• Nenhum resultado encontrado

É passada a hora de juntar os cacos e se olhar no espelho

6. HÁ UMA VIA PARA A ANÁLISE DE DISCURSO FORA DA

6.3. É passada a hora de juntar os cacos e se olhar no espelho

Em O estranho espelho da Análise de discurso, Pêcheux convocava os analistas a “partir os espelhos”, na medida em que a AD havia se configurado, até aquele momento, como mero reflexo das posições políticas esquerditas-marxistas-comunistas.

Havia, então, a necessidade de evitar a ideologização do conhecimento, de reclamar e de defender uma posição de relativa autonomia para a teoria, em que esta pudesse se desenvolver, não sem ser afetada pela política (!), mas, tampouco, sem se tornar simplesmente sua serva, meramente um pálido reflexo da vontade e dos interesses ideológicos imaginários negando a existência de um real traumático para a esquerda. “Era preciso fazê-lo!” (PÊCHEUX, 1997d [1978], p.297).

Hoje, entendemos que a necessidade é outra: retomar as indagações sobre os rumos da teoria pecheutiana, considerando o seu afetamento constitutivo pela política (pós-) marxista (ou por outras formas de posicionamento político-ideológico).

Diante disso, cabe-nos perguntar: o que quer e o que pode a AD hoje? Ser um prolongamento da linguística no estudo da alíngua? Ser um aparato teórico sofisticado,

162 Não por acaso, após o seu confinamento num hospital psiquiátrico durante a década de 1980, os “filhos” de Althusser, pesquisadores que o acompanhavam, ficaram órfãos, cada um tendo que encontrar seu próprio caminho, diferente do que seguiam com o antigo mestre (até para se esquivarem da “má fama”).

163

Tradução nossa: “An act does not simply occur within the given horizon of what appears to be 'possible' - it redefines the very contours of what is possible (an act accomplishes what, within the given symbolic universe, appears to be 'impossible', yet it changes its conditions so that it creates retroactively the conditions of its own possibility).”.

180

destinado a produzir leituras perfeitamente possíveis de serem construídas sem este mesmo aparato? Ser um instrumento no meio acadêmico-universitário de apagamento das questões político-econômicas? Ou ser um elemento de reflexão na busca por construir gestos de leitura socialmente significativos, no sentido de que, qualquer que seja o objeto da análise discursiva, sempre se tenha em vista as implicações dos discursos na vida sócio-político-econômica de uma formação social?

Tais questionamentos se fazem necessários, quando compreendemos que a análise do discurso pecheutiana não foi concebida apenas como uma teoria, mas como um instrumento político de intervenção na sociedade.

Em tempos nos quais se postula o fim das ideologias, das utopias, das grandes narrativas, e até o fim da História, os questionamentos colocados nos encaminham frequentemente à angústia, ao ceticismo e ao niilismo, diante das aporias teóricas, dos impasses ideológicos e da paralisia política.

Porém, contra todas as evidências da “impossibilidade”, somos forçados a decidir, ainda que seja na escuridão:

A simples persistência contra todas as probabilidades é em última análise a matéria de que a ética é feita - ou, como Samuel Beckett o expressa nas últimas

palavras da obra-prima absoluta da literatura do século XX, O inominável (...) “no

silêncio você não sabe, você deve continuar, eu não posso continuar, eu continuarei” (ZIZEK, 2010, p.146 – destaques nossos)

181 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALTHUSSER. L. Aparelhos Ideológicos de Estado: nota sobre os aparelhos ideológicos de Estado (AIE). – 9ª. Ed. – Introdução Crítica de J. A. Guilhon Albuquerque. Trad. Walter José Evangelista e Maria Laura Viveiros de Castro. Rio de Janeiro: Edições Graal, 2003.

______. Contradiction et surdétermination (1962). In : ALTHUSSER, Louis. Pour Marx. Éditions La Découverte, Paris: 1986. (pages 85 à 128, Annexe inclue)

______. Du “Capital” à la philosophie de Marx. In: ALTHUSSER et al. Lire le Capital (1965). Paris: Presses Universitaires de France, 1996.

______. Du côté de la philosophie (cinquième Cours de philosophie pour scientifiques)

(1967). In : ALTHUSSER, L. Écrits philosophiques et politiques. Tome II. Textes réunis et

présentés par François Matheron. Stock/IMEC, Paris: 1995. (pages 255 à 298, notes de l’éditeur inclues).

______. Éléments d’autocritique (1972). In: Solitude de Machiavel et autres textes. Edição preparada e comentada por Yves Sintomer. Paris: Presses Universitaires de France/ Actuel Marx Confrontation, 1998. (pp.159-197)

______. Écrits philosophiques et politiques. Tome II. Textes réunis et présentés par François Matheron. Stock/IMEC, Paris: 1995.

______. Enfin la crise du marxisme ! (1977). In : Solitude de Machiavel et autres textes. Edição preparada e comentada por Yves Sintomer. Paris: Presses Universitaires de France/ Actuel Marx Confrontation, 1998. (pp. 267-280)

______. Filosofia e Filosofia Espontânea dos Cientistas. Trad. Elisa Amado Bacelar. Lisboa: Editorial Presença/Martins Fontes, 1979.

______. Freud e Lacan. Marx e Freud. Introdução crítico-histórica, tradução e notas : Walter José Evangelista. Rio de Janeiro : Edições Graal, 4ª edição, 2000.

______. La philosophie comme arme de la révolution : réponse à huit questions (1968). In :

Solitude de Machiavel et autres textes. Edição preparada e comentada por Yves Sintomer.

Paris: Presses Universitaires de France/ Actuel Marx Confrontation, 1998

______ et al. Lire le Capital (1965). Paris: Presses Universitaires de France, 1996.

______. Philosophie et philosophie spontanée des savants (1967). François Maspero, Paris: 1974.

______. Pour Marx. Paris: Éditions La Découverte, 1986.

______. Solitude de Machiavel et autres textes. Edição preparada e comentada por Yves Sintomer. Paris: Presses Universitaires de France/ Actuel Marx Confrontation, 1998.

182

ALTHUSSER, L. Soutenance d’Amiens. (1975) In: Solitude de Machiavel et autres textes. Edição preparada e comentada por Yves Sintomer. Paris: Presses Universitaires de France/ Actuel Marx Confrontation, 1998b. (pp.199-236)

BALIBAR, É. Préface. In: IPOLA, E. Althusser: l’adieu infini. Paris : Presses Universitaires de France, 2012.

BOURDIN, J-C. (org.). Althusser: une lecture de Marx. Paris, Presses Universitaires de France, 2008.

BROWN, W. States of Injury, Princeton, NJ: Princeton University Press, 1995.

BUTLER, J.; LACLAU, E; ZIZEK, S. Contingency, Hegemony and universality: contemporary dialogues on the left. Londres, Nova Iorque: Verso, 2000.

CARVALHO, F. Z. F. O sujeito no discurso: Pêcheux e Lacan. Belo Horizonte: POSLIN/ FALE/UFMG. Tese de Doutorado. 2008.

COURTINE, J-J. Le discours introuvable: Marxisme et linguistique (1965-1985). Histoire

Épistémologie Langage. Tome 13, fascicule 2, 1991. pp. 153-171

DALY, G. Introdução: arriscando o impossível. In: ZIZEK, S.; DALY, G. Arriscar o

impossível: conversas com Zizek. São Paulo, Martins Fontes: 2006.

DOMINGUES, I. O grau zero do conhecimento: o problema da fundamentação das ciências humanas. 2ª Ed. São Paulo: Edições Loyola, 1999.

DOSSE, F. História do Estruturalismo: o campo do signo. Vol.1. Tradução de Álvaro Cabral. Bauru, SP: Edusc, 2007.

EAGLETON, T. As ilusões do pós-modernismo. Tradução: Elisabeth Barbosa. Rio de Janeiro, Zahar, 1998.

ESCOBAR, C. H. de. Quem tem medo de Louis Althusser? Revista Achegas. Nº 44. Jan/Jul 2011. (pp.26-37). Disponível em: http://www.achegas.net/numero/44/carlos_escobar_44.pdf Acesso em: 24/08/2011

FIGUEIRA, L. F. B. Atravessamentos Polêmicos em Estudos Literários. Uberlândia: 2007. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Uberlândia.

______. A teoria da Análise do discurso é uma língua de madeira?. In: SANTOS, J. B. C. dos (org.). Sujeito e subjetividade: discursividades contemporâneas, Uberlândia: EDUFU, 2009.

FOUCAULT, M. A Ordem do Discurso. Aula inaugural no Collège de France pronunciada em 2 de dezembro de 1970. Trad. Laura Fraga de Almeida Sampaio – 7ª Ed. - São Paulo: Loyola, 2001. (título original: L’ordre du discours. Leçon inaugurale au Collège de France pronnoncée le 2 decembre 1970. (1971)).

183

FOUCAULT, M. A Arqueologia do Saber. Trad. Luis Felipe Baeta Neves – 7a ed. – Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2005.

______. Entretien avec Michel Foucault [entretien avec J. G. Merquior et S. P. Rouanet. Tempo Brasileiro, 1971]. In : Dits et écrits. Tome II. Gallimard, Paris: 1994a. (pp.157-174)

______. Microfísica do poder. Org. e trad. de Roberto Machado. 22ª. Ed. - Rio de Janeiro: Edições Graal, 2006.

______. Nietzsche, Freud, Marx. In Dits et écrits. Tome I. Gallimard, Paris: 1994b.

GADET, F.; PÊCHEUX, M. A língua inatingível: o discurso na história da linguística. Campinas: Pontes, 2004.

GARO, I. La coupure impossible : l’idéologie en mouvement, entre philosophie et politique dans la pensée de Louis Althusser. In : BOURDIN, J-C. (org.). Althusser: une lecture de Marx. Paris, Presses Universitaires de France, 2008.

GILLOT, P. Althusser et la Psychanalyse. Paris: Presses Universitaires de France, 2009.

GREGOLIN, M. R. Foucault e Pêcheux na Análise do discurso – diálogos e duelos. São Carlos: ClaraLuz, 2004.

GRÜNER, E. Leituras culpadas: Marx(ismos) e a práxis do conhecimento. In: BORON et al. (orgs.) A teoria marxista hoje: problemas e perspectivas. Buenos Aires: Consejo

Latinoameicamo de Ciencias Sociales – CLACSO, São Paulo: Expressão Popular, 2007.

HOUAISS, A.; VILLAR, M. S. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.

IPOLA, E. Althusser : l’adieu infini. Paris : Presses Universitaires de France, 2012.

LACAN, J. O Seminário, livro 7 : A ética da psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar, 1988.

LE DICTIONNAIRE. Disponível em : http://www.le-dictionnaire.com/index.html

MALDIDIER, D. A Inquietação do Discurso: (re)ler Michel Pêcheux hoje. Campinas: Pontes, 2003.

MARTON, S. Uma ética nietzcheana. Revista Cult, versão on line, 2010. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/2010/08/uma-etica-nietzschiana/ . Acesso em: 26/05/2011. ______. Nietzsche: a transvaloração dos valores. 4ª Ed. São Paulo: Moderna, 1996.

MAZIÈRE. F. Análise do discurso: história e práticas. São Paulo: Parábola Editorial, 2007.

MULLER-LAUTER, W. A doutrina da vontade de poder em Nietzsche. Trad. Oswaldo Giacoia. São Paulo: Annablume, 1997.

184

PAULA, L.; STAFUZZA, G. (Orgs.). Da análise do discurso no Brasil à análise do

discurso do Brasil: três épocas histórico-analíticas. Uberlândia: EDUFU, 2010.

PAVEAU, M-A. Analyse du discours et psychanalyse: frontières, approximations, et tensions. 2011. Disponível para audição em:

http://ufftube.uff.br/video/OD9K7O36SHUW/%E2%80%9CAnalyse-du-discours-et-

psychanalyse-fronti%C3%A8res-approximations-et-tensions%E2%80%9D-Profa-Dra-Marie- Anne-Paveau

______. Discours et matérialisme: Quelques points d'articulation entre la pensée

althussérienne et l'analyse du discours dite “française”, contribuição ao GRM (Groupe de Recherches Marxistes), seminário “Recepções e releituras do marxismo nos anos 1960 na

França e na Itália”, Paris, ENS, Ulm, 2007. Disponível em: http://www.univ- paris13.fr/cenel/fiches/MarieAnnePaveau.htm . Acesso em: 11/02/2011.

______. La roue du moulin à paroles: Analyse du discours, inconscient, réel, altérité.

Matraga 22, Revista do Programa de 3º ciclo de Letras da UERJ, 2008. Disponível em:

http://www.univ-paris13.fr/cenel/fiches/MarieAnnePaveau.htm . Acesso em: 11/02/2011. ______; ROSIER, L. Éléments pour une histoire de l'analyse du discours : Théories en conflit et ciment phraséologique. Comunicação no colóquio “A análise do discurso na França e na

Alemanha: tendências atuais em ciências da linguagem e ciências sociais”. Créteil, Céditec,

02 de julho, 2005. Disponível em: http://www.univ-

paris13.fr/cenel/fiches/MarieAnnePaveau.htm . Acesso em: 11/02/2011.

PÊCHEUX, M. A Análise de discurso: três épocas (1983). In: GADET, F e HAK, T. (Orgs.)

Por uma análise automática do discurso: uma introdução à obra de Michel Pêcheux.

Campinas: Ed. da Unicamp, 1997a.

______. Delimitações, inversões, deslocamentos. Cadernos de Estudos Linguísticos. Campinas (19), p.7-24, julho/dezembro 1990.

______. Ler o arquivo hoje. In: Gestos de leitura: da história no discurso. Org. Eni P. Orlandi [et al.]. Campinas: Editora da UNICAMP, 1997b.

______. L'étrange miroir de l'analyse de discours. Langages, 15e année, n°62, 1981. (pp. 5- 8). Disponível em: http://www.persee.fr/web/revues/home/prescript/article/lgge_0458- 726X_1981_num_15_62_1872 .

______. O Discurso: estrutura ou acontecimento. Trad. E. P. Orlandi – 4ª Ed. – Campinas, SP: Pontes Editores, 2006. (título original: Discourse: structure or event?, 1988)

______. Semântica e Discurso: uma crítica à afirmação do óbvio. Trad. E. P. Orlandi et al. – 3ª ed.. Campinas: Editora da Unicamp, 1997c.

______. Sobre os contextos epistemológicos da análise de discurso. In: ORLANDI, E. (Org.).

185

PÊCHEUX, M. Só há causa daquilo que falha ou o inverno político francês: início de uma retificação. (1978). In: Semântica e Discurso: uma crítica à afirmação do óbvio. Trad. E. P. Orlandi et al. – 3ª ed.. Campinas: Editora da Unicamp, 1997d.

PENNYCOOK, A. Uma linguística aplicada transgressiva. In: LOPES, L. P. da M. (org.). Por

uma linguística aplicada indisciplinar. São Paulo: Parábola Editorial, 2006.

PLON, M. Analyse du discours (de Michel Pêcheux) versus analyse de l’inconscient. Conferência ministrada no: I Seminário de Estudos em Análise do Discurso (I SEAD), realizado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em Porto Alegre, 2003. Disponível em: http://www.discurso.ufrgs.br/evento/conf_02/plon.pdf . Acesso em:

21/11/2011.

PRIBERAM. Dicionário Priberam da Língua Portuguesa (online). 2011. Disponível em: <http://www.priberam.pt/dlpo/> (Acesso em: 30/01/2011).

RAMIREZ, H. Sobre a metáfora paterna e a foraclusão do Nome-do-pai: uma introdução.

Mental. Novembro de 2004. Vol. II, nº 3. UNIPAC, Barbacena. (pp. 89 – 105)

ROUDINESCO, E. A batalha de Cem Anos. História da Psicanálise na França, vol. I. Paris: Ramsay, 1982.

SANTOS, J. B. C. dos. A Análise do Discurso do Brasil: entre Pêcheux, Foucault e Bakhtin. In: PAULA, L. de & STAFUZZA, G. (Orgs.). Da Análise do Discurso no Brasil à Análise

do Discurso do Brasil: três épocas histórico-analíticas. Uberlândia, MG: EDUFU, 2010.

______. A Instância Enunciativa Sujeitudinal. In: SANTOS, J. B. C. dos (org.). Sujeito e

subjetividade: discursividades contemporâneas, Uberlândia: EDUFU, 2009.

______. Por uma teoria do Discurso Universitário Institucional. Belo Horizonte: POSLIN/ FALE/ UFMG. Tese de Doutorado. 2000.

______. (Org.). Sujeito e subjetividade: discursividades contemporâneas, Uberlândia: EDUFU, 2009.

______. Uma reflexão metodológica sobre análise de discursos. In: FERNANDES C. A. & SANTOS, J. B. C. dos (Orgs). Análise do discurso: unidade e dispersão. Uberlândia: Entremeios, 2004 (pp. 109-118).

SINTOMER, Y. Présentation. In: Solitude de Machiavel et autres textes. Edição preparada e comentada por Yves Sintomer. Paris: Presses Universitaires de France/ Actuel Marx Confrontation, 1998 (pp.5-16).

TEIXEIRA, M. Análise de discurso e psicanálise: elementos para uma abordagem do sentido no discurso. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2005.

TERÁN, O. De utopias, catástrofes y esperanzas. Um camino intelectual. Buenos Aires: Siglo XXI, 2006.

186

VÁZQUEZ, A. S. Ciência e revolução: o marxismo de Althusser. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1980.

VILLARTA-NEDER, M. A. Tendências da Análise do Discurso do Brasil (AD do B): murmúrios e silêncios constitutivos. In: DE PAULA, L. & STAFUZZA, G. (Orgs.). Da

análise do discurso no Brasil à análise do discurso do Brasil: três épocas histórico-

analísticas. Uberlândia: EDUFU, 2010.

ZIZEK, S. Class Struggle or Postmodernism: yes, please! In: BUTLER, J.; LACLAU, E; ZIZEK, S. Contingency, Hegemony and universality: contemporary dialogues on the left. Londres, Nova Iorque: Verso, 2000.

______. Como ler Lacan. Rio de Janeiro: Zahar, 2010.

______. Em defesa das causas perdidas. Trad. Maria Beatriz de Medina. São Paulo: Boitempo Editorial, 2011.

______; DALY, G. Arriscar o impossível: conversas com Zizek. São Paulo, Martins Fontes: 2006.

Documentos relacionados