Peixes marinhos ornamentais como os peixes palhaço, peixes donzela, gobys e anjos anões são exclusivamente criados no sistema superintensivo, utilizando diversos aparelhos de controle [r]
Apesar disso, nos últimos anos, os exportadores do estado do Amazonas têm registrado uma queda entre 40 e 50% na venda desses peixes. Vários fatores têm contribuído para esta redução de mercado, dentre eles a criação em outras partes do mundo, gerando produtos de melhor qualidade, as altas taxas de mortalidade dos peixes capturados na natureza, e a baixa qualidade dos peixes exportados. Esses dados são contestados por Waichman et al. (2001), que descrevem as diferentes etapas da comercialização dos peixesornamentais no Amazonas. Segundo estes autores, a utilização de medicamentos veterinários é uma prática comum durante o transporte e a manutenção, que assegura a sanidade dos peixes. Nas dependências dos aquários exportadores, durante a quarentena, os peixes são continuamente tratados com os mais variados produtos (anestésicos, antibióticos, fungicidas, etc.). Localizados próximos ao perímetro urbano da cidade de Manaus, os grandes entreposto de peixesornamentais do Amazonas se beneficiam dos igarapés que atravessam suas propriedades, levando seus efluentes para balneários e outros locais a jusante.
0 objetivo da pesquisa foi monitorar a dinâmica bacteriana do viveiro de camarão, verificando a eficiência da calagem sobre as mesmas e quantificar os vibrios e as bactérias aeróbias [r]
Em 1991, investigadores e estudantes da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e do Instituto Nacional de Pesquisas na Amazónia (INPA), com o auxílio financeiro de um prémio atribuído pela CNPq, iniciaram o Projeto Piaba. Desde muito cedo que foi descoberto que a pesca ornamental artesanal no município de Barcelos não era apenas sustentável, mas era o principal motor para a criação de valor para o meio ambiente [4] . Quando os pescadores são questionados sobre o que fariam se não pudessem vender peixesornamentais, as respostas mais comuns são: colheita da madeira, criação de gado, mineração de ouro, ou migração urbana [4] . O Projeto Piaba conta atualmente com diversos programas que visam agregar valor ás espécies nativas da Amazônia, bem como de consciencialização ambiental e programas de conservação baseados no mercado. A missão do Projeto Piaba é aumentar o bem-estar animal e sustentabilidade ambiental, social do comércio de peixesornamentais da Amazônia, para desenvolver e incorporar métricas por meio do qual este progresso pode ser avaliado, e para fornecer mecanismos para promover esta indústria [4] .
A aquariofilia é uma importante atividade aquícola, capaz de gerar emprego e renda e ocupar espaços no meio rural, urbano e periurbano. Em busca de maior eficiência na produtividade, seguindo tendência mundial, alguns criadores nacionais de peixesornamentais intensificam seus sistemas de cultivo, minimizando uso da terra, água e os impactos ambientais advindos das descargas de efluentes. Considerando o exposto, com o presente trabalho, o objetivo foi acompanhar a produção de peixesornamentais tropicais em sistemaintensivo com recirculação e reuso de água. O Estágio foi realizado em setembro e outubro de 2017 e janeiro de 2018, na Piscicultura Tanganyika, em Aquiraz-CE. Durante a realização do Estágio foi possível observar a infraestrutura da empresa, as instalações e equipamentos destinados a criação de peixesornamentais em sistema de recirculação de água, elencar as espécies de peixes de água doce produzidas e acompanhar o manejo produtivo dos peixes. A Tanganyika está em operação desde 1990 e produz diferentes tipos de organismos aquáticos tais como peixes, crustáceos, moluscos e corais. A área de cultivo em Aquiraz é dividida em 7 unidades, que juntas somam aproximadamente 1,0 ha. A piscicultura adota o sistemaintensivo com recirculação de água (RAS - Recirculating Aquaculture System), usando para isso unidades de tratamento de água compostas de filtro mecânico, filtro biológico e radiação ultravioleta. Para algumas espécies a empresa também se faz valer de tratamento da água por osmose reversa. A fazenda produz mais de 120 espécies de peixes de água doce, com destaque para os ciclídeos africanos e americanos. O ciclo de produção dos peixes divide-se em três fases: reprodução, larvicultura e crescimento e exige manejo específico em cada uma delas, em especial no que se refere a alimentação, densidade de estocagem, controle de qualidade de água e dos animais. Os peixes são comercializados no mercado local, nacional e internacional e para isso a empresa adota um rígido controle nas operações que antecedem o transporte e durante o mesmo. Com base no que foi observado, pode-se dizer que a Tanganyika tem um mercado já estabelecido, adota um manejo racional, utiliza pouco espaço e adota o sistema de reciculação de água em todas as suas unidades, o que coopera para redução das demandas de água e de efluente.
A criação de peixesornamentais é uma atividade iniciada em antigas civilizações. Atualmente movimenta aproximadamente, quase um bilhão de dólares em todo o mundo. Porém no Brasil a atividade ainda apresenta caráter pouco tecnificado, concentrando-se na captura e exportação de espécies selvagens na natureza. Neste contexto, o presente estudo teve como objetivo contribuir como ferramenta para o segmento agropecuário da aquicultura ornamental, através da apresentação de protocolos e recomendações de técnicas de cultivo e manejo sobre as diferentes etapas da criação de acará bandeira (Pterophyllum scalare , Lichtenstein 1823) através do emprego de sistemaintensivo de produção em aquários. O estudo foi realizado no Laboratório de PeixesOrnamentais (NEON), do Centro de Aquicultura da Universidade Estadual Paulista (CAUNESP) no período de dois meses. Observou-se que esta espécie é de fácil manejo e reprodução em cativeiro. O sistema de cultivo aplicado permitiu otimização na produção, no entanto exige maiores custos com mão-de-obra e alimentação artificial, o que pode ser compensado pela boa qualidade zootécnica dos peixes produzidos nesse sistema, e consequente valorização dos indivíduos comercializados.
Entre as espécies mais cultivadas no país, há destaque para as exóticas como o kinguio Carassius auratus, o plati Xiphophorus maculatus e o beta Betta splendens, e nativas como o apaiari Astronotus ocellatus, o neon-cardinal Paracheirodon axelrodi, o mato-grosso Hyphessobrycon eques, o acará-bandeira Pterophylum scalare e o acará-disco Symphysodon discus (Froese & Pauly, 2010). Estas espécies apresentam atrativo de cor e beleza gerando interesse para o seu cultivo e comércio. O sucesso da criação é resultado de uma série de fatores que estão diretamente ligados com o ambiente aquático e o bem-estar do peixe. Variações nos parâmetros físico-químicos da água, práticas de manejo, transporte e altas densidades de estocagem (Lima et al., 2006) podem culminar em enfermidades causando prejuízos econômicos e estresse aos peixes de cultivo (Cecarelli et al., 1990; Martins et al., 2002).
A baixa produção de organismos planctônicos em sistemas de criação intensivos e superintensivos impossibilita a bioacumulação de pigmentos carotenóides e flavonóides em níveis suficientes para intensificação da coloração da pele nos peixes destinados à comercialização. Além disso, a presença, de fatores de crescimento encontrados em alimentos vivos, proporciona a obtenção de melhores taxas de crescimento, sobrevivência, eficiência alimentar e melhoria da resposta imunológica, uma vez que, os organismos produzidos como alimentos vivos (Tubifex spp., Brachionus spp., Daphnia spp., Artemia spp., Dendrocephallus spp., Moina spp. e Mysis spp.) e utilizados na produção de peixesornamentais possuem a característica de bioconverter e acumular os pigmentos e nutrientes obtidos da sua alimentação à base de fitoplânctom, além de serem ricos e nutricionalmente equilibrados em ácidos graxos e aminoácidos.
Schryver, Crab, Defoirdt, Boon & Verstraete (2008) sugerem preferencialmente o uso de fontes de carbono que sejam resíduos de processos agrícolas ou industriais ou com baixo custo de aquisição. Estes mesmos autores recomendam o uso de melaço de cana, já que possui menor custo de aquisição, quando comparado a outras fontes de carbono solúveis, como dextrose, acetato, glicerol, açúcar refinado ou glicose. O melaço de cana é a fonte de carbono mais utilizada para fertilização dos cultivos em sistema de bioflocos (Schneider, Sereti, Eding & Verreth 2006; Samocha et al. 2007; Schryver et al. 2008; Schveitzer et al. 2013b). Como alternativa ao melaço de cana, encontramos o melaço de soja líquido, que é um subproduto da extração do óleo e do farelo concentrado proteico de soja (Gao, Li & Liu 2012). Em geral, o melaço de soja possui 50% de sólidos totais, que são constituídos essencialmente de carboidratos (60%), mais, 10% de proteínas, 20% de lipídeos e 10% de cinzas (Kinney 2003). Isto faz do melaço de soja uma potencial fonte de carbono para controle da amônia e formação de bioflocos microbianos em cultivos com mínima renovação de água. No entanto, foi encontrada apenas uma referência na área de aquicultura em estudo com nutrição de peixes (Ward, Bone, Bengtson, Lee, & Gomez-Chiarri 2013).
nas condições climáticas da região do Vale do Ribeira, apresentaram, no sistema semi-intensivo (VE), parâmetros estimados elevados e satisfatórios (Pt x Ct; GPD e CAA), em comparação aos do sistemaintensivo (TR). Entretanto, uma vez que no início do experimento os peixes do VE tiveram peso inicial superior quando comparados aos do TR, o índice de crescimento revela valores de desempenho igual para os dois sistemas, não mostrando benefício no VE. Todavia, a criação em TR apresentou vantagem econômica de 1,9%.
Este trabalho teve como objetivo principal estudar a cadeia produtiva de peixesornamentais de águas continentais do nordeste brasileiro. O trabalho foi realizado nos estados do Ceará e Pernambuco, por serem reconhecidos produtores e exportadores desses organismos no país. Os dados para o trabalho foram obtidos através da aplicação de questionáriosa representantes docomércio varejista, piscicultores ornamentais e aquaristas. Os valores de produção do comércio interno e de exportação de peixesornamentais foram obtidos em instituições públicas responsáveis por estes dados. Um total de 18 pisciculturas de peixesornamentais foram visitadas, sendo 10 no estado do Ceará e 8 em Pernambuco, variando desde piscicultores rudimentares que utilizavam reservatórios rústicos, até aquiculturas especializadas compostas de tanques de alvenaria. As espécies de peixes mais vendidas pelos piscicultores foram: Carassius auratus, Pterophyllum scalare, Beta splendens, Poecilia latipina e Xiphophorus helleri. A produção foi destinada principalmente para o Rio de Janeiro e São Paulo. O comércio varejista de peixesornamentais no nordeste é diversificado podendo encontrar a venda seus produtos em lojas generalistas conhecidas como petshops e em lojas especializadas. Um total de 13.846 exemplares peixesornamentais de águas continentais foram visualizados através do censo visual nas lojas dos estados do Ceará e Pernambuco. Desse total foram indentificadas 35 familias e 194 espécies de peixes, o maior número de indivíduos foi da família Cyprinidae, seguidas da Characidae e Poeciliidae. As espécies mais representativas em número de indivíduos disponíveis para venda no comércio varejista foram: Carassius auratus, Poecilia latipina, Paracheirodon axelrodi, Brachydanio rerio e Pterophyllum scalare. No comércio interno, o estado do Ceará comercializou no biênio
Como esperado, e seguindo os resultados de taxa de crescimento, foi observado que a Chaetomorpha sp. produziu mais biomassa em relação às outras algas (Figura 4). Este fato pode ter ocorrido devido ao fato da Chaetomorpha sp. ter sido obtida de um aquário e já estar aclimatada ao efluente de peixesornamentais anteriormente, enquanto todas as outras algas foram coletadas do meio ambiente. Apesar de terem passado por um período de aclimatação superior ao usado em outros experimentos, como o conduzido por Fialho (2013), onde as algas foram aclimatadas por 10 dias, pode ser que esse tempo não tenha sido suficiente. A incidência de luz também pode não ter sido ideal para uma ou mais algas, pois a Hypnea musciformis é uma alga coletada de áreas mais fundas, e está mais adaptada a ambientes com menor incidência de luz. Um estudo feito por Perfeto et al. (2004) indicou que algas vermelhas tem um crescimento superior com incidência de luz entre 12 e 40 µmol fótons m -2 s -1 . A Chaetomorpha sp. é uma espécie de alga que tem um crescimento mais acelerado do que o das outras algas testadas no experimento, como indicam Pedersen e Borum (1997).
Os digenéticos são na sua grande maioria endoparasitas também do Filo Platelmintes e, se caracterizam por possuírem ciclo bastante complexo, com no mínimo dois hospedeiros. O hospedeiro definitivo pode ser um peixe ou uma ave piscívora e os hospedeiros intermediários quase sempre são moluscos. O corpo geralmente é achatado e ovoidal, seu comprimento pode variar de 1 milímetro até vários centímetros. Geralmente possuem duas ventosas; uma que envolve a boca e outra chamada de acetábulo localizada na região ventral. Quase todas as espécies que parasitam peixes de água doce são hermafroditas. Os peixes podem ser parasitados por larvas e adultos de digenéticos, sendo que as larvas são encontradas geralmente encistadas (PAVANELLI et al., 1998).
Em relação ao Ichthyophthirius multifiliis, ectoparasito comum de peixesornamentais, as prevalências observadas em linhagens de Xiphophorus maculatus (36 e 40%) foram superiores àquelas observadas em X. maculatus (4%) por Thilakaratne et al. (2003), em Hyphessobrycon copelandi (21%) e Pterophyllum scalare (23%) do Rio Negro, Amazonas (Tavares-Dias et al., 2010) e em X. maculatus (6%) do Sul do Brasil (Piazza et al., 2006). A proliferação do I. multifiliis pode ser favorecida por condições desfavoráveis de qualidade da água, alta densidade de estocagem, baixas temperaturas da água e deficiências nutricionais (Piazza et al., 2006). Poucos estudos têm sido relatados sobre as alterações histológicas de peixesornamentais. Esse protozoário também pode ser responsável por danos teciduais em peixes cultivados. As alterações histológicas observadas nas brânquias de peixesornamentais deste estudo também foram reportadas em Astronotus ocellatus e Symphysodon discus (Mohammadi et al., 2012), Colossoma macropomum e Piaractus mesopotamicus (Martins e Romero, 1996), em Cyprinus carpio Koi (Bretzenger et al., 1999) e em Carassius auratus (Moyses et al., 2015). Hiperplasia, fusão das lamelas secundárias, edema e telangiectasia, são mecanismos de defesa do hospedeiro e podem estar relacionadas com a invasão do parasito na fase teronte nas camadas do epitélio. Este processo provoca reação inflamatória com intensa proliferação das células caliciformes (Paduá et al., 2014).
Neobenedenia melleni é conhecido como um parasito letal para peixes teleósteos ornamentais marinhos capturados se não tratado. Este estudo relata a ocorrência de N. melleni parasitando quatro espécies de peixesornamentais importados para o Brazil: Arabian angelfish (Pomacanthus asfur), yellowbar angelfish (Pomacanthus maculosus), regal angelfish (Pygoplites diacanthus) e bluecheek butterflyfish (Chaetodon semilarvatus). Dez dias depois do início da quarentena, foram observados irritabilidade e opacidade na córnea dos peixes que, foram diagnosticadas com N. melleni na superfície corporal. Todos os peixes foram tratados com duas aplicações de praziquantel 2 mg L -1 em intervalo de quatro dias. Sete dias após o início do tratamento, um novo exame parasitológico foi realizado o qual não revelou a presença dos parasitos, sendo liberados para comercialização.
Comumente associada a patogenias em peixes, as manifestações de doenças causadas por bactérias geram altas taxas de mortalidade, tanto em peixes da natureza, quanto em peixes de cultivo e são uma restrição à produção da aquicultura e ao comércio afetando o desenvolvimento do setor (VERSCHUERE et al., 2000). A correta caracterização e identificação da causa de enfermidades e patógenos permite a definição de métodos de controle e profilaxia, uma vez que muitas enfermidades e seus processos mórbidos não foram ainda estudados (COSTA, 2004).
especialmente nos meses de verão e com temperaturas elevadas. A inclusão de ureia, nitrato de amónia, biureto ou qualquer produto que contenha azoto inorgânico tem de se fazer de forma cuidada, dado que estas substâncias podem fazer elevar bruscamente o pH do rúmen, gerando alcalose, que em muitos casos pode ser mortal. No entanto, são fontes de azoto muito interessantes em determinadas alturas, principalmente devido ao seu preço. A fermentação da proteína (desaminação) no rúmen é pouco eficiente em termos energéticos, dado que 1 kg de proteína degradável dá unicamente 60 g de proteína microbiana digestível, sendo que a mesma quantidade de um carbohidrato é capaz de produzir 200g de proteína microbiana digestível. A proteína degradável no rúmen converte- se em AGV e amoníaco. Logo, se só se utilizar este tipo de proteína a relação proteína/energia da dieta estará desequilibrada, ou seja, é necessário um nível de proteína não degradável no rúmen na dieta. Este conceito é conhecido como proteína by-pass, ou PDIA no sistema francês. Na Tabela 15 podem ver-se as diferentes proporções de proteína, (proteína degradável e proteína não degradável) de diversos concentrados proteicos (% MF).
forma de biomassa bacteriana (imobilização) gerando alimento disponível para os camarões (Avnimelech et al 1994; Avnimelech 1999) . Apesar de L. vannamei ser capaz de ingerir e reter o nitrogênio derivado da biota natural (Burford et al 2004), a maior disponibilidade deste alimento natural na forma de sólidos em suspensão não afetou as taxas de crescimento e conversão alimentar neste estudo. Samocha et al (2007) testaram diferentes fertilizações com melaço e também não encontraram diferença nos índices de crescimento e conversão alimentar dos camarões em um sistema com troca limitada de água, onde o melaço não contribuiu como suplemento alimentar, servindo apenas no controle da qualidade da água. Os autores demonstraram que a amônia pôde ser controlada rapidamente após o início da adição de melaço em razões C/N = 13,9, sem causar um aumento significativo de sólidos em suspensão quando comparados aos tratamentos de razões C/N mais baixos. Ebeling et al. (2004) encontraram maiores quantidades de amônia nos tratamentos que receberam carbono via melaço na razão C/N de 11,4, muito semelhante ao observado no tratamento 10/1 deste estudo. O trabalho de Samocha et al (2007) também apresenta picos maiores de amônia, mantendo entradas constantes de melaço em razão C/N = 11,4, 6,5 mg/L quando comparados a tratamentos controle sem adição de carbono máximo de 3,0 mg/L.
O potencial de utilização de técnicas de deteção remota para a avaliação da PH de culturas tem sido discutida em literatura recente (Romaguera et al., 2010). A deteção remota pode fornecer a estimativa da evapotranspiração, precipitação, escoamento superficial e necessidades de rega quando associada a modelação como é o caso do SIMDualKc. O trabalho apresentado integra-se no projecto H2Olive3s que visa estudar a dinâmica da água em olivais regados no Alentejo, numa escala temporal de 3 anos. O projecto inclui o uso do modelo METRIC para a estimativa da ET (Allen et al., 2007), em que o cálculo do Índice de Vegetação de Diferença Normalizada (NDVI, Normalized Difference Vegetation Index) é parte essencial do processo de cálculo. Neste trabalho apresentam-se dados preliminares sobre a determinação do NDVI a partir de imagens do Landsat 5 TM e comparam-se com dados de campo, para um olival super-intensivo no Sul de Portugal. São também comparadas as estimativas da PH utilizando medições in-situ da ET e a informação obtida por deteção remota.