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As matérias relevantes de auditoria são as que, no nosso julgamento profissional, tiveram maior importância na auditoria das demonstrações financeiras do ano corrente. Essas matérias foram consideradas no contexto da auditoria das demonstrações financeiras como um todo, e na formação da opinião, e não emitimos uma opinião separada sobre essas matérias.

Descrevemos de seguida as matérias relevantes de auditoria do ano corrente: 1. Mensuração das Provisões para Sinist ros

Descrição dos riscos de distorção material

mais significativos Síntese da nossa resposta aos riscos de distorção material maissignificativos

Conforme detalhado na Nota 17 às demonstrações financeiras, em 31 de dezembro de 2020, as Provisões para Sinistros decorrentes de contratos de seguros ascendem a 53.841.879 euros (50% do total do Passivo). Conforme divulgado na Nota 2.12, estas provisões são determinadas com recurso a metodologias e pressupostos atuariais e com base no histórico de sinistralidade da Companhia para o ramo de saúde. Representam o valor estimado das indemnizações a pagar por sinistros já

A nossa abordagem ao risco de distorção material na mensuração das Provisões para Sinistros incluiu uma resposta específica que se traduziu numa abordagem combinada de avaliação de controlos e procedimentos substantivos, designadamente os seguintes:

Entendimento dos procedimentos de controlo interno da

Companhia e execução de procedimentos de auditoria específicos para avaliar a eficácia operacional dos controlos identificados como relevantes na mensuração das provisões para sinistros;

Testes de revisão analítica sobre as rubricas das

A pandemia Covid-19 teve um impacto atípico nas taxas de sinistralidade da Companhia, aumentando a incerteza inerente à mensuração das responsabilidades e obrigando a mais pressupostos por parte da gestão.

Em face da materialidade destas responsabilidades nas demonstrações financeiras e uma vez que se trata de uma estimativa significativa determinada com base em pressupostos e técnicas atuariais

aplicados à informação atualmente disponível, podendo os valores reais a desembolsar no futuro vir a ser diferentes dos registados, considerámos as Provisões para sinistros como matéria relevante de auditoria.

procedemos à análise das metodologias e pressupostos utilizados pelos atuários da Companhia para a determinação das responsabilidades com sinistros, incluindo a análise da consistência com os utilizados nos anos anteriores e com o padrão histórico de pagamentos por ramo, tendo por referência as especificidades dos produtos da Companhia, os requisitos regulamentares e as práticas no setor segurador;

Quanto aos procedimentos acima referidos, tivemos

igualmente em consideração a Carta-Circular n.º 12/2020-R – Orientações sobre o cálculo das Provisões Técnicas no âmbito da situação excecional relacionada com o surto pandémico coronavírus – Covid-19, emitida pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões a 23 de dezembro de 2020; e

Testes à plenitude e consistência das divulgações nas

demonstrações financeiras sobre provisões para sinistros com os respetivos dados contabilísticos e técnicos, relatórios atuariais e requisitos das Normas Internacionais de Relato Financeiro.

2. Valorização dos Inst rument os Financeiros ao just o valor

Descrição dos riscos de distorção material

mais significativos Síntese da nossa resposta aos riscos de distorção material maissignificativos

Conforme detalhado na Nota 37, o ativo inclui Instrumentos Financeiros valorizados ao justo valor no montante de 82.794.002 euros, os quais representam cerca de 38% do total do ativo.

A determinação do justo valor dos

instrumentos financeiros foi prioritariamente baseada em cotações em mercados ativos. No caso dos instrumentos com reduzida liquidez nesses mercados foram utilizados modelos de avaliação e outras informações que envolvem julgamentos, tais como informação

disponibilizada por entidades especializadas, pressupostos observáveis e não observáveis no mercado e outras estimativas.

As incertezas nas tendências dos mercados financeiros e nas condições económicas no contexto de pandemia Covid-19, impactaram os pressupostos utilizados para mensuração do justo valor destes ativos financeiros. Os valores totais de instrumentos nestas

A nossa abordagem ao risco de distorção material na valorização dos Instrumentos Financeiros ao justo valor incluiu uma resposta

específica que se traduziu numa abordagem combinada de avaliação de controlos e procedimentos substantivos, designadamente os seguintes:

Entendimento dos procedimentos de controlo interno da

Companhia e execução de procedimentos de auditoria específicos para avaliar a eficácia operacional dos controlos identificados como relevantes na valorização dos

instrumentos financeiros ao justo valor;

Testes de revisão analítica sobre as rubricas das

demonstrações financeiras separadas relativas a instrumentos financeiros e recálculo do justo valor os instrumentos financeiros por comparação das cotações utilizadas pela Companhia com as observadas em fontes de informação externas;

Análise das metodologias e pressupostos utilizados pela

Companhia na determinação do justo valor, tendo por referência as especificidades da sua política de

investimentos, os requisitos regulamentares e as práticas no setor; e

nível 3 (Nota 37). e requisitos das Normas Internacionais de Relato Financeiro.

3. Aplicação da IFRS 9 – Inst rument os Financeiros, com a abordagem de sobreposição prevista na IFRS 4 – Cont rat os de Seguros

Descrição dos riscos de distorção material

mais significativos Síntese da nossa resposta aos riscos de distorção material maissignificativos

A Companhia aplicou a IFRS 9 com abordagem de sobreposição, conforme prevista na IFRS 4, reclassificando entre os ganhos e perdas e outro rendimento integral uma quantia que tenha como resultado que os ganhos e perdas no final do período de relato para os ativos financeiros designados sejam os mesmos que se verificariam se a

Companhia tivesse aplicado a IAS 39 aos ativos financeiros designados. Em 31 de dezembro de 2020, o montante de ativos financeiros elegíveis para a aplicação da abordagem de sobreposição ascende a 5.182.847 euros (Nota 5) e, para estes, a Companhia efetuou testes de imparidade como se a IAS 39 fosse aplicável e as perdas de imparidade são reconhecidas tendo por base indícios tais como, evidências de dificuldades financeiras dos emitentes ou um declínio significativo ou prolongado do valor de mercado dos ativos financeiros abaixo do preço de custo. A consideração desta matéria como relevante para a auditoria teve por base o risco de julgamento associado à

determinação das perdas por imparidade em ativos financeiros, uma vez que se baseiam em pressupostos tendo em conta os indícios de imparidade observáveis em cada

momento, sendo que o recurso a diferentes pressupostos ou obtenção de informação adicional poderá resultar em estimativas diferentes das perdas por imparidade. O detalhe das políticas contabilísticas, metodologias, conceitos e pressupostos utilizados são divulgados na Nota 2.4 do anexo às demonstrações financeiras.

A nossa abordagem ao risco de distorção material na classificação e imparidade dos Ativos Financeiros, incluiu uma resposta específica que se traduziu numa abordagem combinada de avaliação de controlos e procedimentos substantivos, designadamente os seguintes:

Entendimento dos procedimentos de controlo interno da

Companhia e execução de procedimentos de auditoria específicos para avaliar a eficácia operacional dos controlos identificados como relevantes na imparidade dos ativos financeiros;

Validamos a elegibilidade dos ativos financeiros para

aplicação da abordagem de sobreposição, testamos a valorização e imparidade para uma amostra de instrumentos de capital, garantindo desta forma a correta reclassificação das quantias entre ganhos e perdas e outro rendimento integral;

Obtivemos entendimento quanto aos impactos da transição

das normas nas demonstrações financeiras e validação dos montantes reexpressos;

Testes de revisão analítica sobre as rubricas das

demonstrações financeiras relativas a ativos financeiros e recálculo por amostragem das perdas por imparidade;

Testes à plenitude e consistência das divulgações sobre estas

matérias nas demonstrações financeiras com os respetivos dados contabilísticos e requisitos das Normas Internacionais de Relato Financeiro.

geralmente aceites em Portugal para o setor segurador estabelecidos pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões;

elaboração do Relatório de Gestão, nos termos legais e regulamentares;

criação e manutenção de um sistema de controlo interno apropriado para permitir a preparação de

demonstrações financeiras isentas de distorções materiais devido a fraude ou erro;

adoção de políticas e critérios contabilísticos adequados nas circunstâncias; e

avaliação da capacidade da Companhia de se manter em continuidade, divulgando, quando aplicável, as

matérias que possam suscitar dúvidas significativas sobre a continuidade das atividades.

O órgão de fiscalização é responsável pela supervisão do processo de preparação e divulgação da informação financeira da Companhia.