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5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.2. Análise de conteúdo

5.2.4. Ações educacionais

A sétima diretriz da Política de Saúde LGBT trata de ações educacionais e processos educativos desenvolvidos pelo SUS direcionados a população e também aos profissionais, incluindo a temática de orientação sexual e identidade de gênero.

Segundo nos revelam os dados obtidos essa diretriz está presente entre os debates suscitados na RHS. Um dos posts destaca uma reportagem que foi realizada sobre o telessaúde. O Ministério da Saúde instituiu o Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes pela Portaria nº 35 de 2007, ampliada posteriormente pela Portaria nº 2.546 de 27 de outubro de 2011. O programa oferta serviços específicos para profissionais e trabalhadores do SUS integrando Educação Permanente em Saúde (EPS) e apoio assistencial via tecnologias da informação e comunicação (TIC) (BRASIL, 2011b). Deste modo, o Telessaúde consolida-se como uma das ofertas educacionais que auxiliam na formação de profissionais sensíveis as diretrizes da Política de Saúde LGBT:

Figura 10 – Post sobre informe do Telessaúde Fonte: Rede HumanizaSUS

59 Com destaque ao seguinte trecho:

Está disponível o Telessaúde Informa do mês de maio! Nesta edição, fizemos uma reportagem especial sobre a Política Nacional de Saúde LGBT e suas atribuições na Atenção Básica. A Comissão da Verdade pela Reforma Sanitária e os impactos da ditadura na área da saúde são temas da entrevista. E na reportagem fotográfica, conheça o Grupo de Gestantes e Casais Grávidos do Hospital Universitário. Ainda trazemos informações sobre o e-SUS, dicas de filmes, cronogramas de webconferências e workshops deste mês e muito mais! Você pode ler no documento em anexo ou a versão online em

http://goo.gl/H5glLA. Boa leitura! Equipe Telessaúde Santa Catarina

(Disponível em: http://redehumanizasus.net/83916-telessaude-informa-maio-

2014/. Acesso em: 10/06/18. Grifo meu).

Outro post se refere a um encontro sobre educação popular em saúde com Comunidades Quilombolas, de Religiões de Matriz Africanas, Comunidades Ciganas, Indígenas e LGBT no nordeste brasileiro.

Segundo a organização, o evento tem como objetivo problematizar com a sociedade piauiense as temáticas ligadas à educação popular em saúde, à saúde comunitária e às potencialidades locais para fomento do protagonismo social nas práticas de gestão, educação e promoção da saúde. “Trata-se, dessa forma, de uma oportunidade de ampliar os conhecimentos acerca da temática afim de fomentar, propagar ideias e propostas para a aplicação de uma prática profissional pautada no incentivo à participação popular nas decisões em saúde, ao empoderamento, sentimento de pertencimento e autonomia das comunidades”, explicou a Fisioterapeuta e parte do RMSFC, Stephanie Sarah Cordeiro de Paiva. Os eventos reunidos no I Festival de Educação Popular em Saúde são: II Encontro de Educação Popular em Saúde do Estado do Piauí; IV Seminário de Educação Popular em Saúde e Saúde Comunitária; Encontro sobre educação popular em saúde com Comunidades Quilombolas, de Religiões de Matriz Africanas, Comunidades Ciganas, Indígenas e LGBT, dentre outras;”(Disponível em: http://redehumanizasus.net/86668-i-festival-

de-educacao-popular-em-saude/. Acesso em: 10/06/18. Grifo meu).

Eventos realizados em universidades públicas, com o objetivo de ampliar a formação de profissionais de saúde para fortalecer o reconhecimento da perspectiva de gênero como determinante social da saúde, junto ao enfrentamento do estigma e preconceito no atendimento da atenção à saúde, se fazem presente na rede. Segundo um artigo acerca da formação do profissional de enfermagem para o cuidado à população homossexual e bissexual aponta-se a “para a necessidade de que os profissionais de saúde sejam preparados, desde a sua formação, para o atendimento ao paciente LGBT” (Nietsche et al, 2018, p.2). Nesse tema, destaca-se um post que propõem o reconhecimento dessas identidades para repensar a prática profissional:

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(...)o preconceito dos profissionais de saúde sobre a prática sexual e social de LGBT acarreta na desqualificação da atenção a esta população, evidenciando assim que os processos discriminatórios alcançam o próprio sistema de saúde.(...). A abertura de espaço para discussão da assistência de enfermeiros e demais profissionais da saúde à comunidade de LGBT e uma abordagem dialogada e de mútua cooperação em prol do reconhecimento social destes sujeitos se faz necessária, emergindo os silenciamentos imposto e da invisibilidade provocada, identificando-se as fragilidades e proporcionando a oportunidade de se (re)pensar a prática profissional (Disponível em: http://redehumanizasus.net/91045-lgbt-entre-

estigmas-e-preconceitos-uma-vida-invisivel-nos-servicos-de-saude/. Acesso

em: 10/06/18. Grifo meu).

A população LGBT nos serviços de saúde também foi tema das atividades do XIV Congresso de Saúde Pública da UFSCAR:

Ementa: Relações raciais nos serviços de saúde. A população LGBT nos serviços de saúde; Garantia real de direitos sexuais e reprodutivos das mulheres. 2) Cine Debate 28/09 – Cine Debate – Documentário Memórias do subdesenvolvimento. Debatedores: – Vera Cepeda (Doutora em Ciências políticas e professora do Departamento de Ciências Sociais – Ufscar) – Giordano Barbin Bertelli – Doutor em Sociologia – Pesquisador do grupo de pesquisa “na margem” – Núcleo de Pesquisas urbanas Local: Florestan Fernandes 19:30h. (Disponível em: http://redehumanizasus.net/92466- atividades-abertas-ao-publico-sao-oferecidas-no-xiv-congresso-paulista-de-

saude-publica-na-ufscar/ . Acesso em: 10/06/18. Grifo meu).

Destaca-se a necessidade de ponderar o espaço acadêmico como um local de construção de conhecimento diversificado, onde os discentes sejam estimulados a refletir e agir, unindo a fundamentação científica a sua prática social, a fim de formar profissionais capacitados e sensíveis frente às diferentes realidades assistidas.