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à Alimentação Adequada O papel da HASATIL, através

No documento Análise Institucional. e dos seus membros (páginas 35-38)

das antenas que sairão deste

programa, poderá ser especial-

mente importante no quadro do

programa de descentralização.

3) Construção e reforço das políticas públicas

Este ponto relaciona-se com o desenvolvimento e a promoção de programas e politicas públicas que contribuam diretamente para a mitigação das causas que estão na base da insegurança alimentar. Neste domínio, e pensando no contex- to de Timor-Leste, o papel da HASATIL deverá ser essencialmente de advocacia e lobby junto do Governo e também de monitorização da imple- mentação desses programas e políticas.

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Neste contexto, a CPLP recomenda aos seus Esta- dos membros a adoção dos seguintes princípios: • Desenvolver e reforçar as Estratégias Nacionais de Segurança Alimentar;

• Implementar e coordenar políticas e programas, com os parceiros do desenvolvimento e que visem essencialmente as populações mais vulneráveis; • Promover políticas que facilitem o acesso a uma alimentação mais adequada assim como a infor- mação, educação, água e saneamento e serviços de saúde;

• Melhorar o acesso das populações mais vul- neráveis a recursos naturais e outros que sejam necessários para superar as causas que estão na base da insegurança alimentar;

• Promover a agricultura familiar, através de medidas de apoio à produção e ao acesso aos mercados;

• Garantir a qualidade e segurança dos alimentos através do reforço da capacidade de intervenção dos órgãos de inspeção, vigilância sanitária, etc; • Reconhecer os ganhos de produtividade que são alcançados graças ao fortalecimento das mulheres;

• Promover pesquisas agrícolas orientadas para formas de produção e de tecnologias sustentáveis que gerem ganhos de produtividade.

4) Construção e reforço de quadros orçamentais

Por último, este principio está essencialmente relacionado com a utilização dos dinheiros pú- blicos. Também neste domínio o papel da HASATIL deverá ser de advocacia e monitorização ao tra- balho e empenho do Governo. Neste contexto, a Estratégia recomenda à Comunidade:

• Alocar recursos financeiros necessários à implemen- tação das políticas e estratégias nacionais de SAN; • Promover o investimento público na agricultura e noutras áreas relevantes para a SAN (nutrição, água, saneamento, etc);

• Destinar uma contribuição para o Fundo Espe- cial da CPLP dedicada à SAN;

• Assegurar a transparência nas contas relativa- mente ao uso dos recursos públicos aplicados em prol da SAN e no Fundo Especial da CPLP.

A estratégia da CPLP

A estratégia da CPLP para a Segurança Alimentar compõe-se de três eixos:

Eixo 1 – Fortalecimento da governança da Segurança Alimentar e Nutricional

Está relacionado principalmente com o fortale- cimento institucional da CPLP, o qual passa pela elaboração e aprovação dos regimentos ine- rentes ao Secretariado Técnico Permanente de Segurança Alimentar e Nutricional e Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional. Dentro deste eixo são sugeridas algumas áreas a considerar: • Construção de um sistema de governança coerente e interligado até ao nível local; • Ação de capacitação em Direito Humano à Alimentação Adequada e SAN para os atores go- vernamentais, sociedade civil e setor privado de forma a mobilizá-los para a implementação da estratégia;

• Apoiar os atores não estatais a organizarem-se, o que implica o apoio ao fortalecimento de redes existentes e meios para a sua participação ativa no Conselho de SAN da CPLP;

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• Criação de um painel de especialistas dos vários países que poderão apoiar na realização de estu- dos que visem orientar ou facilitar as discussões e decisões do conselho. O painel deve também integrar especialistas sugeridos pelos atores não estatais.

Eixo 2 – Promoção do acesso e utilização dos alimentos para melhoria dos modos de vida dos grupos mais vulneráveis

Este eixo centra-se no apoio aos grupos mais vulneráveis que enfrentam situações de insegu- rança alimentar e nutricional, facilitando

o acesso a alimentos (em quantidade e quali- dade) e a serviços básicos (água, saneamento, saúde, etc), visando melhorar os modos de vida e promover a inclusão social destes grupos, em particular agricultores e comunidades rurais. A entrega de alimentos em situações de emer- gência deve ser considerada prioritária apenas como medida extraordinária. O foco das inter- venções deve incidir em medidas estruturais que mitiguem de forma sustentável, as causas da insegurança alimentar. A implementação desta estratégia prevê atividades relacionadas com o reforço dos programas de alimentação escolar e educação, dos sistemas nacionais de informação sobre SAN, das redes de seguran- ça e iniciativas sustentáveis de proteção

e inclusão social, a criação de programas sociais de acesso a alimentação adequada e de progra- ma de apoio e educação nutricional a grupos vulneráveis.

Eixo 3 – Aumento da disponibilidade

de alimentos base nos pequenos produtores

Este eixo visa aumentar a disponibilidade de alimentos através do reforço da produção inter- na com base nos pequenos produtores. A peque- na agricultura desempenha um papel fulcral neste processo uma vez que, por um lado, pode aumentar os alimentos disponíveis e por outro, estes pequenos agricultores que constituem os grupos mais vulneráveis veem o seu rendimento aumentado pela venda da produção. Para isso é necessário primeiro um cadastro dos pequenos agricultores e definir quais serão alvo das políti- cas. Por outro lado, o aumento da produção tem que ser acompanhado pelo desenvolvimento de outras componentes como é o caso da transfor- mação, armazenamento e comercialização, que permitirão aumentar o valor dos produtos base, melhorar a qualidade e reduzir perdas. As ativi- dades previstas para o desenvolvimento deste eixo estão relacionadas com a identificação e cadastro dos pequenos agricultores, desen- volvimento de tecnologias simples de produção, transformação e comercialização, concessão de créditos agrícolas, capacitação na área do acesso à terra, fortalecimento das mulheres rurais, entre outros.

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Estratégia de Segurança Alimentar

No documento Análise Institucional. e dos seus membros (páginas 35-38)

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