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A temporalidade da psicoterapia ou a processualidade das

Com o transcorrer do processo psicoterapêutico, fomos registrando as transformações que ocorreram nas vidas dos sujeitos e detectamos, assim, a temporalidade das afecções durante a psicoterapia. Ficou evidente que as mudanças apresentam qualidades diferentes, de acordo com o tempo em que ocorrem. Nos primeiros meses de tratamento psicoterápico, as transformações são pontuais, imediatistas e pragmáticas, tanto em relação ao agir, às idéias e perspectivas de futuro, centradas no dia-a-dia, e, com o transcorrer do tempo, elas vão se tornando mais abrangentes e reflexivas, dando-lhes um sentido diferente para suas vidas, aprimorando seus conhecimentos de ser e agir.

Analisando essa processualidade, afloram quatro temporalidades que demarcam formas específicas de sentir suas transformações: de um a três meses, de quatro a onze meses, de um a dois anos, acima de três anos de psicoterapia grupal.

O período de um a três meses é muito importante. Pode ser considerado pouco tempo em psicoterapia, mas é tempo suficiente para que alguns pacientes se dêem alta. A maior parte dos pacientes que nos procuram para tratamento, permanece de um a três meses em psicoterapia grupal.

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Foi esse fato que objetivou esta pesquisa. Conhecer o que ocorre neste curto espaço de tempo, para sentirem que transformaram suas vidas, e sanaram o problema que os levaram a buscar ajuda.

De um a três meses de psicoterapia grupal encontramos frases colhidas de vários relatos, tais:

Preciso ser eu com qualidade e defeitos , me aceitar como sou , mais decidida e capaz , com vontade de lutar e progredir , gostar de mim , ainda não melhorei , sem ânimo para as sessões , enfrento melhor os meus problemas , mudei a forma de pensar a vida , sem angústia , ainda sinto depressão , sinto-me mais seguro , entre outros.

Nesse período de psicoterapia grupal, já se observa uma mudança qualitativa em sua forma de encarar a vida, que se revela na vontade de modificar as questões que está vivenciando. É tempo da profissão de fé, do dever ser e fazer.

Essa fase é a mais difícil do paciente enfrentar, pois tem que romper com as resistências naturais que aparecem como empecilhos, tais como, acrescentar uma atividade a mais à sua rotina, superar bloqueios para se colocar junto a outras pessoas, confiar no psicoterapeuta, que é condição fundamental para poder falar sobre seus sentimentos, pensar e conseguir refletir sobre seus atos.

Mesmo com essas dificuldades (mais presentes nas primeiras semanas), quando consegue rompê-las, já se observam mudanças na percepção de si e de suas vidas. Há uma modificação dessa percepção, revelando-se nas possibilidades para resoluções de seus problemas. Sentem que há uma chance, uma maneira de sair das dificuldades em que se encontram. Percebem perspectivas de mudanças e sentem as afecções dos encontros que o potencializam.

Para muitos, esse tempo é suficiente para aquilo que vieram procurar, ou seja, para a resolução de seus problemas familiares, psicossociais, enquanto modos de andar a vida em família e sociedade, paixões tristes, e a fim de responder aos que lhes indicam psicoterapia.

Nessa fase, com apenas poucas sessões de psicoterapia, dão-se alta, mudam suas vidas e transformam seus caminhos.

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Sentia depressão, vazio dentro de mim. Fazer terapia me faz bem. Eu era uma pessoa muito estressada. Com a terapia aprendi a valorizar mais a vida. (Mulher, 38 anos, parda, dona de casa, ensino médio completo, sem renda, um mês de psicoterapia grupal)

Tinha conflitos, medos, insônia, tristeza, solidão, choro, e fragilidade. Às vezes, sou forte, corajosa, conselheira, amável, boazinha, como quando meus filhos eram pequenos. Eu enfrentava tudo e todo, dava a volta por cima. De repente, fico triste de novo, não consigo resolver meus problemas, meus conflitos, meus pensamentos negativos, fico no meio de uma teia de aranha sem conseguir sair. Me odeio. Quero apagar minha memória, me anestesiar para não pensar, mas como? Acredito que fazer terapia faz bem. Estou apenas na 3ª sessão. Estou ficando mais forte, preciso ser eu com qualidades e defeitos, tenho que me aceitar como sou. (Mulher, 56 anos, branca, ensino médio completo, secretária de escola, 1 a 3 salários mínimos, um mês de psicoterapia grupal)

Embora com todos os seus conflitos, tristezas, medos, entre outros, começam a se aceitar como são, para atuar em ações transformadoras.

Alguns, em menor proporção, constatam que ainda podem melhorar, ou que estão no meio de um processo promissor, por isso querem continuar o tratamento.

Vim por problemas profissionais que, por sua vez, estão afetando toda minha dinâmica, principalmente no meu casamento. Antes da terapia eu me via como uma pessoa com poucas possibilidades para reverter a minha situação. Hoje a situação está mudando. Está muito recente, porém começo a observar algumas coisas com mais cuidado e parece estar melhorando minha autocrítica. O problema ainda existe, porém, estou analisando novas possibilidades e reconhecendo minhas limitações. (Homem, 29 anos, branco, ensino médio completo, micro-empresário, 1 a 3 salários mínimos, um mês de psicoterapia grupal)

Aos dois meses de psicoterapia, os sentidos continuam os mesmos. Diminui o dever ser, para o é e o sentir.

Procurei a terapia por motivo de insegurança, pelo fato que eu querer ser eu mesma. Fazer terapia me faz bem porque eu me sinto melhor, mais decidida e capaz. Antes da terapia eu vivia no fundo do poço e sem saída, sem coragem, sem vontade de viver. Levava a vida a chorar por tudo. Eu não resolvia as coisas sozinha. Com a terapia mudou tudo. Eu tenho mais vontade de lutar, progredir, crescer e realizar tudo que eu quero. Hoje sou mais decidida, mais segura de mim mesma. (Mulher, 40 anos,

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parda, 4ª série, cozinheira, 3 salários mínimos, dois meses de psicoterapia grupal)

Sente a força crescendo dentro de si, para fazer as mudanças que pretende para sua vida. Sente-se mais segura e decidida.

Procurei por problema com depressão e síndrome do pânico. A terapia me faz muito bem, porque estou aprendendo a lidar com os meus problemas. Antes eu era uma pessoa sem perspectiva, querendo sair do problema e sem saber como. Mudei, acho que com o passar do tempo vou me sair uma pessoa muito melhor. Percebi que com a terapia eu sofro porque estou mexendo com os meus problemas. Porém, consigo perceber que após o dia da terapia, sinto um alívio na alma, ou seja, no interior. Vejo como algo que vou vencer, superar, custe o tempo que for. (Mulher, branca, ensino médio completo, vendedora, 1 a 3 salários mínimos, dois meses de psicoterapia grupal)

Aos três meses, continuam os sentidos anteriores, mas com ênfase nos benefícios já alcançados e a constatação de que podem e querem aprender mais.

Vim para perder o medo de determinadas situações, principalmente no trabalho. Para diminuir a ansiedade que normalmente vem acompanhada com o receio de errar. Para recuperar a autoconfiança que eu havia perdido durante o meu problema de saúde. Basicamente eu procurei a terapia para recuperar a auto-estima. Participar dela me faz muito bem, pois mostra que outros indivíduos também convivem com problemas seja eles de caráter pessoal, profissional, saúde, etc. Confesso que ainda estou em processo de aprendizagem, porém, neste pouco tempo de terapia, descobri que tenho a capacidade de enxergar de vários ângulos os problemas, que até pouco tempo atrás, eram praticamente o fim do mundo!!! E não é verdade!!! Percebi que o mundo não gira em torno de mim!!! Aprendi a ouvir um pouco mais as pessoas, coisa que não costumava acontecer até então. Estou mudando um pouco mais a minha paciência, principalmente com a minha mãe. Entretanto, confesso que preciso aprender e mudar muito mais. (Homem, 25 anos, pardo, superior completo, radialista, 1 salário mínimo, três meses de psicoterapia grupal)

A perda de um ente querido. Minha filha de poucos dias de vida. É a falta de vida, de querer viver. A terapia faz bem. Eu me via uma pessoa sem perspectiva de vida, sem querer viver e de fazer algo por mim mesma. Mudei em termos, pois a depressão que ainda sinto é muito forte e eu sei que isso pode vir a acabar comigo. No momento não posso falar que melhorei bastante, mas já tive uma bela melhora, apesar de poucos meses de terapia. A melhora é que estou voltando aos poucos sorrir, brincar, etc.

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(Mulher, 33 anos, branca, ensino médio completo, dona de casa, sem renda, três meses de psicoterapia grupal)

Embora não se sinta bem, percebe significativas melhoras no seu humor. Sabe que tem um caminho a trilhar, mas já sente as diferenças ocorrendo em si e constata mudanças.

Vim por conflito conjugal. A terapia me faz bem. Antes, estava no fundo do poço. Mudei, e enfrento o problema. (Mulher, 53 anos, negra, ensino fundamental completo, diarista, 1 a 3 salários mínimos, três meses de psicoterapia grupal)

Bom, eu sou uma pessoa que passa a maioria do tempo sozinha. Moro longe dos meus filhos. Meu marido trabalha o dia todo, por isso e por outros motivos, decidi procurar ajuda da terapia. Nossa como faz bem fazer terapia. Me sinto mais aliviada por estar entre pessoas que me entendem e que passam pelos mesmos motivos que eu. Eu me via nervosa pelos cantos da casa, não tinha com quem desabafar. Hoje eu posso dizer que a vida não era como pensava e que só eu tinha problemas. Hoje o meu estado de nervos mudou, já não me sinto tão só. (Mulher, 47 anos, branca, 1ª série do ensino fundamental, dona de casa, sem renda, três meses de psicoterapia grupal)

Nesse relato fica muito evidente a importância das afecções com o outro, fruto de bons encontros. Como o ser humano necessita do outro para se compor, fortalecer, potencializar e transformar. E como a psicoterapia grupal promove estes encontros onde há emoções, mudanças de significado e sentido, o desenvolvimento e aprendizagem.

O que me levou a buscar a terapia foi problema familiar. Eu tenho uma mágoa com a minha filha. Não sei o que sinto por ela e não sei a reação quando um dia a encontrar. Fazer terapia me faz bem, me sinto algo que não sei explicar direito. Só sei que é uma coisa boa. Antes da terapia eu me sentia muito mal, negativa, pessimista, só pensava que iria morrer e que ninguém gostava de mim. Hoje eu aprendi que primeiro tenho que gostar de mim para que outros possam também gostar de mim. Percebi que parei mais de chorar, de ficar deitada o dia inteiro. Voltei a fazer crochê outra vez. Fazia mais de ano que eu não fazia nada. Agora já consigo sair sozinha. (Mulher, 46 anos, parda, 7ª série, dona de casa, sem renda, três meses de psicoterapia grupal). Vim por recomendação psiquiátrica e também tinha vontade de saber se realmente a terapia nos ajudava. Ela ajuda pois me sinto aliviada, por alguns problemas que chegam a me deixar um pouco triste, abatida e angustiada. Estava numa depressão profunda onde pensava não haver mais saída pra nenhum dos meus problemas, no qual esses problemas se encontravam

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diante de mim e eu não sabia lidar com eles. Com a terapia, preciso mudar mais, pois sou e muito encucada com tudo que acontece comigo no meu dia a dia. Mas acho que com a terapia fiquei sendo mais eu, porque antes eu era mais para os outros do que ser para mim própria. (Mulher, 23 anos, branca, ensino fundamental completo, manicure, sem renda, três meses e meio de psicoterapia grupal)

Com seus três meses e meio de psicoterapia grupal, sente as mudanças que já fez e as que precisam, ainda, fazer. Começam as conscientizações, as reflexões críticas, as potencializações, os planejamentos e as transformações.

De quatro a onze meses de psicoterapia, as frases mais comuns encontradas são:

Sinto-me com mais controle emocional , ajuda não me desesperar , não estou vendo a luz , mais feliz ; tenho outro pensamento sobre a vida , achava meus problemas piores e hoje não mais , sinto-me mais seguro , hoje acho que tudo é possível , a resposta está dentro de mim e não via , não me acho um patinho feio , fundamental é ser feliz e não esperar muito dos outros .

Nessa fase, o paciente consegue passar da percepção de uma possibilidade de mudanças, para um aprofundamento de suas reflexões sobre como lidar com suas dificuldades, aceitando-as como constitutivas de seu ser, tanto as paixões alegres como as tristes. Análise crítica das próprias possibilidades e sentimento de que o conatus fortifica-se, cada vez mais, o que se reflete nas mudanças de enfrentamento de vida. Mostra-se potencializado.

Vim, primeiramente por incentivo das pessoas e a necessidade de ajuda. Também foi um momento difícil que estava passando em minha vida, quando achei que não tinha mais solução. A terapia me fez bem e esta me ajudando muito. Me sentia um pouco desorientada, sozinha, triste. Em todo momento me via ansiosa, cheia de preocupações relacionada com a minha família, principalmente com os céus filhos. À vezes, uma preocupação desnecessária mas não podia evitar , era mais forte que eu. Hoje eu vivo mais tranqüila, tenho mais controle emocional. Mudou também, minha força de vontade. Hoje vejo o meu problema pequeno em comparação a minha vontade de superar o problema completamente. (Mulher, 43 anos, branca, 3ª série do ensino fundamental, dona de casa, sem renda, quatro meses de psicoterapia grupal)

O paciente seguinte relata, com ênfase, o sentimento de força de vontade. Sente em si, no corpo-alma, a potencialização e a certeza de sua transformação.

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Vim por depressão. Era muito triste. Fazer terapia me faz bem e mudou a minha opinião sobre mim. Hoje sei que é para enfrentar com garras, os problemas. (Mulher, 45 anos, branca, 7ª série, dona de casa, sem renda, quatro meses de psicoterapia grupal) Em sua maneira simples e objetiva de falar, deixa-nos clara a sua garra para enfrentar seus problemas.

Uma palavra no depoimento acima deve ser alvo de atenção do psicólogo sei. Ela revela que o conhecimento traz idéias claras e distintas, antes não pensadas, possibilitando e trazendo transformações.

Vim por problemas familiares e muito nervoso. A terapia me faz bem. Antes da terapia eu me sentia muito mal, nervosa, só chorava. Hoje, a terapia está fazendo eu enfrentar os meus problemas. Estou mais calma, me sinto melhor. Hoje consigo enfrentar qualquer problema. (Mulher, 35 anos, parda, 7ª série, faxineira, um e meio salários mínimos, cinco meses de psicoterapia grupal)

Neste relato, o que nos chama a atenção é a certeza que coloca em sua fala de que hoje é capaz de enfrentar qualquer problema.

Estava muito perturbada, com meu marido que bebe e é muito ignorante. Estou desempregada e com problema de hérnia de disco na coluna, insônia, sentia vontade de morrer, medo de morrer, medo de dirigir, insegurança, angústia, do no peito, não tinha vontade de sair de casa. Me faz muito bem a terapia. Tem me ajudado bastante a acreditar que sempre podemos fazer algo para mudar, enfrentando novos bichos. Antes, me sentia muito fraca, desesperada, feia, sem vontade de viver, porque além dos problemas emocionais, ainda convivo com fortes dores na coluna, e isto me deixa triste. Tem me ajudado a não dar tanta importância a ignorância de meu marido. Tenho conseguido deixar meus filhos irem a escola sozinhos. Estou tentando me recuperar emocionalmente, e com os remédios do psiquiatra, fisicamente. Estou me sentindo mais forte e com coragem para enfrentar as minhas dificuldades, sem sofrer antecipadamente. Estou, aos poucos, conseguindo ter ânimo, força e coragem para acreditar que sempre no fundo de um túnel existe a luz. (Mulher, 41 anos, parda, ensino médio completo, dona de casa, sem renda, seis meses de psicoterapia grupal)

Apesar de todo seu problema físico, está encontrando a luz no fim do túnel , sem que tenha havido qualquer intervenção médica significativa. Isto vem a confirmar que corpo-alma, duas faces de uma mesma substância, quando você muda o pensamento, muda, também, as afecções do corpo.

Vim pela depressão. Tinha muita ansiedade. Fazer terapia me faz bem, me ajudou pensar diferente. Sinto-me bem melhor.

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(Mulher, 55 anos, branca, ensino médio completo, costureira, renda familiar de 3 a 5 salários mínimos, seis meses de psicoterapia grupal) (Grifo meu)

Estava me sentindo mal, com medo de tudo: sair sozinha, ficar sozinha a noite, principalmente depois que mudei de bairro. Sentia falta dos meus vizinhos, que quando meu marido saia a noite, eu me sentia mais segura, porque morávamos em três casa próximas. Fazer terapia me faz bem, principalmente porque nela, eu encontrei meu porto seguro. Aprendi muitas coisas, inclusive enfrentar meus problemas com mais clareza. É terrível conviver com a cabeça cheia de perturbação. E hoje, eu me sinto mais leve. Antes, me via uma pessoa fraca e sem solução. Não tinha perspectiva de quase nada. Dividia meu tempo em me isolar e ficar em casa, porque o medo não me deixava tomar decisões. Hoje, eu me sinto mais segura. Tive muita mudança e que mudança! Eu via as coisa de uma forma diferente, por ex: vejo coisas que antes não via, principalmente as coisas, ou pessoas ao meu redor. Antes eu poderia julgar. Hoje vejo que as coisas são diferente. O meu modo de pensar e de agir. Hoje eu entendo melhor. Me sinto mais feliz. (Mulher, 43 anos, branca, ensino médio incompleto, babá, 2 salários mínimos, sete meses de psicoterapia grupal)

Com já disse anteriormente, as sessões de psicoterapia grupal propiciam encontros bons, onde se é levado a experimentar novas relações, conhecer a gênese dos próprios sentimentos. Para o psicólogo, oferece a possibilidade de acompanhar a configuração das FPS Funções Psíquicas Superiores , como um processo.

Com o transcorrer do processo psicoterapêutico, começam a surgir referências a um sentimento antes impossível. O aumento da potência lhes permite falar de felicidade e a sentirem-se mais felizes.

Espinosa (1973) nos diria que felicidade é saber-se portador de idéias adequadas sobre si, o outro e o mundo, levando a um conhecimento e a uma transformação.

Vim por sistema nervoso. Me sentia deprimida, nervosa, triste, ansiosa, magoada e angustiada. Depois da terapia, me sinto outra mulher, mais feliz e com outro pensamento sobre a VIDA !! Antes, eu deixava todas as pessoas passarem por cima de mim, e agora sei como reagir sem medo. (Mulher, 39 anos, branca, 4ª série do ensino fundamental, dona de casa, sem renda, sete meses de psicoterapia grupal) (Grifo meu)

O motivo foi à síndrome do pânico. Era muito angustiada. Me faz bem a terapia, não me sinto mais angustiada. Agora vejo que a síndrome tem solução. Posso desabafar, me sinto bem em falar o que eu sinto. É uma lição de vida que me faz bem. (Mulher, 39

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anos, parda, ensino fundamental incompleto, dona de casa, sem renda, dez meses de psicoterapia grupal)

De um a dois anos de psicoterapia grupal, passam a ressaltar a forma como a psicoterapia mudou sua opinião sobre si, quais mudanças ocorreram, e como está o problema pelo qual vieram procurar o tratamento. As respostas mais comuns foram:

Sinto-me mais tranqüila , estou mais confiante , consigo resolver com mais calma os problemas , consigo controlar minha ansiedade , estou aprendendo mais , sinto vontade de viver , respeito a maneira de ser dos outros , estou mais perto de minha família , o caminho depende de nós, mudá- lo ou não .

Para alguns, embora reconheça que seus problemas existem e que fazem parte de sua vida, isso não os esmorece, e sentem tranqüilidade para enfrentá- los.

A terapia mudou minha opinião sobre mim, mas não 100%, mas acredito que vou chegar lá. Eu acho que consigo resolver, enfrentar os problemas com mais calma, menos drama e o choro que era por qualquer coisa, hoje consigo controlá-lo. Vejo que tem pessoas com problemas maiores que os nossos, por isso acho os meus problemas pequenos e fáceis, às vezes, de resolver. (Mulher, 29 anos, branca, ensino fundamental completo, dona de casa, sem renda, um ano e cinco meses de psicoterapia grupal)

O mesmo ocorre com os homens, que percebem suas dificuldades e estão encontrando um caminho para resolvê-los, sem drama e com mais calma.

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