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4.3 DETERMINAÇÃO DOS REGIMES DE MANEJO

4.3.1 ÁREAS PRÓPRIAS

Áreas próprias são propriedades pertencentes à empresa, onde era possível a produção de madeira tanto para abastecimento da fábrica para celulose quanto venda de madeira para serraria.

Por motivos contratuais, somente nas áreas próprias da empresa foi possível a aplicação de práticas de manejo diferenciadas, tais como variação na idade de corte final ou operações diferentes das usadas para produção de celulose, como desbastes.

Para as áreas de propriedade da empresa foram planejadas duas diferentes estratégias de produção, a primeira não previa a produção de madeira para serraria, na segunda foi ofertada esta opção.

O grupo de regimes de manejo que tinha como único produto a madeira para celulose incluiu quatro variações denominadas: Própria, própria padrão, própria rebrota e corte raso dos projetos velhos, conforme o QUADRO 2.

Aplicação

Descrição Aplicação nos

anos do HP Espécie Sítio Região

Corte raso dos

projetos velhos 0 a 4 Eucalyptus Rebrota Eucalyptus e 21, 23, 27 e 31

Região 1 e Região 2

Própria 0 a 0 Eucalyptus 21, 23, 27 e 31 Região 1 e Região 2

Própria Padrão 1 a 12 Eucalyptus 21, 23, 27 e 31 Região 1 e Região 2

Própria Rebrota 0 a 0 Eucalyptus Rebrota 21, 23, 27 e 31 Região 1 e Região 2

QUADRO 2 APLICAÇÃO DOS REGIMES DE MANEJO PARA PRODUÇÃO DE MADEIRA PARA CELULOSE EM ÁREAS PRÓPRIAS

Operações

Descrição Plantio Manutenção Desbaste Corte raso

Corte raso dos projetos

velhos - - - Corte raso projetos velhos

Própria Reforma Manutenção 1 e 2 - Corte Raso - 6 a 8 anos

Própria Padrão Reforma Manutenção 1 e 2 - Corte Raso - 7 anos

Própria Rebrota Condução Manutenção 1 e 2 - Corte Raso - 7 anos

QUADRO 3. OPERAÇÕES DOS REGIMES DE MANEJO PARA PRODUÇÃO DE MADEIRA PARA CELULOSE EM ÁREAS PRÓPRIAS

Os regimes de manejo expostos nos QUADROS 2 e 3 correspondem à rotina para produção exclusivamente de madeira para celulose, portanto, em nenhuma dessas situações foram planejados desbastes.

Compuseram esses cenários três regimes distintos, onde dois deles eram compostos por operações de plantio, manutenção e corte raso, sendo “própria rebrota” uma opção cuja condução do plantio foi feita por meio de rebrota.

Os plantios foram realizados com 1200 árvores por hectare e poderia ser feito através de rebrota ou reforma. Por questões operacionais, e como forma de tornar o modelo mais enxuto, a prática de rebrota do plantio foi realizada apenas para o ano zero do horizonte de planejamento. Dessa forma, nos talhões onde foram conduzidas rebrotas serão cortados ao final da rotação e a próxima operação será a reforma.

O corte raso praticado nesses casos foi idealizado para que acontecesse no período de seis a oito anos. Todavia, esse intervalo de tempo atribuído à operação gerava um grande aumento de modelos matemáticos, se atribuído a todo o horizonte de planejamento, e não contribuía para a regulação da floresta.

Tendo em vista essa situação, foi definido um novo regime de manejo, denominado “padrão” que determina o corte raso aos 7 anos a partir do primeiro corte raso. A terceira modalidade de corte raso, denominada “corte raso dos projetos velhos” foi aplicada somente para talhões com idade superior a oito anos e que, portanto, não puderam ser encaixados em nenhum dos regimes citados.

A manutenção, que compreende as práticas de capina, roçada, combate a formigas, entre outras, foi planejado para que acontecesse em duas ocasiões distintas, a primeira no ano 1 e a segunda no ano 2, após o plantio.

A FIGURA 4 exibe de forma resumida as opções de regimes de manejo para produção, exclusivamente, de madeira para celulose disponíveis para áreas próprias.

FIGURA 4. REGIMES DE MANEJO SEM DESBASTE APLICADOS NAS ÁREAS PRÓPRIAS

O segundo grupo de regimes de manejo contemplava os que propõem ações mais complexas, como os desbastes, que resultariam em madeira destinada ao uso em serraria, associados aos regimes para produção de madeira para celulose.

Os regimes de manejo que previam a produção de madeira para celulose e serraria foram concebidos com base em experiências já implementadas por outras empresas florestais. O QUADRO 4 expõe os regimes de manejo considerados e em quais situações foram empregados.

Aplicação

Descrição Aplicação nos

anos do HP Espécie Sítio Região

Corte raso dos

projetos velhos 0 a 4 Eucalyptus Rebrota Eucalyptus e 21, 23, 27 e 31

Região 1 e Região 2 Desbaste Própria

Padrão 1 a 22 Eucalyptus 21, 23, 27 e 31 Região 1 e Região 2

Desbaste Própria 0 a 0 Eucalyptus 21, 23, 27 e 31 Região 1 e Região 2

Própria 0 a 0 Eucalyptus 21, 23, 27 e 31 Região 1 e Região 2

Própria Padrão 1 a 22 Eucalyptus 21, 23, 27 e 31 Região 1 e

Região 2

Própria Rebrota 0 a 0 Eucalyptus Rebrota 21, 23, 27 e 31 Região 1 e Região 2

QUADRO 4. APLICAÇÃO DOS REGIMES DE MANEJO PARA PRODUÇÃO DE MADEIRA PARA CELULOSE E SERRARIA EM ÁREAS PRÓPRIAS

A exemplo do grupo de regimes mostrados no QUADRO 3, algumas das tarefas desenvolvidas e apresentadas no QUADRO 5 continham um intervalo de tempo, ao invés de apenas uma única opção de data para sua realização.

Operações

Descrição Plantio Manutenção Desbaste Corte raso

Corte raso dos projetos

velhos - - - Corte raso projetos velhos

Própria Reforma Manutenção 1 e 2 9 ou 10 anos 5 ou 6 e Corte Raso – 15 anos

Própria Padrão Reforma Manutenção 1 e 2 5 e 10 anos Corte Raso – 15 anos

Própria Rebrota Condução Manutenção 1 e 2 5 e 10 anos Corte Raso - 15 anos

QUADRO 5. OPERAÇÔES DOS REGIMES DE MANEJO PARA PRODUÇÃO DE MADEIRA PARA CELULOSE E SERRARIA EM ÁREAS PRÓPRIAS

Sendo assim, mais uma vez, foram criados “regimes padrão” que limitavam as opções no período de corte raso e desbastes, tornando o modelo matemático mais compacto.

Dentre esse conjunto de regimes, existiam os que não estão planejados desbastes e que, portanto, não poderiam produzir madeira para serraria e eram rigorosamente iguais aos listados no grupo anterior.

Os programas de desbastes compreendiam duas metodologias distintas, sendo uma com apenas uma opção de data para desbaste (5 e 10 anos) e a outra com duas (5 ou 6 e 9 ou 10 anos), ambas partiam da densidade de plantio igual a 1000 árvores por hectare.

Nos regimes de manejo que previam a produção de madeira para serraria foram planejados dois desbastes. O primeiro deles ocorre aos 5 ou 6 anos e é misto, com a retirada sistemática da quinta linha de plantio e desbaste seletivo nas demais linhas. O segundo desbaste era somente seletivo, previa entre 220 e 250 árvores remanescentes por hectare e acontecia nos anos 9 ou 10. O corte raso era previsto aos 15 anos de idade.

Os regimes de manejo denominados “padrão” eram compostos por desbastes aos 5 e aos 10 anos, com corte raso sendo realizado aos 15 anos.

A FIGURA 5 mostra de maneira simplificada os regimes de manejo gerados para os cenários de produção de madeira para serraria e para celulose.

FIGURA 5. REGIMES DE MANEJO INCLUINDO DESBASTES APLICADOS NAS ÁREAS PRÓPRIAS

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