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CAPÍTULO I: BACON E O CONHECIMENTO

CAPÍTULO 2: BACON E A PRÁXIS: A EXPERIMENTAÇÃO E O

3.5 A práxis: uma avaliação positiva

A práxis, para Bacon, é fundamental. Ela não pode ser considerada uma categoria de menos importância em relação à teoria. Na verdade, a epistemologia baconiana não pode ser concebida sem a ação. O conhecimento é ativo, para ele. Ação é conhecimento. Toda verdade conhecida é uma verdade útil. Toda utilidade deve ser, segundo Bacon, verdadeira. Essa característica notadamente experimental da epistemologia baconiana faz da práxis política um elemento central dentro do seu sistema filosófico.

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129 Bacon observava que os artefatos construídos pelo homem, o compasso, a luneta, entre

outros, ampliavam o conhecimento da natureza e a possibilidade do domínio dos fenômenos. Ver VALDEMARIN, Vera Teresa. Estudando as Lições das Coisas: análise dos fundamentos filosóficos do

Há, no entanto, alguns problemas práticos, como já vistos no início deste capítulo, na concepção de práxis baconiana. Alguns questionamentos plausíveis são: se todo conhecimento real é prático, como é possível haver uma “teoria”, no sentido apriórico do termo, do conhecimento? Se o conhecimento é mediado pela observação da natureza, ele não é relativo? Isso não leva ao ceticismo? Todas as perguntas podem ser respondidas na afirmativa. A primeira, a saber, a de que uma “teoria” do conhecimento seria contraditória, visto todo conhecimento vir da práxis, deixaria Bacon sem saída. Ora, ele é completamente contraditório quando afirma, teoricamente, que o conhecimento é prático, pois, com esta proposição, partiu de uma dedução, ideia não advinda da empiria. A segunda pergunta também revela o erro de Bacon. Ademais, a proposição “todo conhecimento deve vir da experiência ou ser prático” não pode ser tomada como verdade universal, posto ninguém ter experimentado todo o universo, nem ser universalmente prático, pois não é útil para todas as situações, o que revela mais um paradoxo. A terceira pergunta também mostra que Bacon foi incoerente, pois, se todo conhecimento é mediado pela natureza, o pesquisador deveria se tornar cético, enquanto não descobrisse a totalidade do universo. Oliveira afirma que Bacon foi influenciado pelo ceticismo de Montaigne (1533-1592)130. Isso, porém, não desfaz essa característica

contraditória do pensamento baconiano. Bacon, a despeito da deficiência da sua lógica, foi um filósofo eminentemente prático. Mesmo não sendo moderno, o “espírito” da modernidade já se encontra nele. O ideal do progresso, o otimismo, a confiança na ciência e na capacidade humana, que são características modernas, foram antecipados na filosofia baconiana. Ele, sem dúvida, foi inovador. Tudo isso o torna importante para a construção do pensamento ocidental pós-medieval e faz do estudo das suas obras imprescindível para o conhecimento profundo do mundo moderno e pós-moderno. Como foi visto neste capítulo, Bacon utilizou a ideia de forma sem dar a ela o conceito de possibilitadora do conhecimento do ser e, portanto, a forma não possuiu um sentido coerente dentro do seu método científico. No entanto, há no conceito de forma baconiano um uso prioritariamente pragmático. Conhecimento da forma, não sendo em um sentido ontológico, é uma ação-conhecimento. O que isto significa? Significa que Bacon acredita que o conhecimento da coisa “transforma” a própria coisa. Não é contem ______________________

130 Ver OLIVEIRA, Bernardo Jefferson de. Francis Bacon e a fundamentação da ciência como tecnologia, p. 79.

plativo, mas pragmático. Não é fundamentalista, mas dinâmico. É no sentido pragmático e utilitário que Bacon defende, em O Progresso do Conhecimento, o estudo da História das esferas sociais em que se empreenderam a busca pelo conhecimento, no passado, para então, na segunda parte do livro, ensinar como o conhecimento deve ser dividido na sociedade, no intuito de se construir progresso e harmonia social. Conhecer o passado era importante não tanto pelo seu valor epistemológico quanto pelo uso do que ali existiu de útil e para exposição dos erros dos antigos, a fim de não repeti-los. Descobrir quais as especialidades que devem ser construídas em cada esfera da sociedade, como, por exemplo, a sociedade civil, a esfera religiosa, a esfera científica, a esfera política, entre outras, tornando possível o preparo de homens capazes para estudarem e auxiliarem no desenvolvimento de cada esfera social específica, que Bacon prima como essencial para o progresso, é uma ideia também pragmática. Falando sobre a linguagem, Bacon admite querer preservar termos antigos. O mundo do passado não era substancialmente diferente do mundo do presente. Ele entendia ser preciso pôr limites a um excessivo entusiasmo diante do fim de um período histórico, que foi posteriormente chamado de Idade Média, e “assentar um intercurso sociável entre Antiguidade e progresso”, isto é, saber seguir um novo caminho sem, entretanto, negar a aprendizagem obtida na velha estrada:

Desejo, na medida em que isso esteja ao alcance de minha pena, assentar um intercurso sociável entre Antiguidade e progresso, me parece melhor acompanhar aquela usque ad aras {até os altares, isto é, onde seja possível sem faltar a obrigações superiores], e conservar, portanto, os termos antigos, embora às vezes altere seus usos e definições em conformidade com o poder moderado do governo civil, onde, embora haja alguma alteração , se cumpre isso que sabiamente assinala Tácito: Eadem magistratuum vocabula 131.

Bacon acredita no alcance do panlogismo pelo homem, isto é, que é possível chegaraoconhecimento exaustivodo real,se todas as áreas doconhecimento colaborarem umas com as outras132. Nisto se completa a harmonia social, o conhecimento das partes,

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131 BACON, Francis. O progresso do conhecimento, p. 145.

132 Comentando a divisão baconiana do estudo do mundo, Japiassu usa o seguinte esquema,

a fim de facilitar a compreensão do que Bacon pretende serem as áreas de estudos a serem devidamente efetuados: “1. A ciências da memória se subdividem em: a. história das gerações, relativas às coisas do céu, aos meteoros, aos fenômenos vulcânicos, à terra, aos mares. História Natural: b. história dos monstros; b1. História das artes; b2. História eclesiástica; História civil: c. história pura e simplesmente; c1. História literária, retraçando o progresso das letras, das artes e das ciências. 2. As ciências da razão são as seguintes: a. Filosofia primeira ou ciência dos axiomas; b. Ciências da natureza (ciências naturais e

unindo-se ao todo ou, em outras palavras, todas as áreas do conhecimento compartilhando as suas informações para as outras áreas e, assim, construindo um conhecimento integrado, um conhecimento universal. Bacon é um homem político e utilitário. Cada parte da sua filosofia possui uma utilidade. O seu pensamento político está intrinsecamente unido à sua concepção de ciência. Ele não restringe a ciência ao laboratório, embora seja um dos grandes entusiastas do fornecimento de recursos e da fabricação de ferramentas para uma atividade científica laboratorial. Tendo experiência tanto na política como na ciência, Bacon soube unir bem as duas áreas. Foi um homem prático e técnico enquanto epistemólogo. Mesmo tendo Bacon defendido a necessidade da divisão das áreas de estudo, como a História, a Poesia, a Política, a Religião, a Ciência, para ele, o conhecimento mais importante, isto é, mais útil, era o conhecimento adquirido pelo filósofo natural. A filosofia natural, sendo a única real filosofia133, unia o

conhecimento (episteme) à práxis, visto que aquele que conhece chega ao conhecimento pelo “uso” da natureza. Aqui razão e técnica estão inseparavelmente associadas. Na filosofia natural, a indução baconiana poderia ser plenamente realizada e o conhecimento prático tornado real. Nela, método indutivo está em pleno funcionamento, conforme ele demonstra em O Progresso do Conhecimento:

Toda Filosofia Natural verdadeira e frutífera tem uma escala ou escada dupla, ascendente e descendente, ascendendo dos experimentos à invenção das causas, e descendendo das causas à invenção de novos experimentos, me parece muito necessário que estas duas partes sejam consideradas e desenvolvidas em separado 134.

Toda a filosofia baconiana, sendo prática, também é ética. Tal ética, como foi visto no segundo capítulo, é inseparável da técnica, mas não é maquiavélica e desumana. Bacon defendeu uma utilidade social para o seu método científico, isto é, que

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a física); c. Ciências do homem (lógica, ética e política); 3. As ciências da imaginação, tendo por objetivo uma interpretação, no sentido da nova ciência, do conjunto das fábulas e dos mitos literários”. Ver JAPIASSU, Hilton. Francis Bacon: O profeta da ciência moderna, pp. 46-47.

133Bacon reconhece três tipos de Filosofia, a saber, a Filosofia Divina, a Filosofia Natural e

a Filosofia Humana. A Filosofia natural, porém, é aquela, que é, para Bacon, capaz de desenvolver plenamente o método indutivo. A Filosofia Humana só deve ser considerada científica se estiver em conformidade com a Filosofia Natural. A Filosofia Divina, por sua vez, se estiver associada à revelação divina ou ao sobrenatural, não é, segundo Bacon, uma ciência. Ver BACON, Francis. O progresso do

conhecimento, pp. 136-155. 134 Ibidem, p. 43.

a sua filosofia pretendia contribuir para a felicidade geral dos ingleses. Bacon foi um pensador fundamental para o nascimento da Royal Society inglesa. Sem dúvida, pode-se dizer que ele foi, na Inglaterra, um dos primeiros a propor um novo sistema de mundo, que viria a se tornar o mundo moderno. Ele, porém, não rompeu de todo com o Renascimento e com o experimentalismo já presente no medievo, que possuiu representantes como Roger Bacon (1214-1294), que colaborou sobremaneira para a construção dos óculos de grau, e Paracelso (1493-1541), com suas contribuições para a medicina. A sociedade tecnicista, o utilitarismo e a Revolução Industrial devem, em grande medida, as suas existências a trabalhos científicos como os da Royal Society. Bacon sabia bem que uma organização eminentemente científica traria reais e sólidas contribuições para o progresso social. Sobre o legado de Bacon à Royal Society inglesa, assim diz Thomas Sprat (1635-1713): “Só nomearei um grande homem, um só, que soube imaginar todo o conjunto desse empreendimento, tal como está agora instituído: o grande Lorde Bacon”135.

Além da sua contribuição para a fundamentação dos ideais tecnicitas e utilitaristas de sociedade, Bacon foi um grande crítico da linguagem. Ele queria desenvolver uma gramática objetiva, isto é, capaz de fazer a correta correspondência entre o que diz e o que é observado. Queria construir uma espécie de linguagem ao mesmo tempo matemática e experimental, ou seja, que fosse tanto objetiva quanto empírica. Para tanto, valorizou a nova lógica ramista e, assim, contribuiu, já em sua época, para a crítica e análise da linguagem, que mais tarde levaram ao nascimento, no mundo anglo-saxão, da filosofia analítica. Sobre a linguagem, eis as suas próprias palavras:

Com efeito, os homens se associam graças ao discurso, e as palavras são cunhadas pelo vulgo. E as palavras, impostas de maneira imprópria e inepta, bloqueiam espantosamente o intelecto. Nem as definições, nem as explicações com que os homens doutos se munem e se defendem, em certos domínios, restituem as coisas ao seu lugar. Ao contrário, as palavras forçam o intelecto e o perturbam por completo. E os homens são, assim, arrastados a inúmeras e inúteis controvérsias e fantasias136.

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135 SPRAT Apud JAPIASSU, Hilton. Francis Bacon: O profeta da ciência moderna, p. 65. 136 BACON, Francis. Novum Organum, p. 22

O legado de Bacon, no entanto, transcende a Inglaterra e o mundo anglo- saxão. Christiaan Huygens (1629-1695), falando da Académie des Sciences de Paris, diz: “A principal ocupação desta Assembleia e a mais útil deve ser, em minha opinião, a de trabalhar, na história natural, mais ou menos o desígnio de Bacon”137. A Revolução

Francesa, por sua vez, mesmo que não tenha sido totalmente fiel às ideias de Bacon, recebeu a influência da ideia progresso baconiana. Além disso, a exaltação da ciência pelos positivistas, que, porém, também não eram baconianos, tem Bacon como precursor. É, pois, imprescindível reconhecer que Bacon legou ao mundo a ideia de progresso social, a crítica e a análise da linguagem, a defesa do tecnicismo e a associação do avanço técnico com o bem-estar social. Não há como negar que a valorização da vida ordinária como eixo central da reflexão encontra em Bacon um dos seus maiores defensores. Trata-se de um pensador sem o qual não se pode compreender adequadamente a modernidade, ainda que dela haja outras importantes expressões.

A aplicação do método deveria trazer modificações importantes na educação e na economia. O crescimento da ciência geraria o crescimento das disciplinas acadêmicas e, por sua vez, ampliaria o nível da educação da população. Mais ofertas de cursos universitários gerariam uma mudança no conceito de trabalho, que na época de Bacon ainda era agrícola, e que se tornaria mais técnico, o que culminou posteriormente na Revolução Industrial, cujos ideais encontram raízes no pensamento baconiano, e no nascimento das novas ciências. Mais técnica, a economia inglesa cresceria, pois as ferramentas auxiliam no domínio da natureza e fazem da sociedade tecnológica mais preparada para o armazenamento de alimentos, para o trânsito nas atividades comerciais internacionais, para uma arquitetura mais segura diante dos problemas climáticos, para a saúde, com a criação de remédios e vacinas, entre outras coisas. Tudo isso tornaria uma nação tecnológica moderna economicamente mais forte que uma nação não tecnológica pré-moderna. Na prática, a proposta de Bacon funcionou. A sociedade contemporânea, que é tecnológica, deve muito às ideias de Bacon. Se atualmente existem aviões, carros, celulares, televisores, computadores, inúmeros medicamentos e vacinas, grandes empresas, é porque, em

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137 HUYGENS Apud JAPIASSU, Hilton. Francis Bacon: O profeta da ciência moderna, p.

parte, homens como Bacon foram firmes em defender a necessidade de uma verdadeira filosofia experimental e utilitária. O pensamento de Bacon influenciou, portanto, a academia científica moderna, as artes liberais, com a nova lógica e retórica, e foi importante para o desenvolvimento do capitalismo, desde a Revolução Industrial até à contemporaneidade138.

3.6 Conclusão

O domínio da natureza se converte em Bacon no objetivo do conhecimento humano. Ele traduz a percepção de que a contemplação desinteressada da natureza e dissociada da vida comum das pessoas não pode ser a forma suprema do conhecimento. É mister, contudo, saber que Bacon defende o primado do saber instrumental influenciado por visões bem diferentes. Ele combina a noção bíblica de que o homem deve dominar a natureza porque Deus a colocou à sua disposição com a visão dos alquimistas renascentistas de um radical controle da natureza. O pensamento baconiano se colocou em contraposição à visão aristotélica, mas se enredou em certas confusões conceituais decorrentes da utilização da terminologia aristotélica para um referencial metodológico bem diferente. O conceito baconiano de forma é profundamente discrepante do proposto por Aristóteles e não contribuiu para dar clareza à proposta que delineou no Novum Organum. Tais confusões terminológicas não impediram o sucesso do novo método, pois ele fomentou uma febre experimentalista que renovou inúmeras áreas do saber. O otimismo a ele associado gerou um incontido espírito de investigação e de pesquisa, o qual, em certa medida, transcende as características intrínsecas do método, embora não lhe seja alheio. Pode-se acusar Bacon de cometer erros que ele mesmo tentou evitar ao propor a chamada teoria dos ídolos. Erros que comprometeriam o seu ideal de neutralidade científica. Não houve, entretanto, nenhuma alternativa metodológica à proposta baconiana capaz de se impor. Coube a Bacon ser o pensador que realizou o casamento entre o progresso social e o avanço da ciência. Ele propôs a criação de instituições promotoras de tal casamento e é reconhecido como o homem que conectou o legado da tradição que valorizou a empiria no medievo com a preocupação ____________________

moderna de engendrar um conhecimento capaz de mudar o mundo e renovar a práxis social. A mentalidade que ajudou a engendrar exerceu profunda influência sobre a Revolução Industrial, o Iluminismo, o Positivismo e a engenharia social contemporânea.

CONCLUSÃO GERAL

Esta conclusão compendia o conjunto dos resultados obtidos ao longo deste trabalho e os articula em torno do objetivo principal de mostrar que a concepção de conhecimento defendida por Francis Bacon está intimamente ligada à visão de que a ciência deve ser a instância última de orientação da ação política. Decorre disso a visão de que só o método indutivo é capaz de criar as condições adequadas para o progresso social. O conteúdo das obras O Progresso do Conhecimento e Novum Organum está voltado para a defesa de uma teoria do conhecimento fundada na experiência e voltada para o controle instrumental dos fenômenos. A indução é apresentada como uma espécie de receita que, sendo propriamente seguida, leva o pesquisador a alcançar as leis que traduzem com fidelidade as regularidades naturais. Neste contexto, a teoria dos ídolos é uma espécie de remédio para prevenir eventuais influências prejudiciais ao processo cognitivo. O otimismo de Bacon se expressa de forma muitíssimo clara tanto na exposição do método indutivo quanto na apresentação da teoria dos ídolos. Para Bacon, se as cautelas prescritas pela teoria dos ídolos forem observadas e o método indutivo for corretamente aplicado, o resultado será o conhecimento da realidade, o que implica o seu domínio.

Bacon entende que o desenvolvimento das atividades comerciais, da produção e o aperfeiçoamento das instituições só podem ocorrer com o avanço das ciências. As instituições existentes, se não forem modificadas com base na ciência, não terão condições de fazer frente às desordens, às guerras, às enfermidades e à ignorância. O progresso e o bem-estar social não podem decorrer senão da aplicação do método indutivo à todas as esferas da vida.

O primado do saber instrumental, defendido por Bacon, não é propriamente uma consequência pura e simples da concepção dele de que Deus criou o homem como dominador da natureza. Há nele, também, a disposição de dominar integralmente a natureza característica de certos alquimistas renascentistas, embora ele fosse um tanto crítico em relação a eles. Os principais críticos de Bacon criticaram-no por assumirem, ingenuamente, a ideia de que era possível o pesquisador praticar uma ascese mental que o livre de todas as influências e assumir que os enunciados da ciência são descrições fidedignas de toda uma classe de fenômenos. Independentemente do acerto dessas

críticas, é forçoso reconhecer que o método baconiano exerceu gigantesca influência em várias áreas do saber e contribuiu para constituir um tipo de mentalidade que exerceu profunda influência sobre a Revolução Industrial, o Iluminismo, o Positivismo e a engenharia social contemporânea. A ação política passou a ser entendida muito mais em função do conhecimento que se tem dos fenômenos do que da intenção individual dos agentes, pois daquele depende a eficácia das ações que objetivam o bem-estar social.

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