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5.1 Ensaios de Campo

5.1.3 Ensaio de Enfardamento com Transbordo Interno de Fardos

5.1.3.1 Índices do Conjunto Trator-recolhedor de Fardos

Os índices do conjunto trator-recolhedor de fardos foram levantados de maneira similar ao dos conjuntos trator-enleirador e trator-enfardadora apresentados no ensaio anterior. Utilizando uma planilha específica em que as operações eram registradas, foi feito o acompanhamento contínuo das atividades realizadas pelo conjunto. O Quadro 5.3 apresenta as atividades registradas.

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QUADRO 5.3 – Descrição dos eventos apontados para a operação de recolhimento de fardos.

Código Atividade Descrição

1 Carregamento

Carregamento de fardos, o que inclui a coleta do fardo, acomodação na plataforma pequena e transferência para a plataforma grande. O início do carregamento foi padronizado no instante em que o

primeiro fardo é coletado pela pinça hidráulica.

2 Manobra de cabeceira

Manobra executada no carreador no final da área de recolhimento para reposicionamento do conjunto trator implemento para formação de uma nova linha

de fardos.

3 Deslocamento vazio

Deslocamento do conjunto trator-recolhedor do ponto de basculamento dos fardos junto ao carreador até o instante em que o primeiro fardo é

coletado.

4 Deslocamento carregado

Deslocamento do conjunto trator-recolhedor desde o ponto onde foi coletado o último fardo a completar a plataforma de carga até o ponto de

basculamento.

5 Descarga no carreador

Tempo decorrido para que o conjunto trator– recolhedor possa acomodar os fardos junto ao

carreador. Inclui manobra, basculamento e reposicionamento da plataforma.

6 Abastecimento/Lubrificação Abastecimento de diesel e lubrificação de partes

móveis.

7 Reparo Mecânico Manutenção corretiva eventual

8 Administrativo

Tempo do conjunto trator-recolhedor de fardos parado devido a paradas para refeições, trocas de

turno, preenchimento de relatório, etc.

9 Queda de fardo Coleta e reacomodação de fardo nas plataformas do

implemento recolhedor

Analogamente aos ensaios anteriores, os tempos registrados na atividade de carregamento correspondem ao período no qual o equipamento encontrava-se efetivamente em operação, ou seja, o tempo de produção do conjunto trator-recolhedor de fardos (TPRrf).

Da mesma maneira, o tempo máquina do conjunto trator-recolhedor (TMrf) corresponde ao total de tempo registrado para todas as atividades apontadas. Assim, para compor os índices relativos ao recolhimento dos fardos, uma série de dados foi registrada.

i) TPRrf = Tempo de produção do recolhedor de fardos, [h];

ii) TMrf = Tempo máquina do recolhedor de fardos, [h];

Com os dados de transporte dos fardos para a usina foi possível fazer o registro das capacidades de campo e do consumo de combustível do conjunto trator-recolhedor de fardos. Os índices calculados foram: capacidade de campo efetiva (Equação 5.37); capacidade de campo operacional (Equação 5.38); consumo específico de combustível por fardo (Equação 5.39) e por hectare trabalhado (Equação 5.40).

TPRrf AT

CCErf = (Equação 5.37)

Onde

CCErf = Capacidade de campo efetiva do recolhedor de fardos, [ha.h-1].

AT = Área total de recolhimento de fardos, [ha].

TPRrf = Tempo de produção do recolhedor de fardos, [h].

TMrf AT

CCOrf = (Equação 5.38)

Onde:

CCOrf = Capacidade de campo operacional do recolhedor de fardos, [ha.h-1].

AT = Área total de recolhimento de fardos, [ha]. TMrf = Tempo máquina do recolhedor de fardos, [h].

QFT Lrf

CEFrf = (Equação 5.39)

Onde:

CEFrf = Consumo de combustível do recolhedor por fardo, [L.fardo-1].

Lrf = Combustível consumido pelo recolhedor de fardos, [L]. QFT = Quantidade total de fardos produzidos no ensaio, [fardos].

AT Lrf

CErf = (Equação 5.40)

Onde:

CErf = Consumo de combustível do recolhedor de fardos por hectare, [L.ha-1].

Lrf = Combustível consumido pelo recolhedor de fardos, [L]. AT = Área total de recolhimento de fardos, [ha].

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Também foram calculados índices de capacidades de produção para o conjunto trator-recolhedor de fardos, mensurados em função do trabalho produzido, neste caso mensurado em fardos. Os índices calculados para o conjunto trator-recolhedor de fardos foram: capacidade de produção efetiva (Equação 5.41) e capacidade de produção operacional (Equação 5.42). 1000 * TPRrf QFT * MMF CPErf = (Equação 5.41) Onde:

CPErf = Capacidade de produção efetiva do recolhedor de fardos, [t.h-1].

MMF = Massa média do fardo, [kg].

QFT = Quantidade de fardos produzidos no ensaio, [fardos]. TPRrf = Tempo de produção do recolhedor de fardos, [h].

1000 * TMrf QFT * MMF CPOrf = (Equação 5.42) Onde:

CPOrf = Capacidade de produção operacional do recolhedor de fardos, [t.h-1].

MMF = Massa média do fardo, [kg].

QFT = Quantidade de fardos produzidos no ensaio, [fardos]. TMrf = Tempo máquina do recolhedor de fardos, [h].

As capacidades de produçãotambém podem ser expressas em fardos por hora.

Para isso, basta dividir os índices pela massa média dos fardos (MMF).

5.1.3.2 Índices do Palhiço

A mensuração do palhiço remanescente sobre o solo utilizou o mesmo procedimento do ensaio anterior, porém, foi realizada antecipadamente ao recolhimento da biomassa, com o intuito de levantar a produção total de palhiço inicialmente disponível na área (PTP).

Outra alteração do ensaio foi a área para a coleta do palhiço, que foi modificada para uma área de 1m². A redução da área de coleta foi motivada pela uniformidade da distribuição do palhiço sobre o solo, observada em levantamentos piloto, e pela possibilidade de levantamento de uma quantidade maior de pontos amostrais no período

do ensaio. Posteriormente, o palhiço remanescente sobre o solo foi calculado por diferença em relação à biomassa que foi enviada à usina no formato de fardos.

O palhiço foi coletado dentro da área, sendo pesado em balança com escala de ±5g, para obter a quantidade de biomassa resultante por hectare. De cada amostra foi retirado material para determinação da umidade em laboratório (Up). A produção total de palhiço disponível sobre o solo, em base úmida (b.u.) pode ser obtido pela Equação 5.43.

10 * Pa

PTPU = (Equação 5.43)

Onde:

PTPU = Produção total de palhiço em base úmida, [t.ha-1].

Pa = Palhiço coletado na amostra, [kg].

Para a conversão em base seca, é necessário descontar a umidade calculada com as amostras levantadas no campo, por meio da Equação 5.44

Up) - (1 * PTPU PTPS= (Equação 5.44) Onde:

PTPS = Produção total de palhiço em base seca, [t.ha-1].

PTPU = Produção total de palhiço em base úmida, [t.ha-1].

Up = Umidade do palhiço disponível no campo, [%].

A quantidade total de palhiço enfardado, em t.ha-1, que foi enviado à usina

(base úmida) é dada em função da quantidade de fardos produzidos por hectare (QFA) e da massa média do fardo (MMF), como apresentado na Equação 5.34. Para a conversão em base seca utiliza-se o mesmo cálculo apresentado na Equação 5.35.

Dessa maneira, a quantidade de palhiço remanescente sobre o solo (PRS) pode ser calculada por diferença, com as produções de palhiço dadas em base seca. Da mesma forma que o ensaio anterior, com carregamento diretamente nos caminhões, pode-se calcular a eficiência de enfardamento do sistema utilizando-se a Equação 5.36.

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