• Nenhum resultado encontrado

CAPÍTULO 6-CONSTRUÇÃO E UTILIZAÇÃO DO SISTEMA DE B-LEARNING

6.5 Recursos Educativos

6.5.4 A actividade “Envio de um Trabalho”

Um recurso importante e que deve ser explorado intensivamente é a actividade "trabalho" (figura 22). Este recurso do Moodle é bastante versátil e possibilita a sua utilização em vários contextos, pois permite ao professor comentar qualitativamente e classificar quantitativamente, na página “Moodle”, materiais e trabalhos anteriormente submetidos pelos alunos e permite ao docente a possibilidade de configurar facilmente um trabalho com carácter avaliativo utilizando recursos multimédia, criando assim exercícios on-line

Construção e Utilização do Sistema de b-Learning

motivadores para os seus alunos Pode ser também utilizado por parte do professor para comentar as classificações obtidas pelos alunos num teste de avaliação.

.

Figura 22 – A actividade “Envio de um Trabalho”.

Neste ultimo caso, é escolhida a opção “Trabalho de casa”, em que o aluno não envia qualquer ficheiro. A intenção é a de, tendo os alunos efectuado um teste parcial de avaliação, servir para o professor colocar on-line as classificações do teste e inserir um pequeno comentário sobre a qualidade do trabalho produzido, sugerindo eventuais alterações, de forma a possibilitar ao aluno as devidas rectificações. Deste modo, as classificações são conhecidas assincronamente pelos discentes, isto é, fora do espaço da sala de aula. Existe ainda a possibilidade de exportar para uma folha de cálculo os resultados obtidos pelos formandos.

Figura 23 – O trabalho “trabalho de casa”

Neste caso, o teste prático foi construído para um total de 200 pontos, sendo possível utilizar outros intervalos classificativos. A figura seguinte representa as especificações técnicas da actividade “trabalho de casa”, correspondente ao primeiro teste parcial do módulo 2, e que foi realizado no dia 3 de Fevereiro de 2009. A figura 25 refere-se às classificações obtidas pelos formandos e ao respectivo comentário qualitativo efectuado pelo professor.

Construção e Utilização do Sistema de b-Learning

Figura 24 – Parâmetros do trabalho “trabalho de casa”

Posteriormente, o aluno, ao saber assincronamente a classificação obtida, envia, através da plataforma, a resposta ao professor, indicando os conteúdos programáticos em que sentiu mais dificuldade.

Figura 25 – Classificações obtidas pelos alunos e respectivo comentário. Nota: A imagem foi tratada digitalmente para preservar a identidade dos discentes

Quando acedem à plataforma, os alunos visualizam a classificação obtida, lêem os comentários que o professor efectuou sobre a classificação, bem como a avaliação docente sobre o trabalho e o comportamento observado nas aulas, tal como pode ser visto na figura

Construção e Utilização do Sistema de b-Learning

seguinte:

Figura 26 – Comentários individuais do professor às classificações de um teste.

Seguidamente, os discentes respondem aos comentários do professor, através do envio de uma mensagem em que justificam as classificações obtidas:

Construção e Utilização do Sistema de b-Learning

Figura 28 -Comunicação assíncrona e bidireccional aluno-professor (II)21

O professor repara, pelas respostas enviadas pelos alunos para o sistema Moodle, que alguns alunos se queixam de não ter compreendido bem as matérias constantes do teste, como pode ser verificado na resposta “Senhor professor eu tirei esta miserável nota porque por mais que tente não consigo perceber a matéria. Beijinhos” ou por falta de trabalho dos formandos, “o teste até era bastante acessível, tínhamos a matéria toda no moodle, só tirava a nega quem mqueria, eu sinceramente não estudei muito, pouco mesmo e isso viu-sse na minha nota” ou pela conjugação dos factores dificuldade na aprendizagem e falta de estudo, “Sim é verdade sôr, eu não estudei para o teste, pois não percebia nada da matéria, lamento te-lo desiludido…Sem outro assunto assim me despeço com um beijinho para si…”.

Como resposta, o docente prepara uma ficha de trabalho (ver figura 30), a ser resolvida colaborativamente pelos alunos na aula seguinte, sob a orientação do professor (construção de uma comunidade de aprendizagem).

E este método de comunicação assíncrona (figura 28) foi-se repetindo e acima de tudo entrando na rotina escolar dos alunos e do professor, especialmente na fase de consolidação do sistema híbrido de aprendizagem em que, de posse de recursos

21

Construção e Utilização do Sistema de b-Learning

informáticos satisfatórios, o docente teve a possibilidade de comunicar assiduamente com os alunos, informá-los do seu rendimento escolar, motivá-los para a aprendizagem, auscultar as dificuldades que sentiam nas aulas, especialmente na compreensão dos conteúdos programáticos leccionados. A este respeito, ver a secção 7.2.3

Figura 29 - Comentários de alunos acerca das dificuldades sentidas na disciplina. Nota: A imagem foi tratada digitalmente para preservar a identidade dos discentes

Assim, na aula seguinte, o professor organizou os alunos em pequenos grupos, juntando um elemento com algumas dificuldades de aprendizagem a outro mais capaz, para tentarem resolver a ficha de trabalho Pareceu-nos que esta metodologia seria a mais adequada, à luz da teoria sócio-construtivista de Vygotsky, como forma de se criar um ambiente propício à troca de ideias, apresentação de argumentos e confronto de opiniões, aspectos claramente importantes quando se tenta resolver uma ficha de trabalho. O professor circulava pela sala verificando os resultados obtidos, o raciocínio que conduziu a esses resultados, apontando incorrecções e sugerindo caminhos alternativos de resolução. Deste modo, o trabalho de sala de aula foi conduzido pelo docente de forma a valorizar a interacção entre os estudantes, a sua participação nas actividades e discussões, bem como a tentativa de criar oportunidades para que eles expressem seus entendimentos, dúvidas e modelos, através de debates entre os próprios estudantes ou entre estes e o professor, e através de suas produções em papel.

A reacção dos alunos foi entusiástica. Quando o docente (mais cansado do que o habitual…) lhes perguntou se preferiam este tipo de aula mais informal, à explicação pelo

Construção e Utilização do Sistema de b-Learning

professor dos exercícios no quadro negro, quase todos os alunos declararam preferir a primeira alternativa. Para o professor ficou a ideia de que deve reduzir ao máximo as aulas de carácter expositivo (só mesmo quando forem absolutamente necessárias) e, em alternativa, implementar estratégias de trabalho colaborativo.

Figura 30 – Ficha de Trabalho elaborada pelo professor

Documentos relacionados