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A efetivação dos direitos humanos em uma democracia

Com o decorrer dos séculos, os direitos humanos vêm se consolidando, e atualmente ocupam posição central em nível mundial em reconhecimento de que esses direitos devem e precisam ser reconhecidos. Esta importância se dá de forma tão intensa, que segundo Trindade (2015), por serem inerentes a todo ser humano, são superiores aos direitos do Estado bem como das formas de organizações políticas.

Todavia, para que esses direitos sejam efetivados, é necessário uma forma de governo que dê possibilidade de efetivação a estes, tanto na elaboração das leis, como na forma em que se dá a aplicação desses direitos na prática, e pode –se dizer que atualmente, a organização política que mais tem contribuído para esses direitos é a democracia.

Já dizia Habermas (apud Hamel, 2006, p. 12) que, “as leis são legítimas quando surgem da formação democrática da vontade pelo exercício do direito de participação política dos cidadãos democráticos”. Conforme visto no item acima, cidadania significa um conjunto de direitos que dá a um determinado grupo de pessoas chamados de cidadãos, a possibilidade de influenciar na vida pública do lugar em que vive, tanto de forma direta como indireta. Deste modo, quando o princípio discursivo toma a forma jurídica nasce o princípio democrático.

O mesmo autor (apud HAMEL, 2006, p. 12-13),

Atribui aos cidadãos a autonomia no sentido da formação racional da vontade. Os cidadãos devem ligar a sua vontade àquelas leis que eles se dão a si mesmos em consequência da vontade comum, a qual foi obtida por meio de um discurso. Dessa maneira, estabelece um nexo entre razão e vontade, em que a liberdade de todos passa a depender da liberdade individual de cada um, podendo tomar posição dizendo “sim” ou “não”.

De acordo com Arroyo (apud HAMEL, 2006, p. 13),

Habermas não tem uma definição específica de direitos humanos, porém, uma das expressões com maior fluência empregada pelo autor para referir-se ao núcleo da noção de direitos humanos é “o direito de todos os indivíduos a iguais liberdades’ de ação.”1 Com isso, Habermas inclui nessa fórmula dois valores tradicionais: os ideais de liberdade e os de igualdade.

A partir dessas citações, é possível perceber que a valorização da pessoa humana para Hamel, está intimamente ligada com o exercício da cidadania, pois ele acredita que é direito de todos os indivíduos se manifestarem de forma igual, e através do estudo até aqui realizado, podemos concluir que essas manifestações só são possíveis em uma democracia.

Ademais, cabe destacar que foram por mobilização dos Estados democráticos que os direitos humanos tornaram-se o fundamento das Nações Unidas após o horror causado no século XX pela ocorrência das duas guerras mundiais, e demais crueldades. Vejamos:

É para exorcizar essa descida aos infernos que, logo após a guerra, os povos e os Estados democráticos mobilizaram-se para fazer dos Direitos Humanos o fundamento do sistema das Nações Unidas, “a quintessência dos valores pelos quais afirmamos juntos, que somos uma única comunidade humana”, ou seja, “o irredutível humano”

[...]

Paralelamente, sob a pressão dos movimentos sociais, de opinião pública e de cidadania, assiste-se, em numerosos países, à consolidação dos estados de direito, ao fortalecimento das garantias das liberdades negativas (freedom from) e à ampliação das liberdades positivas (freedom for). Por toda parte, a luta pelos direitos do homem, com seus fracassos duramente pagos, constitui o eixo fundamental da política. (SACHS, 2015, p. 155-156).

Assim, é possível constatar que para que os direitos humanos fossem alcançados, vários movimentos socais foram realizados, assim como muitas lutas. A conquista desses direitos não se deu sempre de forma pacífica, e sim através de um conjunto de mobilizações.

Estamos em uma fase da história, considerada a fase dos direitos, direitos estes que se deram através da realização de muitos movimentos, para que então chegássemos a essa fase. Todavia, o caminho a percorrer, segundo Sachs (2015), ainda é longo e árduo se julgarmos a distância a vencer para ultrapassar a extrema pobreza que constitui uma manifesta negação dos direitos humanos.

Idade dos direitos, mas também idade dos extremos, para retomar o título da magistral história do curto século XX escrita por Eric Hobsbawm (1994). Graças ao poderio tecnológico multiplicado ao longo do século, a economia mundial conheceu crescimento sem precedentes, alcançando elevados níveis de produção de bens materiais. Porém, a parte maldita do produto não para de crescer, engolida pelo aumento dos custos das transações e dos custos

embutidos para o funcionamento do capitalismo e esterilizada nos circuitos de especulação financeira, gerando uma riqueza virtual, sem esquecer as despesas bélicas.

[...]

Disso resulta gigantesco potlatch e a má distribuição cada vez mais pronunciada entre as nações e no interior delas, desencadeando fenômenos de desemprego em massa, de subemprego e de exclusão social, mais do que desperdício, destruição de vidas humanas. (SACHS, 2015, p. 157).

Com o processo histórico, democracia e desenvolvimento passaram a ser conceitos confundidos. O termo desenvolvimento ganhou maior amplitude, sendo característica de desenvolvimento econômico, social, cultural, sustentável e humano. Este último, tinha como objetivo a plena realização dos homens e das mulheres em vez da multiplicação dos bens. Já a democracia, além da instauração do estado de direito e das instituições de governo democráticas, segundo Sachs (2015, p. 159),

A democratização é também o aprofundamento, nunca concluído, da democracia no cotidiano, do exercício da cidadania em vista da expansão, da universalização e da apropriação efetiva dos direitos de segunda e de terceira geração.

Segundo Jack Donnelly (2015, p. 167), o

Desenvolvimento, democracia e direitos humanos tornaram-se ideias políticas hegemônicas na sociedade internacional do final do século vinte. Virtualmente, todos os países reivindicam perseguir o crescimento econômico rápido e sustentável (“desenvolvimento”), participação política popular (“democracia”) e respeito aos direitos humanos de seus cidadãos (“direitos humanos”). Países contemporâneos encontram-se tipicamente forçados a adotar, pelo menos, a linguagem do desenvolvimento, democracia e direitos humanos nas suas relações internacionais. A própria legitimidade de regimes que não estão compromissados centralmente com esses objetivos está aberta a um sério questionamento, tanto nacional quanto internacionalmente.

Diante desta colocação, é possível perceber a correlação existente entre democracia e direitos humanos, e também, de interdependência, sendo necessário um Estado democrático para a efetivação dos direitos humanos, direitos esses, que se encontram em um patamar de grande importância em nível mundial, levando àqueles Estados que não estão compromissados com esses objetivos serem questionadas pelos demais.

A ligação existente entre a democracia com a legitimidade política é mais recente. No decorrer da história, grande parte das constituições se deu com autoridade de cima para baixo, sendo que em primeiro plano encontravam-se uma dádiva divina, ordem natural, tradição, que podia ser definida pelo nascimento, idade, riqueza, habilidades ou poder. Todavia, foi na metade do século vinte, que muitos regimes modificaram essa ordem, fazendo então com que a autorização se desse de baixo para cima, ou seja, do povo. Assim, ao longo da última metade do século, quase todos os regimes passaram a extrair sua legitimidade do “povo”, e não de uma fonte superior.

Para Donnelly (2015, p. 169- 170),

Os direitos humanos são o componente mais recente nesse triunvirato. A ideia de que a legitimidade de um governo é baseada na extensão do respeito e defesa aos direitos humanos dos seus cidadãos tem estado no coração da tradição do contrato social liberal da teoria política, pelo menos, desde o embrionário Segundo Tratado de Governo de John Locke, no final do século dezessete.

[...]

Na sociedade internacional do pós- Guerra Fria, no entanto, os direitos humanos são geralmente vistos como intimamente ligados do que opostos à democracia a ao desenvolvimento. As democracias dos povos – que sacrificaram os direitos das classes inimigas e dissidentes em favor de um bem coletivo maior (como entendido pelo partido) – passaram rapidamente da cena política onde quer que ao povo fosse oferecida uma escolha.

[...]

Apelos “democráticos” à nação e à coletividade do povo têm sido frequentemente, tão importantes quanto os apelos aos direitos humanos de cidadãos individuais. Contrastando acentuadamente com duas décadas atrás, nos dias atuais, porém somente uma minoria diminuta dos estados justifica publicamente recusas sistemáticas de direitos humanos internacionalmente reconhecidos.

Importante se faz destacar ainda, como Benevides define e vê a relação existente entre direitos humanos e democracia. Segundo a autora,

Partimos da premissa de que existe uma associação essencial entre direitos humanos e democracia, esta entendida como o regime político da soberania popular e do respeito integral aos direitos humanos, o que inclui reconhecimento, proteção e promoção. Esta breve definição tem a vantagem de agregar democracia política e democracia social. Em outros termos, reúne os pilares da “democracia dos antigos”, ou democracia política – tão bem explicitada por Benjamin Constant e Hannah Arendt, quando a definem

como a liberdade para a participação na vida pública – e a democracia moderna, embasada no ideal republicano, nos valores do liberalismo político e da democracia social. Ou seja, reúne as exigências da cidadania plena, a única que engloba as liberdades civis e a participação política, ao mesmo tempo em que reivindica a igualdade e a prática da solidariedade, a partir da exigência dos direitos sociais, econômicos, culturais e ambientais, para todos nós, viventes, e para as gerações futuras. Direitos dos humanos de hoje, direitos de toda a humanidade. (2015, p. 3).

Embora os direitos humanos possuam essa relação com a democracia, segundo Andrei Koerner (2003, p. 152), eles não são apenas um pressuposto institucional ou objeto do processo político, e sim estão no centro deste processo, e

Significam a via de manifestação de forças sociais, pois é a forma por excelência de formulação dos interesses e das identidades sociais nas sociedades democráticas. Devido ao seu caráter transnacional, dão apoio à constituição de agentes coletivos e à construção de problemas sociais, assim como auxiliam a formulação de diagnósticos e programas de ação compartilhados pelos agentes internos às democracias.

Segundo Benevides (2015, p. 2), embora muitos considerem que democracia, tolerância, direitos humanos e paz, podem ser entendidos como sendo redundante, pois não é possível imaginar “democracia sem respeito aos direitos humanos, democracia com intolerância, seja de que tipo for democracia sem justiça, e justiça, como sabemos é uma condição para paz”, a autora acredita, que “questões de paz, democracia, tolerância e direitos humanos permanecem interligadas e interdependentes”.

Importante se faz destacar, que para a efetivação desses direitos é indispensável a participação do povo, ou seja, o exercício da cidadania, conceito este que a comunidade tem facilidade em compreender seu significado. Todavia, os direitos humanos ainda carregam na nossa sociedade atual um significado pejorativo. Muitos acreditam ainda que esse conceito signifique simplesmente a proteção de pessoas que realizaram crimes, o que na verdade é um entendimento completamente equivocado e que faz parte do senso comum, pois os direitos humanos buscam valorizar toda pessoa humana dando a ela uma vida digna.

Todos os textos internacionais sobre direitos humanos elucidam a dignidade como fruto da própria “humanização”; vale dizer, foi o ser humano que criou ele mesmo o Direito. Ele mesmo desenvolveu a ideia de dignidade em grandes textos normativos que podem ser sintetizados no artigo 1º da Declaração Internacional de Direitos Humanos de 1948: “todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos”. Como já assinalado, foi uma revolução no pensamento e na história da humanidade chegar à reflexão conclusiva de que todos os seres humanos detêm a mesma dignidade. É evidente que nos regimes que praticam a escravidão, ou qualquer tipo de discriminação, não vigora tal compreensão, pois neles a dignidade é entendida como um atributo de apenas alguns, aqueles que pertençam a um determinado grupo. Nossa dignidade pode ser entendida por critério de racionalidade, mas isso não basta. Quando se trata de valores (como os intrínsecos aos Direitos Humanos) tem-se um processo educativo no qual se procura atingir a razão, mas também a emoção, “os corações e mentes”. Pois o bicho-humano não é apenas um ser que pensa e raciocina, mas que chora e que ri capaz de amar e de odiar, capaz de indignação e enternecimento, capaz da criação estética. O filósofo Unamuno alertava: o que mais nos diferencia dos outros animais é o sentimento, e não a razão. O bicho-humano é essencialmente moral, pois seu comportamento racional estará sempre sujeito a juízos sobre o bem e o mal. Nenhum outro ser no mundo pode ser assim apreciado em termos de dever ser, da sua bondade ou da sua maldade.

Diante desta última colocação, é possível compreender que embora a efetivação dos direitos humanos se dê de forma mais satisfatória em uma democracia do que em outras formas de governo, em função da colaboração da cidadania e do desenvolvimento, os verdadeiros sujeitos capazes de fazer com que esses direitos se concretizem somos nós próprios seres humanos, e para isso, é preciso que continuemos a realizar movimentos como foram e são realizados a fim de que o desenvolvimento dos direitos humanos venham continuar se dando cada vez de forma mais intensa.

CONCLUSÃO

No decorrer deste trabalho, foi possível realizar um estudo acerca da democracia e dos direitos humanos, e de que forma se dá a efetivação desses direitos em uma democracia, uma vez que é nesta forma de governo que esses direitos alcançam uma maior efetivação.

Trabalhamos no decorrer deste ainda, acerca da efetivação dos direitos humanos no Brasil por se tratar de um Estado que tem como forma de governo a democracia, sendo então possível demonstrar na prática a efetivação desses direitos, e como pode ser contemplado.

Verifica-se que embora os esforços para efetivação desses direitos, que se encontram inclusive protegidos pela própria Constituição Federal do Brasil, e ainda pela aderência do Brasil a demais documentos internacionais que visam efetivar esses direitos, ainda há muito pra se realizar para que possamos atingir uma maior eficácia dos direitos humanos de forma satisfatória, pois ainda convivemos com o trabalho escravo e trabalho infantil, com o racismo, e a xenofobia no país.

Diante disso, é possível perceber que não basta termos apenas legislações que amparam os direitos humanos, é necessário que o próprio for humano aprenda a respeitar as demais pessoas, para que seja possível dar a todos está dignidade que de fato merecem e tem direito, e não estar atrelado somente aquela ideia de que direitos humanos é proteção para “bandido” como muitos pensam que se resume a isso.

Por fim, foi possível verificar, que o fato dos direitos humanos terem uma maior eficácia em uma democracia, ela não se dá de forma automática ou inevitável, sendo necessária uma união de esforços para que isso aconteça.

Assim, além de simplesmente elaborar um trabalho obrigatório para a conclusão do curso, este vem ainda com a intensão de esclarecer algumas dúvidas e preconceitos existentes entre ambos os assuntos tratados, democracia e direitos humanos. A fim de que possamos analisar e nos questionar de que forma nós cidadãos de um Estado Democrático de Direito estamos contribuindo para a efetivação dos direitos inerentes a todo ser humano.

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ANEXO A - Declaração Universal dos Direitos do Homem *

Adoptada e proclamada pela Assembleia Geral na sua Resolução 217A (III) de 10 de Dezembro de 1948.

Publicada no Diário da República, I Série A, n.º 57/78, de 9 de Março de 1978, mediante aviso do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Preâmbulo

Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e dos seus direitos iguais e inalienáveis constitui o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo;

Considerando que o desconhecimento e o desprezo dos direitos do homem conduziram a actos de barbárie que revoltam a consciência da Humanidade e que o advento de um mundo em que os seres humanos sejam livres de falar e de crer, libertos do terror e da miséria, foi

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