: Alopecia androgenética é tratada com frequência por meio de microtransplante capilar, téc- nica em que os fios transplantados geralmente não caem, pois mantêm características da área doadora, mais resistente. O líquenplanopilar é uma alopecia cicatricial com permanente destruição pilosa. Este artigo relata doiscasos de lesões compatíveis com líquenplanopilar em áreas receptora e doadora pós- transplante. A dominância da área doadora foi aparentemente sobrepujada pelo líquenplanopilar, que deve ter gerado a queda dos fios. Relatos semelhantes são raros. À suspeita de líquenplanopilar, deve- se biopsiar o couro cabeludo e evitar o transplante durante a atividade da doença.
submetidos ao tratamento artroscópico de cistos adja- centes à glenoide, todos apresentavam lesões labiais posterossuperiores, o mesmo ocorrendo com Tirman et al (20) em 20 ombros. Os dois pacientes por nós ope- rados apresentaram lesão labial posterior, evidente na RM e no ato operatório, em que realizamos a sutura, após a drenagem indireta do CPEG, por acreditar ser o fator causal da formação do cisto, evitando assim sua recidiva no pós-operatório.
rência: 8–10,7 mg/dL), proteína total de 6,2 mg/ dL (valores de referência: 6–8 mg/dL) e albumina 3,6 mg/dL (valores de referência: 3,5–5,5 mg/dL). Foi iniciado corticoterapia oral com prednisona 1 mg/kg/dia, cefalexina 500 mg via oral de 6/6 h, dipirona sódica 500 mg via oral de 6/6 h, carbona- to de cálcio 1,5 g/dia via oral, sulfadiazina de pra- ta creme dermatológico a ser aplicado nas lesões duas vezes ao dia, além da monitorização rigorosa dos sinais vitais e diurese. Compensado o estado clínico geral, ainda que apresentando resposta terapêu tica insatisfatória no qu e tange à dermatose, e revelando a avaliação obstétrica boa vitabilidade fetal, foi-lhe concedido alta hospitalar após 15 dias de internação.
Estudos anteriores estimavam frequência 6 a 8 vezes maior da localização leptomeníngea em relação à intramedular n> 24, porém, numa ampla revisão da literatura, encontramos 95 casos publicados da forma espinhal, somados a doiscasos de nossa casuística, num total de 97 casos, dentre os quais 61 com cistos subaracnóides e 33, intramedulares. Portanto, 62,88% dos casos apresentam cistos nas leptomeninges e 34,02% intramedulares, proporcionando frequência apenas
Os sintomas mais comumente observados em pacientes portadores de melanomas malignos nasossinusais foram obstrução nasal e epistaxe, seja de maneira isolada ou com associação de ambos. Em todos os casos publicados até então, pelo menos um desses dois sintomas esteve presente. Outros sintomas associados foram rinorréia, rinolalia, hiposmia, cefaléias fronto-orbitárias, algias faciais, exoftalmia e diploplia nos casos em que houve acometimento da órbita. Poucos pacientes relataram sintomatologia dolorosa inicialmente. Alguns autores sugerem que os pacientes que apresentam epistaxe têm melhor prognóstico do que aqueles que apresentam uma obstrução nasal isolada 1,9 .
Os mecanismos moleculares que levam ao desenvolvi- mento dos tireotropinomas não são bem estabelecidos. Como os demais adenomas hipofisários, eles resultam da expansão monoclonal de uma célula adeno-hipofisária transformada (12). No entanto, os estudos in vitro não identificam mutações especificamente ligadas à sua tu- morigênese (3,13). Entre os diversos candidatos, apenas o Pit-1 mostrou-se hiperexpresso nos tumores investi- gados (14). Entre os oncogenes, as mutações no gene Gsp, localizado no cromossomo 20q13, também podem ser eventualmente encontradas (15). Apesar de alguns casos terem sido relatados em pacientes portadores de NEM 1, nenhuma mutação no gene da proteína menin foi encontrada nos estudos genéticos, tanto nos casos de NEM 1 como em tumores esporádicos (16-20). Anali- sando-se as amostras de cinco tireotropinomas, Ando e cols. (21) demonstraram, em um dos casos, a presença de uma mutação no receptor beta do hormônio tireoi- diano, similar à encontrada na SRHT.
enzimas hepáticas e bilirrubinas normais. Em fevereiro de 2007 o etanercepte foi suspenso, devido à bicitopenia. Os exames laboratoriais apresentavam hemoglobina 14,6 mg/dL; hematócrito 42,2%; leucócitos 3.470/mm³; linfócitos 2.255/mm³; neutrófi los 694/mm³; e plaquetas 110.000/mm³. Depois de dois meses houve recuperação da leucopenia (leucócitos 5.110/mm³, e neutrófilos 2.961/mm³) e persistência da trombocitopenia (87.000/mm 3 ). Ocorreu nova exacerbação
A ectopia renal unilateral é mais comum do que a bilateral, sendo mais frequente no rim esquerdo. A ectopia pode ainda ser simples (os dois rins estão do lado normal) ou cruzada (quando um rim migra para o lado oposto e seu ureter cruza a linha média antes de implantar-se na bexiga).
Conforme demonstrado nesta pesquisa, a idade de aparecimento dos sintomas é bastante variável, dependen- do da gravidade do caso, pois casos mais graves podem ser identificados mais precocemente que os menos graves. Da mesma forma, a apresentação clínica da doença é altamen- te variável, dependendo dos vários componentes predo- minantes na síndrome. Em casos em que a displasia fibrosa poliostótica seja marcante, múltiplas fraturas po- dem ser observadas logo no início do quadro, principal- mente na infância. A displasia fibrosa poliostótica consiste na substituição de osso normal por tecido ósseo fibroso imaturo e desorganizado em razão do supercrescimento de células mesenquimais primitivas, isto é, aumento do número de células progenitoras osteogênicas levando à formação de áreas fibróticas no osso, causando dor, fragi- lidade e deformidades ósseas (1).
Introdução: Os leiomiomas são neoplasias benignas do músculo liso que ocorrem mais comumente nos tratos geniturinário e gastrintestinal, entretanto são raros na cavidade bucal, na qual provavelmente a maioria desses tumores tem sua origem a partir de músculo liso vascular. Objetivos: Relatar doiscasos com história clínica semelhante, confrontando seus aspectos com aqueles encontrados na literatura. Relato dos casos: Doiscasos de mulheres na quinta e sexta décadas de vida apresentando nódulo submucoso em ventre lingual. Após exame microscópico que revelou numerosos vasos sangüíneos entremeados a células fusiformes, com núcleos ovalados ou alongados, e exame imuno-histoquímico com positividade para actina de músculo liso nos doiscasos, o diagnóstico final foi leiomioma vascular. Conclusão: O estudo do leiomioma vascular bucal é de extrema importância devido à raridade e semelhança desse com outras lesões da cavidade bucal. A análise imuno-histoquímica é importante para o diagnóstico final do leiomioma.
em dois artigos, relata ter encontrado somente um caso de aura extática entre seus pacientes. Escreveu: "Um de meus pacientes apresentava sensação epigástrica, uma espécie de contração, seguia-se a impressão de alguma coisa como prazer, na qual sentia uma agradável sensação de ser transportado por asas em direção ao céu e que sua alma se ampliava e entrava numa espécie de liberdade, antes de perder a consciência. É possivel que os pacientes que assim se referiam às suas crises também fossem portadores de sífilis, e que esta doença tenha contribuido de alguma forma para influenciar seu estado emocional".
A paciente permaneceu assintomática e completou três meses de anticoagulação. Teve os resultados de seus testes de tromboilia negativos, mas o desaparecimento do trombo após 7 dias chamou atenção para uma provável embolia pulmonar (EP). Por esse motivo, optou-se por realizar angiotomograia de tórax, que descartou essa hipótese diagnóstica.
Nos casos apresentados, duas técnicas foram utilizadas: no caso 1, pelo grau de comprometimento vertebral evidenciado nos exames radiológicos, foi feita descompressão de estruturas neurais com estabilização da coluna e enxerto de osso ilíaco. No caso 2, foi realizado apenas debridamento mecânico do foco necrótico para descomprimir estruturas nobres. O esquema I para tuberculose foi administrado corretamente nos doiscasos, o que contribuiu de forma decisiva para a boa evolução clínica.
É fundamental para o diagnóstico do hematoma subdural crônico intracraniano o alto índice de suspeição nos pacientes que: (1) apresentam cefaleia postural com duração superior a uma semana; (2) não melhoraram ou pioraram da cefaleia com o tratamento clínico ou após a realização de um tampão sanguíneo peridural; (3) ocorreu mudança do caráter postu- ral para o não postural da cefaleia; ou (4) apresentam outros sintomas e sinais neurológicos, além da cefaleia. Diante de qualquer uma dessas situações, torna-se obrigatória a inves- tigação por meio de tomografia computadorizada ou resso- nância magnética do crânio. Pacientes gestantes, idosos do sexo masculino que sofreram múltiplas punções e/ou que es- tão em uso de anticoagulantes ou de fármacos com atividade antiplaquetária parecem ser mais suscetíveis à formação de hematoma subdural após a realização de anestesia subarac- nóidea e a observação mais cuidadosa é recomendada.
O diagnóstico de bola fúngica deve ser considerado nos casos de sinusites recorrentes ou refratárias aos trata- mentos com antibióticos previamente utilizados (caso 2) e especialmente quando forem unilaterais (6,8). Evidências radiológicas, através de radiografias e, principalmente, TC sugerem fortemente este diagnóstico (11). Entretanto, o diagnóstico definitivo é baseado nas características macroscópicas e histopatológicas da peça cirúrgica (6,8). Frequentemente, as culturas apresentam resultados nega- tivos, sendo que em apenas 23-50% dos casos as culturas Figura 1. Peça cirúrgica pós sinusotomia maxilar.
exame sem anestesia, foi prescrito jejum de quatro horas, seguido de aleitamento na ante-sala do equipamento de TC, onde se aguardou que a lactente dormisse induzi- da pela alimentação. Alguns cortes de TC de alta resolução (TCAR) precederam uma varredura por TC helicoidal, realizada com a paciente dormindo, porém respirando normalmente, o que não impediu o diag- nóstico. Esse exame mostrou redução de mais de 50% da luz traqueal, em toda a sua extensão intratorácica. Reconstruções tri- dimensionais foram realizadas pela técni- ca de reconstrução de superfície (“surface rendering”), com seleção de limiares cor- respondentes às densidades da interface ar- partes moles (–750 UH a –250 UH), de- monstrando a superfície interna da árvore traqueobrônquica e as porções do esôfago quando com conteúdo gasoso. A ausência de reforço de meio de contraste impediu uma boa demonstração das artérias pulmo- nares (Figura 1A) no mediastino, porém, as reconstruções tridimensionais permitiram identificar a compressão nas paredes direita e posterior da traquéia, bem como da pa- rede anterior do esôfago (Figura 1B). Adi- cionalmente, estas reconstruções também forneceram dados para definir com mais segurança a presença de pseudo-isomeris- mo brônquico (Figuras 1C e 1D), no qual os brônquios direito e esquerdo originam- se da carina num ângulo de 90° (em rela- ção ao plano axial). Também demonstra- ram com maior clareza alterações compa-
Conclui-se que o envolvimento ocular na paracocci- dioidomicose é incomum e, quando presente, acomete mais freqüentemente as pálpebras e a conjuntiva. Apesar de ser localização rara, deve ser considerada nos diagnósticos diferenciais de lesões ulceradas da pálpebra, pois é doença endêmica no Brasil. Ressalta-se também a importância de avaliação sistêmica, visto ser doença geralmente multifocal. Recomenda-se o exame oftalmológico completo, por haver casos descritos de envolvimento de outras estruturas ocula- res, podendo a doença evoluir para formas mais graves com
Essa forma de urticária se manifesta, com maior frequência, de forma isolada. A forma familiar, como a descrita nos casos apresentados, é bastante rara. Até o presente, segundo pesquisa realizada nas bases de dados Pubmed, Lilacs, Medline Scielo e Biblioteca Cochrane, só foram encontrados cerca de 30 casos de urticária aquagênica publicados, sendo menos de 10 destes de ocorrência familiar. 10 O primeiro caso fami-
Brulhart et al. descreveram uma paciente de 57 anos, com SAS tratada com prednisona (altas doses) e metotrexato 15 mg/semana, com boa resposta. Recidiva clínica e labora- torial grave após três meses. Introduzido Rituximabe (2 × 1 g infusões), com melhora da miosite e da DIP. 9 Estudos sugerem