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a primeira das obras temporais e a Misericórdia de Monchique

Nessa ordem de ideias, ao pesquisar sobre a Misericórdia monchiquense e a sua acção no âmbito da saúde verificou-se a existência de referências documentais, registos escritos e até fotográficos de edifícios, equipamentos e utensílios, a testemunhar a passagem do tempo. A sua leitura e interpretação permite começar a levantar um pouco do véu com que os séculos a mantêm coberta.

Em resultado do exposto, queremos atestar que a metodologia seguida apresenta uma primeira parte de contextualização relacionada com o tempo da fundação das Misericórdias e sua conexão com Monchique. Num momento seguinte, a leitura possível, à luz da História da Arte, de algum do património móvel e imóvel pertencente à actual Santa Casa da Misericórdia e, por fim, uma resenha do que foi a História da Saúde local, escassa de documentação mas rica na intuição dos residentes que a sabem intrinsecamente relacionada com esta Irmandade.

Na prática, foi consultada a bibliografia que se segue:

Portugaliae Monumenta Misericordiarum de José Pedro

Paiva (coord.), História de Portugal de Joaquim Veríssimo Serrão, As Misericórdias do Algarve de Maria Helena Mendes Pinto e Victor Mendes Pinto, além de úteis obras de investigadores locais como Augusto da Silva Carvalho, José António Guerreiro Gascon e José Rosa Sampaio. Ao nível das fontes orais houve troca de impressões com o provedor António Manuel Silva e com o vice-provedor Rui André. Ainda com o mesmo fito, fizeram-se visitas ao actual Lar de S. Gonçalo, ao espólio da extinta farmácia da Misericórdia, ao edifício onde funcionou o hospital até aos anos trinta do século XX assim como à nova construção para onde foi transferido. Foi, ainda, analisada alguma documentação desde o século XVI até à segunda metade do século XX. Por último, foi ainda consultado algum espólio instrumental médico e o espaço da sala onde se praticaram cirurgias até há cerca de cinquenta anos.

o IníCIo das MIserICórdIas

Em 1498, D. Leonor, viúva de D. João II e irmã do rei D. Manuel I achou por bem fundar em Lisboa, uma instituição que ficou para sempre conhecida como Misericórdia e que cuja origem, no fundo, se prende com as antigas confrarias que em muitas cidades e vilas tinham assistido pobres e doentes, leprosos e entrevados, velhos e viajantes. Nos finais do século XV, a falta de organização e de meios financeiros levou a coroa a reunir muitas dessas confrarias em grandes hospitais, especialmente nas cidades maiores. Isso enquadrava-se no espírito da época

que começava a valorizar mais a formação dos físicos e a dar importância à construção ordenada dos edifícios.

Reinava D. Manuel mas D. Leonor exerceu a regência do reino numa ausência do irmão e em 15 de Agosto daquele ano de 1498, com a ajuda do seu confessor frei Miguel Contreiras que já vinha apelando à caridade na cidade de Lisboa a favor dos mais desprotegidos, ordenou que se criasse uma irmandade formada por pessoas de bons princípios cristãos e que se dispusessem a cumprir o que de melhor o Evangelho de S. Mateus lhes inspirava e o espírito solidário de S. Paulo aconselhava: as catorze obras de Misericórdia. Sete de natureza espiritual, como dar bom conselho, ser paciente com os pecadores, consolar os que sofrem, perdoar os que erram, suportar as injúrias, ensinar os ignorantes e rezar por todos, vivos e mortos. De natureza mais humana as outras sete: visitar e curar os doentes, visitar os prisioneiros, dar comida a quem tenha fome, dar de beber aos que sintam sede, vestir os nus, dar guarida e abrigo aos pobres e viajantes e enterrar os mortos. Estes eram os princípios que constavam no

Compromisso, uma espécie de carta orgânica que um provedor,

oficiais, conselheiros e mordomos ajudavam a cumprir.2

As regras e fundamentos para a Misericórdia de Lisboa tiveram um desdobramento para todo o reino, sabendo-se que ainda no mesmo ano chegaram a Tavira e Lagos e em 1499 a Albufeira. O que parece ser um facto, e que localidades de maior ou menor importância, foram criando congéneres da irmandade lisboeta e seguindo o seu Compromisso. Inicialmente, funcionando para os actos do culto numa capela associada a uma igreja mãe, catedral, matriz ou outra conveniente e só mais tarde criando espaço próprio. Em Lisboa, para seguir o exemplo maior, só

em 1534 se transferiu para igreja própria.3

Eram tempos de mudança e a par do desenvolvimento e de novos paradigmas culturais assistia-se a uma situação curiosa. Todo o país assumiu a criação de Misericórdias, sem relutância, de maneira que em poucas décadas criou- se uma rede razoável de irmandades e implementou-se uma forte política de união de instituições assistenciais a estas, com a anexação de gafarias e hospitais ou a fundação de novos estabelecimentos. Atente-se que pelo século XVI fora, a lepra foi diminuindo e as gafarias esvaziando, permitindo a sua adaptação a novas funções. Por outro lado, a formação técnica melhorou e outra situação muito importante foi o papel que a imprensa começava a

desempenhar na divulgação do conhecimento.4

2 Cf. SERRÃO, Joaquim Veríssimo, História de Portugal - vol. III, p. 348 e seg. 3 idem, p. 350.

a MIserICórdIa de MonChIque

É crível que a Misericórdia de Monchique tenha surgido, por volta de meados do século XVI ou até um pouco mais cedo, não tendo sido, porém, até hoje encontrado qualquer documento que nos forneça a data concreta da sua fundação. A data mais antiga que o arquivo contém é de 1594 quando o provedor João Álvaro “O Velho” encarregou o escrivão Luís Alves de (…) Novamente

treslladar e emendar o livro do número da irmandade por estar o livro velho (…).5 Se o livro nesta altura já estava

a necessitar de ser substituído é porque já tinha sobre si bastante tempo de uso. Por outro lado, também há a informação de uma escritura datada de 1602 da compra

de uma casa junto à igreja, para se fazer o hospital.6 este

facto, por si, não significa que não houvesse já hospital, albergue ou estabelecimento do género, a funcionar

noutro local7, no entanto esta é a primeira referência

concreta que foi encontrada até agora.

Um dos argumentos usados por quem defende que esta Misericórdia foi criada muito cedo é a Carta de D. Manuel I, datada de 14 de Março de 1499 e mandada divulgar por todo o lado incluindo “cidades, vilas e lugares principais” a apelar à constituição de “huma confraria para que as obras de misericórdias averem

de cumprir (…)”.8 Nessa altura, Monchique pertencia

ao Termo de Silves mas seria já um lugar com alguma

importância.9 Também Damião de Góis, na Crónica

D’el-rei D. Manuel assinala que o rei passou duas vezes

em Monchique, onde até pernoitou, na vinda e ida do Algarve quando veio buscar o corpo de D. João II, sepultado cinco anos antes na sé de Silves.

Como foi citado atrás, no início as Misericórdias ficavam, normalmente, a funcionar em capelas do templo principal da localidade. Há relatos dos provedores cederem instalações de sua propriedade para a parte assistencial. Aliás, uma das razões do grande sucesso destas instituições foi as doações que desde muito cedo começaram a ser feitas o que, em muitos casos, lhes permitiu desempenhar um papel social muito importante utilizando meios que doutra forma nunca teriam. Dada a posição geográfica de Monchique, na serra e a apoiar um percurso de ligação

5 PINTO, Maria Helena Mendes e PINTO, Victor Mendes, As Misericórdias do Algarve,

p. 283.

6 GASCON, José António Guerreiro, Subsídios Para a Monografia do Concelho de

Monchique, p. 209.

7 SAMPAIO, José Rosa, Misericórdia de Monchique - Os Quinhentos Anos de uma

Instituição, p. 29.

8 idem, p. 14.

9 SILVA, José Gonçalo Nobre Duarte da, Dando Logar a Monchique, p. 20. Figura 1 Armas da Misericórdia de Monchique

Figura 2 Na foto esquerda, a igreja da Misericórdia nos anos quarenta do século XX. Na foto da direita, a igreja na actualidade

Figura 3Enquadramento actual do edifício onde funciona o Centro de Dia, na Rua de Santo António. Pormenor dos cunhais almofadados que delimitam a cabeceira da igreja com o que resultou da intervenção no antigo hospital

entre o litoral algarvio e o Baixo Alentejo, fazia todo o sentido surgir uma daquelas instituições muito cedo.

A leitura, ainda que superficial, para a actual igreja da Misericórdia parece apontar traços renascentistas bem assumidos, mesmo comparando com uma foto dos anos quarenta do século XX (Figura 2). Todo o complexo junto, onde esteve instalado o hospital e é agora Centro de Dia sofreu, tal como a igreja, remodelações profundas. Ainda assim, com a adulteração da fachada que conhecemos, com a amputação da torre sineira, com o alargamento da via que passa pelo que foram as traseiras do edifício, identificam-se cunhais almofadados a delimitar a cabeceira do templo, um portal principal de decoração sulcada em verga recta e janela a encimar, um interior de abóbada de berço e capelas laterais em arcaria vazada de volta perfeita

(Figura 3). A sua localização também é importante, pois

fica nas traseiras, no exterior do espaço urbano de maior

bulício, situação usual na época10 (Figura 4). O que é certo

é mesmo a existência da igreja nos finais de quinhentos e o dinamismo da instituição, expresso na documentação referida (Figura 5, 6 e 7). Se funcionou durante algum tempo, instalada na igreja matriz, também ela de

construção quinhentista,11não nos foi possível confirmar

através da documentação à disposição.

o hosPITal

A primeira referência acerca do hospital, que consta

nos arquivos,12 é 1639, num título de despesa. Este hospital

deveria, no entanto, ter sido também um albergue e bastante pobre, sendo que em 1681 foi palco de um incêndio, no

entanto foi reconstruído um ou dois anos depois.13

Há registos de em Março de 1836 ter sido mandada construir uma enfermaria nova e em 1845 foi novamente ampliado o hospital. Uns anos depois, em 1859, constatou- se a existência de um inventário que deixa perceber que os meios melhoraram substancialmente, chegando-se a 1910 já com um médico, um farmacêutico, uma enfermeira, um

barbeiro14, um andador15 e um pregoeiro.16

Durante cerca de quatro séculos, a assistência hospitalar em Monchique fez-se assim, até que em 3 de Fevereiro

de 1920 se iniciaram as obras de construção17de um novo

10 CONCEIçÃO, Margarida Tavares da, da Vila cercada à Praça de Guerra, p. 67. 11 SILVA, José Gonçalo Nobre Duarte da, A igreja matriz de Monchique, p. 22. 12 PINTO, Maria Helena Mendes e PINTO, Victor Mendes, As Misericórdias do Algarve, p. 290. 13 idem, p. 291.

14 Um barbeiro, nesta altura, para além de barbear os doentes, servia também de

enfermeiro e dentista.

15 Um andador era um moço de recados que recolhia as esmolas, prestava pequenos

serviços, transportava os géneros, entre outras funções.

16 GASCON, José António Guerreiro, Subsídios Para a Monografia do Concelho de

Monchique, p. 221.

17 idem, p. 227.

Figura 4 Carta actual da vila de Monchique e fotografia aérea. Assinalados, a igreja da Misericórdia e o antigo hospital

Figura 5 Lombadas de livros diversos, do arquivo da Santa Casa, com identificadores recentes que permitem verificar as datas correspondentes

Figura 6documento observado no arquivo, com a data visível de 1624

Figura 7 documento observado no arquivo, com a data de visível de 1758

Figura 8 Na foto de cima a Calçada de Santo António onde se pode ver o corpo do antigo hospital, com a chaminé de saia, e ao fundo a torre da igreja. A foto de baixo, actual, tirada sensivelmente da mesma posição

Figura 9 Hospital da Misericórdia com destaque para a entrada principal do edifício. Visível a placa lítica com os dizeres Hospital de Monchique- 1921. Atente-se no equilíbrio da arquitectura, bem enquadrado para a época

edifício, no Cerro de S. Pedro, para onde se transferiu o hospital da Misericórdia, imóvel inaugurado em 1935, embora na pedra que se sobrepõe à entrada principal esteja esculpida a data de 1921. Na altura, a imprensa considerou estas instalações como uma das melhores do Algarve, em

equipamentos de saúde18 (Figura 9).

Este hospital funcionou em pleno até 11 de Novembro de 1975, data da publicação do Decreto-lei nº 618/75 que o subtraiu à propriedade da Santa Casa da Misericórdia de Monchique. Actualmente, reposta a posse, está arrendado à Segurança Social por pouco mais de 700 euros mensais, para funcionar como Unidade de Saúde Familiar, extinto também o Centro de Saúde e terminado o internamento por volta de 2010.

No historial deste estabelecimento houve tempos em que se realizavam internamentos em enfermarias, faziam-

18 SAMPAIO, José Rosa, Misericórdia de Monchique - Os Quinhentos Anos de uma

Instituição, p. 33.

Figura 10 reprodução de parte de uma página de um dos livros de registo dos internamentos do hospital. Janeiro e fevereiro de 1960. Permite observar os tipos de patologias ocorridos.

se cirurgias a patologias, como uma remoção de quisto no ovário esquerdo de uma paciente em 1947, tinha serviço de maternidade chegando a efectuar-se cesarianas, por exemplo em 1950 (Figura 10). Numa leitura aleatória aos livros de registo de doentes verificou-se que no dia 25 de Agosto de 1958 houve cinco intervenções cirúrgicas: hérnia bilateral, hérnias inguinais, apendicite e hidrocele. Deslocava-se de Lagos a Monchique um cirurgião, naqueles anos o dr. Manuel Clarinha, que operava numa sala apetrechada para esse efeito, mais tarde remodelada mas que ainda conserva alguns vestígios, nomeadamente o foco de luz, instalado no tecto com a respectiva calha (Figura 11).

Numa vitrina estão expostos mas protegidos vários instrumentos para uso hospitalar. Foram agrupados por especialidades pelo que se podem identificar áreas de estomatologia, obstetrícia, otorrino, cirurgia e também de uso mais geral como pinças diversas, medidores de tensão arterial, seringas, material de esterilização e outros (Figura 12 e 13).

No historial hospitalar há conhecimento de ter havido médico ao serviço da Misericórdia de Monchique como o dr. António Teixeira em 1704, o dr. Francisco de Sousa Prado em 1774, o dr. D. Manuel Gascon entre 1810 e 1844, apenas citados como exemplo. Já em pleno século XX trabalharam para esta instituição, entre outros, o dr. Bernardino Moreira, dr. José de Sousa Costa, dr. José Samora Gil e mais recentemente, os drs. Vaz Palma, José

reis Moreira e Carlos de Matos Coelho19, presentes ainda

na memória local.

19 SAMPAIO, José Rosa, Misericórdia de Monchique - Os Quinhentos Anos de uma

Instituição, pp. 36 e 37.

Figura 11 Foco de luz colocado na sala de cirurgia, onde ficou como testemunho, embora o espaço tenha sofrido remodelações

Figura 12 Antigo medidor de tensão arterial

dos BoTICÁrIos à FarMÁCIa

No propósito de ajudar a curar os enfermos, estiveram ligados à Misericórdia boticários, de que se conhecem nomes como Francisco José Lobo e António José Ferreira em 1786, Manuel Gascon até 1864 e Carlos César Pinto entre 1880 e 1897. A irmandade pagava os serviços prestados por aqueles profissionais de saúde até que em 1897 adquiriu a Pharmácia de Carlos César Pinto que passou a designar-se “Farmácia da Misericórdia” e que nos primeiros anos do século XX ocupou a antiga Casa do Despacho, com a entrada situada ao lado da porta da

igreja, permanecendo activa até cerca de 1946.20

Desta farmácia há testemunhos guardados noutros espaços, à espera de tempos propícios para a sua musealização. Para além da placa de identificação com o nome da dra. Olinda da Silva Oliveira, última directora técnica, podem observar-se um número razoável de frascos de vidro ainda com produtos químicos dentro, diverso material de laboratório usado na elaboração de produtos manipulados e livros diversos, quer técnicos quer de registo (Figura 14).

uM PaTrIMónIo saudÁvel

As funções iniciais que se confundiam entre albergue e hospital, com conceitos assistenciais que evoluíram, têm no entanto, sido mantidas pela Misericórdia de Monchique. Junto à sua igreja sabe-se que esteve o hospital que se tornou asilo quando se inaugurou o novo edifício em 1935. Mais tarde foi construído o Lar de S. Gonçalo de Lagos que desde 1965 é o único do concelho, garantindo qualidade de vida a 80 idosos.

Com a necessária adaptação à actualidade, a Santa Casa da Misericórdia de Monchique é a instituição que em todos estes anos tem garantido a assistência de proximidade possível (Figura 15). Das pessoas, dos edifícios, da evolução, de todo o material que tem suportado essa acção, há uma riqueza patrimonial muito grande que urge tratar sob pena da história colectiva de Monchique empobrecer irremediavelmente. Sem esquecer que este cumprimento das obras temporais ombreia com o das obras espirituais. O património cultural religioso, com características próprias destas irmandades, quer material quer imaterial, merece toda a atenção e cuidado para que o seu conhecimento contribua inequivocamente para o bem estar de todos. Vão sendo assim cumpridas, desta forma, as obras de misericórdia que, quinhentos anos depois, continuam actualizadas.

20 SAMPAIO, José Rosa, Farmácias e Farmacêuticos em Monchique, p.11.

Figura 15 A Misericórdia, adaptada à modernidade.

Corredor de uma ala de quartos do Lar de São Gonçalo de Lagos.

Figura 14 Diferentes materiais pertencentes à extinta farmácia da Misericórdia.

BIBlIograFIa

ConCeIção, Margarida Tavares da, da Vila cercada à Praça de Guerra, Lisboa, Livros Horizonte,

2002.

gasCon, José António Guerreiro, Subsídios Para a Monografia do Concelho de Monchique, 2ª

edição, Faro, Algarve em Foco Editora, 1993.

PInTo, Maria Helena Mendes e PInTo, Victor Mendes, As Misericórdias do Algarve, Lisboa,

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PaIva, José Pedro, (coord.), Portugalliae Monumenta Misericordiarum, Lisboa, União das

Misericórdias Portuguesas, 2002.

saMPaIo, José Rosa, Farmácias e Farmacêuticos em Monchique, 2011 (policopiado). saMPaIo,

José Rosa, Misericórdia de Monchique - Os Quinhentos Anos de uma Instituição, 2008 (policopiado).

serrão, Joaquim Veríssimo, História de Portugal - vol. III, 3ª edição, Lisboa, Editorial Verbo,

2001.

sIlva, José Gonçalo Nobre Duarte da, A igreja matriz de Monchique, dissertação de mestrado

em História da Arte, Universidade do Algarve, 2013, (policopiado).

sIlva, José Gonçalo Nobre Duarte da, Dando Logar a Monchique, trabalho final da licenciatura

Caldas de Monchique: