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A Construção de um Novo Perfil do Professor

3 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

3.7 A Construção de um Novo Perfil do Professor

Uma das ações estratégicas mais incisivas para melhoria da qualidade do ensino, é o desenvolvimento profissional do professor, através da formação, da capacitação docente e de uma carreira que valorize o aperfeiçoamento e avalie o desempenho profissional.

A construção de um novo perfil de professor, trabalhado em cursos de formação pautados na visão crítica da realidade, no saber pensar, na criatividade e na produção própria do conhecimento constitui uma imposição da modernidade e vem sendo considerada como meio de garantir um ensino de qualidade.

Para que a formação de profissionais da Educação não perca de vista os objetivos claramente definidos e mantenha sua coerência, impõe-se a explicitação das diretrizes que a presidirão.

Tais diretrizes deverão orientar a definição dos princípios, finalidades, conteúdos, organização e funcionamento dos cursos destinados à formação de professores em qualquer parte do País, seja qual for a instituição responsável por sua execução.

A concepção da Educação como uma das alavancas fundamentais do processo de desenvolvimento social, econômico, político e cultural do País é o ponto de partida para a definição das seguintes diretrizes político-pedagógicas referentes à formação de professores.

A competência pedagógica do professor deve ser fundamentada na didática do “aprender a aprender”.

A orientação a ser dada ao curso de formação de professores e que deverá ser observada na relação desse profissional com seus alunos está condicionada a dois fatores de suma importância: de um lado, a superação da exclusividade do uso de métodos e processos de ensino calcados na visão ultrapassada da didática “ensino-aprendizagem”, de outro, a vontade objetiva e o esforço persistente de todo o professorado no sentido de construir uma nova competência pedagógica, nos moldes da didática do “aprender a aprender”. Isto significa que a escola, no desempenho de sua função institucional, não poderá ficar restrita ao papel de mera transmissora do conhecimento disponível, mas que aluno e professor devem ser levados a saber pensar de forma crítica e criativa, apropriando-se do conhecimento e reelaborando-o como instrumento mais eficaz de emancipação das pessoas e da sociedade.

Nesta nova direção, competência – em lugar de ser cópia, reprodução, imitação – deve ser entendida como atitude verdadeiramente construtiva, crítica e criativa. O aluno neste novo caminho, já não se posiciona no processo

como um receptor passivo de informações e o professor, por sua vez, como um mero transmissor. Diferentemente do que acontece durante o percurso da didática ensino-aprendizagem, no modelo do “aprender a aprender” o professor é muito mais um animador do processo de aprendizagem, uma pessoa que levanta questões pertinentes, que aproveita caminhos abertos pelo aluno , que incentiva a criatividade na solução de problemas. O aluno, por sua vez, é um dinâmico construtor do conhecimento, que, sem perder de vista o saber disponível, descobre novas dimensões da realidade e as explora criativamente.

Vale dizer que é no âmbito da didática do “aprender a aprender” ou do saber pensar que aluno e professor se transformam em sujeitos históricos, tornando-se aptos ao manejo eficiente e à produção do conhecimento, tornando-se capazes de vencer o desafio humano da qualidade.

Os seres humanos se utilizam de multimídia no seu processo de comunicação e essa comunicação multimídia auxilia no processo cognitivo ao atuar no processamento de informações.

As tecnologias de comunicação exercem a função de disseminadores de conhecimento, liberando estudantes e professores das limitações de tempo e espaço, enriquecendo o ensino com recursos de multimídia, interação, simulação, e permitindo o estudo individualizado.

A utilização de novas tecnologias na Educação não é garantia suficiente para o sucesso no aprendizado. É preciso muito mais por parte do professor que utiliza dessas tecnologias: motivação, espírito investigativo e empreendedor, oportunizando uma maneira diferente de ensinar e aprender, onde o aluno seja sujeito ativo no processo de construção do conhecimento.

O uso de novas tecnologias na Educação deve ter como objetivo mediar a construção do processo de conceituação dos alunos, buscando a promoção da aprendizagem e desenvolvendo habilidades importantes para que ele participe da sociedade, do conhecimento e não simplesmente facilitando o seu processo de ensino aprendizagem.

Para que as novas tecnologias promovam as mudanças esperadas na Educação é preciso que sejam usadas como ferramentas pedagógicas capazes de criar um ambiente interativo que proporcione ao aluno, diante de uma situação problema, investigar, levantar hipóteses testá-las, reorganizar e reestruturar suas idéias iniciais, construindo assim seu próprio conhecimento. (CARVALHO, 1991, p. 74)

Partindo do conceito de aprendizagem descritos em teorias piagetianas, é possível verificar que a aprendizagem não acontece simplesmente colocando o aprendiz diante do computador. A interação aluno-computador precisa ser mediador por um profissional-agente de aprendizagem – que tenha conhecimento do significado do processo de aprender por intermédio da

construção de conhecimento, para que ele possa entender as idéias do aprendiz e como atuar no processo de construção do conhecimento para intervir apropriadamente na situação, de modo a auxiliá-lo nesse processo.

Piaget parte da premissa que o conhecimento não procede apenas da programação inata do sujeito e nem de sua única experiência sobre o objeto, mas é resultado tanto da relação recíproca do sujeito com seu meio, quanto das articulações e desarticulações do sujeito com esse objeto. Dessas interações surgem construções cognitivas sucessivas, capazes de produzir novas estruturas em processo contínuo e incessante que visa, a partir de recentes conhecimentos de tecnologias e cognição humana, estabelecer relações com fases de desenvolvimento da pesquisa e analisar as possibilidades de potencialização de cognição.

4 ESTUDO DE CASO DO PROJETO DE EDUCAÇÃO A

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