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A Aberdeen Angus é uma raça produtora de carne nobre, de tamanho moderado, mocha e com pelagens preta e vermelha. Reconhecida por sua precocidade sexual, de crescimento e de terminação, facilidade de parto, habilidade materna e longevidade.

Os exemplares da raça devem possuir boas massas musculares e produzir carne de qualidade (marmorizada, macia, saborosa e suculenta). Devem ser volumosos, profundos, com linha superior reta e linha inferior o mais reta possível, sem excesso de peito, pregas de pele, mesmo no umbigo e prepúcio. Suas formas devem ter contornos suaves arredondados e sem acúmulo excessivo de gordura.

O temperamento dos animais deve ser ativo, mas não agressivo, com movimentação ágil, demonstrando apru-mos corretos e articulações fortes.

Os terneiros devem ser longilíneos em seus primeiros meses de vida, com maior comprimento das extremida-des do que a profundidade do tórax. É importante que na sua primeira idade mantenham o aspecto juvenil, sem excessivo desenvolvimento de pescoço e cabeça e com pouca deposição de gordura.

1. Tamanho

O tamanho moderado dá ao ANGuS equilíbrio, funcionalidade e facilidade de terminação à campo ou em con-finamento. O porte pode variar conforme as condições de meio ambiente e os objetivos da criação, evitando sempre os extremos. Animais maiores tem maior exigência nutricional e terminação mais tardia. A vaca ANGuS de tamanho médio obtém altos índices reprodutivos a baixo custo.

2. Massas musculares

A musculatura deve ser suficientemente desenvolvida e adequada, seu volume muscular não deve ser excessi-vo para não afetar a fertilidade das fêmeas – uma das principais características da raça. Quando observamos um animal pronto para o abate, as massas musculares devem formar um conjunto de músculos indiferencia-dos, formando um quarto, um lombo, etc. Não devendo observar-se definição ou diferenciação intermuscular.

3. Pele e pelagem

A pele deve ser medianamente fina, elástica, coberta de pelame suave e curto. O rápido pelechamento e o pelo brilhoso são indicativos de precocidade, fertilidade e adaptabilidade.

A pelagem deve ser preta ou vermelha. Aceitam-se variações nas tonalidades da cor vermelha, porém são pre-ferenciais tonalidades médias a mais escuras.

A presença de manchas brancas e/ou lunares é regulamentada em capítulo específico.

4. Cabeça

A cabeça deve possuir perfil levemente côncavo a reto, narinas amplas, boca grande, de lábios desenvolvidos e olhos bem separados. As orelhas são de tamanho médio nos machos e grandes nas fêmeas, ligeiramente eretas e bem cobertas de pêlos, não devendo ser frouxas ou caídas.

Nos machos a cabeça é de tamanho médio, levemente alongada (com largura correspondente a aproximada-mente 2/3 do comprimento) e arredondada.

Nas fêmeas é mais fina e alongada e com orelhas maiores que as dos machos.

A presença de vestígios de chifres, batoques ou rudimentos córneos não é permitida. A característica de “Pol-led” deve ser bem pronunciada.

5. Expressão

Os machos devem apresentar expressão de masculinidade, representada pela forte massa muscular no pes-coço e cabeça de aspecto musculoso, com mandíbulas bem desenvolvidas.

As fêmeas devem apresentar expressão de feminilidade, de cabeça pequena e de pescoço menos musculoso e mais suave, bem inserido no corpo.

O lombo deve ser bem largo para que tenha uma boa Área de Olho de Lombo (AOL), os quartos compridos com músculos que desçam até os jarretes.

Nas fêmeas as massas musculares da paleta não devem ser proeminentes, nem os quartos musculosos em demasia.

6. Pescoço e peito

O pescoço é de comprimento médio, com musculatura firme e bem inserido no corpo. A inserção do pescoço na cabeça deve ser harmônica (sem o aspecto de “degolado”). Não deve apresentar excessos de pregas de pele (papada). Nos machos deve ser musculoso e com proeminência muscular na linha superior. Nas fêmeas é mais comprido e fino.

O peito deve ser limpo e sem excessos de pele e deposição de gordura.

7. Paletas e mãos

As paletas devem ser musculosas, porém não proeminentes. Nas fêmeas devem ser mais leves.

8. Corpo

Os animais devem ser compridos, com lombo amplo e com boa profundidade corporal. Devem apresentar bom arqueamento de costelas, que resultará em melhores capacidades respiratória e digestiva, otimizando seu desempenho produtivo. Não deve apresentar deposição excessiva e localizada de gordura.

9. Trem posterior

O quadril deve ser uma continuação uniforme da linha dorso-lombar. Amplo, com uma boa separação dos os-sos coxais e bom comprimento até a cola.

Os quartos posteriores devem ser amplos, de contornos arredondados, devendo a musculatura descer o máxi-mo possível em proximidade dos jarretes. A musculatura não deve ser muito proeminente, especialmente nas fêmeas. A região entre as pernas deve ser limpa, sem excesso de gordura.

10. Aprumos

A correção dos aprumos é essencial para a funcionalidade dos animais. Os sistemas pastoris (extensivos) requerem grandes deslocamentos para a busca de alimentos.

As mãos devem ser médias a longas, bem separadas e praticamente paralelas, evitando-se desvios laterais ou mediais.

As patas devem ser médias, com ossos fortes, separadas entre si, indicando boa aptidão carniceira. Devem ser paralelas e com angulosidade adequada (nem retas e nem angulosas demais). Por ocasião do deslocamento, a pata deve pisar ponto no solo mais próximo onde a mão apoiou-se.

11. Testículos

Devem ser desenvolvidos e sem excesso de deposição de gordura no saco escrotal.

12. Úbere

De tamanho intermediário, sem excessiva cobertura de pelos, corretamente conformado e implantado, com os quartos mamários bem desenvolvidos e simétricos, tetos finos e de tamanho médio.

13. Prepúcio e umbigo

Os animais devem ter a linha baixa o mais reto possível, não sendo desejado prepúcios e umbigos proeminen-tes, afastados do corpo.

Deve-se dar atenção especial aos membros posteriores nos machos, pois estes sustentam a totalidade do peso do animal ao servir as vacas.

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