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ABASTECIMENTO DE ÁGUA

No documento PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO (páginas 38-41)

Projeção Populacional Abastecimento de Água

5. ESTUDO DE DEMANDAS

5.2. ABASTECIMENTO DE ÁGUA

As demandas do serviço de abastecimento de água potável são calculadas, tendo como norteador a finalidade principal do sistema, de fornecer água em quantidade, qualidade e regularidade para a população urbana do município.

O conhecimento das estruturas de saneamento existentes no município é imprescindível para avaliar

Sendo assim, antes do cálculo das demandas faz-se uma breve apresentação das informações coletadas durante o diagnóstico, resultantes de levantamentos de campo e intensa busca de dados secun-dários em diversas fontes.

5.2.1. Diagnóstico

O diagnóstico dos sistemas de abastecimento de água do município de Guidoval é apresentado a seguir, sendo ilustradas no APÊNDICE III as principais unidades do sistema.

A. Gestão dos Serviços

O serviço de abastecimento de água no município é realizado pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais, COPASA.

Visando complementar o diagnóstico das unidades que compõem o sistema de abastecimento de água, a COPASA, prestadora do serviço em Guidoval, disponibilizou dados operacionais e informativos, desse modo, obteve-se acesso a informações inerentes ao gerenciamento do sistema.

Segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS, 2010) a concessionária responsável pelos serviços dispõe de hidrometração em 85% da rede e possui tarifa média calculada igual a 2,63 R$/m³.

De forma geral, o Plano Municipal de Saneamento Básico proporcionará ao município de Guidoval, condições de ampliar e sistematizar o serviço prestado de abastecimento de água, inclusive desenvolver a gestão como um todo.

B. Manancial

O abastecimento municipal é realizado a partir de manancial superficial, denominado ribeirão Preto, afluente pela margem esquerda do rio Xopotó.

C. Captação e adução

A captação de água designada ao abastecimento público está situada a 334 metros de altitude em relação ao nível do mar, nas coordenadas Latitude 21º07.799’ S e Longitude 42º47.256’ W. A água é captada por gravidade, através de barragem de nível, sendo direcionada desse ponto até a estação de tratamento de água.

O local não se encontra sinalizado com placa identificadora da concessionária responsável pelo serviço de abastecimento público de água potável, assim como não está devidamente protegido contra o acesso de estranhos (Figuras 15 e 16). Entretanto foi constatado não haver proximidade com qualquer fonte poluidora aparente.

A COPASA, concessionária responsável pelos serviços de abastecimento de água, detém as infor-mações sobre a outorga do sistema de captação.

Segundo o estudo da ANA, a capacidade nominal de captação de água bruta no local é igual a 23 L/s.

D. Estação de Tratamento de Água - ETA

O município é provido de estação de tratamento de água operada pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais - COPASA. A ETA está localizada nas coordenadas Latitude 21º07.603’ S e Longitude 42º22.358’ W, com 255 metros de altitude em relação ao nível do mar.

O processo de tratamento utilizado no município é do tipo convencional, efetuado numa unidade compacta, estando, portanto, adequado para a situação em que se enquadra o município (Figuras 17 a 24).

Na fase de clarificação, é adicionado sulfato de alumínio líquido, produto que aglutina toda a maté-ria em suspensão, formando flocos que ganham em densidade e se sedimentam nas etapas posteriores de tratamento. Na desinfecção, fase onde ocorre a inativação de organismos patogênicos, é adicionado hipoclorito de cálcio como agente desinfetante. No processo conhecido fluoretação, aquele que atua na prevenção de cáries dentárias, é adicionado ácido fluossilícico.

Figura 16 – Manancial superficial.

Figura 15 – Manancial superficial.

Fonte: Vallenge (20/02/2012). Fonte: Vallenge (20/02/2012).

Figura 18 – Vista da área interna.

Figura 17 – Portão de acesso a ETA.

Fonte: Vallenge (20/02/2012). Fonte: Vallenge (20/02/2012).

E. Adução de água tratada e reservação

A água tratada é aduzida em tubulação constituída em PVC, com diâmetro nominal predominante de 150 mm. O município possui uma única unidade de reservação no sistema de abastecimento de água, sendo essa anexa à estação de tratamento, com volume nominal equivalente a 240 m³.

F. Rede de distribuição

Toda a população urbana é atendida com abastecimento de água de responsabilidade da COPASA.

Segundo informações básicas operacionais fornecidas pela concessionária dos serviços de abaste-cimento de água, a extensão da rede de distribuição no município é igual a 23,6 km, dispondo de cadastro, que necessita de atualização e registro hidrométrico.

Os dados fornecidos pela COPASA informam ainda valores médios anuais referentes às perdas fatu-radas, medidas e estimadas, no ano de 2012, sendo respectivamente iguais a 21,88%; 27,67% e 27,65%.

O valor médio anual referente às perdas em litros por ligação ao dia é equivalente a 138,77.

5.2.2. Demanda por Água Potável

A demanda de água potável no município de Guidoval foi calculada a partir dos dados levantados durante os trabalhos de campo, além de informações quanto à população residente na área urbana, obtida junto ao Censo IBGE 2010.

O funcionamento médio anual do sistema de tratamento de água em 2012 é equivalente a 13 h/dia.

Com base nisso, o volume médio diário produzido é de aproximadamente 987 m³, com quota per capita micromedida média de 109,88 L/hab.dia.

Deve-se notar que valores típicos de quota per capita para cidades como Guidoval situam-se entre 150 a 180 L/hab.dia, evidenciando portanto que o atual sistema de abastecimento de água potável vem atendendo o município de forma satisfatória. Ressalta-se ainda que o consumo médio para os municípios em estudo operados pela COPASA é igual a 101,84 L/hab.dia, valor inferior ao praticado atualmente em Guidoval.

Com relação às perdas, o valor médio praticado no município é igual a 65,81 L/hab.dia; valor inferior à média decorrente nos municípios em estudo também abastecidos pela COPASA, ou seja, 138,77 L/hab.

dia.

Quanto à reservação de água, segundo a concessionária responsável pela operação dos serviços, atualmente o município possui 240 m³, valor este aquém da necessidade para atender a demanda ao longo do horizonte de planejamento.

Para a projeção das demandas do município de Guidoval, foram utilizados dados referentes a eco-nomias atendidas e quota per capita do ano de 2012, disponibilizados pela COPASA por meio de boletins de informações básicas operacionais e indicadores básicos gerenciais. As estimativas projetadas são apresentadas no Quadro a seguir:

Figura 20 – Unidades de tratamento.

Figura 19 – Vista dos floculadores.

Fonte: Vallenge (20/02/2012). Fonte: Vallenge (20/02/2012).

Figura 22 – Macromedidor.

Figura 21 – Aplicação de produtos químicos.

Fonte: Vallenge (20/02/2012). Fonte: Vallenge (20/02/2012).

Figura 24 – Casa de química.

Figura 23 – Casa de química.

Quadro 11 – Projeção da demanda de água para o horizonte de planejamento – 2012 a 2042.

2012 5.356 110 588,0 2,55 2.099 12,6 15,1 15,7 27,1 40,0 235,2 468,2

2013 5.436 110 596,8 2,55 2.130 12,8 15,3 15,9 27,5 40,0 238,7 475,2

2014 5.518 110 607,0 2,55 2.162 13,0 15,6 16,2 28,0 40,0 242,8 412,8

2015 5.601 110 616,1 2,55 2.195 13,2 15,8 16,4 28,4 40,0 246,4 419,0

2016 5.685 100 568,5 2,55 2.228 12,1 14,6 15,2 26,2 40,0 227,4 359,9

2017 5.770 100 577,0 2,55 2.261 12,3 14,8 15,4 26,6 40,0 230,8 365,3

2018 5.857 100 585,7 2,55 2.295 12,5 15,0 15,6 27,0 40,0 234,3 370,8

2019 5.944 100 594,4 2,55 2.330 12,7 15,2 15,9 27,4 40,0 237,8 307,9

2020 6.034 100 603,4 2,55 2.365 12,9 15,5 16,1 27,8 40,0 241,3 312,5

2021 6.124 100 612,4 2,55 2.400 13,1 15,7 16,3 28,3 40,0 245,0 317,2

2022 6.216 100 621,6 2,55 2.436 13,3 15,9 16,6 28,7 40,0 248,6 322,0

Meio de plano

2023 6.291 100 629,1 2,27 2.773 13,4 16,1 16,8 29,0 40,0 251,6 307,7

2024 6.366 100 636,6 2,27 2.807 13,6 16,3 17,0 29,4 40,0 254,6 311,4

2025 6.442 100 644,2 2,27 2.840 13,8 16,5 17,2 29,7 40,0 257,7 315,1

2026 6.520 100 652,0 2,27 2.874 13,9 16,7 17,4 30,1 40,0 260,8 318,9

2027 6.598 100 659,8 2,27 2.909 14,1 16,9 17,6 30,5 40,0 263,9 322,8

2028 6.677 100 667,7 2,27 2.944 14,3 17,1 17,8 30,8 40,0 267,1 307,4

2029 6.757 100 675,7 2,27 2.979 14,4 17,3 18,0 31,2 40,0 270,3 311,1

2030 6.838 100 683,8 2,27 3.015 14,6 17,5 18,2 31,6 40,0 273,5 314,8

2031 6.920 100 692,0 2,27 3.051 14,8 17,7 18,5 31,9 40,0 276,8 318,6

2032 7.004 100 700,4 2,27 3.088 15,0 18,0 18,7 32,3 40,0 280,1 322,4

Fim de plano

2033 7.074 90 636,6 2,19 3.234 13,6 16,3 17,0 29,4 40,0 254,6 285,0

2034 7.144 90 643,0 2,19 3.266 13,7 16,5 17,1 29,7 40,0 257,2 287,8

2035 7.216 90 649,4 2,19 3.299 13,9 16,7 17,3 30,0 40,0 259,8 290,7

2036 7.288 90 655,9 2,19 3.332 14,0 16,8 17,5 30,3 40,0 262,4 293,6

2037 7.361 90 662,5 2,19 3.365 14,2 17,0 17,7 30,6 40,0 265,0 296,5

2038 7.434 90 669,1 2,19 3.399 14,3 17,2 17,8 30,9 40,0 267,6 256,7

2039 7.509 90 675,8 2,19 3.433 14,4 17,3 18,0 31,2 40,0 270,3 259,3

2040 7.584 90 682,5 2,19 3.467 14,6 17,5 18,2 31,5 40,0 273,0 261,9

2041 7.660 90 689,4 2,19 3.502 14,7 17,7 18,4 31,8 40,0 275,7 264,5

2042 7.736 90 696,3 2,19 3.537 14,9 17,9 18,6 32,1 40,0 278,5 267,1

Nota: Qméd – vazão média/ Qmd – vazão do dia de maior consumo/ Qmd+ETA – vazão do dia de maior consumo mais perdas da ETA (considerado 4%) / Qmdh – vazão do dia e hora de maior consumo.

No documento PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO (páginas 38-41)