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ÁREAS SOB CONTROLE DE ISRAEL (1967)

No documento atlas histórico escolar MEC (páginas 137-141)

história geral

ÁREAS SOB CONTROLE DE ISRAEL (1967)

A instabilidade política de Israel nada mais é do que um dos aspectos das crises sucessivas por que passa o Orien- te Médio, na atualidade. Havendo, além disso, a agravan- te: os árabes de um lado, alegando sua maioria étnica e o predomínio absoluto da Idade Média; os israelenses, afir- mando, por sua vez, que já é tempo de manterem a 'Terra Prometida", herdada de seus antepassados que há mais de 4 . 0 0 0 anos aí se instalaram sob o comando de Abraão.

Israel, nascido no ano de 1948, é um pequeno país isolado no meio de uma multidão de inimigos, representa- dos pelos países árabes que não o aceitam como uma realidade política.

0 fechamento do canal de Suez aos navios israelenses, ao lado de vários incidentes de fronteira, levou à luta o Egito e Israel, ocasionando a intervenção franco-britânica. Durante esta guerra de 1956, Israel invadiu a península do Sinai, de onde retirou suas tropas no ano seguinte, graças à intervenção da ONU. Dez anos depois (1967) começava nova guerra; desta vez, além de ocupar a estratégica pe- nínsula do Sinai, as conquistas israelenses triplicaram-lhe o território primitivo, englobando também o enclave jorda- niano a oeste do rio Jordão, zona de operação das bases guerrilheiras do país vizinho inimigo.

Nesta área, subtraída a Jordânia, destaca-se a cidade santa de Jerusalém, dividida em parte velha e parte nova. Ocupada pelos israelenses, foi abolida a divisão, com a demolição das muralhas e o levantamento de todas as restrições ao acesso de ambos os setores. Proclamada a "reunificação irrevogável", deixava Jerusalém de ser fron- teira militar, ficando livre ao acesso de fiéis de todas as religiões.

A G U E R R A DO P A C Í F I C O (Segunda Guerra Mundial)

O inesperado ataque a Pearl Harbor (7 de dezembro de 1941) foi seguido pela rápida conquista da Birmânia pelos japo- neses já em guerra com a China, que ocupavam em parte. Cedo também foi le- vada a efeito a ocupação da Indochina, da Tailândia e da Malásia. Em dezembro de 1 9 4 1 , isto é, cem anos depois de cedido à Inglaterra (1842), era tomado o grande centro comercial de Hong-Kong. O não menos importante porto de Singapura caiu nas mãos dos japoneses a 1 5 de fe- vereiro de 1 9 4 2 , privando-se, assim, a Grã-Bretanha de sua maior base estraté- gica no Sudeste asiático. Aproveitando a sua superioridade naval do momento, o Japão ocupou sucessivamente as ilhas Guam, Wake, as de Salomão e, no Pacifi- co Norte, as ilhas Aleútas. Em janeiro de 1 9 4 2 , já tinham sido ocupadas as ilhas holandesas Bornéu, Java, Sumatra e o u - tras. Nas Filipinas, os japoneses encontra- ram a forte resistência da pequena guar- nição de Corregidor (abril de 1942). Sob o domínio japonês havia, pois, países sob protetorado (Mandchúria, Birmânia, Filipi- nas), colônias sem metrópole (Indochina) e territórios de explotaçâo, economia de importância estratégica (Indonésia, Malá- sia).

Ainda no primeiro ano de conflito, o Japão sofreu dois reveses: a sua tentativa

contra a ilha de Midway e a derrota aero- naval do Mar de Coral. A ocupação de toda a ilha da Nova Guiné e das ilhas Salomão visava, principalmente, à Austrá- lia, mas, no Mar de Coral, a reconquista americana de Guadalcanal deu a con- tra-ofensiva americana em base naval im- portante.

Em principio de 1943, Washington ela- borou um plano estratégico, que foi apli- cado com segurança e precisão. Consistia em reconquistar a Birmânia com o auxilio chinês, pela famosa Estrada da Birmânia, e, em segundo lugar, efetuar a Operação Torquês, partindo da Nova Guiné para as Filipinas e partindo das ilhas Marianas e Marshall para o próprio Japão. De fato, em saltos sucessivos da ilha Gilbert para a ilha Marshall, desta para Saipan, alcan- çada em julho de 1944, partiram os ame- ricanos para as suas vitórias de Okinawa, em janeiro de 1945, e de Iwashima, em março do mesmo ano. A reconquista das Filipinas havia aniquilado a marinha japo- nesa, e a defesa do Japão se tornava difí- cil. No continente perdia também a Bir- mânia.

De Potsdam, onde conferenciavam os aliados, recebeu o chefe das forças ameri- canas a ordem de empregar a bomba atômica contra as ilhas japonesas. De- ram-se então, a 6 e 9 de agosto de 1945, as operações de Hiroshima e de Na- gasaki.

OS DOIS V I E T N Ã S

A Tailândia, o Camboja, o Laos e os dois Vietnãs constituem a chamada Indo- china, isto é, uma das três grandes penín- sulas da Ásia intertropical. O nome que lhe foi atribuído pelos geógrafos caracteri- za a região intermediária entre a Índia e a China, e explica também as duas corren- tes étnicas que nelas se encontram: a corrente mongólica do Norte e a corrente indonésia do Sul. A existência de dois Vietnãs mais ou menos distintos através da sua história não deixa de ser represen- tada nos tempos modernos pelo Tonquim e pelo Anam, formado este último de po- pulação malaio-polinésia indianizada. 0 Vietnã do Norte ou Tonquim foi conquis- tado pelos chineses no tempo da dinastia

Han. Aos poucos, os vietnamitas do Norte foram descendo para o Sul; o século XVII marcou a longa fase das lutas entre Norte e Sul, que venceu auxiliado pelos portu- gueses. 0 século XIX foi ilustrado pelos imperadores, como Gia-Long e Tu-Duc, que tiveram de ceder aos necessários pro- tetorados franceses depois de 1 8 6 0 , ape- sar de repetidas tentativas para obter do suserano chinês intervenção mais ativa contra os "bárbaros do Ocidente".

A colonização francesa ficou efetiva de- pois de 1885 (Tratado de Tien-Sur) e es- tabeleceu uma união indochinesa com o Camboja, o Tonquim e o Anam. Ocupa- da a península pelos japoneses, durante a Segunda Guerra Mundial, foi restitufda â França em 1945. Não chegou a durar dois anos a nova colonização francesa, que, depois de vários regimes (imperial e republicano), acabou em Dien-Bien-Fu, em 1954, com a retirada final da França em 1956.

Naquele mesmo ano de 1 9 5 4 , a Confe- rência de Genebra separou as duas repú- blicas vietnamitas.

O Governo de Hanói ficou sob a autori- dade de Ho-Chi-Min, e o governo sulista de Saigon coube a Ngo-Din-Dien, que so- freu a oposição dos budistas, dos nacio- nalistas e dos comunistas, e, finalmente, foi assassinado (1963). Com a instabilida- de reinante no Sul e o não cumprimento das eleições prometidas em Genebra, o governo dos Estados Unidos julgou opor- tuno a intervenção militar para auxiliar o governo de Saigon na sua luta contra o Vietcong. É esta a ala militar da Frente Nacional de Libertação, organizada em

1960, destinada a promover, no Vietnã do Sul, uma luta nacionalista em vista de uma solução unificadora dos Vietnãs, mas de tipo socialista.

O fato de serem numerosos os grupos vietcongs estabelecidos nos campos e ci- dades sulistas tornou a resistência ás for- ças americanas estrategicamente mais fá- cil, não só com o auxílio patente do Norte, como também com os recursos enviados por Estados comunistas.

A Guerra do Vietnã tornou-se uma das questões vitais da política internacional. A sua duração e a sua violência ultrapassa- ram todas as expectativas. Paris reuniu os representantes das potências em conflito para fixar as bases de uma paz na penín- sula indochinesa.

D U A S CORÉIAS

Depois de ter estado, durante séculos, sob a suserania da China, o Reino da Co- réia, um dos maiores fatores de cultura do Extremo Oriente, passou para o domínio japonês (1905) e constituiu colônia do Japão durante 35 anos ( 1 9 1 0 - 1 9 4 5 ) .

Quando se deu a retirada das forças japonesas da península, no fim da Segun- da Guerra Mundial, em conformidade com uma decisão tomada em Yalta, os Estados Unidos e a Rússia se incumbiram de preparar a Coréia para a vida interna- cional independente. A comissão mista russo-americana discutiu as condições po- líticas da unidade prometida aos corea- nos, mas as forças de ambos os países, obedecendo ao acordo de Potsdam, res- peitaram o paralelo de 3 8 ° para ocupar respectivamente o Norte e o Sul do país. Os russos, pela sua vizinhança siberiana e limítrofe, desde os tempos dos czares, t i - nham-se interessado pelos recursos da Coréia. A eles Coube a ocupação do Nor- te. Aos americanos muito longe de suas buscas estratégicas, coube a ocupação do Sul.

As dificuldades de se chegar a uma so- lução definitiva do caso coreano, acaba- ram levando as Nações Unidas a discutir as medidas a serem tomadas em relação aos dois Estados em formação. Surgiram, então, muitas sugestões, destacando-se as da índia e do Egito, mas sem resulta- dos práticos.

Em junho de 1 9 5 0 , incidentes da fron- teira provocaram a entrada de forças nor- tistas no território sulista. 0 Conselho de Segurança das Nações Unidas declarou o Norte agressor e, com a ausência tempo- rária do representante soviético, decidiu a intervenção internacional. Em outubro, as forças americanas e as forças simbólicas de quinze nações, sob o comando do Ge- neral Mac Arthur, atravessaram o paralelo de 38°. Em ofensiva rápida, porém, os coreanos do Norte já haviam tomado Seul, a capital do Sul. Com maiores refor- ços, Mac Arthur desembarcou em Inchon, recapturou Seul e invadiu o Norte até a

linha do rio Yalu, em rápida con- tra-ofensiva.

Inesperadamente, abriu-se, então, a se- gunda fase da Guerra da Coréia com a intervenção de trezentos mil voluntários chineses. Entrava assim, pela primeira vez, na cena internacional, a China comu-

nista, agravando o desacordo entre Este e Oeste. Rápida também foi então a inva- são da Coréia do Sul, e chegou a tornar- se crítica a posição dos americanos e su- listas.

O General Mac Arthur julgou que havia chegado a hora de, dispondo de armas superiores e bombas atômicas, atacar d i - retamente a China. Este plano causou apreensões entre as potências ocidentais,

e sua intervenção diplomática levou o presidente dos Estados Unidos a substi- tuir o chefe americano das forças na Co- réia do Sul. O delegado soviético nas Na- ções Unidas sugeriu um armistício que foi aceito, em princípio, e novas negociações foram entabuladas em Kaesong, sem re- sultados. Nas conferências ulteriores de Panmunjon chegou-se, finalmente, ao ar- mistício de 1953. A Coréia ficou dividida em duas Repúblicas: a do Norte ou Repú- blica Popular, com mais de 12 milhões de habitantes, e a do Sul, "Han Kook", com cerca de 30 milhões de habitantes. Ambas têm sido auxiliadas pelos seus res- pectivos aliados para a reestruturação econômica do país.

No documento atlas histórico escolar MEC (páginas 137-141)

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