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Áreas Básicas de Desperdícios

7. INSPEÇÃO DE SEGURANÇA

7.2. Áreas Básicas de Desperdícios

Serão mostradas a seguir algumas áreas onde podem ser encontrados desperdícios em uma empresa. Devem ser identificados, através de uma inspeção, e eliminados.

7.2.1. Desperdício de mão-de-obra

1) Duplicidade de serviços ( Alguém está executando serviços iguais ou similares? Esta duplicidade é necessária ?);

2) Superestimar os padrões de qualidade (Está o padrão de qualidade mais alto do que o uso justifica? O alto padrão de qualidade exigido é realmente necessário?);

3) Aproveitamento melhor da mão-de-obra (Há algum trabalho feito manualmente que seria melhor realizado com máquinas ?);

4) Burocracia exagerada (Os relatórios, cartas, memorandos poderiam ser reduzidos ou substituídos? São realmente necessários ?);

5) Salário mais alto do que o serviço exige (Deveria parte do serviço ser feito por algum empregado e nível salarial mais baixo? O trabalho não poderia ser feito por um empregado menos categorizado?); 6) Delegação inexistente ou ineficiente (Que decisões

poderiam ser delegadas a subordinados ?).

7.2.2. Desperdício de equipamentos

1) Os empregados não têm a mínima noção do valor dos maquinários e equipamentos que usam;

2) Empregados não são orientados quanto ao uso correto das máquinas e equipamentos;

3) Os empregados não informam imediatamente os defeitos das máquinas;

4) Permitir que os maquinários continuem em uso quando não estão “funcionando bem”;

5) Uso de máquinas e equipamentos para realizar trabalhos que fogem a sua especificação, uso errôneo do ferramental;

6) Máquinas e equipamentos funcionando quando não estão em uso;

7) Permitir que os empregados não autorizados façam reparos em máquinas e equipamentos;

8) Não proteger máquinas e equipamentos contra sujeira, ferrugem e corrosão;

9) Falta de lubrificação adequada e regular;

10) Falhas de programação, gerando necessidade de ligar e desligar o maquinário, extremando-se a carga máxima e tempo improdutivo;

11) Desconhecimento (supervisão e empregados) do potencial das máquinas;

12) Empregados que n ajustam a velocidade e alimentação das máquinas, conforme critérios próprios;

13) Não analisar as causas dos danos nas máquinas a fim de elimina-las e evitar novas ocorrências;

14) Falta de entrosamento com o departamento de Manutenção;

15) Substituir as máquinas ou equipamentos que poderiam ser vantajosamente reparados e reparar máquinas ou equipamentos que poderiam ser vantajosamente substituídos;

16) Indiferença de chefia nas opiniões dos empregados a respeito das condições das máquinas e equipamentos;

17) O excessivo tempo gasto pela Manutenção em reparos;

18) Uso de máquinas com material defeituoso ou fora do especificado;

19) Falta de contato com os fabricantes das máquinas e equipamentos para orientar-se quanto ao uso efetivo destes;

20) Não proteger o maquinário em uso e o desativado contra intempéries.

7.2.3. Desperdício de materiais

1) Desconhecimento dos empregados do valor do material com o qual trabalha;

2) Uso incorreto de máquinas e equipamentos;

3) Falha em analisar perdas de material para determinar a causa e fazer as correções para prevenir

reincidências;

4) Não prestigiar idéias dos subordinados para reduzir o desperdício;

5) Desfazer-se (ficar livre) dos materiais que poderiam ser retrabalhados;

6) Falta de controle de perdas, roubos e uso inadequado de materiais;

7) Usar material impróprio ou imperfeito, permitindo que sejam rejeitados durante ou após as operações de produção;

8) Inspeção incorreta das peças em processo;

9) Falta de instrução ou orientações aos empregados para o uso apropriado de materiais e suprimentos; 10) Separação (rejeição) imprópria de materiais,

diminuindo seu valor de revenda (sucata);

11) Prateleiras, canaletas, transportadores inadequados, resultando em gastos, quebras, danificações, escassez e perda de material;

12) Permitir que materiais fora de uso se acumulem na seção;

14) Não controlar os materiais e ferramentas de uso coletivo;

15) Usar mais material que o necessário;

16) Pouca disciplina, resultante do descuido ou negligência no trabalho, por parte da chefia;

17) Uso de materiais, ferramentas e equipamentos de empresa para fins particulares;

18) Falha em receber e em inspecionar remessas de fornecedores a fim de verificar se a qualidade esta dentro do especificado;

19) Deixar material exposto ao tempo (sem proteção); 20) Usar material caro, quando um mais barato poderia

servir sem diminuir a qualidade.

7.2.4. Desperdício de transporte

1) Inexistência de sistemas de movimentação interna; 2) Obstrução das vias de circulação;

3) Meios de transporte inadequado; 4) Condições impróprias dos pisos.

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8. PERMISSÃO DE TRABALHO (PT)

A P.T. é um documento que autoriza a execução de trabalhos que pelos riscos que apresentam, só devem ser realizados após autorização escrita.

A P.T. é uma autorização dada por escrito para execução de qualquer trabalho envolvendo manutenção, montagem, desmontagem, construção, reparos ou inspeções em equipamentos ou sistemas que envolvam perigo, com a finalidade de preservar a integridade do pessoal, dos equipamentos, do meio ambiente e a continuidade operacional. Não confundir com O.S. - ORDEM DE SERVIÇO.

Essa garantia só é obtida após uma série de medidas acauteladoras, cuja observância é imprescindível para garantir a segurança do trabalho.

Um exemplo de grande repercussão internacional foi o acidente ocorrido em 06 de julho de 1988, na plataforma Piper Alpha, no Mar do Norte, onde 167 pessoas morreram.

Houve explosão seguida de incêndio. Houve perda completa da plataforma e danos irreparáveis à imagem da companhia operadora.

No relatório de investigação foram apontadas falhas de projeto, falhas de procedimento, falhas de treinamento e falhas no sistema de gestão.

Contudo a causa imediata para a ocorrência do acidente foi uma falha no Sistema de Permissão para Trabalho.

Outro exemplo de repercussão internacional foi o acidente ocorrido em 2001 com a plataforma P-36, na Bacia de Campos, onde 11 pessoas morreram.

Houve explosão numa das colunas de sustentação da P-36, seguida de incêndio. Houve afundamento da plataforma e danos irreparáveis à imagem da companhia operadora.

O Relatório Final da Comissão de Sindicância concluiu que o Sistema de Permissão para Trabalho adotado pela companhia operadora necessitava de modificações, que incorporassem avaliações de risco para a realização de uma tarefa.

A seqüência de execução segura de um trabalho deve seguir, normalmente, ao fluxograma apresentado na figura 8.1.

Uma P.T. deve ser aplicada a todo trabalho a ser realizado em áreas que possam causar:

Explosão ou incêndio

Vazamento de produto tóxico, corrosivo, inflamável ou combustível

Vazamento de produto sob pressão Exposição a radiação ionizante Exposição a temperatura extrema Quedas

Desabamento Choque elétrico

Deficiência de oxigênio no local de trabalho Escavação em profundidade superior a 1,5 m Com a finalidade de assessorar o emitente da P.T. existem documentos auxiliares que poderão ser utilizados.

O Certificado de Inspeção de Segurança – CIS – é um documento onde são registrados os resultados da inspeção visual, dos testes e das medições realizadas na área ou no equipamento onde deve ser executado um trabalho, bem como as recomendações de segurança necessárias.

A Análise Simplificada de Riscos – ASR – é um estudo que deverá ser executado antes da emissão da PT, nos seguintes tipos de serviços:

Serviço que venha a alterar parâmetros de processo, vazões de produtos, pressões, temperatura, etc.

Trabalho a quente em áreas de processo

Trabalho em equipamento elétrico que venha a resultar em mudança de configuração da instalação.

As Etiquetas de Advertência são cartões de aviso que devem ser fixados nos equipamentos com a finalidade de proibir a sua operação. Equipamentos comandados remotamente devem ser desligados através de bloqueio físico de seus sistemas de fornecimento de energia. Não deve ser permitido o bloqueio via “software” de controle, mesmo que o sistema disponha de senhas restritas de entrada para os comandos de acionamento.

Quando o serviço envolve risco grave para os executantes, como os equipamentos que possam ser energizados, equipamentos rotativos que possam ser acionados, etc., as etiquetas de advertência deverão ser substituídas por dispositivos de trava que possam ser retirados pelo emitente.

Será mostrado nas figuras a seguir um modelo de Permissão de Trabalho Seguro.

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