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ANÁLISE DOS DADOS

3 A ação redutora na produção de citocinas pelo TTO, terpinen-4-ol e alfa terpineol não é dependente das vias de sinalização NF-kB, EKR e p8 MAP-

Kinse

Os macrófagos estimulados com os respectivos óleos e sem o LPS não produziram modificações significativas nos níveis de NF-kB e EKR. Entretanto, para p38 MAP-Kinase, o terpinen-4-ol revelou a presença de estímulo embora, não significativo (Figura 7).

Figura 7. Os óleos foram diluídos em RPMI com 1% de soro fetal bovino e adicionados aos monócitos (U937) diferenciados em macrófagos, onde permaneceram por 2h até a remoção do lisado celular com inibidores de protease e fosfatase. O histograma representou a densidade arbitrária das bandas da membrana de western blot, após a normalização com GAPDH (37kDa). A membrana de western blot apresentou a seguinte distribuição: controle negativo, controle positivo-estímulo e os controle negativo-tratamento, isto é, o TTO, terpinen-4-ol e alfa-terpineol sem estímulo de LPS. Os anticorpos analisados foram NF-kB (65kDa), ERK(65kDa) e p38 (42kDa). Para encontrar a diferença estatística representada pelo asterisco foi adotado o Teste-t comparando o grupo controle positivo-estímulo com os demais (p<0,05).

A Figura 8 ilustra o resultado do western blot dos óleos, com LPS de E. coli e

P. gingivalis por 10 minutos, sobre os macrófagos para os anticorpos NF-kB, ERK e

p38 MAP-Kinase. O TTO, terpinen-4-ol e alfa-terpineol não apresentaram modulações significativas nos níveis de NF-kB e ERK (Figura 8). O TTO aparenta inibir discretamente a expressão de p38, quando os macrófagos são ativados via

NF-kB

ERK

p

GAPDH

Macrófago; Ec; TTO; T OL; Alfa ERK Cont role LPS TTO T4Ol Alfa 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 Unidade ar bit rá ria de de ns itom et ria NF-kB Contro le LPS TTO T4Ol Alfa 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 * Unidade ar bit rá ria de de ns itom et ria p38 Contr ole LPS TTO T4Ol Alfa 0.0 0.5 1.0 1.5 Unidade ar bit rá ria de dens itom et ria

agonista de TLR4. O terpinen-4-ol e alfa-terpineol parecem estimular a via do p38 tanto na ativação do TLR2 quanto no TLR4, apesar de este estímulo não ser estatisticamente significativo.

Figura 8. Os óleos foram diluídos em RPMI com 1% de soro fetal bovino e adicionados aos monócitos (U937) diferenciados em macrófagos, onde permaneceram por 2h até a adição do LPS E. coli 1μg/mL e P. gingivalis 1μg/mL por 10 minutos e somente depois o lisado celular foi obtido. O histograma representou a densidade arbitrária das bandas da membrana de western blot após a normalização com GAPDH (37kDa). A membrana de western blot apresentou a seguinte distribuição: controle negativo, controle positivo-estímulo e os grupos experimentais- tratamento, isto é, o TTO, terpinen-4-ol e alfa-terpineol com estímulo do LPS. Os anticorpos analisados foram NF-kB (65kDa), ERK(65kDa) e p38 (42kDa). Para encontrar a diferença estatística representada pelo asterisco foi adotado o Teste-t comparando o grupo controle positivo-estímulo com os demais (p<0,05).

NF-kB

ERK

p

GAPDH

Macrófago; Ec; TTO; T OL; Alfa; Pg; TTO; T OL; Alfa ERK Cont role Ec TTO Ec T4O l Ec Alfa E c Pg TTO Pg T4Ol Pg Alfa P g 0 1 2 3 4 * Un id ad e ar bit rá ri a de de ns itom e tr ia NF-kB Cont role Ec TTO Ec T4Ol Ec Alfa Ec Pg TTO Pg T4Ol Pg Alfa Pg 0 1 2 3 4 * Un id ad e ar bit rá ri a de de ns itom e tr ia p38 Cont role Ec TTO Ec T4Ol Ec Alfa Ec Pg TTO P g T4Ol Pg Alfa Pg 0.0 0.5 1.0 1.5 Unidade ar bit rá ri a de de ns itom e tr ia

DISCUSSÃO

Neste estudo foi investigado o potencial do TTO, terpinen-4-ol e alfa-terpineol, em modular a produção de citocinas, mais especificamente, da imunidade inata, em experimentos in vitro com macrófagos humanos. Verificamos que o óleo de

Melaleuca alternifolia, em particular seu componente terpinen-4-ol, podem inibir

significativamente a produção de citocinas associadas à resposta imune inata em macrófagos após estímulo dos mesmos via TLR4 e TLR2.

A composição do óleo pode variar de acordo com a forma de extração e a região geográfica onde foi obtido, por isso para ser designado como TTO a ISO 4730 determinou o padrão de concentração dos componentes conhecidos (1). A cromatografia gasosa, além de informar o enquadramento do TTO nos padrões da ISO 4730, expressou as concentrações relativas do terpinen-4-ol e alfa-terpineol. Com isto chegaram-se aos valores adotados, que fossem equivalentes ao TTO.

Hart et al. (10) separaram a fase aquosa da oleosa do óleo e encontraram que, o terpinen-4-ol e o alfa-terpineol estavam presentes na aquosa quando cultivados em frascos de plástico. No presente trabalho, as células foram cultivadas em frascos de plástico, além disso foi também adicionado o agente solubilizante, DMSO, que comprovadamente não teve influência nos resultados. O DMSO se fazia necessário para homogeneizar os resultados, uma vez que foram utilizados no TTO também adicionou-se o DMSO ao terpinen-4-ol e alfa-terpineol.

O óleo e seus componentes poderiam ter efeito citotóxico, o que inibiria a produção de citocinas devido à indução de morte celular, e assim inicialmente avaliamos a citotoxicidade em experimentos de dose-resposta (10, 31). A maior concentração não citotóxica do TTO foi 0,015% e a menor 0,004%, foram

consideradas não citotóxica, aquela em que pelo menos 50% de células estavam viáveis (em comparação ao controle).

O TNF-α está presente nos tecidos com doença periodontal, tem papel central na reação inflamatória e está associado à perda de inserção conjuntiva e epitélio juncional, além de reabsorção óssea. Os níveis de TNF-α produzidos pelos macrófagos não foram diminuídos por nenhum óleo, discordando dos resultados de Hart et al. (10). Estes autores verificaram que o terpinen-4-ol diminuía os níveis de TNF-α (Figura 5 A e B). A diferença entre o presente trabalho e de Hart et al. (10) pode ser devido ao tipo celular e o tempo de exposição ao óleo, uma vez que foram utilizados monócitos retirados de sangue periférico de doadores e os óleos ficaram atuando nas células durante 40h.

Na análise da modulação da produção de IL-1 todos os óleos tiveram ação regulatória e esta ação não foi dose dependente. Entretanto o TTO somente teve ação quando da ativação do TLR4, em contrapartida o alfa-terpineol apenas exerceu efeito inibitório na produção de IL-1 após a ativação TLR2. Somente o terpinen-4-ol atuou quando os dois diferentes agonistas foram estimulados (Figura 5 C e D).

A produção de IL-6 induzida via ativação de TLR4, mas não por TLR2, foi inibida por TTO (Figura 5 F), sugerindo que efeitos diferenciais do óleo nas vias de sinalização por diferentes TLRs. Esta diferença na função dos óleos, segundo o tipo de receptor preferencialmente ativado, pode ser devido às características específicas da sinalização de TLR2 e 4 em macrófagos. A porção citoplasmática de TLR2 pode interagir com as duas proteínas adaptadoras: o fator 88 de diferenciação mielóide (Myeloid differentiation factor 88 -MyD88) e o domínio TIR contendo a proteína adaptadora/MyD88 (TIR-domain containing adapter protein/MyD88 adapter-

A ativação de TLR4 pode recrutar quatro proteínas adaptadoras, além de MyD88 e TIR o adaptador contendo o dominio TIR induzindo Interferon-beta (TIR-

domain containing adapter inducing INF-β - TRIF) e a molécula adaptadora

relacionada ao Trif (TRIF-related adapter molecule - TRAM) (32, 33,34). TRIF e TRAM estão relacionados com a ativação de fatores de transcrição como NF-kB, MAP-kinase e do fator 3 regulatório do interferon (interferon regulatory factor 3- IRF3) (36). É possível que TTO atue principalmente na sinalização de TLR4 MyD88 independente.

O terpinen-4-ol e alfa-terpineol baixaram os níveis de IL-6 induzidos por tanto por TLR4 quanto TLR2. Apesar do terpinen-4-ol e alfa-terpineol serem constituintes do TTO, a modulação da produção de IL-1 e IL-6 através óleo total ser somente via ativação de TLR4, pode ser devido a influência dos outros componentes do óleo (Figura 5 E e F).

A IL-10 é uma citocina anti-inflamatória produzida possivelmente como um mecanismo endógeno regulador negativo da inflamação. Assim, o próprio estímulo inflamatório já induz também seu regulador negativo, como forma de controlar o processo e evitar danos excessivos aos tecidos do hospedeiro. A maior expressão de IL-10 em tecidos periodontais inflamados está associada a menor gravidade da doença (16).

Todos os óleos tiveram ação sobre a produção desta citocina diminuindo seus níveis (Figura 5 G e H), estando de acordo com o estudo de Hart et al. (10) que relataram que o TTO 0,125%, também reduziu os níveis de IL-10. Entretanto, para Chézet et al. (37) o TTO na concentração 0,01% em monócito e linfócitos humanos estimulados com lectina de Phaseolus vulgaris aumentou a secreção de IL-10. Neste

artigo, o terpinen-4-ol 0,062% também inibiu a produção de IL-10, os outros óleos e concentrações não modificaram os níveis desta citocina nas mesmas condições.

A produção das citocinas analisadas foi dependente das vias de sinalização NF-kB, p38 MAP-Kinase e ERK, exceto a IL-10 induzida pela ativação preferencial de TLR2, que não foi dependente da ERK (Figura 7). Os dados indicam que na produção de TNF-α, IL-1 , IL-6 e IL-10 após estímulo de TLRs, todas as vias de sinalização avaliadas tem papel relevante. Interessante notar que IL-1 , IL-6 e IL-10, mas não TNF-D, também foram inibidas pelo TTO e seus componentes. A não regulação de TNF-D pelo óleo e seus componentes pode ser interpretada de duas maneiras: 1) estes compostos não modulam estas vias de sinalização, podendo exercer seus efeitos por mecanismos alternativos; 2) um aspecto peculiar da regulação de TNF-D não é afetado por estes compostos.

Assim, para obter insight no mecanismo de ação dos óleos e seus componentes, avaliamos os possíveis efeitos destes compostos na ativação de NF- kB, ERK e p38 MAP-Kinase. A escolha por estas vias de sinalização se deu porque, além de serem uma das mais estudadas, também estão envolvidas na modulação das citocinas analisadas.

Os resultados indicam que TTO e seus componentes não modulam a ativação de NF-kB, ERK e p38 MAP-Kinase tanto na presença quanto na ausência do estímulo de TLR4 e TLR2 (Figura 8) justificando a não regulação de TNF-D. No entanto, a inibição da produção de IL-1 , IL-6 e IL-10 pelo TTO e seus componentes (Figura 5 C e D) sugere a atuação por mecanismos alternativos, como, por exemplo, a modulação de outras vias de sinalização não analisadas neste estudo.

Como os dois componentes do TTO tem efeitos semelhantes na regulação da produção de citocinas inflamatórias, poder-se-ia antecipar um efeito aditivo ou

sinérgico no TTO resultando em potencialização dos efeitos regulatórios. No entanto, mesmo em concentrações de TTO que contém quantidades equivalentes dos componentes principais que se mostraram efetivas, não observamos este efeito sinérgico ou aditivo. Este fato pode ser atribuído a influencia dos outros componentes presentes no TTO, os quais podem exercer efeitos antagônicos ou neutralizadores aos efeitos de seus principais componentes. Este dado é relevante e deve ser considerado em futuras avaliações de seu emprego com finalidade terapêutica. Neste sentido, o terpinen-4-ol demonstrou ser o principal componente modulador da produção de citocinas com redução significativa nos níveis de IL-1 , IL-6 e IL-10. O alfa-terpineol também apresentou efeito modulador sobre IL-1 , IL-6 e IL-10.

Estudos in vivo tem demonstrado ação anti-inflamatória dos óleos e dos seus componentes, como a redução da hipersensibilidade de contato após aplicação tópica (38, 39), redução de edema (40), redução da vermelhidão cutânea (12, 41). Entretanto, ainda não há estudos sobre a ação do óleo em modelo de doença periodontal, um modelo de inflamação crônica iniciado e mantido por interações microbiota-hospedeiro.

No presente trabalho constatou-se o efeito modulador do TTO e principalmente do terpinen-4-ol sobre citocinas inflamatórias e anti-inflamatórias sendo que este efeito não foi mediado por influência na ativação de NF-kB, ERK e p38 MAP-Kinase.

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CAPÍTULO 2

“Terpinen-4-ol, o mais abundante componente do óleo de Melaleuca alternifolia diminui a produção de INF- e IL-17 em U937 estimulados com LPS de Escherichia

coli e Porphyromonas gingivalis”

RESUMO

Objetivos: Avaliar a capacidade de modulação de citocinas pelo óleo de Melaleuca alternifolia (TTO) e seus componentes (terpinen-4-ol e o alfa-terpienol) e analisar se

as vias de sinalização celular Nuclear factor kappa B, Extracellular signal-regulated kinases e P38 mitogen-activated protein kinases participaram neste processo.

Métodos: O efeito modulatório foi avaliado em monócitos (U937) diferenciados em

macrófagos com Phorbol 12-myristate 13-acetate, e estimulados com lipopolissacarídeos. A citotoxicidade dos óleos foi verificada com o ensaio de MTT. A influência dos óleos sobre a produção de INF- , IL-4, IL-12 e IL-17 foi realizada por ELISA, e para determinar os níveis de NF-kB, ERK e p38 MAP-Kinase foi utilizado o western blot.

Resultados: O TTO e o alfa-terpineol nas concentrações estudadas não tiveram

influência sobre as citocinas analisadas. Já o terpinen-4-ol reduziu de forma significativa os níveis de INF- , IL-4 e IL-17 para IL-12 a ação não foi efetiva. As vias de NF-kB, ERK e p38 MAP-Kinase não influenciaram na diminuição da expressão de citocinas.

Conclusões: O terpinen-4-ol é o principal componente ativo do TTO com capacidade

de suprimir a produção de INF- , IL-4 e IL-17. O mecanismo de ação do óleo não se dá pela inibição das vias NF-kB, ERK e p38 MAP-Kinase.

INTRODUÇÃO

O TTO (Tea tree oil) é originário de uma planta nativa da Austrália, a

Melaleuca alternifolia. Formado por uma complexa mistura de óleos essenciais, o

TTO possui mais de 100 componentes, sendo alguns deles um o terpinen-4-ol e o alfa-terpineol, e possui conhecidas propriedades antimicrobianas, anti-inflamatória e anticancerosa [1, 2, 3, 5, 6, 7, 8].

A ação anti-inflamatória do TTO se dá por diminuição da produção de espécies reativas do oxigênio por monócitos e leucócitos [9, 10] e é ineficiente para a quimiotaxia de leucócitos [9]. O TTO possui ação na secreção de citocinas, no entanto, seu papel na regulação intracelular das vias de sinalização na produção destas citocinas ainda é pouco conhecida, mas sabe-se que seu principal componente ativo é o terpinen-4-ol [4].

A resposta imune adaptativa inicia-se com o reconhecimento de patógenos pelos receptores Toll-like (TLR) na superfície de células imunes e consequente produção de citocinas como interferon gama (INF- ), interleucina-4 (IL-4), interleucina-12 (IL-12) e interleucina-17 (IL-17) [11, 12, 13, 14].

O objetivo destes eventos é reconhecer e combater os periodontopatógenos como, por exemplo, Porphyromonas gingivalis. Sabe-se que a destruição dos tecidos de suporte dos dentes é causada pela resposta imune contra os

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