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Na atual estrutura organizacional da UFRGS, encontram-se 29 unidades universitárias que exercem as atividades de ensino, pesquisa e extensão. São as próprias unidades que estabelecem seus regimentos internos e a respectiva estrutura acadêmico-administrativa,

respeitando às normas gerais do Estatuto e do Regimento Geral da UFRGS. Subdivididas em regionais e acadêmicas, compreendem os institutos centrais, voltados principalmente ao ensino fundamental, e as faculdades/escolas, que agem nas áreas do conhecimento aplicado. As unidades são geridas democraticamente por meio de diferentes setores, sendo eles: o conselho; a direção; os departamentos; as comissões de graduação, pós-graduação, pesquisa e de extensão, além dos órgãos auxiliares.

Figura 12 ─ Organograma UFRGS ─ Recorte Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão, suas câmaras, comissões e unidades universitárias

Fonte: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Website. a-ufrgs. Organograma, [on-line]

O conselho da unidade, conforme os artigos 30º-32º e 45º, do Estatuto e Regimento Geral, é constituído por representantes da comunidade interna, incluindo diretor e vice, docentes, discentes, técnico-administrativos, chefes de departamentos, diretores de órgãos auxiliares, bibliotecário-chefe e coordenadores das comissões (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, 1995-1996). As comissões são diretamente ligadas às câmaras de graduação, pós-graduação, pesquisa e de extensão, essas últimas gerenciadas pelo CEPE.

Atualmente, a ampla estrutura de unidades universitárias oferece 118 cursos de graduação; 52, de mestrado acadêmico; 30, de mestrado profissional; 82 cursos de doutorado e um conjunto de cursos de especialização, que variam conforme o ano. Esses cursos são distribuídos nas oito áreas de conhecimento da Universidade: artes; biológicas, naturais e agrárias; comunicação e informação; economia, gestão e negócios; engenharia e arquitetura; exatas e tecnológicas; humanas e sociais e saúde (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, Website. Ensino, [on-line]). Essa grade de ensino, em todos os níveis, forma um corpo massivo de grupos de pesquisa em 65 áreas do conhecimento, além das cadeias produtivas e das pesquisas multidisciplinares, que englobam diversos assuntos (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, Website. Portal da Pesquisa, [on-line]).

Cada unidade universitária e alguns dos grupos de pesquisa possuem seus websites próprios com informações sobre os cursos de graduação; especialização; mestrado (profissional e acadêmico); doutorado; currículos; processos seletivos; bolsas; publicações; blogs; pesquisas; imagens; entre outras. Como é o caso do Grupo de Pesquisa em Semiótica e

Culturas da Comunicação (GPESC)11, do Programa de Pós-Graduação em Comunicação

(PPGCOM). Esses conteúdos são gerenciados pelas equipes internas de cada departamento e grupo, conforme seus interesses e de seus públicos (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, Website. Unidades Regionais e Acadêmicas, [on-line]).

Uma dessas unidades é a Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação (FABICO), a qual oferece seis cursos de graduação e, atualmente, possui dois programas de pós-graduação em execução ─ um em Comunicação (PPGCOM) e um em Museologia e Patrimônio (PPGMUSPA). Recentemente, foi criado o Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação (PPGCIN), que lançou edital de ingresso para discentes em 2018/2. A faculdade possui URL próprio com extensões específicas para cada curso de graduação, já os PPGs possuem, além das extensões, seus endereços próprios para comunicação de informações (matrículas; disciplinas; quadro de docentes; publicações; linhas, projetos e grupos de pesquisa; documentos; formulários; entre outros) com seus públicos (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, Website. FABICO, [on-line]). Cada curso stricto sensu possui um conselho, coordenado por uma comissão de pós-graduação com mandato de dois anos. Ambos, conforme os artigos 49º e 50º do Estatuto e Regimento Geral, são geridos democraticamente por docentes e discentes, tendo um coordenador com funções executivas

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(UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, 1995-1996). Somente o PPGCOM possui 15 grupos de pesquisa devidamente registrados no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). De acordo com o site da UFRGS, são eles: Comunicação Científica; Comunicação e Práticas Culturais; Comunicação Organizacional, Cultura e Relações de Poder; Grupo de Pesquisa Semiótica e Culturas da Comunicação (GPESC); Processos Audiovisuais; Grupo de Estudo sobre Comunicação e Imaginário (Imaginalis); Interação Mediada por Computador (LIMC); Jornalismo Ambiental; Laboratório de Artefatos Digitais (LAD); Núcleo de Pesquisa em Comunicação Política e Pública (NUCOP); Núcleo de Pesquisa em Jornalismo (NUPEJOR); Representações, Memória Social e Cidadania; Jornalismo Digital (JORDI) e Laboratório de Edição, Cultura e Design (LEAD).

O 15° grupo é o NUAWEB, porém, na perspectiva deste estudo, ele é enquadrado como público essencial constitutivo da iniciativa, uma vez que é projetado como o incentivador da ideia na estrutura organizacional. Lembrando que o Núcleo não é institucionalmente constituído como as iniciativas promovidas pela Universidade de Columbia e pela Universidade de Harvard, servindo apenas como um ponto de partida para conjecturar as redes relacionais dentro da estrutura organizacional da UFRGS.

Quadro 8 ─ Identificação e mapeamento de públicos, a potencial rede de públicos da FABICO, na perspectiva do PPGCOM

TIPO DE PÚBLICO TIPO DE

RELACIO. OBJETIVO DA INICIATIVA*

NÍVEL DE ENVOLVIMENTO CLASSIFICAÇÃO Conselho da Unidade FABICO Institucional Negócios Parceria total Política

Conquistar apoio máximo desse público que exerce, dentro da unidade, as funções normativas e deliberativas, estabelecendo as diretrizes de ensino, pesquisa e extensão da FABICO. É esse grupo que propõe ao CONSUN a criação, extinção ou reestruturação de departamentos; aprova o plano de ação, o relatório de atividades e a proposta orçamentária da unidade; funde e cria comissões, assessorias ou mecanismos necessários ao cumprimento das atribuições da unidade; homologa decisões tomadas pelos órgãos da unidade e avoca o exame e a deliberação sobre qualquer matéria de interesse da mesma. Como, por exemplo, se manifestar sobre pedidos de remoção, transferência ou movimentação de servidores técnico-administrativos para projetos.

Permanente I. público essencial constitutivo

Direção da Unidade FABICO

Institucional Negócios Parceria total Política

Estreitar relação já que esse é um dos integrantes do CONSUN e o representante que articula as atividades acadêmicas e administrativas da unidade universitária com as dos outros órgãos. É ele também que encaminha a proposta orçamentária aprovada pelo conselho da unidade e o relatório de atividades anuais para Reitoria.

Frequente II. público não-essencial - Rede

de Promoção Institucional Chefe do Departamento (Plenário/ Colegiado) Administrativa Política Profissional

Obter apoio para possíveis necessidades técnico-administrativas ou fornecimento de outros subsídios para estruturar a iniciativa dentro da unidade universitária. É esse público que gerencia, coordena e fiscaliza todas as atividades de departamento, junto ao plenário e ao colegiado que o constitui. Dentre suas atividades, estão promover a distribuição das tarefas de ensino, de pesquisa e de extensão entre os membros (docentes), articulando os planos de atividades em conjunto com as respectivas comissões coordenadoras da unidade. Como também estudar e sugerir normas, critérios e providências ao conselho da unidade sobre a execução das atividades de ensino, de pesquisa e de extensão. É o plenário que atribui aos docentes do departamento as tarefas de ensino, de pesquisa, de extensão e, na sua esfera de competência, de administração; propõe ao conselho da unidade a admissão e a dispensa de docentes, bem como modificações do regime de trabalho desses e se manifesta sobre acordos, convênios e contratos.

Permanente I. público essencial não-

constitutivo - primário

Comissão de Graduação (Coordenador e substituto)

Institucional Política

Estar ciente que esse público existe na estrutura organizacional da unidade dado que este coordena os cursos de graduação e outras atividades relacionadas à esta pauta. Lembrando que as atividades finalísticas da UFRGS estão sempre vinculadas ao ensino, pesquisa e extensão concomitantemente.

Nenhum

II. público não-essencial - redes de setores associativos, consultoria e promoção

Comissão de Pós-Graduação

Stricto Sensu (Coordenador e

substituto)

Institucional Política

Estabelecer relacionamento político institucional dado que esse público é responsável pela proposição de ações relacionadas ao ensino dos cursos e delibera sobre assuntos correlatos ao stricto sensu da unidade. Além disso, é gerido democraticamente por representantes docentes e discentes, o que pode

Frequente

II. público não-essencial - redes de setores associativos, consultoria e promoção

facilitar a articulação com subgrupos a serem envolvidos na formação das coleções de arquivos web. Comissão de Pesquisa (Coordenador e substituto) Institucional Negócios Parceria total Política

Manter relacionamento e obter apoio contínuo, pois esse público propõe ao conselho da unidade ações relacionadas às atividades de pesquisa; emite parecer sobre os planos, programas e projetos de pesquisa, além de acompanhar e avaliar as respectivas execuções. É o coordenador ou o substituto que articula com a respectiva pró-reitoria o acompanhamento, execução e avaliação das atividades de pesquisa. Essa comissão também é gerida democraticamente, o que pode facilitar a articulação com subgrupos a serem envolvidos na formação das coleções de arquivos web.

Permanente I. público essencial constitutivo

Comissão de Extensão (Coordenador e substituto)

Institucional Política

Estar ciente que esse público existe na estrutura organizacional da unidade dado que ele coordena as atividades ligadas à extensão e essa última é parte integrante (conjunta) das atividades finalísticas da UFRGS. Estaria mais vinculado ao monitoramento de conteúdos disponibilizados via web e possíveis interesses de domínios a serem arquivados pela iniciativa.

Nenhum

II. público não-essencial - redes de setores associativos, consultoria e promoção Comissão de Internacionalização PPGCOM Institucional Legal Negócios Política

Estabelecer relação promissora para efetivar parcerias com essa comissão, dado que ela tem como meta, dentro do PPGCOM, mapear, prospectar e desenvolver conexões com instituição, pesquisadores, professores de fora do país, a fim de implantar e fortalecer projetos, convênios, parcerias de internacionalização para o programa.

Ocasional II. público não-essencial - redes

de promoção

Comissão de Relações Interinstitucionais

Institucional Política

Manter contato com esse público para realização de parcerias e aproximações com instituições, professores e pesquisadores do Brasil a fim de fortalecer a iniciativa, dado que essa comissão visa articulações desse tipo.

Ocasional II. público não-essencial - redes

de promoção

Comissão das Revistas PPGCOM (Periódico Intexto e Periódico Em Questão)

Institucional Operacional Parceria total Política

Promover a plataforma de arquivamento da web para esse público, a fim de estimular a parceria entre os pares e suas equipes para a criação de uma coleção de arquivo web específica, a qual preserve seu conteúdo institucional.

Permanente I. público essencial não-

constitutivo - primário Grupos de Pesquisa (PPGCOM) Institucional Operacional Parceria total Política

Estabelecer contato e estimular a participação ativa de integrantes dos grupos para indicação de URLs de interesse e para formação de coleções de arquivo web na plataforma da iniciativa a ser promovida ─ coleções essas que venham a fomentar interesses de ensino, pesquisa e extensão dos referidos grupos.

Permanente I. público essencial não-

constitutivo - primário

Discentes PPGCOM & Representações

Institucional Operacional Parceria total Política

Promover de modo sutil a plataforma de arquivamento da web para estimular, aos poucos, a participação ativa dos integrantes desse público na indicação de URLs a serem arquivados, na mesma proposta que ocorre com os grupos de pesquisa do PPGCOM. No entanto, é preciso observar o potencial técnico-administrativo e operacional da iniciativa para não haver sobrecarga de solicitação de serviço de arquivamento e gerar insatisfação desse público.

Ocasional

I. público essencial não- constitutivo - secundário III. redes de interferência - grupos de pressão

Secretaria PPGCOM

Administrativa Institucional Política

Deixar esse público ciente da iniciativa e possíveis demandas burocráticas que podem surgir, já que está sendo promovida no âmbito de pesquisa dentro do PPGCOM. Junto a isso, apresentar a iniciativa e seus benefícios para a preservação de conteúdos disponibilizados na web a fim de estimular possível interesse da equipe em operacionalizar uma coleção institucional do website do programa.

Ocasional II. público essencial não-

constitutivo - primário

Biblioteca FABICO (uma das integrantes do SBUFRGS) Administrativo Classista Institucional Legal Operacional

Estabelecer parceria para a execução da iniciativa visto que as iniciativas implantadas no exterior são promovidas pelas bibliotecas das organizações universitárias onde estão inseridas. Essa é uma das integrantes do SBUFRGS e tem como responsabilidade, dentre os serviços, o suporte à pesquisa. Ou seja, a comunidade interna e externa da unidade FABICO conta com o auxílio dos bibliotecários na identificação de fontes importantes para os projetos e na utilização dos recursos de busca para localizar os documentos mais relevantes para suas atividades de pesquisa.

Permanente

I. público não-constitutivo - primário

II. públicos não-essenciais - redes de setores associativos organizados/setores sindicais NUAWEB Administrativa Institucional Legal Operacional Parceria total Política Profissional

Priorizar a existência do NUAWEB, fonte da iniciativa de arquivamento da web dentro da organização universitária. Esse é o público responsável por investigar características do arquivamento da web por meio de iniciativas nacionais e internacionais, lidando tanto com as políticas, quanto as tecnologias envolvidas no processo. Motivar pesquisadores e integrantes para manter as contribuições das áreas envolvidas ─ arquivologia, biblioteconomia, ciência da informação, comunicação e ciência da computação.

Permanente I. público essencial constitutivo

* Obs.: Informações completas no Apêndice D. Fonte: Dados da pesquisa, elaborado pela autora.

Figura 13 ─ Gráfico hierárquico FABICO – UFRGS

Fonte: Dados da pesquisa, elaborado pela autora.

A figura acima apresenta os públicos da potencial rede formada na unidade universitária Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação (FABICO), na perspectiva do Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM). Logo abaixo, a representação da potencial rede de públicos essenciais não-constitutivos ─ primários, formada pelos 14 grupos de pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Comunicação.

Figura 14 ─ Gráfico hierárquico Grupos PPGCOM

Fonte: Dados da pesquisa, elaborado pela autora.

A partir dos quadros e gráficos, percebe-se a amplitude relacional, mesmo em uma perspectiva micro-organizacional. As redes a serem formadas se demonstram complexas, todavia, confia-se que existe alto potencial e facilidade para promoção da iniciativa de arquivamento da web dentro do ambiente da UFRGS.

Logo, uma vez que se percebeu o poder de determinados grupos nas políticas de arquivamento da web das duas iniciativas internacionais, que parte de suas coleções visa a fomentar o ensino e a pesquisa de suas comunidades e tendo em vista a amplitude da rede dos grupos de pesquisas do PPGCOM, tentamos delinear possíveis escopos de coleta para uma possível iniciativa promovida via estrutura organizacional da UFRGS.

Selecionamos dois dos 14 grupos de pesquisa considerados públicos essenciais não- constitutivos ─ primários para projetar os possíveis escopos. A escolha dos grupos ocorreu de modo aleatório já que essa observação foi complementar aos objetivos da investigação e se

propõe a oferecer indicativos da importância de continuar o mapeamento dos grupos de influência e seus interesses. Os conteúdos da página oficial da FABICO e dos respectivos coletivos foram utilizados como fonte de informação, os quais ofereceram insights sobre assuntos e domínios a serem coletados.

A partir da análise do conteúdo disponível na sessão “Ementa” da página oficial do

PPGCOM12 e dos respectivos URLs dos grupos de pesquisa que os possuem, foi possível

conjecturar os assuntos de interesse. Considera-se a importância da realização de uma pesquisa qualitativa para compreender a demanda desses públicos de modo mais aprofundado.

Figura 15 ─ Conjectura de domínios ─ público essencial constitutivo conselho da unidade

Fonte: Dados da pesquisa, elaboração pela autora.

Acima são apresentados os possíveis domínios a serem capturados, mediante a rede público essencial constitutivo - conselho da unidade. É importante considerar que a Figura 15

12http://www.ufrgs.br/ppgcom/pesquisa/grupos_de_pesquisa

é representativa e não demonstra com precisão todas as extensões e todos os domínios a serem capturados para preservação. Entende-se que, enquanto grupo formado por representantes de diferentes setores da unidade universitária, esse poderá se interessar em preservar conteúdos, principalmente, de escopo institucional. Cada um de sua respectiva área, incluindo grades curriculares, cursos de extensão, informações sobre matrículas, entre outros. Também será importante estudar o período de alteração das informações nas páginas, já que isso reflete na política de arquivamento em desenvolvimento e em etapas encontradas no Web Archiving Life Cycle Model. Essa consideração é baseada na experiência da Universidade de Columbia citada anteriormente, a qual demandou mudança na estratégia de coleta para inserir conteúdos no processo de arquivamento.

Figura 16 ─ Assuntos de interesse ─ Grupo de Pesquisa Comunicação Científica

Fonte: Elaborado pela autora.

A figura acima apresenta os possíveis assuntos de interesse de um dos grupos de pesquisa, integrante do público essencial não-constitutivo ─ primário. O Grupo de

Comunicação Científica tem atenção especial para as temáticas indicadas e desenvolve estudos teóricos e aplicados nas áreas de Ciência da Informação e Comunicação, por vezes em parceria com outras instituições de ensino superior no Brasil e no exterior. Os assuntos que permeiam os estudos são a produção científica e os periódicos de certas áreas do conhecimento, especialmente no que se tange à sua mensuração, indicadores, fator de impacto e bases de dados. Esse grupo pode demandar coleta de URLs externos aos domínios da UFRGS para acompanhar os projetos das instituições parceiras, por exemplo, implicando uma rede ampla de relacionamento com as respectivas entidades, afetando em assuntos de direito autoral.

O GPESC, representado abaixo, possui website próprio com conteúdo institucional, onde são postados vários tipos de arquivos (vídeo, imagem, áudio e texto). Esse coletivo reúne quatro núcleos distintos que estudam sobre linguagens voltadas à comunicação em diferentes práticas disciplinares, metodológicas, estéticas e políticas. Cada um dos núcleos tem interesse de pesquisa específico, o que pode influenciar em uma ampla variedade de escopos de coleta.

Figura 17 ─ Assuntos de interesse ─ GPESC

Somente no âmbito dessa unidade, a complexa teia de públicos que influencia, em diferentes graus de poder, demonstra a necessidade de estratégia para pensar a tecnologia e a política de arquivamento da web para a possível promoção de uma iniciativa. Isso ocorre devido a grande demanda que podemos perceber de tipos de arquivo e quantidade de domínios a serem preservados. Esse contexto denota também a percepção do enfoque de comunicação mencionado por Steffen (2008) no sistema social criado e democraticamente gerenciado pela ampla cadeia de públicos da UFRGS, uma vez que o discurso, por vezes demandará tomada de decisões por parte do(s) público(s) envolvido(s).

6 CONCLUSÃO

A partir dos fatores mencionados muitos aspectos podem ser levantados na conclusão desta pesquisa. São diversos os perfis das organizações que promovem à tecnologia de arquivamento da web internacionalmente, somente entre os membros do IIPC estão institutos, organizações não-governamentais, bibliotecas e universidades. Mesmo que essas organizações estejam trabalhando de modo unificado no desenvolvimento de tecnologias para melhorar o processo, elas apresentam diferentes escopos de coleta de dados, conforme políticas e estratégias estabelecidas por suas governanças.

O estudo exploratório-descritivo das organizações promotoras das iniciativas de arquivamento da web ─ Universidade de Columbia e Universidade de Harvard ─ possibilitou entender que ambas vão ao encontro da definição apresentada por Machado (1998), são instituições de ensino superior, estruturadas física e organizacionalmente em vários campi universitários, oferecendo formações em múltiplas áreas de conhecimento. Suas estruturas organizacionais são interligadas por grupos especializados e podem ser definidas como resultado do processo de distribuição da autoridade exercida por seus vários atores (públicos), os quais exercem diferentes graus de influência nas tomadas de decisão. Entende-se que o sistema comunicacional perpassa toda essa estrutura e é por meio dele que o poder é exercido, como relatam Maximiano (1985); Vasconcellos e Hemsley (1986). A mesma compreensão se obteve sobre a estrutura da UFRGS, uma universidade pública federal brasileira que possui um sistema de governança democrático, executado por diferentes níveis profissionais por meio de conselhos, departamentos, plenários e câmaras. Essa última, também possui uma estrutura complexa de unidades universitárias que oferecem uma gama de cursos de ensino, pesquisa e extensão.

Esses públicos (grupos de influência) praticam diferentes níveis de poder, de relacionamento e possuem categorias distintas, conforme os quadros e os gráficos hierárquicos apresentados. O levantamento das funções e responsabilidades das pró-reitorias, secretarias e departamentos permite prognosticar que, por meio da UFRGS e suas parcerias, é possível promover a iniciativa de arquivamento da web com efetividade, desde que, a partir da conceituação lógica dos públicos, seja elaborado um planejamento estratégico de comunicação que busque atingir esses agentes, estimulando suas participações em prol da