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A CON CORRÊN CI A

No documento IDNCadernos IIISerie N03 (páginas 70-73)

Com m e n or qu a lida de de se r v iço pa r a os con su m idor e s

ELEV AD A I N TEN SI D AD E CARBÓN I CA Com dé fice e spe r a do de lice nça s de e m issã o de CO2 CON SEQUÊN CI AS -Au m e n t o da Fa ct u r a Ex t e r n a -D e se qu ilíbr io da ba la nça de Pa ga m e n t os -Pe r da de com pe t it iv ida de e de “v a lor ” da s Em pr e sa s -Re du çã o do pode r de com pr a dos con su m idor e s

-Pot e n cia l in cu m pr im e n t o da s m e t a s do Pr ot ocolo de Qu iot o

Fonte: MEI, “Concorrência e Eiciência Energética – Uma Estratégia Nacional para a Energia”, 29/09/05.

A política energética de Portugal, nos últimos anos, tem sido articulada no sentido de alcançar vários objectivos estratégicos, nomeadamente (Pulido e Fonseca, 2004: 270):

(i) Reduzir as importações de energia de forma a atenuar a dependência exter‑ na;

(ii) Assegurar o fornecimento contínuo de energia a preços reduzidos;

(iii) Promover o desenvolvimento de fontes energéticas endógenas, bem como apoiar a sua produção e gestão de forma descentralizada;

(iv) Reduzir a dependência do petróleo e diversiicar os seus fornecedores; (v) Diversiicar as fontes de energia e garantir a segurança de abastecimento; (vi) Diminuir o impacto ambiental provocado pela produção e utilização de

energia;

(vii) Reduzir a factura energética;

(viii) Aumentar a eiciência e a conservação energéticas;

(ix) Promover diligências no sentido de dinamizar a prospecção e possível explo‑ ração de petróleo e de gás natural em território nacional;

(x) Apoiar a integração do mercado energético português no mercado de energia da UE;

(xi) Aumentar a qualidade do serviço.

Entre as principais medidas assumidas pelos poderes públicos, nos últimos anos, para colocar em prática os objectivos acima mencionados, destacam‑se:

i. Programas de apoio (subsídios, benefícios iscais, etc.) ao desenvolvimento de fontes energéticas renováveis;

ii. Promoção de políticas tendentes a uma utilização mais eiciente da energia; iii. Introdução e expansão da utilização do gás natural no nosso país;

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IDN CADERNOs

iv. Liberalização e regulação dos mercados energéticos (gás natural, petróleo e electricidade);

v. Ampliação da capacidade hidroeléctrica do país; vi. Desenvolvimento do mercado ibérico de electricidade; vii. Aumento da capacidade das reservas estratégicas de petróleo;

viii. Lançamento, em 2001, de uma ronda de licitação de blocos de exploração de hidrocarbonetos no offshore português.

Em suma, pode‑se airmar que o sector da energia é estratégico para o aumento da competitividade da economia portuguesa, quer através da redução da factura energética, quer através de medidas para a protecção do ambiente, tendo em conta as alterações climáticas, ou ainda através do contributo para a modernização tecnológica dos agentes económicos e das empresas.

Neste contexto, face à importância deste sector, foi aprovada a “Estratégia Nacio‑ nal para a Energia – ENE 2020”46, que tem como inalidade reconverter e modernizar

a economia portuguesa, promover o crescimento territorialmente equilibrado e criar emprego.

A Estratégia propõe, em termos de acção, cinco eixos de actuação (e dez medidas) conforme mostra a igura 5.747.

46 O Governo deiniu as grandes linhas estratégicas para o sector da energia, estabelecendo a Estratégia Nacional para a Energia, aprovada pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 29/2010, de 15 de Abril de 2010, que substitui a anterior Resolução do Conselho de Ministros n.º 169/2005, de 24 de Outubro, D.R. I Série‑B, n.º204, (05/10/24), pp. 6168‑6176). A “Estratégia Nacional para a Energia (2007‑2010)” que deiniu as linhas mestras de orientação política e as medidas fundamentais para a área da energia, visou alcançar três grandes objectivos, nomeadamente:

 Garantir a segurança de abastecimento de energia, através da diversiicação dos recursos primários e dos serviços energéticos e da promoção da eiciência energética;

 Estimular e favorecer a concorrência, por forma a promover a defesa dos consumidores, a competi‑ tividade e a eiciência das empresas;

 Assegurar a adequação ambiental de todo o processo energético, reduzindo os impactes ambientais à escala local, regional e global.

Esta Estratégia previu a reestruturação do tecido empresarial do sector energético, através do alargamento do âmbito de actividade das principais empresas que nele operam, de forma a existir mais de um operador integrado relevante nos sectores de electricidade e de gás natural, em ambiente de concorrência. 47 Para informação mais detalhada consultar MEID, 2010.

Figura .

Estratégia Nacional para a Energia: Solução com Cinco Eixos de Actuação

Reduzir a dependência energética do País face ao exterior para 74% em 2020, atingindo o objectivo de 31% da

energia final, contribuindo para os objectivos comunitários.

Garantir o cumprimento dos compromissos assumidos por Portugal no contexto das políticas europeias de combate às alterações climáticas, permitindo que em 2020, 60% da electricidade produzida tenha origem

em fontes renováveis. Criar, até 2012, um fundo de equilíbrio

tarifário, que contribua para minimizar as variações das tarifas de electricidade, beneficiando os consumidores e criando um quadro de sustentabilidade económica

que suporte o crescimento a longo prazo da utilização das energias renováveis.

Promover o desenvolvimento sustentável criando condições para reduzir adicionalmente, no horizonte de 2020, 20 milhões de toneladas de emissões de CO2, garantindo de forma clara o cumprimento das

metas de redução de emissões assumidas por Portugal no quadro europeu e criando condições para a recolha de benefícios directos e indirectos no mercado de emissões que serão

reinvestidos na promoção das energias renováveis e da eficiência energética. garantindo de forma clara o cumprimento das

Eixo 1 – Agenda para a competitividade, o crescimento e a independência energética e financeira. Eixo 5 – Sustentabilidade

económica e ambiental. Eixo 2 – Aposta nas

energias renováveis.

Eixo 4 – Garantia da segurança de abastecimento.

– Criar riqueza e consolidar um cluster energético no sector das energias renováveis e da eficiência energética,

criando mais 121.000 postos de trabalho e proporcionando exportações

equivalentes a 400 M €. Eixo 3 – Promoção da

eficiência energética.

Fonte: Elaborado pela autora com base em MEID, “RE.NEW.BLE. – A Inspirar Portugal Plano Novas Energias ENE2020 2010”, 2010.



IDN CADERNOs

. A sustentabilidade Futura das Relações Energéticas

No documento IDNCadernos IIISerie N03 (páginas 70-73)