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A renovação do modelo de “profissional da música”

CAPÍTULO 2 As irmandades leigas e a institucionalização de uma categoria

2.3 A renovação do modelo de “profissional da música”

O fim dos arremates públicos, assim como a “breve” duração das atividades da Irmandade de Santa Cecília, dos irmãos Professores da Arte da Música de Vila Rica/Ouro Preto, representam para muitos estudiosos, sobretudo para os musicólogos, os marcos definidores da extinção da música profissional em Minas Gerais. A concepção de “profissional” trabalhada na maior parte desses estudos sobre a música do século XVIII e das primeiras décadas do século XIX está, no entanto, estritamente relacionada com o ofício do músico compositor, ou seja, daquele especialista em criar as obras musicais. Como na Capitania/Província de Minas Gerais a religiosidade e a fé sempre foram características muito fortes, enraizadas na vida da comunidade, as inúmeras festividades promovidas pelas irmandades leigas católicas foram- não intencionalmente, mas oportunamente - responsáveis por alavancar um fenômeno: o da música autoral. Para cada festa, principalmente as “festas maiores”, era necessária uma nova composição; no ano seguinte, a obra já apresentada perdia o valor, não podendo ser reutilizada, pois não se aceitava repetição, demandando novamente outro arremate para nova composição. Nessas festas, exigiam-se sempre as melhores músicas e os melhores músicos. Dessa forma, ano a ano, um grande número de compositores disputavam entre si a chance de serem os “diretores” das festas. Essa prática adotada pelas irmandades, da não-repetição na exibição das composições e da exigência por obras originais, acabou por revelar inúmeros compositores que, anos mais tarde, foram reconhecidos pela excelência de suas obras; é o caso, por exemplo, de Lobo de Mesquita, João de Deus de Castro Lobo, Francisco Gomes da Rocha342.

Nessa perspectiva, há sim razão para o fato de muitos pesquisadores considerarem que “a fase áurea da música mineira acabou com o século XVIII343”, ou mesmo, “que a música do século

342 As pesquisas de Francisco Curt Lange (1946; 1966; 1979) e Maria Conceição Rezende (1989) sobre a música

em Minas Gerais no século XVIII, descobriram a existência de um grande número de músicos mineiros, compositores e instrumentistas e trouxeram à tona uma vasta produção musical local (principalmente da segunda metade do século XVIII), obras desses músicos que eram, até então, desconhecidas. A análise de tais obras, por especialistas, demonstrou que a maior parte da música produzida em Minas Gerais naquele período era de boa qualidade, comparadas ao que de melhor se produzia na Europa na mesma época.

343 PRECIOSO, Daniel. Aspectos da música religiosa na colônia: regentes, compositores e instrumentistas pardos

XIX, em Minas Gerais, foi marcada pelo amadorismo344”. Se levarmos em conta que a principal fonte de trabalho dos músicos compositores praticamente se extinguiu quando ocorreu o fim dos arremates públicos e, ainda, que esses compositores/diretores também eram responsáveis por empregar muitos outros músicos em suas companhias, de fato, a afirmação de que a música profissional foi extinta, ganha respaldo.

Cabe ressaltar que, nesta pesquisa, trabalho com o termo “profissional” de maneira bastante ampliada, em seu sentido literal, diferentemente dos trabalhos citados anteriormente; ou seja, o músico profissional, neste estudo, configura-se como “a pessoa que exerce como, meio de vida, uma ocupação especializada; que exerce determinada profissão como forma de ganhar dinheiro345”. Assim, por meio de uma nova chave conceitual e de leitura, problematizo a música e as práticas musicais do século XIX e, principalmente, após a década de 1830, reavaliando-as quanto aos qualificativos de que se tratava de música amadora e de baixa qualidade.

Como já anteriormente mencionado, desde o princípio dos oitocentos, os músicos profissionais de Vila Rica já dividiam os ofícios religiosos com outras práticas musicais, seja no teatro da Casa da Ópera, nos bailes domésticos, nas aulas particulares de instrumento e canto ou, ainda, na banda militar do exército. Além disso, muitos deles passaram, também, a exercer outros tipos de profissões, totalmente distintas, paralelamente ao ofício da música, como forma de subsistência. A historiadora Clotilde Andrade Paiva, em sua tese346, realizou um criterioso estudo sobre as Listas Nominativas de Minas Gerais dos anos de 1831-1832347; nela, apresentou um quadro completo relativo a todas as profissões encontradas na Província naquele período. No caso dos músicos, tal profissão, constantemente, foi vinculada a outra; por exemplo: minerador e músico; sacerdote e músico; cultura348 e música; músico e fator de órgãos; músico e roceiro; músico e oleiro; ourives e músico; sapateiro e músico; negociante e músico; venda de molhados e músico; alfaiate e músico; dentre outros. A atividade também foi classificada

344CURT LANGE, Francisco. História da música na Capitania Geral de Minas Gerais, v. 1, 1983, p. 42. 345 HOUAISS, Antônio. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009.

346 PAIVA, Clotilde Andrade. População e Economia nas Minas Gerais do Século XIX. 1996. 194 f. Tese

(Doutorado em História) - FFLCH-USP, São Paulo, 1996.

347 As Listas Nominativas de 1831-1832 foram organizadas pelos juízes de paz dos distritos, a pedido do Presidente

da Província e tinham por objetivo facilitar as ações do governo, como deliberações da administração política, recrutamentos militares, entre outros assuntos. Dos 410 distritos de paz que compunham a Província de Minas Gerais no período, 242 possuem Listas Nominativas. As bases de dados sobre tais listas estão sob a guarda do Cedeplar: Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional, vinculado à Faculdade de Ciências Econômicas (FACE) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

com diferentes denominações: “músico”; “na música”; “músico fator de órgãos”; “moço do coro”; “aprende música”; “em estudo de música”.

Embora não tenham sido encontradas as listas nominativas de 1831/32, relativas ao núcleo urbano de Ouro Preto (área-foco deste trabalho), as informações ora apresentadas são de extrema relevância, pois confirmam uma tendência que já suscitava no recenseamento de 1804; a de que a ocupação de músicos deixava de ser a única exercida, passando a ser compartilhada com outras profissões. Isso, também, endossa a tese de que, tão somente pela análise das atividades profissionais relacionadas nas listas nominativas ou censos, é impossível mensurar o número de músicos de um determinado lugar, já que, frequentemente, tais informações foram omitidas, ou mesmo mascaradas por outras ocupações. Mas, de fato, eles estavam presentes! Nos jornais desse período, constantemente, noticiavam-se apresentações e concertos; havia, por exemplo, duas bandas de música militares que, juntas, abarcavam cerca de 30 profissionais349: “as músicas dos dous corpos, de Cavallaria e Infantaria, correram as ruas da cidade tocando os mais harmoniosos concertos350”. Além desses músicos instrumentistas, existiam também diversos professores particulares de instrumentos, músicos de orquestras religiosas e, ainda, músicos das bandas paizanas. Se contabilizados apenas os músicos profissionais (Professores da Arte da Música), residentes em Ouro Preto e pertencentes à Irmandade de Santa Cecília de Ouro Preto, naquele ano, o número passava de oitenta351.

Nas listas nominativas de 1838, encontram-se lacunas no que se refere aos dados sobre o centro urbano da capital de Minas Gerais, uma vez que apenas a lista do distrito de Ouro Preto (parte referente à freguesia de Nossa Senhora do Pilar de Ouro Preto) foi localizada e conservada. Dessa forma, na referida lista, foram arrolados apenas 14 músicos, o que, provavelmente, representa um equívoco. Mesmo se imaginarmos que a maioria dos músicos da cidade fossem residentes da freguesia de Antônio Dias (a parte que não foi contabilizada), ainda assim, o número apresentado na lista referente ao Pilar é, certamente, muito inferior ao real. Naquele ano, somente a banda do Corpo Policial contava com 13 músicos. Também, no mesmo ano, foi fundada na cidade a Sociedade Musical Harmonia, em que professores passaram a ofertar “aulas

349 APM – Fundo PP – 1/15 - Cx 27 – Doc. 36. Mappa das Forças de 1a e 2a Linha da Guarnição da Província de Minas Gerais.

350 Jornal O Universal, n. 559, de 23 de fevereiro de 1831. p. 3. Notícia sobre a recepção pela chegada de Pedro I,

em sua 2a viagem a Ouro Preto.

351 APNSP – Livro primeiro da Receita, e despeza da Irmde de S. Cecília erecta na freguezia do Ouro Preto nesta Villa, 1817, 149f.

de música na Rua Direita, n. 5352”. Essa, possivelmente, foi a primeira iniciativa de se fundar uma escola especificamente de música em Ouro Preto. Além disso, continuavam recorrentes os anúncios de “colégios” que ofertavam aulas de música, assim como dos professores de aulas particulares de instrumentos diversos e de canto. Filiados à Irmandade de Santa Cecilia e mantidos por ela, em seu ano derradeiro, constam-se mais de 50 músicos.

Na segunda metade do século, os dois censos nacionais, realizados nos anos de 1872 e 1890, sequer mencionaram a profissão de músico; fato que, se analisado isoladamente, pode até induzir este pesquisador ao erro de que, realmente, tal profissão tenha acabado. Naturalmente, por se tratar de estudos de ampla dimensão que abrangeram todo o país, as ocupações precisaram ser organizadas em blocos (profissões liberaes; profissões industriaes e commerciaes; profissões manuaes ou mecânicas; profissões agrícolas; pessoas assalariadas); em cada um desses blocos, um conjunto de atividades. O ofício de músico, nesses censos, passou a integrar a classe dos “artistas353” que, por sua vez, foi englobada pelo conjunto das profissões liberais. Dentre os profissionais liberais, a categoria dos artistas era a que possuía o maior número de indivíduos, porém, como o levantamento de profissões não foi realizado de forma distrital, e sim, numa contagem geral por Província, não foi possível contabilizar o número dos profissionais da arte somente na capital de Minas Gerais.

Apesar dos estudos censitários da segunda metade do século XIX não oferecerem dados que me auxiliem a compreender a atividade musical praticada, profissionalmente, em Ouro Preto, o cruzamento de dados de outras fontes e levantamentos permitiram-me perceber que este movimento, inclusive, cresceu em relação ao início do século. A banda do Corpo Policial ganhou regulamentação e passou a ter, em média, 25 músicos (eram 13 em 1838). As bandas paizanas proliferaram-se por toda a cidade: Euterpe Cachoeirense, União Social, Euterpe Recreativa Ouro-Pretana, Sociedade Muzical Jardim da Mocidade, Sociedade Filarmônica Euterpe, Sociedade Harmonia, Banda Recreio Musical Ouro-Pretano, Banda do Maestro Augusto Correa, Banda do Alferes Francisco de Paula Almeida. Cabe ressaltar, ainda, que

352 Jornal O Universal, anno XIV, n. 64, de 19 de abril de 1838. p. 2. Anúncio das aulas de música, em cumprimento dos estatutos da Sociedade Harmonia.

353De acordo com o economista e pesquisador Mário Rodarte, que fez um estudo comparativo entre as profissões relacionadas na Lista Nominativa de Minas Gerais do ano de 1838 e as do Censo de 1872, o grupo dos Artistas reuniu as seguintes profissões: Escultores; Pintores; Músicos; Floristas; Mestres de Dança; Adivinhador (mágico). In: RODARTE, Mário Marcos Sampaio. O caso das Minas que não se esgotaram: a pertinácia do antigo núcleo central minerador na expansão da malha urbana da Minas Gerais oitocentista.1999. 179 f. Dissertação (Mestrado em Economia) – Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (CEDEPLAR) da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 1999.

muitas dessas bandas foram integradas por “professores” e passaram, no decorrer do século, a realizar os ofícios de música religiosa que antes eram executados exclusivamente pelas orquestras. Notícias nos jornais sobre “professores da arte da música dando bailes em reuniões de cazas particulares354” ou de “senhores professores da música executando excelentes peças no Theatro355” eram constantes. Também nos jornais, os anúncios de “ensino de música multiplicaram-se em relação à primeira metade do oitocentos, com aulas ministradas tanto por homens músicos, como por senhoras musicistas. Os almanaques administrativos de 1864356 e

de 1890357 também deram destaque para os professores particulares de música e, no primeiro

deles, havia a informação de que “são poucos os ouro-pretanos que não conhecem alguma cousa de musica”. As escolas, tanto primárias como secundárias, também adotaram aulas de música no currículo, contando com professores músicos em seu corpo docente; o Colégio Nossa Senhora de Assumpção, a Escola Normal, o Liceu Mineiro, o Liceu de Artes e Ofícios, a Companhia de Menores, além dos colégios particulares, todos, possuíam um professor de música. Nas propagandas de peças teatrais, apresentadas na Casa da Ópera, evidenciava-se sempre o fato de serem “ornadas de música358”, ou por nos intervalos serem intercaladas por

“músicas executadas por excelentes professores359”. Outro ponto, ainda, que sugere um

crescimento da atividade musical, realizada por músicos, tanto profissionais como também amadores, é que a cidade passou a contar com pontos de venda de partituras (casas particulares, farmácias e, até mesmo, lojas especializadas); há, também, diversos anúncios sobre obras de compositores locais à venda nesses pontos, o que demonstra que, embora não houvesse mais um mercado tão promissor para as composições religiosas, ampliou-se o de música laica. A ata de eleição do município de Ouro Preto360, datada de 1890, apresenta a relação de todos os

votantes daquele ano. Nessa relação consta, entre outras coisas, a profissão dos eleitores; nela, foram contabilizados 78 artistas361 e, apesar de não ser possível distinguir entre esses, quais ou

354Exemplo: Jornal Correio Official de Minas. Edição 180, de 27 de setembro de 1858. Título: “Baile na casa do Sr. Conselheiro Carlos Carneiro de Campos”.

355 Exemplo: Jornal Correio Official de Minas. Edição 197, de 25 de novembro de 1858. Título: “Natalício de S.M.I”.

356MARTINS, A. de Assis & OLIVEIRA, J. Marques de. Almanak Administrativo e Industrial de Minas Geraes.

Rio de Janeiro: Typographia de Actualidade, 1864.

357OZZORI, Manoel. Almanack Administrativo, Mercantil, Industrial, Scientifico e Litterario do Municipio de

Ouro Preto. Ouro Preto, Typographia d'A Ordem, 1890.

358 Termo recorrentemente utilizado nos anúncios dos jornais da época. 359 Idem.

360 APMOP – Livro de Actas da Comissão Municipal de Ouro Preto. Alistamento Eleitoral, 1890. Série: Atas,

sub-série: Atas de Eleição, data limite: 1890-1902.

361 Destaco que na Ata de Eleição do Município de Ouro Preto de 1890, o termo “artista”, provavelmente, referia-

se apenas às funções de músicos, pintores, atores, escultores e floristas. Outras profissões que, ao longo do século XIX, foram, também, inseridas na categoria artistas/artesãos, neste documento específico, foram descritas

quantos eram músicos, é possível supor que compunham a maior parte, já que nos levantamentos do início do século, o quantitativo de músicos era muito superior ao de pintores, escultores ou floristas, por exemplo. Cabe esclarecer que, neste documento, os músicos da banda do corpo policial, por exemplo, não faziam parte do grupo dos artistas, uma vez que todos foram caracterizados como “militares”; da mesma forma, os professores das instituições de ensino (Escola Normal, Liceu Mineiro, Liceu de Artes e Ofícios, etc.) também não foram classificados dentre os artistas, mas sim como “professores”. Isso significa que a quantidade de músicos profissionais, ou seja, daqueles que exerciam a música como ocupação principal, com o intuito de ganhar dinheiro, continuava, portanto, bastante significativa. Outro fato que merece destaque é que os votantes deveriam ter renda; logo, havia músicos com rendimento suficiente para compor o grupo de eleitores. Cabe ressaltar, ainda, que naquele período o voto não era facultado às mulheres; assim, como esse cálculo excluiu as musicistas, provavelmente, essa cifra possa ainda ser maior.

Tal informação endossa a justificativa utilizada pelos deputados para incluir a música entre as profissões que seriam ensinadas no Liceu de Artes e Ofícios na década de 1880: a de que “a musica é uma profissão lucrativa e, portanto, o seu estudo conveniente em um estabelecimento que tem por fim justamente proporcionar a seus educandos a par de uma instrucção útil, uma profissão, que lhes facilite os meios de ganhar a vida362”.

É possível observar, portanto, que os músicos nunca deixaram de fazer parte do contexto social e profissional de Ouro Preto. Nem o fim dos pregões realizados pela Câmara, que patrocinavam a música das festas católicas, nem a decadência das irmandades leigas (principais contratadoras da música profissional até a primeira metade do século XIX), nem mesmo o encerramento das atividades da Irmandade de Santa Cecília dos Professores da Arte da Música de Vila Rica/Ouro Preto foram capazes de extinguir tal profissão. O que ficou claro, entretanto, é que as atividades realizadas por esses profissionais foram se transformando ao longo dos anos, obrigando aos professores a se adaptarem à nova realidade; ou seja, a música profissional não acabou, apenas mudou de forma para atender a novas demandas e expectativas de uma sociedade que também se transformava.

separadamente: ferreiro, carpinteiro, chicoteiro, marceneiro, canteiro, ourives, sapateiro, caixeiro, latoeiro, pedreiro, funileiro, latoeiro, seleiro, oleiro e relojoeiro.

362 Trecho do discurso de um Deputado Provincial em defesa da inclusão do curso de música no Liceu de Artes e

Ofícios. Ata da reunião da Assembleia Legislativa Provincial de 4 de novembro de 1879. In: Jornal A Actualidade, anno 2, edição 117, de 17 de novembro de 1879. p. 1.

Muitos daqueles que fizeram parte das orquestras dedicadas à música religiosa passaram, então, a se integrar às bandas de música, ou as militares ou as paisanas. A música laica, de entretenimento, foi ganhando força e espaço ao longo do século, abrindo novas perspectivas para apresentações nas ruas, nos salões domésticos e, também, no teatro. Outros tantos profissionais dedicaram-se ao ensino de música, por meio de aulas particulares nas casas ou em instituições de ensino formal em que a música fazia parte do currículo. Enfim, embora o mercado das festas religiosas tenha diminuído consideravelmente, quase desaparecendo, outras frentes de trabalho se abriram, abarcando a mão de obra qualificada que já existia na cidade. Os espaços de formação musical, também, foram se ampliando com este movimento, profissionalizando novos músicos ao longo do século XIX e atendendo a uma demanda que se mostrou crescente.

CAPÍTULO 3 - A música nas corporações militares e a constituição das bandas de