• Nenhum resultado encontrado

Os homens geralmente têm dificuldade em falar sobre os sintomas relacionados com o foro sexual, sendo estes pouco relatados ao nível dos cuidados de saúde primários102.

Uma investigação realizada na Noruega103, envolvendo 1117 consultas com 22 médicos dos cuidados de saúde primários, pretendeu avaliar se os doentes recorriam ao seu médico de família por questões do foro sexual, tendo-se concluído que em 4,2% o motivo das consultas eram preocupações relacionadas com saúde sexual. No entanto, apesar da alta prevalência de problemas sexuais, constata-se que os médicos dos cuidados primários evitam discutir este género de problemáticas, sendo as principais barreiras as crenças (29%), a falta de tempo (24%) e a falta de conhecimentos e de experiência, assim como o medo de falhar (21%)104. Percebe-se facilmente a importância de o médico dos cuidados primários estar sensibilizado para esta problemática e inquirir os seus utentes sobre ela, caso contrário, a patologia em causa será facilmente subdiagnosticada por falta de iniciativa dos doentes em procurarem ajuda e levará a uma possível falha no apoio multidisciplinar a estes105. O profissional de saúde deve então estar atento a possíveis casos ocultados de dor sexual, abordando de forma simples e aberta sintomas relacionados, de forma a ganhar a confiança do doente e ser eficaz na abordagem da doença102.

Para ajudar nesta abordagem, existem já recomendações relativas à disfunção sexual no homem, que foram desenvolvidos com base na evidência e usando uma abordagem multidisciplinar, de modo a que a avaliação obedeça a uma estratégia uniforme e coerente. Um deles é o algoritmo desenvolvido pela ICSM, de 2015, e denominado de ICSM-5, representado na figura 3, que obedece a três princípios básicos: à adoção de uma

26 abordagem centrada no doente, à aplicação de uma medicina baseada na evidência no que respeita o diagnóstico e tratamento, e ao uso de uma abordagem unificada e universal em todos os doentes 106.

Uma abordagem centrada no doente consiste numa abordagem holística e não apenas relativa à dimensão biológica da doença, mas abrangendo também as suas causas e implicações a nível psicológico e social. E, assim sendo, a intervenção deve preocupar-se não só com a resolução de sintomas mas também com a promoção do bem-estar geral sexual do doente107. Quanto à abordagem ser unificada, importa ressalvar que as disparidades de género podem atuar como uma barreira para que todos os doentes possam ter acesso aos cuidados de que necessitam e que é então fundamental seguir princípios unificados e equitativos107. Felizmente, a medicina sexual tem evoluído nos últimos anos e nota-se já em geral uma maior sensibilidade e atenção no que respeita a equidade de géneros quanto à saúde sexual, ainda que sobre o tema desta revisão haja maior atenção no caso do sexo feminino.

O algoritmo supracitado compreende cinco passos: avaliação básica e colheita de história clínica, avaliação da necessidade de cuidado de um especialista, educação sexual do doente, opções de tratamento e seguimento do bem-estar, e tratamento do doente108. Na primeira etapa, é essencial fazer uma história clínica completa que inclua as características da dor para perceber a sua etiologia e o seu impacto na vida do doente. A história sexual deve incluir também os sintomas do trato urinário que são frequentemente encontrados em doentes com prostatite, uma vez que esta é causa de dispareunia102. Nesta primeira fase, importa realçar o importante papel dos questionários, ressalvando, no entanto, o facto de que estas ferramentas de investigação não substituem uma colheita cuidada de história médica, sexual e psicológica107.

Depois da colheita de história clínica, segue-se o exame físico que inclui a avaliação da consistência do abdómen e pesquisa de uma bexiga palpável, e também a avaliação da genitália externa em busca de evidência de úlceras ou de patologia dermatológica (como por exemplo líquen escleroso). No exame do pénis deve atentar-se à presença de fimose, doença de Peyronie, freio curto e corrimento uretral, devendo palpar-se o escroto, testículos e cordão espermático para despiste de massas testiculares, varicocelo, orquites, hidrocelo, cistos do epidídimo ou hérnias inguinais. O exame físico deve ser concluído com o toque rectal de forma a avaliar se a próstata é dolorosa, a sua consistência e volume, bem como avaliar a tonicidade do esfíncter anal102.

Poderá também ser necessária investigação laboratorial e realização de exames complementares de diagnóstico para identificar a causa da dor, que incluem análises à urina para pesquisar presença de infeção urinária ou hematúria, e o despiste de uma possível doença sexualmente transmissível. No caso de ser encontrada alguma anomalia

27 durante a realização do exame físico do escroto e testículos, pode ser requerida ainda uma ecografia dos mesmos102.

A maioria da literatura faz a referência a uma abordagem biopsicossocial da dor sexual, sugerindo que se tenham em conta fatores relacionados com o desenvolvimento individual. Entre eles, o início da atividade sexual, experiências sexuais conjugais e extraconjugais, bem como o contexto dessas mesmas experiências, crenças, emoções e atitude face à problemática em questão. Além dos fatores de desenvolvimento, são referidos também fatores constitucionais: eventos sexuais negativos prévios, expectativas, eficácia e comorbilidades relacionadas com a saúde mental como stress, ansiedade, depressão, uso de substâncias ilícitas e fármacos, entre outros4. Uma abordagem mais abrangente envolvendo uma equipa multidisciplinar deve ser privilegiada.

Ressalva ainda para o tratamento, parte integrante da abordagem, que, pela extensão do presente trabalho de revisão, não será abordado intensivamente, além do que foi sendo referido associado a cada uma das etiologias acima descritas. Deixo apenas uma explicação breve, tendo em conta a constante referência a uma abordagem biopsicossocial da dor sexual masculina: “O processo de reabilitação terá que incluir além dos aspetos físicos e psicológicos, (…) É, assim, fundamental a existência de intervenções terapêuticas transdisciplinares que coadjuvem a terapia sexual”109.

28

CONCLUSÕES

A dor sexual masculina pode ter efeitos muito negativos nos doentes, afetando os seus relacionamentos não só a nível sexual como também emocional. Assim sendo, deve ser encarada como uma problemática de saúde sexual, com impacto real na sua qualidade de vida, e como causa potencial de disfunção sexual.

Exploradas cuidadosamente as principais etiologias deste sintoma, compreende-se a enorme abrangência do tema. Entre os seus efeitos mais devastadores estão então a disfunção sexual e o aumento de níveis de stress e depressão, decorrentes de uma perda de autoestima e de capacidade de manter relacionamentos, conjugais e sexuais, saudáveis e satisfatórios.

Há de facto alguma carência de informação nesta área e a que existe é algumas vezes pouco concordante entre si, sobretudo na informação relativa a classificações, nomenclatura e sobre a própria abordagem dos doentes com patologia causadora de dor sexual. Sobre esta última, é certo que é essencial abordar o doente de forma clara, sem misticismos ou tabus, no sentido de abrir portas a um diálogo aberto e esclarecedor de sintomatologia, de modo a que o reconhecimento e posterior tratamento sejam o mais eficazes possível.

Especificamente em Portugal, os estudos sobre esta temática são ainda escassos e pouco específicos. Os resultados de muitos dos estudos revistos sugerem a importância da avaliação da qualidade e do funcionamento sexual, às quais todos os profissionais de saúde devem ter em atenção, como boa prática em saúde não só sexual, mas também global.

Posto tudo isto, espera-se que estes estudos proporcionem o aprofundamento dos conhecimentos em torno desta temática, bem como o desenvolvimento e aperfeiçoamento de modelos de atuação e de estratégias de intervenção na disfunção sexual, abrindo uma linha de investigação caracterizada pela abertura à diversidade (incluindo minorias sociais, como é o caso dos homossexuais). Em jeito de conclusão, esta revisão de literatura vem reforçar a necessidade de mais investigação, no sentido de se obter de uma visão sistémica e renovada sobre o tema.

29

BIBLIOGRAFIA

1. Merskey H, Bogduk N. Classification of Chronic Pain. 2a edição. Seattle; 1994. 2. Lutz MC, Roberts RO, Jacobson DJ, McGree ME, Lieber MM, Jacobsen SJ . Cross-

Sectional Associations of Urogenital Pain and Sexual Function in a Community Based Cohort of Older Men: Olmsted County, Minnesota. J Urol. 2005;174(2):624– 628.

3. Aubin S, Berger RE, Heiman JR, Ciol MA. The association between sexual function, pain, and psychological adaptation of men diagnosed with chronic pelvic pain syndrome type III. J Sex Med. 2008;5(3):657–667.

4. Brotto L, Atallah S, Johnson-Agbakwu C et al. Psychological and Interpersonal Dimensions of Sexual Function and Dysfunction. J Sex Med. 2016;13(4):538–571. 5. Direcção Geral de Saúde. Programa Nacional de Controlo da Dor (PNCDOR).

Publicado em 2008. Disponível em: https://www.dgs.pt/areas-em-destaque/plano- nacional-de-saude/programas-nacionais/programa-nacional-de-controlo-da-

dor.aspx. Consultado pela última vez em 2017/12/12.

6. Turk DC, Dworkin RH, Allen RR et al. Core outcome domains for chronic pain clinical trials: IMMPACT recommendations. Pain. 2003;106(3):337–345.

7. Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED). O que é a dor. Publicado em 2013. Disponível em: http://www.aped-dor.org/index.php/sobre-a-dor/a-dor. Consultado pela última vez em 2017/11/26.

8. Castro-Lopes J, Saramago P, Romão, J. Paiva MM. A Dor Crónica em Portugal. Pain Propos. Lisboa, 2010.

9. Direção Geral de Saúde. Plano Nacional de Luta Contra a Dor. Publicado em 2001. Disponível em: http://www.aped-dor.org/index.php/sobre-a-dor/controlo-da-dor/30- plano-nacional-de-luta-contra-a-dor. Consultado pela última vez em 2018/1/18. 10. Direção Geral de Saúde. Plano Nacional de Luta Contra a Dor. Publicado em 2001.

Disponível em: http://www.esscvp.eu/wordpress/wp- content/uploads/2015/06/PlanoNacionaldeLutaContraaDor.pdf. Consultado pela última vez em 2017/11/13.

11. Luzzi GA, Law LA. The male sexual pain syndromes. Int J STD AIDS. 2006; 17(11): 720-728.

12. Derogatis LR, Melisaratos N. The DSFI : A multidimensional measure of sexual functioning.;J Sex Marit Ther. 1979; 5(3): 244-81.

13. Davis SNP, Binik YM, Carrier S. Sexual dysfunction and pelvic pain in men: A male sexual pain disorder? J Sex Marital Ther. 2009;35(3):182–205.

14. Ribeiro JP, Santos A. Estudo exploratório da relação entre função eréctil , disfunção eréctil e qualidade de vida em homens portugueses saudáveis. Análise Psicológica. 2005; 23(3): 341-49.

15. Turk, DC, Okifuji A. Psychological factors in chronic pain: Evolution and revolution. J Consult Clin Psychol. 2002; 70(3): 678-90.

16. Asmundson GJG, Wright KD, Stein MB. Pain and PTSD symptoms in female veterans. Eur J Pain. 2004;8(4):345–350.

17. Andrade A, Garcia A, Cano D. Preditores da satisfação global em relacionamentos românticos. Psicol Teor e Prática. 2009;11(3):143–156.

18. Flor H, Turk DC. Chronic Pain: An Integrated Biobehavioral Approach. Cogn Behav Pract. 2013;20(1):117–118.

19. Pereira R, Oliveira MC, Nobre P. Sexual Functioning and Cognitions During Sexual Activity in Men With Genital Pain: A Comparative Study. J Sex Marital Ther. 2016;42(7):602–615.

20. Pitts M, Ferris J, Smith A, Shelley J, Richters J. Prevalence and correlates of three types of pelvic pain in a nationally representative sample of Australian Men. J Sex Med. 2008;5(5):1223–1229.

21. Júnior I, Capitão C. Evidências de validade da versão brasileira da Escala de Autoeficácia Sexual – Função Erétil. Psico-USF. 2011; 16(1): 45-55.

30 22. American of Psychiatric Association. Diagnostic and Statistical Manual of Mental

Disorders Fourth Edition - Text Revision.; Washington DC, 2000.

23. Sungur MZ, Gündüz A. A comparison of DSM-IV-TR and DSM-5 definitions for sexual dysfunctions: Critiques and challenges. J Sex Med. 2014;11(2):364–373. 24. McCabe MP, Sharlip ID, Lewis R et al. Incidence and Prevalence of Sexual

Dysfunction in Women and Men: A Consensus Statement from the Fourth International Consultation on Sexual Medicine 2015. J Sex Med. 2016;13(2):144– 152.

25. Bancroft J. Human Sexuality and Its Problems. 3rd ed. Edinburgh, 2009.

26. Herbenick D, Schick V, Sanders SA, Reece M, Fortenberry JD. Pain experienced during vaginal and anal intercourse with other-sex partners: Findings from a nationally representative probability study in the United States. J Sex Med. 2015;12(4):1040–1051.

27. American Academy of Sleep Medicine. The international Classification of Sleep Disorders, Revised. (One Westbrook Corporate Center, ed.). Westchester; 2005. 28. Mellado M. A case of sleep-related painful erections with chronic daytime genital

discomfort. Urologia. 2015; 82(3): 184-186.

29. Ferini-Strambi L, Montorsi F, Zucconi M et al. Sleep-related painful erections: Clinical and polysomnographic features. J Sleep Res. 1996;5(3):195–197.

30. Vreugdenhil S, Weidenaar AC, de Jong IJ, van Driel MF. Sleep-Related Painful Erections: A Meta-Analysis on the Pathophysiology and Risks and Benefits of Medical Treatments. J Sex Med. 2018;15(1):5–19.

31. Chiner E, Sancho-Chust JN, Llombart M et al. Sleep-related painful erection in a 50- year-old man successfully treated with cinitapride. J Sex Med. 2010;7(11):3789– 3792.

32. Rosen RC, Riley A, Wagner G, Osterloh IH, Kirkpatrick J, Mishra A. A multidimensional scale for assessment of erectile dysfunction. Urology. 1997;49(97):822–830.

33. N. Pereira, Carvalheira A. Revisitar as disfunções sexuais masculinas 2014. Em: Menarini, ed. Lisboa; 2014:5–48.

34. Chung E, Ralph D, Kagioglu A et al. Evidence-Based Management Guidelines on Peyronie’s Disease. J Sex Med. 2016;13(6):905–923.

35. Schwarzer U, Sommer F, Klotz T, Braun M, Reifenrath B, Engelmann U. The prevalence of Peyronie’s disease: results of a large survey. BJU Int. 2001;88(7):727– 730.

36. Tal R, Hall MS, Alex B, Choi J, Mulhall JP. Peyronie’s Disease in Teenagers. J Sex Med. 2012;9(1):302–308.

37. Nehra A, Alterowitz R, Culkin DJ et al. Peyronie’s disease: AUA guideline. J Urol. 2015;194(3):745–753.

38. Kayes O, Khad R. Recent advances in managing Peyronie’s disease. 2016;7(0):1– 10.

39. Nugteren HM, Nijman JM, Jong IJ, van Driel MF. The association between Peyronie’s and Dupuytren’s disease. Int J Impot Res. 2011;23(4):142–145.

40. EAU Guidelines. Male sexual disfunctions. Publicado em 2018. Disponível em: http://uroweb.org/guideline/male-sexual-dysfunction/#3_3. Consultado pela última vez em 2018/2/15.

41. Ilie CP, Mischianu DL, Pemberton RJ. Painful ejaculation. BJU Int. 2007;99(6):1335– 1339.

42. Barnas JL, Pierpaoli S, Ladd P et al. The prevalence and nature of orgasmic dysfunction after radical prostatectomy. BJU Int. 2004;94(4):603–605.

43. Rosen R, Altwein J, Boyle P et al. Lower Urinary Tract Symptoms and Male Sexual Dysfunction: The Multinational Survey of the Aging Male (MSAM-7). Eur Urol. 2003;44(6):637–649.

44. Wagenlehner FM, van Till JW, Magri V et al. National Institutes of Health Chronic Prostatitis Symptom Index (NIH-CPSI) symptom evaluation in multinational cohorts

31 of patients with chronic prostatitis/chronic pelvic pain syndrome. Eur Urol. 2013;63(5):953–959.

45. Litwin MS, McNaughton-Collins M, Fowler FJ Jr et al. The National Institutes of Health chronic prostatitis symptom index: development and validation of a new outcome measure. Chronic Prostatitis Collaborative Research Network. J Urol. 1999;162(2):369–375.

46. Barnas J, Parker M, Guhring P, Mulhall JP. The utility of tamsulosin in the management of orgasm-associated pain: A pilot analysis. Eur Urol. 2005;47(3):361– 365.

47. Shoskes DA, Landis JR, Wang Y, Nickel JC, Zeitlin SI, Nadler R. Impact of Post- Ejaculatory Pain in Men With Category Iii Chronic Prostatitis/Chronic Pelvic Pain Syndrome. J Urol. 2004;172(2):542–547.

48. Vallancien G, Emberton M, Harving N, van Moorselaar RJ. Sexual dysfunction in 1,274 European men suffering from lower urinary tract symptoms. JUrol. 2003;169(6):2257–2261.

49. Parnham A, Serefoglu EC. Retrograde ejaculation, painful ejaculation and hematospermia. Transl Androl Urol. 2016;5(4):592–601.

50. Schover LR. Psychological factors in male genital pain. Clev Clin J Med. 1990; 57(8): 697-700.

51. Johnson CW, Bingham JB, Goluboff ET, Fisch H. Transurethral resection of the ejaculatory ducts for treating ejaculatory symptoms. BJU Int. 2005;95(1):117–119. 52. Clemens JQ, Meenan RT, O’Keeffe Rosetti MC, Gao SY, Calhoun EA. Incidence and

Clinical Characteristics of National Institutes of Health Type Iii Prostatitis in the Community. J Urol. 2005;174(6):2319–2322.

53. Collins MM, Meigs JB, Barry MJ, Walker Corkery E, Giovannucci E, Kawachi I. Prevalence and Correlates of Prostatitis in the Health Professionals Follow-Up Study Cohort. J Urol. 2002;167(3):1363–1366.

54. Krieger JN, Nyberg L Jr, Nickel JC. NIH consensus definition and classification of prostatitis. JAMA. 1999; 282(3): 236-237.

55. EAU Guidelines. Chronic Pelvic Pain. Publicado em 2018. Disponível em: http://uroweb.org/guideline/chronic-pelvic-pain/. Consultado pela última vez em 2018/2/15.

56. Lee S, Cheah P, Liong M et al. Demographic and clinical characteristics of chronic prostatitis: prospective comparison of the University of Sciences Malaysia Cohort with the United States National Institutes of Health Cohort. J Urol. 2007;177(1):153– 7; discussion 158.

57. Ambler N, Williams AC, Hill P, Gunary R, Cratchley G. Sexual difficulties of chronic pain patients. Clin J Pain. 2001; 17(2); 137-145.

58. Associação Portuguesa de Urologia. Disfunção Sexual Masculina – Distúrbios da Ejaculação, Orgasmo e Líbido. Publicado em 2010. Disponível em: http://www.apurologia.pt/publico/frameset.htm?http://www.apurologia.pt/publico/dist urbios_da_ejaculacao_orgasmo_e_libido.htm. Consultado pela última vez em 2018/2/15.

59. Lee SW, Liong ML, Yuen KH et al. Adverse Impact of Sexual Dysfunction in Chronic Prostatitis/Chronic Pelvic Pain Syndrome. Urology. 2008;71(1):79–84.

60. Liang CZ, Hao ZY, Li HJ et al. Prevalence of Premature Ejaculation and Its Correlation with Chronic Prostatitis in Chinese Men. Urology. 2010; 76(4): 962-966. 61. Sönmez NC, Kiremit MC, Güney S, Arisan S, Akca O, Dalkılıç A. Sexual dysfunction

in type III chronic prostatitis (CP) and chronic pelvic pain syndrome (CPPS) observed in Turkish patients. Int Urol Nephrol. 2011; 43(2): 309-314.

62. Mcgregor TB, Pike JG, Leonard MP. Phimosis – a diagnostic dilemma ? Can J Urol. 2005;12(2):2598–2602.

63. Mcnaughton JL. Pathologic and physiologic phimosis - clinical review. Can Fam Physician. 2009;55:789–796.

32 2010;38(6):294–299.

65. Fistarol SK, Itin PH. Diagnosis and treatment of lichen sclerosus: An update. Am J Clin Dermatol. 2013;14(1):27–47.

66. EAU Guidelines. EAU guidelines on urological infections. Publicado em 2017. Disponível em: http://uroweb.org/guideline/urological-infections/. Consultado pela última vez em 2018/1/17.

67. Whelan P. Male dyspareunia due to short frenulum: an indication for adult circumcision. Br J Med. 1977; 2(6103): 1633-1634.

68. Yip A, Ng SK, Wong WC, Li MK, Lam KH. Injury to the Prepuce. Br J Urol. 1989;63(5):535–538.

69. Rajan P, McNeill SA, Turner KJ. Is frenuloplasty worthwhile? A 12-year experience. Ann R Coll Surg Engl. 2006;88(6):583–584.

70. Gyftopoulos K. Male dyspareunia due to short frenulum: The suture-free, «pull and burn» method. J Sex Med. 2009;6(9):2611–2614.

71. Duarte AF, Correia O. Laser CO2 frenuloplasty: A safe alternative treatment for a short frenulum. J Cosmet Laser Ther. 2009;11(3):151–153.

72. Frey AU, Sønksen J, Fode M. Neglected side effects after radical prostatectomy: A systematic review. J Sex Med. 2014;11(2):374–385.

73. Capogrosso P, Ventimiglia E, Cazzaniga W, Montorsi F, Salonia A. Orgasmic Dysfunction after Radical Prostatectomy. World J Mens Health. 2017;35(1):1. 74. Clavell-Hernández J, Martin C, Wang R. Orgasmic Dysfunction Following Radical

Prostatectomy: Review of Current Literature. Sex Med Rev. 2018;6(1):124–134. 75. Mogorovich A, Nilsson AE, Tyritzis SI et al. Radical Prostatectomy, Sparing of the

Seminal Vesicles, and Painful Orgasm. J Sex Med. 2013; 10(5) :1417–1423.

76. Salonia A, Burnett AL, Graefen M et al. Prevention and management of postprostatectomy sexual dysfunctions part 1: Choosing the right patient at the right time for the right surgery. Eur Urol. 2012;62(2):261–272.

77. Salonia A, Adaikan G, Buvat J et al. Sexual Rehabilitation After Treatment for Prostate Cancer—Part 1: Recommendations From the Fourth International Consultation for Sexual Medicine (ICSM 2015). J Sex Med. 2017;14(3):285–296. 78. Chung E, Brock G. Sexual Rehabilitation and Cancer Survivorship: A State of Art

Review of Current Literature and Management Strategies in Male Sexual Dysfunction Among Prostate Cancer Survivors. J Sex Med. 2013;10(Suppl 1):102–111.

79. Simon Rosser BR, Short BJ, Thurmes PJ, Coleman E. Anodyspareunia, the unacknowledged sexual dysfunction: A validation study of painful receptive anal intercourse and its psychosexual concomitants in homosexual men. J Sex Marital Ther. 1998;24(4):281–292.

80. Hollows K. Anodyspareunia: A novel sexual dysfunction? An exploration into anal sexuality. Sex Relatsh Ther. 2007;22(4):429–443.

81. Mercer CH, Tanton C, Prah P et al. Changes in sexual attitudes and lifestyles in Britain through the life course and over time: Findings from the National Surveys of Sexual Attitudes and Lifestyles (Natsal). Lancet. 2013;382(9907):1781–1794. 82. Mosher W, Chandra A, Jones J. Sexual behavior and selected health measures: men

and women 15-44 years of age, United States. Adv Data. 2005; 15(362): 1-55. 83. Weatherburn P, Hickson F, Reid D, Jessup K, Hammonds G. Multiple chances:

Findings from the United Kingdom Gay Men’s Sex Survey 2006. Sex Health.

Publicado em 2006. Disponível em

http://sigmaresearch.org.uk/files/report2008c.pdf. Consultado pela última vez em 2017/11/14.

84. Rosser BR, Metz ME, Bockting WO, Buroker T. Sexual difficulties, concerns, and satisfaction in homosexual men: An empirical study with implications for HIV prevention. J Sex Marital Ther. 1997;23(1):61–73.

85. Damon W, Rosser BRS. Anodyspareunia in men who have sex with men: Prevalence, predictors, consequences and the development of DSM diagnostic criteria. J Sex Marital Ther. 2005;31(2):129–141.

33 86. Lin GG, Scott JG. Management of Pelvic Floor Disorders: Biofeedback and More.

Curr Treat Options Gastroenterol. 2014;12(4):456–467.

87. Romanelli F, Smith KM, Thornton AC, Pomeroy C. Poppers: epidemiology and clinical management of inhaled nitrite abuse. Pharmacotherapy. 2004;24(1):69–78. 88. Zhang Z, Zhang L, Zhou F, Li Z, Yang J. Knowledge, attitude, and status of nitrite

inhalant use among men who have sex with men in Tianjin, China. BMC Public Health. 2017;17(1):690.

89. Chow EP, Iu KI, Fu X, Wilson DP, Zhang L. HIV and Sexually Transmissible Infections among Money Boys in China: A Data Synthesis and Meta-Analysis. PLoS One. 2012; 7(11) :e48025.

90. Li D, Yang X, Zhang Z et al. Nitrite inhalants use and HIV infection among men who have sex with men in China. Biomed Res Int. 2014;2014:365261.

91. Bhugra D, Wright B. Sexual dysfunction in gay men and lesbians. Psychiatry. 2007;6(3):125–129.

92. Sousa A , Jesus A , Carvalho M et al. Técnicas Transobturadoras na Incontinência Urinária de Esforço Feminina. Acta Med Port. 2014; 27(4): 422-428.

Documentos relacionados