• Depósito das publicações de resultados científicos, que sejam sujeitas a revisão por pares ou outra forma de revisão científica, num dos repositórios em acessoaberto do RCAAP logo que possível, de preferência por altura da aceitação da publicação.
A preocupação de Arunachalam está certamente relacionada à falta de conhecimento claro sobre o acessoaberto à literatura científica, provocando reações diversas tais como medo e rejeição da mudança. No entanto, países como os Estados Unidos, Canadá, Austrália, Inglaterra, Alemanha, dentre vários outros, têm-na discutido amplamente e tomado medidas efetivas para sua adoção por parte de pesquisadores e instituições acadêmicas tais como universidades e institutos de pesquisa. É o caso, por exemplo, do CERN 4 . e de centenas de universidades que têm criado e mantido seus repositóriosinstitucionais para arquivamento da produção intelectual de seus pesquisadores. Editoras comerciais internacionais estão discutindo, por exemplo, sobre elas próprias realizarem o arquivamento dos artigos aceitos para publicação em seus periódicos nos repositórios das instituições de seus autores. Pesquisa recente 5 mostrou que cerca de 95% das editoras comercias permitem, cedo ou tarde, o acessoaberto a seus conteúdos.
Com base nesses atributos, todo repositório institucional de acessoaberto pode ser considerado um tipo de biblioteca digital, mas nem toda biblioteca digital pode ser considerada um repositório institucional. Embora não haja na literatura discussão conceitual acerca das diferenças ou similaridades entre repositóriosinstitucionais e bibliotecas digitais, assume-se aqui, para efeito didático, que, no contexto do acessoaberto, há diferenças entre os dois tipos de iniciativas. Como expresso anteriormente, repositóriosinstitucionais de acessoaberto à informação científi ca lidam exclusivamente com a produção intelectual de uma instituição. Portanto, não se prestam à aquisição e ao armazenamento de conteúdos externos à instituição ou conteúdos de outra natureza (por exemplo: documentos administrativos), como pode ser o caso de bibliotecas digitais. O autoarquivamento (o depósito de conteúdos pelos dos próprios autores ou mediador) e a interoperabilidade também constituem atributos que devem existir em um repositório institucional, mas não necessariamente em uma biblioteca digital. Outro aspecto que os diferencia é a maneira como softwares de repositóriosinstitucionais são desenhados, pois pauta-se nas peculiaridades que envolvem os processos de gestão da informação científi ca e, sobretudo, nas características dos processos de comunicação científi ca. Bibliotecas digitais, por sua vez, não necessariamente devem estar ligadas a esse contexto. Então, as características mencionadas devem estar necessariamente presentes em um repositório institucional para que seja considerado como tal, e não necessariamente em uma biblioteca digital para ser considerada como biblioteca digital.
Naturalmente, os regulamentos dos repositóriosinstitucionais criados preocuparam-se, não só com a função de conservação e divulgação da produção científica ali depositada, bem como com a salvaguarda dos direitos autorais. Neste prepósito podem os seus autores, no acto do depósito, determinar se esse depósito - por sua natureza integral - ficará em acessoaberto ou não, e neste caso, que parte poderá ficar consultável, ou imprimível, e durante quanto tempo deverá existir esse embargo, etc..
A preocupação de Arunachalam está certamente relacionada à falta de conhecimento claro sobre o acessoaberto à literatura científica, provocando reações diversas tais como medo e rejeição da mudança. No entanto, países como os Estados Unidos, Canadá, Austrália, Inglaterra, Alemanha, dentre vários outros, têm-na discutido amplamente e tomado medidas efetivas para sua adoção por parte de pesquisadores e instituições acadêmicas tais como universidades e institutos de pesquisa. É o caso, por exemplo, do CERN 4 . e de centenas de universidades que têm criado e mantido seus repositóriosinstitucionais para arquivamento da produção intelectual de seus pesquisadores. Editoras comerciais internacionais estão discutindo, por exemplo, sobre elas próprias realizarem o arquivamento dos artigos aceitos para publicação em seus periódicos nos repositórios das instituições de seus autores. Pesquisa recente 5 mostrou que cerca de 95% das editoras comercias permitem, cedo ou tarde, o acessoaberto a seus conteúdos.
RESUMO Os repositórios de acessoaberto surgem como alternativa para aumentar a visibilidade da produção científica das instituições. O objetivo deste artigo consiste em analisar os repositóriosinstitucionais de acessoaberto dos países ibero-americanos cadastrados no Registry of Open Access Repositories, por meio a) da identificação das instituições que mantém repositórios, b) da caracterização das coleções e c) da descrição dos mecanismos de apresentação dos documentos. Os procedimentos metodológicos utilizados são de natureza descritiva, exploratória, documental e quantitativa, utilizando a ficha documental como instrumento de coleta e estatística descritiva para a análise dos dados. Os resultados mostraram que, dos 180 repositórios cadastrados no ROAR como repositóriosinstitucionais ou departamentais dos países ibero- americanos, 48,3% (87) atenderam aos critérios para inclusão no trabalho. Foi possível identificar que 36,8% (32) têm as bibliotecas e centros de documentação e informação como responsáveis pelo gerenciamento, e 83,9% (73) utilizam o software DSpace e registraram mais de 119 tipos de coleções. Na verificação dos mecanismos de apresentação e preservação, constatou-se que 94,2% (82) estão cadastrados em formato PDF, 90,8% (79) dos repositórios utilizam o serviço de identificador persistente, e 47,1% (41) utilizam as licenças Creative Commons.
Um dos objetivos de PTCRIS é reduzir o esforço com a gestão de outputs, através da adopção do princípio "input once, re-use multiple". Para alcançar este objetivo, é necessária uma estrutura de sincronização que se baseie no ORCID, que funciona como um hub central para a troca de informações entre os vários sistemas intervenientes (que inclui sistemas de gestão de Curriculum Vitae, repositórios de acessoaberto e sistemas de CRIS locais) e os sistemas internacionais (WoK, Scopus, Datacite, etc), como mostra a Figura 3. Entre outras características, este quadro irá permitir aos investigadores, ou gestores dos sistemas, o registo da produção uma única vez num dos sistemas nacionais interligados e, esta, será propagada automaticamente nos restantes sistemas, garantindo assim a coerência global da informação armazenada (MOREIRA; CUNHA; MACEDO, 2015).
citantes. Nesta etapa será selecionado o RI que fornecerá os dados dos artigos de periódicos para os quais se pretende verificar o impacto por meio das citações distribuídas e os repositórios de onde serão extraídos os dados dos documentos citantes. Será realizada uma análise dos índices e esquema de metadados dos repositórios selecionados, a fim de identificar possível incompatibilidade na descrição dos tipos de documentos. A seguir, será realizado o download do texto completo dos potenciais documentos citantes e a conversão do formato original para um formato que permita ser analisado, por exemplo: PDF (Adobe Portable Document Format) para ASCII (American Standard Code for Information Interchange) ou de HTML (HyperText Markup Language) para XML (Extensible Markup Language). 2) Análise - abrange procedimentos para encontrar, na seleção dos tipos de documentos citantes, a lista de referências e, posteriormente, identificar os elementos que a compõem. Neste contexto, pode-se identificar e isolar a frase ou frases com as quais o autor se referiu ao artigo citado.
Um outro princípio na criação dos repositórios, inspirado pela proposta subversiva de Stevan Harnard, e nos primeiros repositórios Citeseer e Arxiv, é que o próprio autor possa compartilhar em acessoaberto seus artigos, sem intermediários, o que na BOAI é chamado de Selfarchiving (autoarquivamento). Apesar dos softwares mais utilizados para construção de RIs (Dspace e EPrints) possuírem como default o autorquivamento, algumas instituições vêm desabilitando esta função no sistema para que o depósito seja feito por outros funcionários da instituição, normalmente bibliotecários. Em Portugal verificou-se que isto ocorre apenas em 19% dos repositóriosinstitucionais, conforme se pode observar no gráfico
Antelman (2004) destacou essa questão, ao divulgar resultados do estudo que realizou em quatro disciplinas: filosofia, ciência política, engenharia elétrica e eletrônica e matemática. O estudo de Antelman se norteou pelas diferenças disciplinares - tópico essencial nessa e em quaisquer discussões concernentes à comunicação científica -, em relação ao estágio de cada disciplina na adoção do acessoaberto. Observe-se, nesse aspecto, que Antelman incluiu disciplinas das três divisões do conhecimento: humanidades, ciências sociais e ciências exatas. Seu objetivo foi identificar se artigos dessas áreas do conhecimento tinham maior impacto, medido pelas citações no Web of Science, quando seus autores os deixavam disponíveis am ambiente de acesso livre na Internet. Os resultados de Alteman mostraram que artigos disponíveis livremente têm, de fato, maior impacto, a despeito das diferenças entre os resultados de cada disciplina.
Crow (2002) amplia o impacto dos repositórios, não apenas no fator de impacto Web dos documentos, mas em toda a estrutura da comunicação científica. Bibliotecas acadêmicas, pesquisadores, editores e agências fomentadoras de pesquisa, todos, de forma direta ou indireta são afetados pelos repositóriosinstitucionais de acessoaberto, com a proposta de disponibilização de acervo em acessoaberto. A representatividade dos repositórios, no entanto, necessita de avaliação baseada em indicadores. Nesse caso, a webometria, com seus métodos e indicadores, pode ser um instrumento valioso nessa averiguação. Nesse ponto, necessita-se adequar as premissas webométricas, que são para a web em geral, aos repositórios.
Os repositóriosInstitucionais são ferramentas de acessoaberto que tem o objetivo de reunir, preservar, divulgar e garantir o acesso confiável e permanente aos documentos acadêmicos, científicos, artísticos e administrativos gerados na instituição, bem como às suas coleções históricas, e outros documentos relevantes para a organização. Neste contexto, a preservação do patrimônio histórico cultural é imprescindível para que as gerações futuras conheçam a história cultural social e política de uma instituição.
Em Portugal, atualmente, existe o Repositório Científico de AcessoAberto de Portugal (RCAAP). Foi um projeto criado pela Fundação para a Computação Cientifica Nacional (FCCN) com o objetivo de disponibilizar “gratuitamente por qualquer das instituições do sistema científico e do ensino superior para alojamento do seu repositório com individualização de identidade corporativa própria, e, também, para integrar num sistema coerente de metadados os repositórios científicos de acessoaberto existentes no país” (RCAAP). Este repositório vem reforçar a coerência existente noutros serviços disponibilizados pela FCCN como é o caso da b-on:Biblioteca do Conhecimento Online, e-U: Campus Virtual, Videoconferências de elevada definição, Zappiens- Repositório de Vídeos de alta definição com gestão digital de direitos de autor, Serviço de Comunicação de Voz sobre IP (VoIP) e Iniciativa Nacional Grid.
É fato que, muitas vezes, a escassez de recursos impede a inclusão de um profissional de comunicação/marketing na equipe de criação dos repositórios. Mas o cenário que se tem hoje, quando os repositórios não alcançaram a visibilidade pretendida, justifica uma maior preocupação dos gestores dessas ferramentas com a sua divulgação por meio de um trabalho profissional de marketing digital. O bom e ativo uso das redes sociais pelos repositóriosinstitucionais favoreceria não apenas a dinâmica da comunicação científica, mas ainda a divulgação científica, já que seu conteúdo pode interessar também ao cidadão comum. Além disso, entre os conceitos relacionados à ciência aberta está também a ciência cidadã, que se refere à colaboração entre cientistas profissionais e cidadãos, muitas vezes pesquisadores amadores (PARRA, 2015).
Na dimensão sistemas de informação está compreendida, como amplamente encontrado na literatura, a combinação organizada de pessoas, hardware, sof- tware, redes de comunicação, recursos de informação, políticas e procedimen- tos que visam a reunir, organizar, armazenar, preservar, recuperar e disseminar informação que alimenta e que resulta de atividades de pesquisa. No âmbito do programa AcessoAberto do IBICT, os sistemas de informação são essencial- mente de dois tipos, a saber: provedores de dados e provedores de serviços. Os primeiros são os repositórios digitais (bibliotecas digitais de teses e disserta- ções, repositóriosinstitucionais) e os periódicos científicos eletrônicos de acessoaberto. Todos utilizam o protocolo OAI-PMH para integração e disseminação dos seus dados. Os últimos têm a missão de reunir os conteúdos dos provedores de dados, por meio do uso do protocolo OAI-PMH, e de fornecer serviços de infor- mação a partir da reunião de todos os dados dos provedores de dados em uma única base de dados.
Orduña-Malea e López-Cózar (2014) também afirmam que os repositórios são um dos componentes-chave do acessoaberto. Para sustentar a afirmativa os autores citam o estudo de Archambault, no qual foi identificado que mais de 75% dos artigos disponíveis em acessoaberto na Internet estão nessa condição por meio de repositórios e não pelas próprias revistas. Além disso, destacam a importância da visibilidade dos repositórios na web, pois isto “é essencial para garantir que o conteúdo que eles armazenam permita o acessoaberto efetivamente verdadeiro para a comunidade” (p.2, tradução nossa). Diante da questão, Orduña-Malea e López-Cózar (2014) realizaram um estudo para determinar a visibilidade e o impacto no Google e no Google Scholar dos repositóriosinstitucionais da América Latina listados no Ranking Web of Repositories. Como um dos resultados, identificaram baixa quantidade de arquivos PDF coletados pelo Google Scholar, corroborando assim com os resultados do estudo de Arlitsch e O’Brien.
De acordo com Lemos (2005 apud OLIVEIRA, 2011) o direito autoral tradicional funciona como um grande “não”, pois se alguém desejar utilizar uma determinada obra tem de pedir autorização prévia ao autor ou detentor de direitos autorais”. Assim sendo, este trabalho tem como objetivo analisar a lei dos Direitos Autorais brasileira à luz das atividades realizadas no âmbito de uma biblioteca e dos repositóriosinstitucionais de acessoaberto no Brasil. O método utilizado nesta pesquisa foi a análise descritiva da LDA frente às atividades realizadas nas bibliotecas que possuem repositóriosinstitucionais e suas práticas de gerenciamento do tema Direitos Autorais em relação às obras depositadas.
Na configuração do RIS adaptou-se a plataforma Dspace , uma das mais conhecidas para criação de repositóriosinstitucionais no meio científico. Estruturalmente, o RIS está organizado em comunidades, subcomunidades e colecções. Cada comunidade representa uma das instituições que possui conteúdo indexado no repositório. As subcomunidades correspondem às faculdades, escolas, departamentos ou outros sectores das instituições que disponibilizam informação científica neste repositório. As colecções são as espécies documentais a serem disponibilizadas pelas diferentes comunidades e subcomunidades. Relativamente, ao depósito de textos e documentos é feito mediante solicitação ao sector que faz a gestão do RIS. Actualmente a gestão do RIS é feita pelo Departamento de Gestão de Informação Digital (DGIG) da Direcção dos Serviços de Documentação (DSD) da UEM. Qualquer IESI, de Moçambique, pode submeter os seus conteúdos. Para se efectivar a inclusão de conteúdos no RIS, a solicitação para tal, deve ser acompanhada por um termo de autorização com a assinatura do autor. A qualidade dos materiais depositados é da responsabilidade das comunidades que publicam.
O movimento do acesso livre está avançando pelo mundo a partir das iniciativas da via verde, que trata do arquivamento realizado pelos próprios autores dos artigos científicos com autorização dos editores em servidor de arquivo aberto, e da via dourada que abrange os periódicos científicos eletrônicos cujo acessoaberto aos seus conteúdos é garantido pelos próprios editores. Sendo assim, verifica-se um aumento do número de repositóriosinstitucionais (RI) nas universidades e instituições de pesquisas, aliada a um mandato legal que obriga os pesquisadores a depositarem os seus resultados de pesquisa publicados em revistas científicas reconhecidas nacional e internacionalmente (KURAMOTO, 2008).
No caso português constata-se que são decorridos já mais de dez anos sobre a implementação do primeiro repositório português, o RepositoriUM da Universidade do Minho. Ao longo destes dez anos foram muitas as instituições de ensino superior e não só, que aderiram à ideia do Livre Acesso e, nesse sentido criaram os seus próprios repositórios (Saraiva e Rodrigues, 2010). Para além de assumirem claramente a adesão aos princípios do Livre Acesso ao conhecimento encontraram a forma de contribuírem para a preservação e divulgação da produção científica institucional. Os repositórios portugueses nascidos de projetos individuais da instituição ou integrados pelo Projeto do Repositório Científico de AcessoAberto de Portugal (RCAAP) são, na atualidade, uma realidade incontornável no panorama da publicação científica portuguesa. Assim, de 3 repositórios existentes em 2004 passou-se, em 2007 para 35 (UMIC, 2012), sendo que atualmente estão registados no Diretório do RCAAP, 41 repositórios ( http://www.rcaap.pt/directory.jsp , Consult. 2014-0920).