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A delegação no Presidente da Câmara da competência para aprovação

No documento 1/ ª Reunião Ordinária (páginas 108-114)

POR VOTAÇÃO NOMINAL, A REFERIDA PROPOSTA FOI APROVADA

K. Para a execução desta medida de apoio, o Município vai afetar verba no

3. A delegação no Presidente da Câmara da competência para aprovação

das candidaturas e pagamento aos beneficiários dos valores aprovados, de acordo com o preceituado nas “Regras para a Atribuição de Apoio Financeiro à Habitação Jovem em Loures”. (…)” --- --- --- Sobre a Proposta de Deliberação foram proferidas as seguintes intervenções: ---

O VEREADOR, SENHOR GONÇALO CAROÇO: Senhor Presidente, esta proposta decorre do trabalho que temos vindo a desenvolver a nível da habitação, decorre de vários objetivos que estão delineados e pensados, da necessidade do Município poder adequar a dar outro tipo de respostas, sempre em conjunto e em consonância com a Administração Central, que é quem tem a responsabilidade da habitação no nosso país, conforme está constitucionalmente estabelecido. Seja como for, é evidente que o Município precisa de se adequar às novas necessidades da população do concelho. É isso que estamos a trabalhar, e este programa que se apresenta é, também, nesse sentido. --- Aquilo que este programa pretende é de forma a replicar um pouco aquilo que está previsto no programa “Porta 65”, mas vai mais longe que deste programa do Governo, que já tem algum tempo. --- Assim, quero sublinhar duas questões desta proposta, que resultam do trabalho feito pelos técnicos deste Município, para podermos ter este regulamento com estas duas questões que normalmente não existem neste tipo de documentos, nem existe no programa “Porta 65”. A primeira passa pelo apoio à compra de habitação, dado que o apoio, normalmente é, apenas, ao arrendamento. No entanto, entendemos que na situação atual o mercado de arrendamento está muito debilitado e existem muito poucas soluções. Esta é uma questão que não podemos controlar de forma nenhuma, decorre de outras questões que nos ultrapassam, mas o que é facto é que a população, em particular a população jovem, a resposta que vai tendo é a possibilidade de comprar casa. Portanto, esta questão fica espelhada neste regulamento. --- A outra questão que fica, também, espelhada no regulamento é a possibilidade de existir uma lista provisória em que todos aqueles que já tenham o processo terminado, ou que o queiram terminar, saibam se vão ter o apoio do Município. Isso pode ser importante para tomarem a decisão, porque uma coisa é decidirem com a confirmação de que vão ter este apoio e avançar com o arrendamento, ou com a compra, ficando depois com algum tempo para tratar do resto do processo, e outra coisa é decidirem sem saber se este apoio vai existir. Portanto, quero sublinhar esta particularidade. ---

Por último, quero dizer que estas regras vão permitir ao Município saber se corresponde, ou não, às necessidades dos jovens do concelho, ou dos jovens que queiram vir para o concelho, e adequar, mais à frente, a consolidação deste apoio através de um regulamento, ou de outra forma que se venha a entender como mais adequada. Mas, neste momento aquilo que se pretende é avançar com esta proposta, analisar a sua adequação e, depois, se verá de que forma este apoio permanecerá no futuro. --- --- A VEREADORA, SENHORA SÓNIA PAIXÃO: Senhor Vereador Gonçalo Caroço, gostei tanto, tanto, de o ouvir, mas só tenho pena de estar a ouvir a sua intervenção e a deliberar sobre esta proposta a três meses do final do vosso segundo mandato autárquico. Isto porque, como sabe, esta bancada tem vindo, reiteradamente, a cada aprovação de plano de atividades, a dar nota da inexistência de políticas municipais para a habitação, em concreto para a habitação jovem, e é com enorme satisfação que a última e única medida que houve a este nível foi na gestão do Partido Socialista. Mas mais vale tarde do que nunca. --- Hoje o senhor Vereador apresenta uma proposta, muito bem instruída tecnicamente, a esta Câmara. Pena que da parte da decisão política seja apenas a três meses das eleições autárquicas. Pena é, também, que os senhores não decidam dar esta resposta afetando para habitação jovem os edifícios Romeu e Julieta, que têm dezenas de fogos parados no concelho de Loures e que tão necessários são aos jovens, dada a importância que tem a habitação para o nosso concelho. --- Gostei particularmente de ouvir o senhor Vereador Gonçalo Caroço, quando diz que vão mais longe que o Governo. É “giro”, é mesmo muito “giro”, porque o senhor Vereador, em outros assuntos, diz que é o Governo que não trata, que não faz e empurramos para o Governo, noutros diz que a autarquia até vai mais longe que o Governo. É pena que não tenha essa “fasquia” para outras abordagens. --- Senhor Presidente, sem graça, mas com convicção, esta é, de facto, uma medida importante para o nosso concelho e para a fixação dos jovens do nosso concelho. Temos pena que não possa ter tido outra dimensão e outro impacto

há mais anos a esta parte. Mas estamos certos que a procura será elevada e, provavelmente, a dotação financeira que hoje aqui está fixada pode ficar aquém das necessidades e as expetativas dos jovens do concelho de Loures. - --- O VEREADOR, SENHOR JOÃO CALADO: Senhor Presidente, o Partido Social Democrata congratula-se com esta proposta de deliberação que nos é apresentada, porque, de facto, e já o temos referido aqui, o concelho precisa de fixar jovens, precisa de atrair jovens, fixar e atrair talento para o nosso território, porque só assim podemos aspirar a ser um concelho com uma dinâmica sócio económica diferente daquela que temos hoje. --- Naturalmente que é com apreço que registamos esta intenção da Câmara, em apoiar os agregados familiares mais jovens para que se fixem no concelho, ou atrais novos agregados familiares. Não podemos é deixar de salientar que aquilo que nos é apresentado para deliberar, hoje, é para ter efeitos a partir de dezembro de dois mil e vinte e um, até novembro de dois mil e vinte e dois. Ou seja, hoje estamos a tomar uma deliberação para ter efeitos num novo mandato autárquico, porque há eleições previsivelmente em setembro/outubro. Não sei se o timing está relacionado com as eleições, mas que, de facto, a realidade é a de que vamos tomar uma deliberação que não tem qualquer efeito neste mandato autárquico, e isso é que era desejável que tivesse acontecido. --- Também consideramos que o valor que é aqui colocado, já ouvimos dizer que se correr muito bem há disponibilidade para reforçar este valor, parece-nos muito pouco ambicioso em termos de objetivos a atingir, porque é um valor relativamente baixo. É nossa convicção que este valor será esgotado com facilidade e, em termos de sinal para captação destes agregados familiares mais jovens, teria sido desejável que o valor fosse mais generoso, que pudesse perspetivar resultados mais ambiciosos. --- Finalmente, o Partido Social Democrata queria, ainda, salientar que é a segunda deliberação que se toma nesta reunião de Câmara, com base em pressupostos de uma estratégia local para a habitação. Mas uma estratégia local para a habitação que pelo menos o Partido Social Democrata, em termos globais, desconhece por completo. ---

Não posso deixar de referir que é um documento, pelo que sabemos, que vem sendo trabalhado já há alguns meses. Portanto, parece-nos ser a altura de ser divulgado às forças políticas com assento na Câmara e na Assembleia Municipal, no sentido de percebermos qual é o rumo que o concelho está a tomar relativamente a uma estratégia local para a habitação, e não sermos confrontados com a deliberação de medidas avulsas, sem ter uma perspetiva holística daquilo que se pretende para o concelho de Loures. --- --- O VEREADOR, SENHOR GONÇALO CAROÇO: Senhor Presidente, começo pelo impacto desta deliberação no futuro mandato, para dizer que muitas das decisões que tomamos agora vão ter impacto depois, ou então paralisávamos. Esta é mais uma proposta em que o impacto será no futuro mandato, mas o trabalho da Câmara tem de continuar e, havendo acordo, é possível avançar com estas propostas. --- Relativamente à questão de ser um valor baixo, se isso acontecer, é sinal de que o programa tem interessados e que conseguiu chegar às pessoas que queríamos. Portanto, a sua continuidade terá de ser vista mediante o número de interessados, de concorrentes e mediante o apoio mensal a que cada um terá direito, porque o apoio depende de vários fatores e não será sempre igual. Estes são alguns fatores que teremos de ter em conta no futuro. --- Quanto à questão da estratégia, quero referir que já foi apresentada a estratégia relativa ao programa “1º Direito”, que é uma parte bastante importante, aqui nesta Câmara e na Assembleia Municipal quando foi aprovada. --- Senhora Vereador, quanto à questão dos edifícios Romeu e Julieta eles não se incluem aqui. Como sabe estes edifícios são municipais e, neste momento, a sua recuperação e o seu futuro estão já em andamento. Aliás, já tomámos decisões sobre eles aqui em reunião de Câmara, e concordo consigo de que é preciso que os edifícios Romeu e Julieta estejam ao serviço da população. É disso mesmo que estamos a tratar. --- Relativamente a estarmos a decidir a três meses do mandato autárquico, é um facto. Mas é a primeira vez e nunca aconteceu. Estas vontades todas que agora se enaltecem, nesta altura, noutros tempos não deram resultados.

Portanto, é a primeira vez que o Município se debruça sobre este assunto, e apresenta uma proposta concreta de apoio à habitação jovem. --- Por último, relativamente ao facto de fazermos mais que o Governo, essa é uma questão a que estamos habituados. Talvez a senhora Vereadora não tenha reparado, mas isso é o que fazemos todos os dias. Por exemplo, na área do ambiente fazemos muito mais do que aquilo que o Governo faz. Na área da educação, nem vou referir aquilo que andamos a fazer nas escolas do Ministério da Educação, e que vai muito para além daquilo que o Governo faz e que devia fazer e na área da habitação acontece o mesmo. --- Portanto, estamos habituados a fazer mais do que aquilo que o Governo faz. Agora, aquilo que não fazemos, e volto a referir, é não exigir ao Governo que cumpra as suas obrigações e invista aquilo que tem de investir. Isso é que não fazemos. A diferença é que há quem diga que temos de ajudar e ser uma parte pró-ativa, quando por vezes até nem foram, mas nós somos. Não esquecemos é que o Governo tem as suas obrigações, e que tem de tomar as decisões políticas necessárias para resolver os problemas da população e do país. É nisso que o Governo falha e na habitação tem falhado. É por esta razão que há, neste momento, uma especulação imobiliária cada vez mais forte. Isso é indesmentível. --- A lei das rendas precisa de ser revista e não o é, teremos um problema enorme quando acabar a suspensão dos despejos, porque centenas e centenas de pessoas verão os seus contratos terminados. Como é que se vai resolver este problema? É isto que o Governo tem de fazer e não o tem feito. Continua a adiar o problema que vai sendo cada vez maior. Por isso dizemos que fazemos mais, mas esperamos que o Governo assuma as suas responsabilidades e cá estaremos para o ajudar a assumir essas responsabilidades. --- --- A VEREADORA, SENHORA SÓNIA PAIXÃO: Senhor Presidente, para que fique registado no “canal história”, em dois mil e nove, na urbanização das Urmeiras, na Freguesia de Loures, foram cerca de cem fogos para habitação jovem. Foi o primeiro programa municipal com a gestão Socialista na Câmara. -

O SENHOR PRESIDENTE DA CÂMARA: Senhora Vereadora, isso dava uma grande conversa, mas hoje já não será possível. Num próximo debate sobre habitação poderemos voltar a esse assunto. --- --- --- POR VOTAÇÃO NOMINAL, A REFERIDA PROPOSTA FOI APROVADA POR UNANIMIDADE. --- --- --- PONTO TRINTA E QUATRO - PROPOSTA DE DELIBERAÇÃO Nº 199/2021 - SUBSCRITA PELO SR. VEREADOR GONÇALO CAROÇO, PARA APROVAR A ADMISSÃO DE 10 (DEZ) TRABALHADORES, DA CATEGORIA DE ASSISTENTE OPERACIONAL, PARA CONSTITUIÇÃO DE VÍNCULO DE EMPREGO PÚBLICO NA MODALIDADE DE TRABALHO EM FUNÇÕES PÚBLICAS POR TEMPO INDETERMINADO, POR UTILIZAÇÃO DA RESERVA DE RECRUTAMENTO INTERNA --- --- “Considerando que: --- A. Por deliberação tomada na 76.ª Reunião Ordinária da Câmara Municipal, realizada em 2 de dezembro de 2020, e na 4.ª Sessão Ordinária da Assembleia Municipal, realizada em 16 de dezembro de 2020, foram aprovados o Orçamento Municipal e o Mapa de Pessoal para o ano de 2021; --- B. Por deliberação tomada na 81.ª Reunião Ordinária da Câmara Municipal, realizada em 10 de fevereiro de 2021 e na 5.ª Sessão Extraordinária da Assembleia Municipal, realizada em 11 de fevereiro de 2021, foi aprovada a alteração do Mapa de Pessoal de 2021; --- C. No Mapa de Pessoal estão previstos e não ocupados postos de trabalho da categoria de Assistente Operacional da carreira geral de Assistente Operacional; ---

No documento 1/ ª Reunião Ordinária (páginas 108-114)