• Nenhum resultado encontrado

A.4 TESTE DE CURTO-CIRCUITO A.4.1 Definições

TESTES NO CABO OPGW

A.4 TESTE DE CURTO-CIRCUITO A.4.1 Definições

a) Campo de ensaio é qualquer parte do cabo, ferragens, dispositivos de medidas, ou quaisquer outros equipamentos associados que estejam sujeitos à corrente de defeito, ou aumento de temperatura ou tensões mecânicas direta ou indiretamente causadas pela corrente de defeito. b) Campo de corrente deve ser qualquer parte do cabo, ferragens, dispositivos de medidas ou quaisquer outros equipamentos associados nos quais a corrente de defeito circula.

c) Fibras de ensaio são aquelas fibras ópticas conectadas por emendas de fusão de topo para formar um comprimento contínuo. A fonte deve ser conectada a uma extremidade deste comprimento, enquanto o

receptor(es) óptico(s) é conectado na outra extremidade.

d) Comprimento de ensaio deve ser o comprimento acumulado das fibras de ensaio dentro do campo de corrente. Como exemplo, se há 6 fibras de ensaio, e o campo de corrente tem 40m de comprimento, então o

comprimento de ensaio é 6 x 40m = 240 m.

A.4.2 - Comprimento da Amostra do Cabo OPGW e Configuração A.4.2.1 - O ensaio de curto-circuito deve ser realizado em uma amostra

de OPGW de comprimento suficiente para assegurar que o campo de corrente tenha no mínimo 10m de comprimento. O cabo deve possuir nas extremidades garras adequadas e uma tração de pelo menos 2% da máxima tração de ruptura deve ser aplicada.

A.4.2.2 - Pelo menos metade das fibras ópticas no interior do cabo

devem ser fibras de ensaio. Estas fibras devem ser conectadas entre si por meio de emenda por fusão de topo. O comprimento de ensaio das fibras ópticas deve ser, no mínimo, de 100 m.

As emendas devem ser confeccionadas e dispostas de modo que não estejam dentro do campo de ensaio, nem que fiquem sujeitas a vibração, trações repentinas ou mudanças de temperatura provocadas por pulsos de corrente de defeito, condições ambientais ou manuseio.

A.4.2.3 - Devido a trações significativas dentro do cabo resultantes da

corrente de defeito, a posição do núcleo relativamente aos fios encordoados deve ser monitorada em cada extremidade do cabo. Dispositivos devem ser conectados para evitar movimento do núcleo relativamente aos fios encordoados. Além disso, o cabo deve possuir garras e o núcleo ser trazido para fora dos fios encordoados, pelo menos 5m além do campo de corrente.

A.4.3 - Equipamento Óptico

A.4.3.1 - Uma fonte “laser” a 1550 nm deve ser conectada a uma

extremidade da fibra por meio de um acoplador óptico. O acoplador deve dividir o sinal óptico em duas partes : uma deve ser conectada ao

medidor potência óptica e outra à extremidade da fibra, por meio de uma emenda de fusão a topo.

A.4.3.2 - Um segundo medidor de potência óptica deve ser conectado à

extremidade da fibra de retorno de tal modo que o sinal óptico percorra as fibras no campo de ensaio e, então, seja lido neste segundo medidor.

A.4.3.3 - As fontes de alimentação para estes equipamentos, ou qualquer

outro utilizado nos testes, não deve ser a mesma que estará fornecendo a corrente de curto-circuito.

A.4.3.4 - A saída dos medidores do sinal óptico deve ser monitorada por

pelo menos dois métodos diferentes. Pelo menos um desses métodos deve estar continuamente funcionando a partir de uma hora antes de iniciar o ensaio até duas horas após a aplicação do último pulso, e deve ser capaz de detectar variações da ordem de 0.1 segundos.

A.4.3.5 - Medições por meio de OTDR devem ser efetuadas antes e após

o ensaio, para verificação da localização de qualquer acréscimo de atenuação. As medições com OTDR devem ser efetuadas com uma largura de pulso menor ou igual a 5 ns para assegurar a localização exata das irregularidades na atenuação. A precisão do OTDR em

estabelecer a localização da irregularidade não deve ser confundida com a resolução de distância especificada para o OTDR. Devem também ser tomadas precauções para garantir que as fibras de ensaio estejam fora da zona morta do OTDR.

A.4.4 - Pulsos de Corrente de Defeito

A.4.4.1 - Devem ser aplicados dez pulsos de corrente de 60Hz, cada

pulso com duração igual a 24 ciclos, sendo cada pulso com assimetria plena. O valor do pulso deve ser conforme a corrente de curto circuito especificada (ver documento “Requisitos para Aplicação do Cabo OPGW”), permitindo-se que o cabo possa resfriar a até 5°C, acima da temperatura ambiente, entre cada dois pulsos.

A.4.4.2 - A Atenuação óptica das fibras ópticas deve ser continuamente

monitorada, durante todo o teste. Dois métodos diferentes de medição de atenuação devem ser utilizados.

A.4.4.3 - O ensaio deve ser realizado a temperatura ambiente de 50°C (+5°C, - 0°C). Se isto não for possível de se realizar sob condições controladas, o cabo deverá ser aquecido pela passagem contínua de corrente até que sua temperatura atinja pelo menos 50°C. Esta corrente poderá ser desligada 15 segundos antes da aplicação de cada pulso de corrente, e deverá ser reaplicada num tempo máximo de 30 segundos após o pulso de corrente ter sido removido. A temperatura do cabo deve ser medida por meio de termopares de resposta rápida, apropriadamente isolados.

A.4.4.4 - O cabo deve ser dissecado após o último pulso da corrente de

defeito, em particular, próximo às ferragens e/ou no meio do vão, e deve ser examinado quanto à deformação, descoloração ou outros sinais de danificação.

A.4.4.5 - Após o último pulso da corrente de defeito, o cabo deve ser

resfriado naturalmente. Atingida a temperatura ambiente, uma amostra do cabo, com comprimento adequado, deve ser removida e submetida ao ensaio de tensão mecânica de ruptura, com aplicação de carga de 80% da carga de ruptura.

Nota: Deve-se observar que logo após cada pulso de corrente a

temperatura interna do cabo pode ser significantemente diferente da temperatura do encordoamento. Após 1 a 2 minutos da aplicação de cada pulso, as temperaturas de todos os componentes do cabo irão convergir. Após este tempo a temperatura do encordoamento poderá ser considerada como sendo a temperatura do cabo.

A.4.5 - Aceitação e Rejeição

A.4.5.1 - Será considerado falha um aumento de atenuação ótica medida

superior a 0,2 dB/km de fibra testada a 1550 nm. Estufamentos

(birdcasing) ou quebra dos fios condutores deverão também se constituir numa falha.

A.4.5.2 - Uma dissecação do cabo após o ensaio não deve apresentar

qualquer distorção nos elementos constituintes do cabo, incluindo as fibras ópticas, tubos de alumínio e demais componentes.

Distorção de qualquer natureza que possa ser atribuída ao teste, exceto aquelas devidos aos procedimentos preparativos para o teste ou às ferragens, será indicativo de falha.

A.4.5.3 - A temperatura medida sobre o cabo OPGW não deve exceder a

temperatura máxima garantida pelo fornecedor.

A.4.5.4 - O cabo deverá suportar a carga de 80% da ruptura, após a

aplicação dos pulsos.

Documentos relacionados