A matemática e a sua linguagem

No caso exclusivo da Matemática, uma reflexão crítica sobre o papel que ela deve executar na mudança curricular é imprescindível e improrrogável. Em todas as sistematizações filosóficas, constata a importância da tarefa e função que lhe é destinado, bem como a influência que dele se retrata para todos os relacionamentos e convívio disciplinares. A ideia cartesiana da Matemática como a condição de possibilidades de todas as partes do conhecimento, apesar de significações distintas de Comte ou de Piaget, partilha com os mesmos fatos de não atribuir uma

exclusiva relevância à língua utilizada no dia-a-dia (15)_.

Ao ver, a correção de rumo absolutamente importante para uma reconstrução da árvore cartesiana ou do círculo de Piaget: a linguagem e a Matemática estabelecem as duas medidas básicas de representar a realidade em si. São ferramentas de expressão e de comunicação e, juntamente, é uma condição de possibilidade em qualquer área do conhecimento geral. Essa linguagem homogênea, imprescindível para o ensino e com as propriedades de um grau necessário para alcançar as linguagens específicas das demais disciplinas particulares(17)_.

Análises interdisciplinares existentes submetem a uma investigação comum e a vontade, de cada participante, de escapar de um regime fechado e rígido que lhe é obrigatório pela divisão do trabalho intelectual. Cada conhecedor não procuraria somente ensinar os outros, mas também receber uma orientação. Em vez de uma série de monólogos aplicados, como acontece geralmente, ter um verdadeiro diálogo, para formar um debate para que ocorra uma consolidação no sentido da unidade humana. A determinação de uma língua global é a condição do surgimento de um saber novo, no qual a língua comum deve ser uma

INTERDISCIPLINARIDADE EM EDUCAÇÃO MATEMÁTICA DIRECIONADA AO ENSINO MÉDIO: UMA

ALTERNATIVA EFICIENTE NO ENSINO APRENDIZADO 51

linguagem mista, cujos elementos seriam, precisamente, a língua materna e a Matemática(18)_.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho objetivou edificar um entendimento sobre a interdisciplinaridade de matemática no ensino médio, como uma ação que busca educar e explanar sobre a magnitude dessa conceituação. Alunos precisam de uma forma de ensino que envolve toda a grade escolar de forma adequada aos seus estudos, para que sua formação seja de forma reflexiva e ampla as demais matérias.

Conclui-se que a interdisciplinaridade se identifica pela intensão das mudanças entre os conhecedores e pelo grau de se integrar nas disciplinas. No qual propõe uma melhor compreensão de uma série de matérias, desenvolvendo nesse conjunto a parte matemática, onde entra à interpretação textual, equações,

somáticas, o ato do pensamento teórico e prático, elaborando o seu meio conceitual. O reforço do estudo aplicado entra de forma positiva na vida dos alunos, pois eles desenvolvem um meio de sempre praticar as matérias em horários opostos ao estudo em si, dessa forma retiram as principais dúvidas e elaboram um método novo na sua própria pratica assim se torna mais simples estudar algo complexo.

No entanto destaca pela deficiência da falta de capacitações e uma formação adequada para que seja de grande eficaz, onde programem métodos que promove a formação de professores mais reflexivos em assuntos globais e deem maior destaque na direção da metodologia de ensino e de aprendizagem de forma significativa, com o envolvimento de

equipes para promover a

interdisciplinaridade.

REFERÊNCIAS

1. Japiassu H. Interdisciplinaridade e patologia do saber. Rio de Janeiro: Imago; 1976.

2. Santomé JT. Globalização e interdisciplinaridade: o currículo integrado. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.

3. Almeida NF. Transdisciplinaridade e saúde coletiva. Ciênc Saúde Coletiva 1997; 3(1/2):5-20.

4. Moraes MC. O paradigma educacional emergente. 6ª ed. Campinas (SP): Papirus; 1997.

5. Bochniak R. Questionar o

conhecimento: a interdisciplinaridade na escola e fora dela. 2ª ed. São Paulo (SP): Loyola; 1998.

6. Meireles BHS; Erdmann, AL. A questão das disciplinas e da interdisciplinaridade como processo educativo na área da saúde. Texto Contexto Enfermagem. 1999; 8 (1):149-65.

INTERDISCIPLINARIDADE EM EDUCAÇÃO MATEMÁTICA DIRECIONADA AO ENSINO MÉDIO: UMA

ALTERNATIVA EFICIENTE NO ENSINO APRENDIZADO 52

7. Torres SJ. Globalização e

interdisciplinaridade: o currículo integrado. Porto Alegre (RS): Artmed; 1998.

8. Gomes R, Deslandes SF.

Interdisciplinaridade na saúde pública: um campo em construção. Rev Latino-am Enfermagem. 1994; 2(2):103-14.

9. Follari RA. Algumas considerações práticas sobre interdisciplinaridade. In:

Bianchetti L, Jantsch

A. Interdisciplinaridade: para além da filosofia do sujeito. Petrópolis (RJ): Vozes. 1995.

10. Follari RA. Didática e

interdisciplinaridade: uma

complementaridade necessária e incontornável. In: Fazenda, ICA. (Org.). Didática e interdisciplinaridade. [Citado em 05 Julho de 2017]. Campinas (SP): Papirus, 1998.

11. Follari RA, Larose, F. Uma tipologia das representações e das práticas da interdisciplinaridade. Rev Bras Estud Pedagog. 1998; 79(192): 49-59.

12. Lenoir Y. Três interpretações da perspectiva interdisciplinar em educação em função de três tradições culturais distintas. Revista E-Curriculum. 2005; 1(1) 2005.

13. Kleiman AB, Moraes SE. Leitura e interdisciplinaridade: tecendo redes nos projetos da escola. Campinas: Mercado das Letras, 1999. [Citado em 05 Julho de

2017]. Disponível em:

http://www.cienciamao.usp.br/dados/ienci/ _dificuldadesparaaimplant.artigocompleto. pdf.

14. Batista IL, Salvi RF. Perspectiva pós- moderna e interdisciplinaridade educativa: pensamento complexo e reconciliação integrativa. Ensaio. 2006; 8(2): 147- 159. 15. Machado NJ. Interdisciplinaridade e Matemática. Vol. 4 nº 1[10]; São Paulo; Março de 1993. [Citado em 04 Julho 2017].

Disponível em:

file:///C:/Users/Usuario/Desktop/8644380- 17326-1-SM.pdf.

16. Carvalho AD. Epistemologia das

Ciências da Educação. Porto,

Afrontamento, 1976. [Citado em 04 Julho

de 2017]. Disponível em:

https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index. php/proposic/article/view/8644380/11804. 17. Piatelli-Palmarini M. Teorias da Linguagem/Teorias da Aprendizagem. São Paulo, Cultrix/EDUSP, 1983. [Citado em 04 Julho de 2017]. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index. php/proposic/article/view/8644380/11804. 18. Gusdorf G. Para uma pesquisa interdisciplinar. In: Diógenes Antologia, Brasília, Editora da UnB, 1984, v. 7. [Citado em 05 Julho de 2017]. Disponível em:

https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index. php/proposic/article/view/8644380/11804.

Como citar (Vancouver)

Pantano F, Rinque LCL, Nascimento DP. Interdisciplinaridade em educação matemática direcionada ao ensino médio: uma alternativa eficiente no ensino aprendizado. Rev Cient Fac Educ e Meio Ambiente [Internet]. 2017;8(2):42-52. DOI: http://dx.doi.org/10.31072/rcf.v8i2.520