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2.2 Concreto de cimento portland e seus constituintes:

2.2.3 Água

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DESENVOLVIMENTO DE CONCRETO UTILIZANDO RESÍDUO DE MÁRMORE COMO ADIÇÃO PARCIAL DO CIMENTO PORLAND: ESTUDO EXPERIMENTAL

A NBR 15900: 2009 ressalta que a água que vem ser utilizada na mistura de concreto e argamassa não pode conter substancias no qual altera as propriedades químicas e físicas do concreto, tais como na hidratação do cimento, resistência e alteração da pega.

Segundo Pedrozo (2014) água, elemento indispensável ao concreto, pois, possibilita as reações químicas de hidratação do cimento, emitindo calor que resulta em seu endurecimento.

Silva (2004) alerta que precisa-se de cuidado com a água no concreto, respeitando a quantidade indicada em projeto para o traço que se deseja utilizar e para a resistência que se deseja.

Uma água imprópria para beber não é necessariamente imprópria para utilizar na fabricação do concreto. De modo que a resistência do concreto, a água ácida, alcalina, salgada, salobra, colorida ou com mau cheiro não podem ser rejeitadas, pelo fato que essas águas vindas da reciclagem e operações industrias terem sido utilizada no amassamento de concreto (METHA, 1994).

2.2.4 Aditivos e adições

Frequentemente, em vez da utilização de cimentos especiais, pode-se alterar algumas das suas propriedades do cimento, incorporando um aditivo para cimento ou um aditivo para concreto (NEVILLE e BROOKS, 2013).

“A NBR 11678:2011 define aditivo como o produto que, adicionado durante o processo de preparação do concreto, em quantidade máxima de 5% da massa de material cimentício, modifica suas propriedades no estado fresco e/ou endurecido. Não são considerados nesta definição os pigmentos orgânicos á produção de concreto colorido” (NEVILLE E BROOKS, 2013, P, 145).

A ASTM C 125 define aditivo/adição como qualquer outro material, que não seja água, agregados, cimentos hidráulicos ou fibras, que possa ser usado como ingrediente do concreto ou argamassa misturando antes ou durante a mistura (METHA e MONTEIRO, 2008).

Segundo (METHA e MONTEIRO (2008) as adições pozolânicas tendem a reduzir a exsudação e aumentar a coesão do concreto. As cinzas volantes, quando usadas para substituir

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parcialmente o agregado miúdo, geralmente aumentam a consistência com um dado consumo de água.

2.3 MÉTODOS DE DOSAGEM

Metha e Monteiro (2008) define dosagem de concreto como processo da combinação correta de cimento, agregados, água, adições e aditivos, para produzir o concreto de acordo com as especificações dadas. Ressalta o autor que o exercício da arte de dosagem do concreto pode ser muito recompensador, pois os efeitos de dosagem no custo de concreto e em importantes propriedades, tanto no estado fresco como no endurecido.

Para Metha e Monteiro (1994) a dosagem tem um objetivo amplo de expressar-se como a escolha dos matérias adequados entre aqueles disponíveis a combinação mais econômica, desde de que se produza um concreto que atenda as características mínimas de desempenho estabelecidas.

Segundo Vasconsellos (1997) dosar concreto, é quantificar seus componentes de forma que após sua correta execução (medição; mistura; transporte; lançamento; adensamento e cura), apresente propriedades (resistência mecânica, impermeabilidade e durabilidade) que o capacitem a construir-se em parte integrante e útil de uma peça isolada ou de uma estrutura.

A NBR 12655:2006 relata dois tipos de dosagem, a dosagem racional e experimental e a dosagem empírica. Dosagem experimental deve ser utilizado em concreto da classe C15(fck =

15 Mpa) ou superiores, usando matérias e condições iguais as da obra. Dosagem empírica utilizada em concreto da classe C10(fck = 10 Mpa) e deve ter no mínimo 300 kg de cimento por

metro cúbico.

Priskulink (1977), a dosagem tem por finalidade fazer com que o concreto se adeque a porção de aglomerantes, agregados miúdos e graúdos, água, e eventualmente, aditivos estabelecidos e que atenda as seguintes condições:

a) Estado fresco: característica trabalhável e mantenha sua homogeneidade nas etapas de misturas, transporte, lançamento e adensamento.

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DESENVOLVIMENTO DE CONCRETO UTILIZANDO RESÍDUO DE MÁRMORE COMO ADIÇÃO PARCIAL DO CIMENTO PORLAND: ESTUDO EXPERIMENTAL

b) Estado endurecido: Oferecer, as propriedades exigidas no projeto estrutural (resistência mecânica, retração, deformação lenta) acordes com as especificações de cálculo e a aparência exigida no projeto arquitetônico; c) Consistir, sustentando suas propriedades durante sua vida útil para a estrutura,

pois, os possíveis efeitos danosos. d) Seja econômico.

Embora os métodos de dosagem IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), INT (Instituto Nacional de Tecnologia), ITERS (Instituto Tecnológico do Estado do Rio Grande do Sul) e o método da ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland), mostrarem diferenças entre si, muitas atividades são comuns, exemplo, o cálculo da resistência média de dosagem, a relação da resistência à compressão com o fator água/cimento para determinado tipo e classe de cimento, quando um estudo de dosagem ter por objetivo adquirir uma resistência especificada, sem descuidar da economia e da sustentabilidade que sempre devem basear um estudo de dosagem contemporâneo ( O CONCRETO, 2012).

Menosse (2004), define o método ABCP como bastante simples, onde se conjugam tabelas previas e ensaios de verificação. Obtém-se a dosagem em função da resistência desejada e das massas especificas dos agregados.

2.4 PROPRIEDADES DO CONCRETO 2.4.1 No estado fresco

Deve ser destacado que a resistência do concreto com determinadas proporções de misturas é muito influenciada pelo seu grau de adensamento, sendo assim de fundamental importância que a consistência da mistura seja tal qual o concreto possa ser transportado, lançado, adensado e acabado facilmente sem segregações (NEVELLE, 2016).

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Metha e Monteiro (2008) define trabalhabidade do concreto como a propriedade que determina o esforço exigido para manipular uma quantidade de concreto fresco, com pouca perda de homogeneidade.

Já Nevville e Brooks (2013) define trabalhabilidade como a quantidade de trabalho interno necessário para a obtenção do adensamento total.

Segundo Neville (2016) um concreto que pode ser facilmente adensado é considerado um concreto trabalhável. O referido autor ainda ressalta que trabalhabilidade significa facilidade de lançamento.

2.4.1.2 Tempo de pega

Neville e Brooks (2013) define tempo de pega, como, termo utilizado para descrever o enrijecimento da pasta de cimento, referindo-se que a pega é a mudança do estado fluido para o rígido.

Os tempos de início e fim de pega do cimento são pontos definidos por métodos de ensaio. Dois pontos determinam a taxa de solidificação de uma pasta fresca do cimento. A pega do concreto é definida pela solidificação em uma mistura fresca de concreto (METHA e MONTEIRO, 2008).

Segundo Metha e Monteiro (2008) o tempo de início e de fim de pega, quando medidos pelo método de resistência à penetração, não registram uma alteração nas características da pasta do cimento.

2.4.2 No estado endurecido

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